Caminhos da Maturação IHARA fará monitoramento, em tempo real, de indicadores de qualidade da cana

A nova safra da cana brasileira contará com uma grande novidade, anunciada pela IHARA. A empresa de pesquisa e desenvolvimento de defensivos agrícolas está lançando o programa Caminhos da Maturação, que percorrerá propriedades em todo o país para monitorar, a campo, os principais indicadores de qualidade. 

O gerente de Marketing Regional da empresa para a cultura, Thiago Duarte, explica que o objetivo é apoiar os produtores na tomada de decisão e no encaminhamento, às usinas, de matéria-prima com maior teor possível de açúcar e, portanto, maior valor agregado. “Será oferecida consultoria gratuita a campo, e realização de testes capazes de revelar, em questão de instantes, se a cana já se encontra no melhor ponto para a colheita, ou se ainda é viável atuar no aumento desta maturação. Teremos, em tempo real, indicadores como concentração de açúcar, teor de fibras AR (Açúcar Redutoras) e a umidade da cana em cada bloco, o que nos permitirá avaliar quais lotes estão com maior qualidade e devem ser colhidos antes, ou quais podem ainda ser manejados para alcançar melhores resultados”. 

Duarte explica ainda que, hoje, essa testagem é feita em laboratórios e leva de 3 a 4 dias. “Muitas vezes, o produtor só descobre como estão os níveis de qualidade da cana quando ela entra na indústria, e, assim, acaba perdendo oportunidades de obter maior rendimento”, completa.

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Tecnologia a campo 

Inicialmente, o projeto Caminhos da Maturação será focado exclusivamente em áreas em uso do produto RIPER, o maturador sistêmico de alta performance da IHARA. Logo nas primeiras semanas do ano, as equipes de consultores e técnicos de campo darão início a uma agenda intensa de visitas nas mais diversas regiões produtoras. 

O monitoramento de mais propriedades, em menos tempo e com maior eficácia só será possível graças a uma nova tecnologia, exclusividade da IHARA. Em contato direto com a planta, o equipamento portátil é capaz de analisar os percentuais de hidrogênio e carbono presentes nas composições, podendo aferir, AR%, POL, PUREZA, BRIX, FIBRA E ATR. Essa leitura é processada por meio de um pareamento com um aplicativo de celular, com emissão de resultados instantaneamente. Desta forma, é possível atuar com agilidade onde ainda há oportunidade para que o uso do maturador proporcione ganhos de qualidade da produção. 

Thiago Duarte explica que o trabalho será direcionado a três principais janelas de oportunidade: “A mensuração nos estágios iniciais do desenvolvimento da safra ajuda a identificar quais os blocos com melhor qualidade de açúcar. No meio da safra, o foco é identificar áreas em que não houve uso de maturador, e que poderão responder ao produto, alcançando melhores indicadores. E no final do ciclo, a testagem aponta o melhor momento da colheita, e sinaliza quanto à aplicação do maturador para preservar o açúcar já produzido, evitando que a lavoura gaste energia para vegetar”.

Como atua o maturador RIPER?

Os maturadores são produtos que atuam como reguladores do crescimento vegetativo da planta, redirecionando esta energia para o amadurecimento; a produção de sacarose. 

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O Riper é um maturador sistêmico da IHARA, que atua na cana promovendo a maturação, incrementando o teor de sacarose nos colmos e aumentando a produtividade de açúcar. “Além de ser usado para otimizar a colheita, sobretudo para produtores que dispõem de grandes plantações, o maturador pode ajudar a cana-de-açúcar a alcançar a condição considerada ideal para a colheita, obtendo alta produtividade de colmos, e ajudando o canavial a alcançar altos teores de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR), que é o valor que importa no produto para a indústria”, explica Duarte. 

Um dos principais fatores que tiram o sono do produtor em extrair o máximo potencial de maturação da cultura está relacionado ao clima. Quando as condições climáticas não são ideais para que ocorra a maturação natural da cana-de-açúcar e o acúmulo da sacarose é insatisfatório, recomenda-se a aplicação de maturadores, podendo ser feita no início da safra para reduzir a taxa de crescimento vegetativo, no meio da safra para potencializar o processo de maturação em regiões que apresentam outono e inverno chuvosos, e no final da safra para inibir a retomada do crescimento vegetativo mantendo o teor de sacarose elevado por maior período e possibilitando a colheita de matéria-prima de melhor qualidade. 

O RIPER tem como principal característica a flexibilidade de aplicação, podendo ser utilizado no início, meio ou final da safra, com aplicação de 15 a 45 dias antes da colheita, impactando o menos possível na produtividade e extraindo o máximo de TAH (Toneladas de Açúcar por Hectare). “O manejo adequado da colheita com uso de maturadores eleva a qualidade da matéria-prima e rendimento industrial, podendo incrementar de 4 a 8% o teor de ATR e o setor como um todo ganha com essa produtividade”, finaliza o Gerente de Marketing Regional da IHARA. 



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Tecnologia de informação no combate a pragas e doenças no trigo

O uso de ferramentas computacionais aplicadas à agricultura tem facilitado o trabalho no combate a pragas e doenças no trigo. A cooperação entre pesquisadores das ciências da computação com entomologistas e fitopatologistas no desenvolvimento de softwares e sistemas informatizados está ajudando no monitoramento de problemas na lavoura e orientando para a tomada de decisão no controle.

Insetos atingem o status de pragas agrícolas quando causam danos às plantas cultivadas. O limiar de dano econômico é atingido quando o prejuízo econômico resultante da redução da produtividade supera o custo do controle. Quando insetos atuam como vetores de patógenos (como vírus, por exemplo), mesmo em baixas populações esses limiares podem ser atingidos. Este é o caso dos afídeos, insetos conhecidos popularmente como pulgões.

Os afídeos que ocorrem em trigo e outros cereais de inverno, quando se alimentam das plantas, transmitem o vírus do nanismo amarelo. Plantas de trigo, infectadas pelo vírus em estádios iniciais de desenvolvimento, sofrem degeneração do sistema vascular o que resulta em nanismo, redução do crescimento, e amarelecimento das folhas, prejudicando a fotossíntese e a produção de grãos. Neste caso, o rendimento de grãos é comprometido em média entre 40 e 50%.

A Rede de Monitoramento de Afídeos no Brasil, constituída de parcerias entre instituições de pesquisa, obtém dados populacionais para entender a dinâmica desses insetos. O monitoramento semanal a campo é conduzido em plantas e em armadilhas, que capturam afídeos e parasitoides alados, nas localidades de Passo Fundo, Coxilha (Embrapa Trigo) e Cruz Alta (CCGL-TEC) no Rio Grande do Sul; Guarapuava, Pinhão, Candói (FAPA), Tibagi e Arapoti (FABC) no Paraná. As ferramentas e tecnologias em desenvolvimento visam facilitar a coleta, armazenamento e organização desses dados permitindo descrever os padrões e fatores que determinam a oscilação das populações de afídeos e inimigos naturais. Esses dados são utilizados por modelos de simulação e sistemas alerta que auxiliam na tomada de decisão para o manejo de afídeos em trigo.

Computação aplicada à agricultura

A necessidade de desenvolver ferramentas para facilitar a coleta, armazenamento, organização e o acesso aos dados obtidos pela rede experimental aproximou pesquisadores das áreas agronômicas e biológicas com pesquisadores das áreas da computação. Assim, nasceu a parceria entre a Embrapa, o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-rio-grandense (IFSul – campus Passo Fundo) e a Universidade de Passo Fundo. Como resultado, foram desenvolvidos softwares que auxiliam na coleta, organização, acesso, visualização e suporte à tomada de decisão de controle de pragas nas lavouras.

TrapSystem – gerenciamento de armadilhas de insetos

Umas das primeiras ferramentas desenvolvidas no apoio ao controle de pragas e doenças no trigo foi o TrapSystem(http://gpca.passofundo.ifsul.edu.br/traps/index.php) (do inglês, sistema de armadilha), uma plataforma web para a entrada de dados das leituras de armadilhas, permitindo a organização das informações de forma segura e disponível a longo prazo para a obtenção de séries histórias. A plataforma organiza os dados de coletas por meio do banco de dados AgroDB, permitindo a visualização e download de dados para análises.

Desenvolvido pelo IFSul, o TrapSystem apresenta interface amigável e garante a padronização das informações que partem de cadastros básicos como inseto/taxonomia, localização das armadilhas e pessoas/organizações que integram a rede. “Utilizamos tecnologias de sistemas de gerenciamento de bancos de dados com desenvolvimento de sistemas web compatíveis com plataforma móvel e desktop”, explica o professor do IFSul, Alexandre Lazzaretti.

De acordo com o pesquisador da Embrapa Trigo, Douglas Lau, o TrapSystem permite gerenciar um conjunto de dados, de diversos colaboradores, unificando uma rede de monitoramento das populações de insetos. 

“Imaginamos, no futuro, alcançar o nível de integração da rede europeia, que é capaz de monitorar padrões de migrações que ocorrem entre os diferentes países, com registros históricos confiáveis que permitem observar alterações e estimar impactos para recomendar o manejo mais adequado”, explica Lau.

AphidCV e InsectCV na contagem de insetos

Através do Programa de Pós-graduação em Computação Aplicada da UPF, sob a orientação do professor Rafael Rieder, foram criados dois softwares: AphidCV(https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0168169919306039?via%3Dihub) e InsectCV(https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S1574954121003071?via%3Dihub), visando a automação das coletas de dados de populações de afídeos.

O AphidCV realiza a contagem e a morfometria de afídeos separando em categorias (adultos ápteros, adultos alados e ninfas). A mensuração de populações de insetos em plantas é necessária em diversos estudos, como definir o limite de pragas para intervenção com controle químico, avaliar o nível de resistência genética das plantas, avaliação de fatores que afetam o crescimento populacional e a capacidade reprodutiva dos insetos. Estes trabalhos costumam ser realizados manualmente, com o apoio de lupas em um processo cansativo, que consome tempo e sujeito a erros humanos que afetam a precisão.

Resultado do trabalho de mestrado de Elison Lins, o software AphidCV trabalha sobre a imagem de uma placa de vidro contendo os insetos, processando de forma instantânea o número total e o tamanho de cada indivíduo. Com o apoio da visão computacional, é possível reduzir o tempo de análise e aumentar o número de amostras no período.

O software InsectCV foi desenvolvido pelo professor do IFSUL Telmo de Cesaro Junior. Esse programa, inserido dentro da plataforma TrapSystem, realiza a contagem automática de afídeos alados e parasitoides presentes em amostras de armadilhas processadas em laboratório. Assim, permite detectar os pontos críticos de tomada de decisão para o manejo e o pico da epidemia com precisão próxima da contagem manual.

ABISM na simulação de epidemias

Outra ferramenta que dá suporte ao manejo de epidemias de afídeos é o modelo de previsão ABISM (Agent Based Insect Simulation Model). Nesse modelo, são gerados afídeos virtuais que nascem, crescem, se alimentam, se movem, reproduzem e morrem de acordo com regras estabelecidas. O ABISM permite não apenas a simulação temporal, mas também espacial das epidemias. Os usuários podem utilizar leituras em plantas e armadilhas como entrada para a população inicial da simulação e, baseado nos prognósticos meteorológicos, simular o crescimento populacional e verificar as probabilidades de atingir o nível de ação para manejo. ABISM foi desenvolvido pelo professor do IFSul Roberto Wiest durante doutorado na UPF.

Novas ferramentas a caminho

Um workshop realizado no IFSul, em Passo Fundo, RS, no dia 30/11, apresentou novas ferramentas que estão sendo desenvolvidas dentro do projeto “Desenvolvimento e validação de ferramentas para monitoramento e tomada decisão de manejo de epidemias causadas por vírus transmitidos por insetos”, liderado pela Embrapa Trigo com o apoio do CNPq. Além do aperfeiçoamento das ferramentas em uso, como o TrapSystem, o AphidCV/InsectCV e o ABISM, estão a caminho novas tecnologias para a contagem de insetos como armadilhas eletrônicas e softwares para dispositivos móveis, além de sistemas de emissão de alertas. Todas essas ferramentas estão sendo validadas por experimentação a campo.

“Com o aumento da Rede de Monitoramento, ficou indispensável o uso destas ferramentas para integrar o volume de dados e transformar em informações que possam ser aplicadas de forma prática no controle dos pulgões, alertando para o risco de epidemias e promovendo o uso racional de defensivos”, afirma o pesquisador da Embrapa Trigo, Douglas Lau. Segundo ele, os dados ainda estão restritos aos pesquisadores, já que dependem da correta interpretação assegurada através de treinamentos periódicos, mas o compartilhamento dos alertas acontece através da divulgação de massa, nos veículos mantidos pelos colaboradores da Rede, como sites, publicações e mídias digitais. “Chegaremos ao momento em que o produtor poderá se cadastrar numa plataforma e receber os avisos de risco de epidemias e orientações para controle das pragas de forma imediata no seu smartphone.

Estamos trabalhando para isso e o avanço da tecnologia evolui rápido com a geração de conhecimentos nas universidades e centros de pesquisas”, conclui Lau.



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Vendas da Natural do Campo aumentaram 50% em relação a 2021

Em três edições realizadas em 2022, os 25 pequenos produtores rurais participantes da Feira Natural do Campo comercializaram juntos cerca de R$ 50 mil. O valor foi arrecadado a partir da venda de aproximadamente cinco mil itens produzidos por produtores atendidos pela Assistência Técnica e Gerencial do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso (Senar-MT).

De acordo com o supervisor da ATeG, Thiago Salapata, houve um incremento de 50% a mais nas vendas em relação as edições de 2021. “Sem dúvidas, todos saíram felizes: o produtor que conseguiu vender um produto com valor agregado e o consumidor que conseguiu comprar um produto fresco com um valor menor que no mercado”, destacou.

Segundo levantamento realizado ao longo dos eventos, por volta de duas mil pessoas passaram pelas feiras que aconteceram no estacionamento do Pantanal Shopping, entre os meses de novembro e dezembro deste ano. Dentre elas, esteve a consumidora Carla Souza que esteve acompanhada da família e aproveitou para conhecer mais sobre o Senar-MT. “Da primeira vez vim para conhecer e hoje voltei para comprar. Os preços estão muito bons e já estou levando frutas para casa”.

Elicássia Jaudy, participou apenas da última edição da Feira e aprovou a iniciativa. “Compramos queijos, doces, salames. Os preços estavam muito bons, o ambiente agradável e gostei muito de ter vindo” destacou.

A Feira Natural do Campo foi realizada pela primeira vez em 2021, em sete edições. Ela foi uma oportunidade dos produtores atendidos pela ATeG do Senar-MT de comercializarem seus produtos diretamente com os consumidores e envolveu um extenso planejamento. “A organização envolveu uma série de processos como a infraestrutura, logística, parceria com outras equipes e empresas, alinhamentos com o Shopping, tudo para atendermos o objetivo de possibilitar esse contato entre produtor e consumidor”, avaliou a analista da ATeG, Tamirys Fernanda.

A ATeG atingiu em 2022 a marca de cinco mil propriedades atendidas em todo o estado. Pelo programa, produtores de quatorze cadeias produtivas recebem orientações de técnicos de campo credenciados, sem custo. O auxílio contribui para a melhoria da produtividade nas propriedades rurais e consequentemente aumenta a renda do produtor.

Com a palavra produtor

“Já trabalho com abelha há cinco anos e hoje já temos 200 caixas. Além de vender os produtos, estamos nos tornando conhecidos e aumentando a nossa clientela”, afirmou o produtor rural Germano Ferreira de Nossa Senhora do Livramento, que comercializou mel durante a Feira Natural do Campo.

“Tivemos uma repercussão além do que esperávamos, porque conseguimos vender todos os nossos produtos em uma das edições do evento. Achamos a oportunidade muito interessante e esperamos que tenham mais feiras no ano que vem”, afirmou o produtor rural e agrônomo Cleonir Andrade de Chapada dos Guimarães, que comercializou derivados de mandioca durante a Feira Natural do Campo.

“Começamos a participar da Feira neste ano e trouxemos os nossos arranjos, nossas plantas e foi uma forma das pessoas conhecerem o nosso trabalho. Também sou atendida pela ATeG e acho legal ter um técnico para te ajudar em algumas questões. Temos um suporte e é essencial essa parceria”, destacou Helena Alves de Tangará da Serra, que comercializou cactos e suculentas durante a Feira Natural do Campo.



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Pragas secundárias afetam qualidade dos frutos

Pragas secundárias também podem afetar qualidade dos frutos

As pragas secundárias são aquelas que, apesar de provocarem injúrias nas estruturas da planta, não atingem o nível de dano econômico, contudo,

estar atento a sua ocorrência  pode evitar perda de qualidade em diversas culturas. Abaixo, você confere as principais pragas secundárias da cultura do tomate:

  • Mosca-minadora (Liriomyza huidobrensis, L. sativa, L. trifolii): as larvas dos insetos criam uma mina, fina e irregular no folíolo, provocando necrose e ressecamento das folhas precocemente, impactando na produção. 
  • Lagarta-rosca (Agrotis ipsilon): corta as plantas jovens na superfície do solo.
  • Lagarta-militar (Spodoptera eridania, Spodoptera cosmioides e Spodoptera frugiperda): cortam as plantas na superfície do solo logo após o transplantio; raspam a face inferior dos folíolos, provocando um aspecto rendilhado e broqueiam frutos próximo ao cálice, iniciando no terço inferior da planta em direção ao ápice da planta.
  • Lagarta-falsa-medideira (Chrysodeixis includens, Trichoplusia ni e Rachiplusia nu): provocam desfolha acentuada no terço superior, atacam os frutos ainda verdes, ocasionando grandes lesões. 
  • Broca-grande (Helicoverpa armigera, Helicoverpa zea e Chloridea virescens): atacam folhas, ramos, brotações, ponteiros, flores e broqueia os frutos. Sua ocorrência deixa grandes orifícios nos frutos que facilitam o ataque de outras pragas como besouros e moscas, provocando o apodrecimento.
  • Ácaro-rajado (Tetranychus urticae): perfura as células, suga o conteúdo que extravasa, se aloja na face inferior das folhas e se protege por uma teia. Na parte superior das folhas é possível observar pontuações secas, que evoluem para senescência, reduzindo a fotossíntese e provocando perda de vigor da planta. A preferência é pelas folhas do terço inferior e  os frutos atacados apresentam superfície com aspecto áspero e queimado.
  • Ácaro-do-bronzeamento (Aculops lycopersici): perfura as células e suga o conteúdo que extravasa. As folhas atacadas apresentam coloração amarelada, são levemente retorcidas, com aspecto brilhante na face inferior e secam sem murchar. A infestação que inicia nas folhas mais velhas também atinge os frutos, provocando redução no tamanho e alteração na cor e textura.
  • Ácaro-branco (Polyphagotarsonemus latus): perfura as células da epiderme e suga o conteúdo que extravasa. A ocorrência provoca coloração bronzeada nos brotos, folhas novas e extremidade das hastes, além de aspecto vítreo na parte inferior do folíolo e broto. A alta infestação pode provocar o secamento dos folíolos e desfolha precoce.
  • Pulgões (Aphis gossypii, Macrosiphum euphorbiae e Myzus persicae): sugam a seiva, injetam de toxinas e transmitem o vírus do topo amarelo do tomateiro, vírus do amarelo baixeiro e o vírus Y da batata. A excreção facilita a formação de fumagina nas folhas.
  • Vaquinha (Diabrotica speciosa): Quando larva, ataca as raízes da planta e quando adulta, se alimenta de partes vegetativas, perfurando as folhas do tomateiro, além de consumir o pólen. 
  • Percevejo-da-perna-folhada (Leptoglossus zonatus): suga a seiva da planta e o suco dos frutos. Provoca pequenas pontuações claras na superfície do fruto e áreas endurecidas internamente.
  • Percevejo-do-tomate (Phthia picta): ataca folha, caule, flor e fruto do tomateiro, sugando a seiva da planta e dos frutos. O ataque provoca pontuações esbranquiçadas e endurecimento na parte interna, podendo causar aborto dos frutos, irregularidades na maturação, murcha e apodrecimento do tomate. 

Para um controle eficiente, é fundamental a correta identificação das pragas.

Aqui serão abordadas as doenças que afetam os frutos nas fases de pré e pós-colheita por fungos manchadores de frutos. Não há estimativas de perdas por essas doenças. Porém, elas causam perdas para o produtor, que terá seu produto rejeitado pelo mercado. Além disso, representam perdas para o comerciante e para o consumidor final, por causa da redução da vida de prateleira.

Manchas e podridões em frutos

É cada vez maior as exigências do mercado em relação à qualidade geral dos frutos, os quais podem ser afetados por manchas diversas, que ocorrem tanto na pré como na pós-colheita.

Manchas de pré-colheita:

  • Lesão-de-Johnston – também conhecida como pinta-de-Pyricularia, causada pelo fungo Pyricularia grisea.

Sintomas: lesões escuras, deprimidas e redondas, com até 5 mm de diâmetro.

As manchas são observadas sobre frutos com mais de 60-70 dias.

  • Mancha-parda – causada por Cercospora hayi, um fungo saprófita (oportunista) comum sobre folhas de banana já mortas e sobre folhas de plantas daninhas senescentes ou mortas.

Sintomas: manchas marrons sobre a ráquis, coroa e frutos.

As manchas só aparecem em frutos com idade igual ou superior a 50 dias.

  • Mancha-losango – causada principalmente pela espécie Cercospora hayi, seguida por Fusarium solaniF. roseum e possivelmente outros fungos.

Sintomas: o primeiro sintoma é o aparecimento, sobre a casca do fruto verde, de uma mancha amarela imprecisa, medindo 3-5 mm de diâmetro.

As manchas começam a aparecer quando os frutos estão se aproximando do ponto de colheita, podendo aumentar após a colheita.

Foto: Aristoteles Pires de Matos

Figura 1. Mancha losango. 

 

  • Pinta-de-Deightoniella – causada pelo fungo Deightoniella torulosa, que é um habitante freqüente de folhas e flores mortas.

Sintomas: manchas pequenas, geralmente com menos de 2 mm de diâmetro, de coloração que vai de marrom-avermelhada à preta e podem aparecer sobre frutos em todos os estádios de desenvolvimento.

Os frutos com 10-30 dias de idade são mais facilmente infectados que os de 70-100 dias.

Foto: Zilton José Maciel Cordeiro

Figura 2. Pinta de Deightoniella torulosa.

 

  • Ponta-de-charuto – os patógenos mais consistentemente isolados das lesões são Verticillium theobramae e Trachysphaera fructigena.

Sintomas: necrose preta que progride até a ponta dos frutos ainda verdes. O tecido afetado pela necrose cobre-se de fungos e faz lembrar a cinza da ponta de um charuto.

Controle das manchas de pré-colheita

Controle cultural:

  • Eliminação de folhas mortas ou velhas.
  • Redução do contato entre o fungo e o hospedeiro.
  • Eliminação periódica das brácteas, principalmente durante o período chuvoso.
  • Ensacamento dos cachos com saco de polietileno perfurado, tão logo ocorra a formação dos frutos.
  • Implementação de práticas culturais adequadas, orientadas para a manutenção de boas condições de drenagem e de densidade populacional.
  • Controle de plantas daninhas, a fim de evitar um ambiente muito úmido na plantação.

Controle químico:

A aplicação de fungicida em frutos no campo é uma medida extrema, ou seja, deve ser feita como último recurso. A Tabela 1 apresenta os produtos registrados no Brasil para esse controle.

Tabela 1. Fungicidas registrados para uso no controle de patógenos que ocorrem em frutos na pré e/ou na pós-colheita de banana.

Podridões de pós-colheita

  • Podridão-da-coroa – os fungos mais freqüentemente associados ao problema são: Fusarium roseum (Link) Sny e Hans., Verticillium theobramae (Torc.) Hughes e Gloeosporium musarum Cooke e Massel (Colletotrichum musae Berk e Curt).

Sintomas: escurecimento dos tecidos da coroa (almofada), sobre a qual pode-se desenvolver um micélio branco-acinzentado.

  • Antracnose – é considerada a mais grave doença na pós-colheita dessa fruta, causada por Colletotrichum musae, que pode infectar frutos com ou sem ferimentos. Manifesta-se na fase de maturação. Os frutos atacados pela doença amadurecem mais rápido do que os sadios.

Sintomas: formação de lesões escuras e deprimidas em condições de alta umidade. Geralmente, a polpa não é afetada, exceto quando os frutos são expostos a altas temperaturas ou quando se encontram em adiantado estágio de maturação.

Foto: Zilton José Maciel Cordeiro

Figura 3. Sintomas de antracnose.

 

Controle das podridões pós-colheita

As medidas de controle das podridões pós-colheita devem ser as mesmas recomendadas para aquelas de pré-colheita, acrescidas das seguintes:

Evitar ferimentos nos frutos e executar as práticas de despencamento, lavagem e embalagem com manuseio cuidadoso dos frutos e medidas rigorosas de higienização. O controle químico pode ser feito durante a fase de beneficiamento da fruta seguindo as dosagens e produtos recomendados na Tabela 1.

 

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Produtividade da soja cresce até 20% em consórcio de capim com crotalária

Pesquisas da Embrapa Agropecuária Oeste (MS) realizadas em seis municípios de Mato Grosso do Sul, e validadas por produtores rurais, mostram que o consórcio de gramíneas forrageiras com crotalárias (leguminosas de cobertura) resulta em um incremento de produtividade de até 20% no cultivo de soja. Além disso, aumenta a quantidade e a qualidade de biomassa produzida pelas plantas e promove a fixação biológica de nitrogênio (FBN) no solo, aliando vantagens econômicas e ambientais.

A inclusão de leguminosas no sistema é também uma alternativa para a produção de palha e, no caso das crotalárias (dependendo da espécie), há possibilidade de pastejo nos sistemas integrados. “A FBN, proporcionada pelas leguminosas, impacta positivamente os custos de produção a médio prazo”, diz o pesquisador Rodrigo Arroyo Garcia.

As crotalárias utilizadas na pesquisa foram a C. juncea, C. ochroleuca e C. spectabilis. Já as gramíneas forrageiras foram a Brachiaria ruziziensis, Brachiaria brizantha (cv. Xaraés) e Panicum maximum (cultivares Tamani e Zuri).

Outra vantagem foi a produção expressiva de biomassa para um sistema de produção consorciado, ultrapassando 7 mil quilos por hectare (kg/ha) na safrinha, próximos dos cerca de 8 mil kg/ha do capim solteiro. Além da quantidade, a qualidade da biomassa também é relevante. Em alguns experimentos, a crotalária contribuiu com mais de 2 toneladas por hectare em cerca de cem dias.

Segundo o pesquisador Luís Armando Zago Machado, os dados foram obtidos em sistemas de produção com propósitos distintos e diferentes condições edafoclimáticas, “desde talhões de renovação de pastagem e implantação de sistemas integrados, até áreas com longo histórico de cultivo soja/milho”, explica. 

Os seis municípios onde foram realizados os experimentos foram: Dourados, Naviraí, Rio Brilhante, Nova Andradina, Vicentina e Ponta Porã. “Em Dourados, Naviraí e Rio Brilhante, o consórcio de gramínea forrageira com crotalária foi uma alternativa para diversificação do sistema de produção de grãos na entressafra da soja. Nos outros municípios, o consórcio foi uma prática adicional para a renovação de pastagens”, complementa o analista Gessí Ceccon. 

Implantação do sistema

“O processo de implantação do consórcio é a etapa mais importante para que a tecnologia agregue benefícios ao sistema de produção, com aspectos positivos provenientes das duas espécies”, assegura Garcia. 

No cultivo intercalar, as sementes das leguminosas são distribuídas em uma linha e as das gramíneas em outra. A melhor opção, como alertam os pesquisadores, é aplicar a gramínea a lanço e semear a crotalária na sequência. Na implantação em mesma linha, indica-se a C. ochroleuca, por ser constituída de sementes menores, “o que favorece a uniformização da mistura com as sementes dos capins e a distribuição nos sulcos de semeadura”, esclarece Zago.

Outro fator a ser observado pelo produtor rural é a quantidade de sementes a ser utilizada. Quando o objetivo é produção de palha, pode-se usar metade da quantidade recomendada para a espécie solteira. Se há intenção de pastejo na área, a quantidade de sementes de C. ochroleuca ou C. juncea pode ser reduzida consideravelmente, para cerca de 25% da recomendação para cultivo solteiro. Segundo Garcia, “isso é muito importante para que a leguminosa não comprometa o estabelecimento da gramínea forrageira, já que o capim é prioritário e permanecerá por mais tempo na área”.

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Nos municípios em que foi implantado o sistema de Integração Lavoura-Pecuária (ILP), as produções de biomassa foram inferiores às das áreas tradicionais de lavoura, porém Zago explica que “a amostragem de plantas foi realizada antecipadamente, já que na sequência houve pastejo. Além disso, as condições químicas do solo não eram ideais, pois a correção tinha sido recentemente efetuada”. 

Combinação de espécies

O produtor deve se atentar para o uso de sementes de qualidade. No caso das leguminosas, sementes de baixo vigor “resultam em plantas dominadas pelo capim já nas fases iniciais, inviabilizando o consórcio”, diz Ceccon. Garcia explica que as crotalárias são espécies de dia curto, por isso quanto mais tardia for a semeadura dessas leguminosas na safrinha, menor será o potencial de produção de biomassa.

Já a escolha das espécies para cultivo depende do objetivo. A C. spectabilis não é recomendada para o pastejo, por ser tóxica para o gado. Em caso da ocorrência de nematoides, há grande diferença entre as espécies de crotalárias. “De forma geral, a C. spectabilis apresenta maior eficiência, seguida da C. ochroleuca e da C. juncea. Por sua vez, a C. spectabilis é mais suscetível ao mofo branco”, pondera Zago.

Implantação da soja

Durante a entressafra, os animais fazem o controle da forrageira por pisoteio ou alimentação. A C. ochroleuca e a C. juncea apresentam baixa capacidade de rebrote, o que facilita a implantação da soja em sucessão. Zago chama a atenção para o cultivo em consórcio voltado apenas para a produção de biomassa na entressafra da soja, “porque o crescimento excessivo de forrageiras, como algumas cultivares de Brizantha e Panicum, pode dificultar a sua implantação.”.

Para controlar o crescimento da forrageira e evitar a produção de sementes da leguminosa, a indicação é a poda mecânica da parte aérea, com roçadeira, triton ou rolo faca, cerca de cem dias após a semeadura. 

Os pesquisadores afirmam que “o maquinário e as tecnologias existentes já adotadas pelo produtor rural, independentemente do tamanho da propriedade e nível de investimento, são adequadas, e eventuais pequenos ajustes viabilizam a utilização do consórcio nas áreas de produção avaliadas em Mato Grosso do Sul”.

Produtores comprovam bons resultados na prática

O gerente técnico do Grupo Agropecuária Palmares, Franklyn Guimarães, diz que o Grupo trabalha com agropecuária há mais de 30 anos, na região de São Gabriel do Oeste, MS, e em Itiquira, MT. No total, são quatro propriedades de 8.500 hectares, 2.500 hectares, 2.200 hectares, e 1.400 hectares.

Em São Gabriel do Oeste, antes da introdução das pesquisas da Embrapa Agropecuária Oeste, o sistema de produção utilizado era o de sucessão de soja/milho, e de soja/braquiária. Atualmente, o consórcio entre Crotalaria Jjuncea e Crotalaria Oochroleuca com Brachiaria ruziziensis é adotado em 700 hectares na safrinha. 

Segundo Guimarães, em 2022 foi plantada a primeira safrinha com a tecnologia da Embrapa, mas já foi possível observar bons resultados na melhoria do solo, com o aporte de nitrogênio pela FBN. “Os resultados parciais da solução tecnológica apontam para uma tendência de aumento da área na próxima safra da soja. Eu recomendo a outros produtores”, enfatiza.



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Trigo brasileiro: oportunidades e desafios da cultura

Trigo brasileiro: oportunidades e desafios da cultura

Com o crescimento da cultura do trigo no país, é cada vez mais frequente o discurso que prevê a autossuficiência na produçãobrasileira

do cereal dentro dos próximos anos. Porém, para isso acontecer, a expansão da área de trigo para regiões menos tradicionais na cultura se faz necessária, e o Cerrado é o principal expoente desse avanço. De acordo com dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), desde a última safra, as regiões Sudeste e Centro-Oeste, juntamente com a Bahia, contaram com um cresc

imento de aproximadamente 14% na área de trigo. A produção nessas regiões para este ciclo é estimada em 840 mil toneladas, um aumento de 30% em relação à safra passada. Números como esses mostram que,

seguindo uma tendência nacional, os agricultores do Cerrado observam atentamente os benefícios que o trigo pode oferecer na propriedade.

E com o objetivo de transmitir cada vez mais conhecimento aos produtores da região, a Biotrigo realizou, nesta quinta-feira (8), o Seminário do Trigo – Cerrado. O evento ocorreu em Uberlândia (MG) e contou com a presença de 150 representantes da cadeia tritícola da região.

Um dos assuntos abordados no seminário traz à tona um relevante desafio para a agricultura da região, em especial para a cultura da soja, na qual o Cerrado é a maior região produtora no Brasil. Anualmente,

segundo a Sociedade Brasileira de Nematologia, o prejuízo causado pelos nematoides nessa cultura gira em torno dos 16 bilhões de reais. “Contudo, esse valor pode ser ainda maior, visto que muitas vezes os problemas ocasionados por nematoides são atribuídos a outros fatores, especialmente fungos de solo”,

destaca a doutora em nematologia e professora associada da Universidade Estadual de Maringá (UEM), Claudia Arieira. Porém, o trigo, através de alguns genótipos, vem se mostrando uma ferramenta promissora para manter ou reduzir a população de nematoides no solo. Esse fator é positivo, visto que outras importantes culturas, como o milho, multiplicam em mais de vinte vezes a população, dependendo do híbrido.

Conforme Arieira, pesquisas realizadas pela UEM indicaram que algumas cultivares de trigo tiveram fatores de reprodução baixos para algumas espécies, como o nematoide das galhas (Meloidogyne javanica) e o nematoide das lesões radiculares (Pratylenchus brachyurus).

“Assim, tais variedades podem compor o sistema de manejo integrado de nematoides com o intuito de reduzir ou não aumentar o nível populacional de nematoide em uma determinada área”, afirma. Além de beneficiar o sistema produtivo, o trigo representa mais uma fonte de renda no período do inverno.

Desafios do melhoramento de trigo no Cerrado

Pelas particularidades únicas do bioma, o cultivo do trigo no Cerrado apresenta alguns pontos de atenção, sobretudo no sistema sequeiro, onde há maior possibilidade de expansão, devido a disponibilidade de área e menor concorrência com outros cultivos. Por essa razão, o desenvolvimento de novas cultivares adaptadas à região tem ganho a atenção do quarto programa de melhoramento da Biotrigo.

“As condições de cultivo do trigo no Cerrado, com temperaturas mais elevadas e chuvas concentradas no início do período vegetativo, se diferem consideravelmente das demais regiões tritícolas do Brasil”,

conta o melhorista da Biotrigo no Cerrado, Francisco Gnocato. Segundo ele, o ambiente úmido do ciclo inicial do trigo na região é especialmente favorável à ocorrência de doenças fúngicas, como a brusone, e bacteriose.

“Dada a agressividade dessas doenças nos ambientes do Cerrado, é importante garantir que as cultivares carreguem um bom nível de resistência genética”, ressalta. E com a escassez hídrica que marca boa parte do ciclo do trigo nesses ambientes, é fundamental que a cultura faça o uso eficiente da água armazenada nas camadas mais profundas do solo.

“Enraizamento agressivo, vigor e tolerância ao alumínio tóxico do solo se tornam diferenciais genéticos na cultura”, destaca Gnocato. Devido a essas características, a presença de um programa de melhoramento genético voltado ao Cerrado é de suma importância para a cadeia tritícola local. “Com um programa de melhoramento específico,

é possível valorizar as características genéticas dos materiais mais bem adaptados a este ambiente tão distinto, inclusive em microrregiões, trazendo maior segurança e potencial produtivo para o trigo da região”, afirma.

Novas opções em trigo para sistema irrigado e sequeiro

Conforme o supervisor comercial da Biotrigo, Celso Sato, o trigo pode ser semeado em uma janela atrativa ao produtor, que consegue aproveitar os benefícios da cultura, sem deixar de fazer a rotação com outros cultivos.

“O trigo oferece diversas vantagens ao solo da propriedade, como uma melhor conservação, devido à palhada deixada, uma adubação de sistema mais eficiente e um melhor controle de plantas daninhas. Além disso, várias cultivares da Biotrigo têm fatores de reprodução de nematoides abaixo de um,

o que pode agregar aos produtores que sofrem com esse problema”, cita. Uma das novidades que chegará já na próxima safra para os agricultores da região é o TBIO Calibre, variedade voltada ao sistema irrigado e que apresenta um excelente potencial produtivo

 “A cultivar, de ciclo superprecoce, apresenta um tipo agronômico moderno, sendo um trigo com porte baixo e, por consequência, menor chance de acamamento. Calibre possui ótimo perfilhamento e uma equilibrada resistência às principais doenças da cultura”, pontua. Para a região sul de Minas Gerais, a qual detém clima peculiar ao Cerrado,

por estar em um local de maior altitude e no bioma Mata Atlântica, TBIO Calibre também será posicionado em sistema de cultivo sequeiro, em que os resultados preliminares atestam ótimo desempenho.

Outra novidade do portfólio da Biotrigo no Cerrado é TBIO Convicto, material de ciclo médio/tardio que entrará em multiplicação na próxima safra. Posicionado para o sistema sequeiro, a cultivar apresenta um destacado vigor de planta e raiz, tolerando melhor a escassez hídrica. “Nas condições que marcam o sistema sequeiro, em que a lavoura possui uma restrição de chuvas, os materiais tendem a reduzir sua biomassa e estatura, o que acaba por comprometer o rendimento.

Esse fator não é visto no Convicto, que consegue, mesmo com essas condições, aproveitar bem a umidade para produzir mais biomassa, tendo um bom perfilhamento e gerando um ótimo número de espigas por metro quadrado, o que resulta em uma maior produtividade ao agricultor”, explica o gerente de melhoramento da Biotrigo,

Ernandes Manfroi. Ainda, a cultivar conta com uma elevada resistência às principais doenças que ocorrem no Cerrado, como a brusone da espiga, da folha e a mancha amarela.

De acordo com Sato, o Cerrado possui áreas muito aptas para o plantio de trigo, porém uma boa parte dos produtores ainda não possuem acesso a essas tecnologias. “A realização do evento nesta região é muito relevante, pois a expansão do trigo passa por conhecimento técnico e transferência de tecnologia. Com esse seminário,

a Biotrigo disponibiliza esse conhecimento, com o intuito de que o produtor não tenha receio de aderir à cultura, tanto em sistema sequeiro, quanto no irrigado”, conclui.

 

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alimentos para animais crescer 1% em 22, a 81,8 milhões de t

Produção de alimentos para animais deve crescer 1,3% em 2022, a 81,8 milhões de t

Segundo nota da entidade, o segmento de aves tende a representar o maior volume de ração produzido, com 42,6 milhões de toneladas

Já o setor de alimentos para cães e gatos deve apresentar o maior avanço porcentual, com volumes 6,5% maiores no ano, estimados em 3,70 milhões de toneladas.

O setor de suínos deve ter crescimento anual de 4% (para 20,5 milhões de toneladas), já o segmento de gado de corte tende a aumentar 3% (para 5,9 milhões de toneladas).

Do outro lado da equação, as rações voltadas às poedeiras e ao segmento de leite seguem com desempenho negativo quando comparadas ao ano anterior. No ano, ambos podem cair 4% e 3%, respectivamente, para 6,9 milhões de toneladas e 6,2 milhões de toneladas.

Em nota, o CEO do Sindirações, Ariovaldo Zani, afirmou que o ambiente inflacionário comprometeu os resultados dos produtores brasileiros de carnes, ovos e leite em 2022,

sejam eles verticalizados ou independentes. “Ainda assim, é louvável o desempenho do setor diante da escassez de insumos e da inflação cambial, as quais continuam turbinando os custos de produção e os preços de produtos e serviços”, reforçou.

Para 2023, o Sindirações prevê instabilidades geopolíticas e fragilidades socioeconômicas. “Os indicadores continuam apontando para a alta no custo do capital, valorização do dólar e incremento nas transações comerciais, combinação circunstancial, que no curto prazo, deve manter o cenário tão conturbado quanto o verificado até agora”,

avalia Zani. No que se refere ao Brasil, a entidade afirma que há dúvidas também quanto à política econômica a ser praticada pelo governo eleito.

“Apesar da aflitiva instabilidade geopolítica e fragilidade socioeconômica contemporânea, conforta saber que o invejável desempenho de um Brasil protagonista global na produção e exportação de gêneros agropecuários, continuará garantido, em boa parte pela inovação e pelo robusto potencial energético renovável, necessário ao combate dos indesejáveis efeitos das alterações climáticas”, afirma Zani.

 



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Oferta de Açúcar Refinado Americano Permanece apertado

A United States Sugar Savannah Refinery LLC notificou aos clientes que havia concluído a compra da Imperial Sugar Co. da Louis Dreyfus Co., um processo que começou em março de 2021 e sobreviveu a uma tentativa de bloqueio de venda pelo Departamento de Justiça dos EUA por ação cível anti-truste.

A safra da beterraba açucareira termina e o foco muda para as pilhas de beterraba do lado de fora, com temperaturas parecendo suficientemente frias para manter as pilhas congeladas.

A colheita da grande safra de cana-de-açúcar da Louisiana ficou cerca de uma semana atrás do ritmo médio. A colheita de cana da Flórida foi retardada pelas chuvas em algumas áreas.

Os processadores disseram que as entregas contratado diminuíram na semana de Ação de Graças e devem cair sazonalmente até o final do ano, em parte devido ao tempo de inatividade programado de alguns fabricantes de alimentos no final do ano.

A calmaria foi bem-vinda pelos vendedores, já que as entregas até outubro foram fortes, com alguns compradores retirando material mais cedo seja pelo aumento das necessidades ou devido a falta de suprimentos de outros vendedores.

Os usuários que buscavam oferta adicional no mercado spot se depararam com os altos preços e a falta de ofertas de beterraba, exceto de alguns distribuidores.

As indicações eram de que sacas de 50 libras de açúcar de beterraba estavam sendo vendidas por cerca de 80 centavos a libra entregue no sul.

Fontes da Costa Oeste observaram que pequenas quantidades de açúcar de beterraba a granel estavam disponíveis de um vendedor por volta de 59¢ FOB. Alguns açúcares importados também estavam chegando ao Oeste cerca de três a quatro meses atrasados, mas qualquer suprimento era bem-vindo.

Uma refinaria de cana continuou a oferecer açúcar spot a 68 c/lb em todas as refinarias até 31 de dezembro. Essa refinaria também ofereceu açúcar de cana para o calendário de 2023 a 61 centavos a libra fob em todos os locais.

Uma refinaria de cana foi vendido para 2022-23 e outros foram bem vendidos para a data. Os preços do açúcar nos EUA estavam altos o suficiente para encorajar as importações de alto nível, disseram as fontes.

Algumas vendas para o primeiro trimestre de 2023-24 (outubro-dezembro de 2023) e no início do calendário de 2024 foram observadas em níveis estáveis.

As ofertas recentes para 2022-23 foram de 51 ¢ a lb FOB Centro-Oeste para o açúcar de beterraba e 52,50 ¢ a lb FOB Sudeste para o açúcar de cana refinado. A maioria dos vendedores ainda não estava cotando os preços de 2023-24.

A contratação de adoçantes de milho para 2023 foi concluída principalmente por refinarias, mas uma quantidade considerável de negócios não cobertos permaneceu.

A maioria das refinarias de milho oferecia produto apenas para clientes existentes, e uma oferecia menos devido a problemas de entrega em 2022.

Os compradores disseram que não era mais uma questão de preço, mas que o fornecimento não poderia ser registrado como qualquer preço.

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Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal preenchem critérios de prioridade para candidaturas à lista de Patrimônio da Humanidade

Os Modos de Produção do Queijo Minas Artesanal Rumo à Lista de Patrimônio da Humanidade

 

Após seis dias de trabalhos, a 17ª Sessão do Comitê Intergovernamental para Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial da Unesco, em Rabat, no Marrocos, foi encerrada no último sábado (03/12).

Uma comitiva composta pelo Governo Minas, por meio das secretarias de Cultura e Turismo (Secult) e de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), e pelo Governo Federal, por meio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), vinculado à Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo, esteve no evento para a promoção dos Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal, bem cultural inscrito no Livro de Registro dos Saberes que deve ter a candidatura à Lista Representativa do Patrimônio da Humanidade apresentada ainda este mês. 

No último dia de encontro, a Unesco apresentou os critérios para a priorização de candidaturas, a serem analisadas no próximo ano, e este bem cultural se encaixa nestes critérios. Dentre eles, o fato de o Brasil não ter apresentado candidatura de bens culturais no ciclo anterior e estar localizado em uma região, da América Latina e do Caribe, sub-representada na Lista representativa do patrimônio cultural imaterial da humanidade.

Para o superintendente de Abastecimento e Cooperativismo da Seapa, Gilson de Assis Sales, a oportunidade reforça o papel de vanguarda do Queijo Minas Artesanal. “A candidatura vai nos mostrar o caminho que deve ser trilhado para outros produtos de Minas Gerais e outros queijos artesanais. Uma ação como esta gera curiosidade nas pessoas, atrai novos consumidores, traz mais vendas para os produtores, rentabilidade e, em consequência, desenvolvimento para o setor”, afirma.

Já a secretária de Estado Adjunta de Cultura e Turismo, Milena Pedrosa, destaca a relevância da promoção das tradições mineiras. “É muito necessário que juntos possamos fortalecer nossa cultura, nossa arte e também os nossos saberes tão valiosos para Minas Gerais”, diz.

Também integraram a comitiva representantes da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), da Associação Mineira de Produtores de Queijo Artesanal (Amiqueijo) e do Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado de Minas Gerais (Ocemg).

As ações de promoção contaram ainda com o apoio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae Minas), da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), do Instituto Periférico e da Faculdade Estácio.

Regiões produtoras

Em 2021, o Iphan modificou o título do bem cultural para Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal, ampliando o território de abrangência do registro para as regiões identificadas pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG). As novas regiões agregadas foram: Araxá, Campo das Vertentes, Serras do Ibitipoca, Triângulo de Minas, Diamantina e Entre Serras da Piedade e do Caraça. Até então, constavam Canastra e Serro.

Para a Presidente do Iphan, Larissa Peixoto, esta candidatura é exemplo de ação exitosa envolvendo diversos parceiros de salvaguarda: “A candidatura promoveu a ampliação da articulação institucional entre os vários órgãos e instituições que lidam com o universo da produção do Queijo Minas Artesanal, o que propiciou o estabelecimento de um profícuo diálogo com vistas à produção de soluções conjuntas e a não sobreposição de ações, demonstrando a importância da continuidade e aprofundamento desse processo de salvaguarda  no sentido do fortalecimento de uma rede que atue em prol dos detentores deste saber e de sua continuidade, tomando por referência suas demandas e necessidades”.

A chefe de gabinete da Emater-MG, Marina Simião, ressalta os esforços da empresa para a promoção do produto tipicamente mineiro. “Na medida em que temos o reconhecimento dos Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal como patrimônio imaterial da humanidade, a Emater também é valorizada pelo trabalho que é feito no campo. Parte dos estudos produzidos e encaminhados vem exatamente pela caracterização que a Emater faz das regiões produtoras, detalhando o ‘terroir’ e o histórico em torno dessa produção”, relata.

Dossiê

O passo seguinte após a sessão realizada no Marrocos é a conclusão, nas próximas semanas, do dossiê para a candidatura a patrimônio imaterial, pelas equipes técnicas do Governo de Minas e do Governo Federal. O prazo para envio se estende até março de 2023. Já a deliberação sobre a inscrição na lista representativa deve acontecer no fim de 2024.

A redação do documento é realizada pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha) e pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), com a supervisão do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A previsão é de que ele esteja protocolado até o fim deste mês de dezembro.

Programação

A programação da 17ª Sessão do Comitê Intergovernamental para Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial da Unesco contou com palestras, visitas técnicas e reuniões entre autoridades internacionais e o grupo envolvido na candidatura dos Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal.

O Centro de Referência do Queijo Artesanal (CRQA) montou, no evento, uma exposição imersiva para expor as histórias, o modo de vida e a produção dos queijos artesanais no estado, além de levar ao Marrocos a chef Bruna Martins, que preparou degustações de iguarias representativas da culinária de Minas Gerais.



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Treinamento sem assistência técnica não aumenta práticas sustentáveis de pequenas propriedades em programa do governo federal

Investir em treinamento, com cursos de curta duração, combinado a assistência técnica, com a visita de profissionais à propriedade para oferecer orientação, resulta em incrementos relevantes na restauração de pastagens e na produtividade entre pequenos e médios produtores rurais. Mas investir apenas em treinamento, sem o oferecimento de assistência técnica, não gera efeito significativo na implantação de práticas de manejo sustentáveis entre pequenos produtores. A conclusão é de um levantamento do Climate Policy Initiative (CPI/PUC-Rio), que avaliou o impacto de cursos de curta duração e da assistência técnica oferecidos pelo Projeto ABC Cerrado, iniciativa do governo federal que conta com US$ 23 milhões para extensão rural. 

O novo levantamento mostra que oferecer treinamento de maneira isolada surte efeito apenas para produtores de maior porte, cujas propriedades têm mais de 100 hectares. Entre grandes produtores, o treinamento quase dobrou a proporção de pastagens restauradas, que ajudam a melhorar a produtividade da pecuária e a reduzir a emissão de gases causadores do efeito estufa. A probabilidade da implementação de rotação de pastagens, uma das principais práticas do manejo sustentável, aumentou em 14% apenas com treinamentos. Isso acontece porque produtores maiores possuem mais recursos próprios e têm mais acesso a crédito para implantar novas tecnologias. Além disso, eles tendem a ser mais escolarizados e a contar com maior capital humano para compreender e se beneficiar do treinamento, sem necessitar de assistência técnica para isso.

Como o custo de implementação por produtor que recebe assistência é cerca de cinco vezes maior do que o custo de apenas treiná-lo, faz sentido que a expansão do projeto ofereça o treinamento para todos os perfis, mas focalize a assistência técnica para produtores de menor porte, que têm necessidades específicas. “Restrições de acesso ao crédito e menor escolaridade podem gerar dificuldades para que os produtores rurais implementem o conhecimento disponibilizado em treinamentos”, afirma Priscila Souza, coordenadora de Avaliação de Política Pública na área de Instrumentos Financeiros no CPI Brasil. “É preciso garantir que a extensão rural possibilite a assimilação do conteúdo, assim como viabilizar a disponibilidade de recursos para a implementação das práticas ensinadas.”

Mais da metade da área de pastagem no Brasil possui algum nível de degradação. A promoção de práticas sustentáveis é crucial para recuperá-las e enfrentar os desafios impostos pelas mudanças climáticas na agropecuária. A restauração de pastagens degradadas é um conjunto de práticas de manejo para melhorar a qualidade do solo e diminuir o risco de pragas, o que aumenta a produtividade da pecuária e reduz a necessidade de aumentar a produção de forma extensiva. Isso diminui a pressão por desmatamento e a emissão de gases causadores do efeito estufa. Encontrar mecanismos para ampliar a proporção de pastagens restauradas é fundamental para reduzir significativamente impactos ambientais em um país em que a perda de vegetação nativa é a principal responsável pela emissão de gases de efeito estufa.

A meta do Plano ABC+, principal iniciativa governamental para reduzir emissões na agropecuária brasileira para a década de 2021 a 2030, é recuperar 30 milhões de hectares de pastagens no país. Essa recuperação tem o potencial de reduzir as emissões do Brasil em 113,70 milhões de toneladas de carbono equivalente. Os treinamentos do Projeto ABC Cerrado consistiam em cursos de curta duração, ministrados por instrutores treinados pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), com aulas expositivas para grupos de produtores rurais a respeito de práticas relacionadas à restauração de pastagens degradadas, ao sistema de plantio direto (com mínimo revolvimento dos solos), integração lavoura-pecuária-floresta e cultivo de florestas. Já a assistência técnica é baseada em visitas mensais de técnicos às propriedades, que elaboram um plano de ação customizado para implementação dessas práticas, acompanhando e auxiliando o produtor durante 20 meses.



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