Dezembro começa com exportação de milho ainda aquecida e encaminhando ciclo para patamares recordes

Nestas duas semanas de dezembro, o Brasil embarcou 1.515.526,9 toneladas de milho não moído (exceto milho doce), de acordo com o relatório divulgado pelo Ministério da Economia, por meio da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

Sendo assim, o volume acumulado nestes 7 primeiros dias úteis do mês já representa 44,4% do total de 3.410.600,4 toneladas que foram exportadas durante todo o mês de dezembro de 2021.

Com isso, a média diária de embarques ficou em 216.503,8 toneladas, o que na comparação ao mesmo período do ano passado, representa elevação de 46% com relação as 148.287 do último mês de 2021. 

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Na última quinta-feira (08), a Anec (Associação Nacional dos Exportadores de Cereais) estimou que o país irá exportar 5,43 milhões de toneladas de milho ao longo deste mês. 

“Além de uma safra recorde permitir maiores embarques em 2022, as exportações de milho estão sendo beneficiadas pela recente autorização dos chineses ao cereal brasileiro, que já tem resultado em despachos efetivos para o país asiático, aliado à maior demanda de mercados que antes eram mais atendidos pela Ucrânia, como a União Europeia”, explica a Anec. 

Para o analisa de Germinar Corretos, Roberto Carlos Rafael, os volumes já contratados para exportação de dezembro e janeiro são robustos, para finalizar o ciclo em patamares recordes, semelhantes aos de 2019, de 42 milhões de toneladas. 

Em termos financeiros, o Brasil arrecadou um total de US$ 443,068 milhões no período, contra US$ 765.101 milhões de todo dezembro do ano passado. O que na média diária, deixa o atual mês com aumento de 90,3% ficando com US$ 63,295 milhões por dia útil contra US$ 33,265 milhões no último mês de dezembro. 

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Outra elevação apareceu no preço por tonelada obtido, que subiu 30,3% no período, saindo dos US$ 224,30 no ano passado para US$ 292,40 neste último mês do ano. 



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Mercado exportador de cachaça bate recorde em 2022

Após queda nas exportações durante a pandemia, o setor produtor de cachaça já vinha mostrando recuperação em 2021, mas agora tem motivos maiores para comemorar. O setor registra, este ano, um recorde no valor exportado. Foram US$ 18,47 milhões exportados, o maior valor dos últimos 12 anos e 54,74% maior que as exportações de 2021. O levantamento do Comex Stat, o sistema de dados de comércio exterior do governo federal, e compilados pelo Instituto Brasileiro da Cachaça (Ibrac), traz dados de janeiro a novembro.

Os números se destacam principalmente por serem de um período imediatamente após os piores anos da pandemia da covid-19 e, mesmo assim, trazerem cifras superiores ao período anterior à crise sanitária mundial. Em 2019, por exemplo, foi registrado um valor de exportação de US$ 14,60 milhões. Os números de 2022 superam os de 2019 em aproximadamente US$ 4 milhões. Houve ainda um crescimento no volume exportado. Foram 8,6 milhões de litros exportados, um aumento de 30,38%.

Para Carlos Lima, diretor executivo do Ibrac, as boas notícias são resultados da soma de alguns fatores, principalmente o retorno das atividades econômicas após a retração provocada pela covid-19. “Acho que isso se deve a um momento de retomada pós-pandemia. Apesar de termos tido um crescimento no ano passado, a volta efetiva dos bares e restaurantes trouxe um otimismo no mercado”, disse à Agência Brasil. Lima também atribuiu a retomada dos eventos como um fator de influência nesses números.

Atualmente, a cachaça é exportada para 72 países. Em termos de valor exportado, os principais são os Estados Unidos, Alemanha, Portugal, Itália, França e Paraguai. Este ano trouxe, inclusive, um aumento significativo na participação de alguns desses países, que até então não estavam entre os principais mercados. Portugal mais que dobrou nos valores de cachaça importada do Brasil e a Itália teve um aumento de 180% nas cifras.

Lima entende que as ações de promoção da cachaça como um produto para exportação também contribuíram. O Ibrac realiza com a Agência de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) um projeto de promoção de exportação da cachaça. Consiste em ações de promoção da cachaça e com proteção da denominação da cachaça como uma marca.

Micro e pequenas empresas, inclusive, têm sido inseridas no mercado internacional no contexto desse programa. A intenção do Ibrac é aumentar a base exportadora e manter os bons números nos próximos anos. “O Ibrac vem ao longo dos últimos anos investindo em ações de imagem da cachaça e promoção de oportunidade da cachaça. Empresas já investem há alguns anos no mercado internacional, e agora o país está desfrutando disso”, disse Carlos Lima.



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Exportação de café do Brasil avança 14% ante novembro de 2021

Segundo dados do relatório estatístico mensal do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), os embarques nacionais do produto totalizaram 3,673 milhões de sacas de 60 kg em novembro, volume que implica crescimento de 14,2% em relação aos 3,216 milhões remetidos ao exterior no mesmo mês de 2021. A receita cambial saltou 39,9% no mesmo intervalo comparativo, saindo de US$ 632,5 milhões para os atuais US$ 885,2 milhões, recorde histórico para novembro.

Com esse desempenho, as exportações de café do Brasil, no acumulado dos cinco primeiros meses do ano safra 2022/23, sobem para 16,051 milhões de sacas, tornando-se positivas em 1,7% frente aos 15,784 milhões enviados ao exterior entre julho e o fim de novembro do ciclo antecedente.

Quando se analisa os ingressos financeiros obtidos com os embarques, observa-se o segundo melhor desempenho da história, atrás apenas do mesmo período da temporada 2011/12, com a receita chegando a US$ 3,847 bilhões e apresentando incremento de 43,6% ante idêntico intervalo anterior.

Günter Häusler, presidente do Cecafé, avalia que a alta ocorrida reflete um consumo global que permanece aquecido e a busca dos grandes importadores pelos cafés do Brasil, apesar dos entraves que continuam a impactar o comércio marítimo mundial.

“O cenário logístico vem evoluindo de forma gradual nos últimos meses, permitindo ao país alcançar esse resultado em novembro. Entretanto, é importante ressaltar que ainda há grandes desafios e que estamos longe da condição de normalidade. Por outro lado, a demanda se mantém e os grandes consumidores seguem buscando, no maior produtor e exportador do mundo, a qualidade e a diversidade de nossos produtos, que respeitam os critérios socioambientais e vão ao encontro das exigências de sustentabilidade dos mercados internacionais, fazendo do Brasil um leal fornecedor”, comenta.

ANO CIVIL

De janeiro ao fim de novembro deste ano, o Brasil exportou 36,057 milhões de sacas, com queda anual de 1,8%. A receita cambial, de US$ 8,504 bilhões, é recorde histórico para o intervalo, registra substancial crescimento de 55,1% em relação aos US$ 5,483 bilhões obtidos em mesmo intervalo de 2021 e já supera, inclusive, os ingressos totais alcançados em todo o ano passado.

“No balanço do ano até o momento, observamos melhor o impacto dos gargalos logísticos no volume das exportações, que estão um pouco inferiores às do ano passado. Esse desempenho também reflete a forte demanda da indústria nacional pelos cafés canéforas, que seguem mais competitivos que os arábicas aos fabricantes brasileiros, tanto que as remessas de conilon e robusta ao exterior recuaram 60% de janeiro a novembro”, analisa Häusler.

Em relação à receita recorde, ele explica que resulta do melhor nível das cotações observadas neste ano, apesar das quedas recentes ocorridas nos mercados internacionais, e a taxa de câmbio favorável. O preço médio da saca de café exportada pelo Brasil, em 2022, é de US$ 235,85, 58% acima do valor médio observado em 2021, por exemplo”, completa.

PRINCIPAIS DESTINOS

Exemplificando a busca dos grandes importadores globais pelos cafés do Brasil citada pelo presidente do Cecafé, nove, dos 10 principais parceiros comerciais do país, elevaram suas aquisições. Os Estados Unidos encabeçam a lista dos maiores destinos do produto entre janeiro e novembro, com a importação de 7,351 milhões de sacas, montante 3,3% superior ao obtido no mesmo intervalo de 2021 e que equivale a 20,4% do total.

A Alemanha, com a aquisição de 6,331 milhões de sacas, incrementou em 4,4% as compras dos cafés do Brasil até novembro e tem representatividade de 17,6% no todo. Na sequência, vêm Itália, com 3,110 milhões (+18,6% / 8,6% do total); Bélgica, com 2,760 milhões de sacas (+11,8% / 7,7% do total); e Japão, com a importação de 1,699 milhão de sacas (-24,4% / 4,7% do total).

Os embarques também evoluíram para os países do sexto ao 10º lugares nesse ranking. A Colômbia, sexta colocada, elevou em 52,5% as aquisições do produto, que somam 1,605 milhão de sacas, sendo seguida, respectivamente, por Espanha, com alta de 16,8%; Turquia, com evolução de 0,2%; Países Baixos (Holanda), com significativo avanço de 82,3%; e Coreia do Sul, com crescimento de 29,2%.

TIPOS DE CAFÉ

O café arábica segue como o mais exportado no acumulado deste ano, com a remessa de 31,189 milhões de sacas ao exterior, ou 86,5% do total. O café solúvel registrou o embarque equivalente a 3,392 milhões de sacas, respondendo por 9,4%. Na sequência, aparecem a variedade canéfora (robusta + conilon), com a exportação de 1,434 milhão de sacas (4%), e o produto torrado e torrado e moído, com 42.424 sacas (0,1%).

CAFÉS DIFERENCIADOS

Os cafés diferenciados, que possuem qualidade superior ou algum tipo de certificado de práticas sustentáveis, responderam por 17,5% das exportações totais brasileiras do produto entre janeiro e novembro de 2022, com a remessa de 6,324 milhões de sacas ao exterior. Esse volume representa queda de 9,4% na comparação com os 6,981 milhões de sacas embarcados pelo país no mesmo período do ano antecedente.

O preço médio do produto diferenciado ficou em US$ 282,89 por saca, proporcionando uma receita de US$ 1,789 bilhão nos 11 meses, o que corresponde a 21% do obtido com os embarques totais. No comparativo anual, o valor é 42,4% maior do que o apurado no mesmo intervalo anterior.

No ranking dos principais destinos dos cafés diferenciados de janeiro a novembro deste ano, os Estados Unidos estão na ponta, com a importação de 1,520 milhão de sacas, o equivalente a 24% do total desse tipo de produto exportado. Na sequência, vêm Alemanha, com 1,097 milhão de sacas e representatividade de 17,3%; Bélgica, com 811.104 sacas (12,8%); Itália, com 394.358 sacas (6,2%); e Japão, com 291.271 sacas (4,6%).

PORTOS

O complexo marítimo de Santos (SP) segue como o principal exportador dos cafés do Brasil em 2022, com o envio de 29,095 milhões de sacas, o que equivale a 80,7% do total. Completando a lista dos três primeiros, aparecem os portos do Rio de Janeiro, que respondem por 14,9% dos embarques, com a remessa de 5,357 milhões de sacas nos 11 primeiros meses de 2022, e Paranaguá (PR), com a exportação de 327.932 sacas (0,9%).



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Projeto do Mapa e da FAO para conservação de cacau no sul da Bahia é aprovado pelo Global Environment Facility

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), por meio da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), em parceria com a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) teve o projeto “Conservação da Mata Atlântica através do manejo sustentável das paisagens agroflorestais do cacau” aprovado pelo Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF, em inglês). O valor do financiamento na modalidade doação é de US$ 5,3 milhões.

O projeto foi lançado durante o Simpósio sobre Sistemas Agroflorestais com Cacaueiro – SSAF-Cacau, em Ilhéus (BA), nesta quinta-feira (1).

“A região cacaueira da Bahia até hoje não se recuperou da introdução da vassoura-de-bruxa. Esse projeto pioneiro tem capacidade de acelerar a transformação e a modernização da cacauicultura no sistema cabruca garantindo sua preservação e a conservação ambiental ao tempo que propiciará Assistência Técnica gerencial e a construção de um novo modelo de desenvolvimento para a região usando as tecnologias disponíveis, como materiais resistentes a pragas, técnicas de manejo e fermentação”, destaca o diretor da Ceplac, Waldeck Araújo.

O componente de inteligência territorial irá instrumentalizar os gestores públicos e os técnicos com informações e análises contextualizadas para processos de gestão, possibilitando assim solidificar a cultura e a prática para reconexão de fragmentos florestais na Mata Atlântica, bioma conservado nessa região graças à cacauicultura.

Segundo o diretor, parte dos recursos será destinada para apoiar iniciativas de remuneração por serviços ambientais. “Todas essas ações são formas pelas quais a sociedade, em suas mais variadas representações, poderá trabalhar em conjunto com o Estado nas diversas esferas para o desenvolvimento regional sustentável”, completa.

A estimativa é que o projeto beneficie 3.000 agricultores familiares do sul da Bahia que produzem cacau sob o sistema cabruca, que é um modo de cultivo agroflorestal onde árvores nativas fazem sombra aos cacaueiros. Segundo dados de estudos recentes, 74% dos 93.000 produtores que cultivam cacau em quase 600 mil hectares no Brasil pertencem à categoria da agricultura familiar.

O representante da FAO no Brasil, Rafael Zavala, enfatizou que alinhar a conservação da biodiversidade com paisagens produtivas é uma das abordagens mais eficazes em prol da manutenção dos serviços ecossistêmicos e desenvolvimento social das populações rurais. 

“A FAO e o GEF, em conjunto com a Ceplac e parceiros, irão fortalecer uma prática histórica no sul da Bahia, da produção de cacau no sistema cabruca associada à conservação da Mata Atlântica. Para a FAO, esse projeto é extremamente importante, não só pelo seu aspecto social, mas por possibilitar a expansão e recuperação de áreas degradadas, aumento da conectividade ecológica apoiada em mecanismos financeiros e por meio da geração de renda, o que permitirá que os resultados do projeto sejam sustentáveis ao longo dos anos”, disse Zavala.

O sistema cabruca apresenta um elevado potencial para ser considerado como Sistema de Patrimônio Agrícola Globalmente Importante (GIAHS), que é promovido globalmente pela FAO. O GIAHS reconhece um sistema vivo e em evolução de comunidades humanas em um relacionamento diretamente conectado com sua paisagem territorial, cultural, agrícola e social mais ampla. Esse é mais um incentivo para trabalhar nessa proposta do GEF.

Sendo o GEF um fundo voltado para o meio ambiente, o projeto deverá focar na valorização do papel do cacauicultor e do sistema produtivo cabruca para a preservação florestal da Mata Atlântica, de modo que o fortalecimento de tal modelo servirá para diminuir as pressões para a mudança de uso do solo e evitar a troca do cultivo do cacau por outras culturas.

Por meio de modelo de governança coletivo (órgãos ambientais e agrícolas, assistência técnica, instituições de pesquisa e representantes de agricultores), o projeto visa: fortalecer a conservação da Mata Atlântica; levar pacotes tecnológicos para o manejo florestal de uso múltiplo baseado na renovação e enriquecimento da cabruca com espécies nativas, consolidados com sistemas de financiamento e integrados com assistência técnica; substituir cacaueiros idosos por clones avançados e resistentes às doenças; assegurar um pós-colheita com foco na qualidade, mecanismos de rastreabilidade e certificação.

O projeto será estruturado em quatro eixos:

  • Governança dos múltiplos esforços de uso e conservação ambiental entre autoridades públicas e produtores: instituições públicas e privadas que participam de um sistema de governança, capazes de gerenciar territórios ricos em florestas, com abordagem abrangente, sensíveis ao uso múltiplo e à conservação para garantir o serviço de prestação e apoio aos ecossistemas;
  • Implementação e adoção de pacotes adequados de ferramentas e tecnologias de gestão: Conservação, restauração e fortalecimento dos serviços ambientais por meio de uma melhor gestão dos recursos naturais com base no uso do monitoramento da biodiversidade, ferramentas e tecnologias de gestão produtiva;
  • Manejo sustentável: uma vez fortalecidas as cabrucas, os produtores de cacau seguem implementando boas práticas de produção e pós-colheita, o que contribuirá para o aumento da produtividade das culturas, melhora da qualidade do cacau e para a conservação da biodiversidade.
  • Desenvolvimento e fortalecimento de processos e mecanismos para um mercado verde baseado na melhoria da qualidade e diversificação dos subprodutos do cacau: estratégia para o acesso dos agricultores ao mercado diferenciado em termos de qualidade e produção sustentável, gerando crescimento de renda e contribuindo para a viabilidade econômica e ambiental do Sistema Agroflorestal do Cacau Cabruca.



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Carne de frango: volume exportado em 11 meses corresponde a 96% do total embarcado em 2021

É que, no acumulado dos 11 primeiros meses deste ano o volume exportado ficou próximo dos 4,290 milhões de toneladas, correspondendo a 96% do total do ano passado. Ou seja: faltam não mais que 180 mil toneladas para superar o recorde anterior.

Em novembro, considerados os quatro principais itens exportados – frango inteiro, cortes, carne salgada e industrializados – foram embarcadas 361,6 mil toneladas do produto, 5% a menos que em outubro e o terceiro mais fraco resultado do ano. No entanto, comparativamente ao mesmo mês do ano passado foi registrado aumento de 12%, o que fez do mês o melhor novembro de todos os tempos.

Com tal desempenho, o total acumulado no ano se encontra 5,36% acima do registrado nos mesmos 11 meses de 2021, enquanto o aumento na receita cambial (combinação do aumento de volume com uma significativa melhora no preço médio) supera os 29%, gerando valor superior a US$8,772 bilhões,

Aproximadamente os mesmos índices de expansão – 5,56% no volume; 29,29% na receita – são observados no acumulado dos 12 meses encerrados em novembro de 2022.



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Paraná: recorde na produção de etanol!

Produção de Etanol no Brasil

A produção de etanol no Brasil poderá ultrapassar 34 bilhões de litros na safra 2023/24, a maioria oriunda da cana-de-açúcar, com destaque para o Paraná. A tendência de crescimento na produção a partir do milho também é observada, com números significativos no setor. A concentração da produção nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, com São Paulo liderando o ranking, reflete a importância do etanol para o país.

O Desempenho do Milho no Paraná

Com relação ao milho paranaense, as condições da lavoura da segunda safra 2023/24 têm apresentado variações significativas, impactando a produção do grão. Essa instabilidade no setor do milho reflete diretamente na produção de etanol, tendo em vista a relevância desse insumo na fabricação do biocombustível.

A Diversificação da Produção Agrícola

O boletim também destaca outros segmentos agrícolas, como a produção de caqui, mel, frango e tabaco, demonstrando a diversidade do setor no Paraná e no Brasil. A análise desses dados permite compreender a importância de diferentes culturas na economia agrícola, evidenciando oportunidades e desafios para os produtores locais.

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Milho

Com relação ao milho paranaense, o que se observou foi uma piora nas condições de lavoura da segunda safra 2023/24. No entanto, há 15 dias, dos 2,4 milhões de hectares plantados, 86% tinham condição boa no campo. Agora, todavia, o percentual caiu para 72%. De outro lado, a área em condição ruim cresceu de 2% para 8%, enquanto a situação mediana se verifica em 20%.

Caqui

O boletim traça ainda um panorama sobre a produção de caqui, cultivado em 2022 em 7,8 mil hectares no Brasil, constituindo-se na 20ª fruta em área e a 19ª em volumes colhidos (164,4 mil toneladas), segundo o IBGE. O Valor Bruto de Produção (VBP) alcançou R$ 428,7 milhões.

A fruta é explorada em oito unidades da Federação, com liderança de São Paulo (47,1%), Rio Grande do Sul (26,5%) e Minas Gerais (11,4%). O Paraná responde por 4,6%. Segundo o Deral, em 2022 foram produzidas 6,8 mil toneladas em 494 hectares, com VBP de R$ 22,4 milhões.

Mel

O documento apresenta também os dados do Agrostat, plataforma do Ministério da Agricultura e Pecuária, sobre as exportações de mel natural no primeiro bimestre de 2024. O Paraná ocupa a oitava posição, com receita de pouco mais de US$ 447 mil para 208 toneladas exportadas, e preço médio de US$ 1,70 por quilo.

No ano passado, no mesmo período, o Paraná havia exportado 163 toneladas, mas teve receita de US$ 624,5 mil, resultado de um preço médio bem mais elevado, ficando em US$ 3,83 por quilo. No Brasil, o volume exportado nos dois primeiros meses de 2024 foi de 3.874 toneladas para receita de US$ 9,9 milhões.

Frango

O boletim analisa também a relação entre preço do frango pago ao produtor e os principais insumos de criação. Em março, o valor nominal médio do frango vivo atingiu R$ 4,53 o quilo. Com isso foram necessários 208 quilos de frango para adquirir uma tonelada de milho. Dessa forma, em março de 2023 a relação era de 282 quilos. De farelo de soja eram necessários 586 quilos no ano passado, agora 436 quilos foram suficientes.

Tabaco

O documento comenta ainda o término da colheita de tabaco no Paraná. Foram produzidas 144,4 mil toneladas, correspondendo à redução de 16% comparativamente às 172 mil toneladas do ciclo anterior, ainda que a área cultivada tivesse passado de 72 para 74,6 mil hectares.

Os motivos da queda são principalmente a falta de luminosidade em outubro e novembro, o que prejudicou o desenvolvimento vegetativo, e o encharcamento de áreas, dificultando o enraizamento das plantas e provocando perda total em algumas localidades.

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Conclusão: A diversificação na produção agrícola paranaense

O Boletim de Conjuntura Agropecuária trouxe números expressivos sobre a produção de etanol, caqui, mel, frango e tabaco no Paraná. Com destaque para a expansão do milho na produção de etanol e os desafios enfrentados na colheita de tabaco, fica evidente a importância da diversificação na agricultura do estado. Manter um olhar atento às diferentes culturas e aos desafios enfrentados em cada uma delas é essencial para garantir a sustentabilidade e o sucesso do setor agrícola paranaense no longo prazo.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

Perguntas Frequentes sobre a Produção de Etanol no Brasil

1. Qual é a previsão de produção de etanol na safra 2023/24?

A previsão é que a produção de etanol no Brasil ultrapasse 34 bilhões de litros, sendo a maioria proveniente da cana-de-açúcar.

2. Qual é o estado que mais produz etanol no Brasil?

São Paulo é o maior produtor de etanol no Brasil, respondendo por 36% do total.

3. Qual é a tendência de produção de etanol a partir do milho?

Atualmente, a produção de etanol a partir do milho está em crescimento, com a perspectiva de representar 18% da produção total de etanol, um salto de 125% em apenas quatro anos.

4. Como estão as condições da lavoura de milho no Paraná?

Nas últimas semanas, houve uma piora nas condições da lavoura de milho no Paraná, com uma redução no percentual de áreas em condição boa e um aumento na área em condição ruim.

5. Quais são os principais estados produtores de caqui no Brasil?

O caqui é cultivado em oito unidades da Federação, com destaque para São Paulo, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. O Paraná também tem participação na produção de caqui.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

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A produção de etanol no Brasil poderá ultrapassar 34 bilhões de litros na safra 2023/24, a maioria (82%) oriunda da cana-de-açúcar, embora a produção a partir do milho esteja em crescimento. O Paraná responde por 1,25 bilhão de litros na safra atual, mas com tendência a aumentar, segundo o Boletim de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 5 a 11 de abril. O documento é preparado pelos técnicos do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab).

A produção de etanol brasileira está concentrada principalmente nas regiões Sudeste e Centro-Oeste. Maior produtor, São Paulo responde por 36% do total.

A perspectiva de crescimento para a fonte primária do milho é observada nos números. Na safra 2020/21, ele representava apenas 9% da produção total de etanol, ou seja, 2,7 bilhões de litros. Agora a previsão é de 18%, o que se traduz em um salto de 125% em apenas quatro anos, passando a 6,1 bilhões de litros. Nesse segmento o destaque é Mato Grosso, com 73% de participação.

Milho

Com relação ao milho paranaense, o que se observou foi uma piora nas condições de lavoura da segunda safra 2023/24. No entanto, há 15 dias, dos 2,4 milhões de hectares plantados, 86% tinham condição boa no campo. Agora, todavia, o percentual caiu para 72%. De outro lado, a área em condição ruim cresceu de 2% para 8%, enquanto a situação mediana se verifica em 20%.

Caqui

O boletim traça ainda um panorama sobre a produção de caqui, cultivado em 2022 em 7,8 mil hectares no Brasil, constituindo-se na 20ª fruta em área e a 19ª em volumes colhidos (164,4 mil toneladas), segundo o IBGE. O Valor Bruto de Produção (VBP) alcançou R$ 428,7 milhões.

A fruta é explorada em oito unidades da Federação, com liderança de São Paulo (47,1%), Rio Grande do Sul (26,5%) e Minas Gerais (11,4%). O Paraná responde por 4,6%. Segundo o Deral, em 2022 foram produzidas 6,8 mil toneladas em 494 hectares, com VBP de R$ 22,4 milhões.

Mel

O documento apresenta também os dados do Agrostat, plataforma do Ministério da Agricultura e Pecuária, sobre as exportações de mel natural no primeiro bimestre de 2024. O Paraná ocupa a oitava posição, com receita de pouco mais de US$ 447 mil para 208 toneladas exportadas, e preço médio de US$ 1,70 por quilo.

No ano passado, no mesmo período, o Paraná havia exportado 163 toneladas, mas teve receita de US$ 624,5 mil, resultado de um preço médio bem mais elevado, ficando em US$ 3,83 por quilo. No Brasil, o volume exportado nos dois primeiros meses de 2024 foi de 3.874 toneladas para receita de US$ 9,9 milhões.

Frango

O boletim analisa também a relação entre preço do frango pago ao produtor e os principais insumos de criação. Em março, o valor nominal médio do frango vivo atingiu R$ 4,53 o quilo. Com isso foram necessários 208 quilos de frango para adquirir uma tonelada de milho. Dessa forma, em março de 2023 a relação era de 282 quilos. De farelo de soja eram necessários 586 quilos no ano passado, agora 436 quilos foram suficientes.

Tabaco

O documento comenta ainda o término da colheita de tabaco no Paraná. Foram produzidas 144,4 mil toneladas, correspondendo à redução de 16% comparativamente às 172 mil toneladas do ciclo anterior, ainda que a área cultivada tivesse passado de 72 para 74,6 mil hectares.

Os motivos da queda são principalmente a falta de luminosidade em outubro e novembro, o que prejudicou o desenvolvimento vegetativo, e o encharcamento de áreas, dificultando o enraizamento das plantas e provocando perda total em algumas localidades.

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MT terá oferta histórica e sustentada pelo milho e algodão

A estimativa para a safra 2022/23, em Mato Grosso, aponta para mais recorde anual de produção: 90,05 milhões toneladas (t), volume que se confirmar, será 4,1% maior que o recorde anterior em 86,48 milhões t. Pelo 12º ano consecutivo, o Estado será o maior produtor nacional de grãos de fibras.    

Esses e outros números constam no terceiro levantamento da safra de grãos, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), ontem. A safra – mais uma vez histórica – será garantida pelas projeções ao algodão e ao milho, culturas com alta anual de 18,9% e de 7,2%, respectivamente. A soja, carro-chefe do agro mato-grossense, deve aumentar a produção em 0,5%. Nesse cenário, Mato Grosso vai ofertar em 2023, mais milho do que soja.      

Para o algodão estadual, a Conab projeta oferta de 2,09 milhões t, 18,9% acima das 1,76 milhão t da safra 2021/22.  

Para o milho segunda safra, Mato Grosso deverá contabilizar 44,07 milhões t, 7,2% a mais em relação ao consolidado em 41,10 milhões t.

A soja segue com previsão de estabilidade. Os técnicos da Companhia estimam uma oferta de 41,69 milhões t para esta safra, 0,5% sobre os 41,49 milhões t do ciclo anterior.    

Para o País, a Conab indica uma produção de 312,2 milhões t, 15% ou 40,8 milhões t, superior à obtida em 2021/22. Com a conclusão da semeadura das culturas de primeira safra em dezembro, as atenções se voltam para a evolução das lavouras e os efeitos do comportamento climático, que deverá definir a produtividade. Com relação à estimativa anterior, anunciada em novembro, quando foram projetadas 313 milhões de toneladas, os dados mostram um ajuste no volume total produzido, em função da menor produtividade do milho e redução na área de arroz.    

Com a área total de plantio no país estimada em 77 milhões de hectares, a agricultura brasileira mantém a tendência de crescimento observada nos últimos anos, também com previsão de recorde. O resultado equivale a um crescimento de 3,3% ou de 2,49 mil hectares sobre a área da safra 2021/22.

Nas pesquisas realizadas para esse levantamento, a evolução da semeadura das culturas de primeira safra apresenta um leve atraso. “Essa cautela dos produtores é natural em um cenário climático que apresenta excesso de chuvas e baixas temperaturas, sobretudo em parte dos estados das regiões Sul e Sudeste, e ainda as restrições hídricas e baixa umidade do solo na região Centro-Oeste e no Matopiba. Ainda assim, a produção estimada para a safra 2022/23 continua recorde”, afirma o presidente da Conab, Guilherme Ribeiro.  

No caso da soja, a terceira estimativa para a área de plantio, no atual ciclo, aponta para crescimento de 4,6% sobre a safra passada, situando-se em 43,4 milhões de hectares. A conclusão da semeadura está prevista para o final de dezembro e as condições climáticas vêm beneficiando as lavouras. “Durante o levantamento de campo, identificamos que a leve redução na produtividade sobre a estimativa do mês anterior foi compensada pelos acréscimos nas áreas, em especial no Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Minas Gerais”, afirma o diretor de Informações Agropecuárias e Políticas Agrícolas da Conab, Sergio De Zen. “Com relação à produção, a safra de soja em curso deve chegar a um volume recorde de 153,5 milhões de toneladas, 22,2% ou 27,9 milhões de toneladas acima da obtida na safra anterior”.    

Para o milho, a Conab prevê uma produção total de 125,8 milhões de toneladas na safra 2022/23, com aumento esperado de 11,2% comparado à safra anterior. O plantio do milho primeira safra avançou em todas as regiões produtoras do cereal. “No Rio Grande do Sul, a diminuição e irregularidades de chuvas em novembro, aliadas às altas temperaturas, provocaram sintomas de déficit hídrico nas plantas”, esclarece a superintendente de Informações da Agropecuária, Candice Santos. 

“O clima afetou principalmente as áreas que se encontram no estágio reprodutivo. Diante disso, a Conab mantém o monitoramento das lavouras para avaliar os possíveis impactos, o que pode intensificar as quedas já registradas no rendimento do milho no Estado”.



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MG: liberação de crédito rural registra crescimento

Nos primeiros quatro meses do Plano Agrícola e Pecuário (PAP) 2022/23, Minas Gerais já demandou 41% a mais de recursos para aplicação na agricultura e pecuária. Ao todo, foram desembolsados R$ 21,13 bilhões para o estado mineiro.  

Porém, entre as linhas disponíveis no crédito rural, a mais demandada foi a de custeio. De acordo com os dados da Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) o valor total já liberado para Minas Gerais representa 14% do desembolso nacional.  

Para a linha de custeio, os desembolsos para o Estado já somam R$ 13,13 bilhões e estão 74% maiores que os R$ 7,53 bilhões registrados na safra anterior. Ao todo, foram aprovados 46.786 contratos. 

Em outubro, por exemplo, a cultura que demandou maior volume de crédito foi o café, com um total de R$ 1 bilhão.



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soja em Mato Grosso do Sul tem aumento de 49,4%

soja em Mato Grosso do Sul tem aumento de 49,4%

Essa também será a maior produção estadual da oleaginosa, conforme dados da série histórica da Conab, iniciada em 1977. Os números são do terceiro levantamento da safra de grãos, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), na quinta-feira (8).

Com 98% da semeadura concluída até o final de novembro, os cultivos estão apresentando bom desenvolvimento e aproximadamente 20% das lavouras iniciaram as fases reprodutivas, quando as plantas tornam-se mais susceptíveis aos estresses ambientais devido ao aumento da demanda hídrica, o que exige bons e regulares volumes de chuvas.

A estimativa da área estadual cultivada com soja apresenta um acréscimo de 5,8% em relação à safra passada, atingindo 3,76 milhões de hectares com a oleaginosa em Mato Grosso do Sul. Além disso, até o momento as condições climáticas estão permitindo estimar uma produtividade média de 3.549 kg/ha, o que representa uma recuperação de 41,2% em relação ao último ciclo, o qual foi fortemente prejudicado pelo clima adverso em dezembro e janeiro passados.

A soja corresponde a mais de 98% dos cultivos de grãos realizados em primeira safra em Mato Grosso do Sul. Com o encerramento do vazio sanitário, em 15 de setembro, houve o início da semeadura das lavouras da safra 2022/23. Naquele momento já havia boa umidade no solo e as precipitações seguiram frequentes e com bons volumes até o final de outubro, garantindo adequada germinação e emergência das plantas, proporcionando adequada população de plantas nas lavouras.

Já em novembro, ocorreu significativa redução no volume acumulado, mas a correta distribuição das precipitações manteve disponibilidade hídrica suficiente para o bom desenvolvimento da cultura.

Com relação às participações das regiões brasileiras, tem-se a seguinte distribuição: Centro-Oeste (49,6%), Sul (25,1%), Sudeste (10,4%), Nordeste (9,7%) e Norte (5,2%).

Cereais de inverno

No Centro-Oeste, as maiores produções devem ser a de Goiás, com 90,3 mil toneladas, declínio de 6,5% em relação a 2021.

Em segundo lugar está Mato Grosso do Sul, com 48,2 mil toneladas, crescimento de 124,5% em termos anuais.

Os principais cereais de inverno produzidos no Brasil são o trigo, a aveia branca e a cevada.

Feijão

A 2ª safra de feijão foi estimada em 1,3 milhão de toneladas no país, declínio de 0,7% frente à estimativa de julho.

Tal safra representa 42,5% do total de feijão produzido no país, tornando-se, portanto, a principal, uma vez que na safra de verão, os produtores tendem a preferir cultivar a soja em decorrência de sua maior rentabilidade, aponta o IBGE.

Mato Grosso do Sul está entre os destaques positivos para os crescimentos da produção, com uma um crescimento de 79,3%.

Por outro lado, na 3,ª safra de feijão, Mato Grosso do Sul registra um decréscimo de -11,8% na produção.

A 3ª safra de feijão é cultivada normalmente utilizando-se irrigação por pivô, o que aumenta os custos de produção, principalmente em decorrência do maior consumo de energia.

Milho

Para o milho 1ª safra, a estimativa é de uma produção nacional de 25,8 milhões de toneladas, aumento de 0,4% em relação ao mês anterior.

Em Mato Grosso do Sul, espera-se um crescimento de 58,5% nesta safra, em relação a 2021; bem como um aumento de 85,7% na 2ª safra.

Soja

A produção nacional manteve-se em 118,8 milhões de toneladas, estimativa que representa aumento mensal de 0,1%, contudo, há retração de 11,9% em comparação a 2021.

Os impactos da prolongada estiagem na região Centro–Sul refletiram na produção da soja brasileira em 2022.

Em Mato Grosso do Sul, a falta de chuvas durante o ciclo fez com que o Estado apresentasse um declínio da produção de cerca de 54,3%, em comparação com 2021.

Brasil

Em agosto, IBGE prevê safra de 261,7 milhões de toneladas para 2022. Esse número é 3,3% maior que o obtido em 2021. Entretanto, é 0,7% abaixo da estimativa de julho deste ano.

A área a ser colhida é de 73,0 milhões de hectares, 6,5% maior que em 2021 e 0,1% maior que o previsto em julho.

Segundo o levantamento do IBGE, o arroz, o milho e a soja são os três principais produtos que elevam o índice da produção, representando 91,5% da estimativa da produção.

A produção nacional de milho, em 2022, deve alcançar novo recorde. Em comparação com a produção de 2021, o IBGE indica que houve acréscimos de 9,8% na área do milho (aumento de 7,7% no milho 1ª safra e de 10,5% no milho 2ª safra).

Também houve aumento de 17,7% na do algodão herbáceo (em caroço), de 4,7% na da soja e de 9,0% na do trigo.

Por outro lado, houve queda de 2,6% na área do arroz, mesmo assim, o produto segue entre os que possuem maior produção.

 



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Cultivo de trigo no semiárido cearense

Os resultados são importantes porque a cultura do trigo é muito bem estabelecida em regiões temperadas e subtropicais, mas as regiões de baixa latitude, como é o caso do semiárido, são consideradas um desafio para esse cultivo.

O estudo científico avaliou como oito cultivares reagem ao clima semiárido da Caatinga, observando-se as transformações estruturais da planta em relação ao clima, relevo, umidade do ar e precipitação pluvial.

Os resultados obtidos foram considerados bastante promissores, pois revelaram cultivares com alta adaptabilidade ao ecossistema da região.

Com isso, a expectativa é de que a planta passe a ser cultivada em regiões mais tropicais, já que demonstrou ter enorme potencial de crescimento nesse bioma, onde a região do Matopiba, do estado Ceará, por exemplo, possuí 73 milhões de hectares agricultáveis.

A pesquisa concluiu que o rendimento médio na região pode chegar a 3.220,5 quilos por hectare, acima da média nacional de produção.

Com esses resultados, regiões como o Ceará, que importam trigo de outros países, sobretudo da China, têm potencial de realizar o plantio de forma que a safra seja mais produtiva, e em ciclos curtos entre a coleta e o plantio, dando ensejo ao crescimento socioeconômico da região Nordeste.

O experimento foi a base do trabalho de conclusão de curso do estudante de agronomia Pedro Henrique Gomes Bezerra, que destaca a importância desses resultados para o agronegócio, ressaltando sua função social, sobretudo no combate à fome.

“O desenvolvimento do projeto foi um grande desafio por conta das condições adversas que temos no Nordeste, e pela falta de estudos que pudessem ser referência para a execução.

Demos o primeiro passo para o estudo do trigo na região semiárida, em baixas altitudes.

Então, temos a expectativa de continuidade na pesquisa para consolidar a capacidade da cultura de trigo como uma boa opção para os produtores, não só como safrinha em soja, como também a possibilidade se ser uma cultura que possa ajudar no combate à fome, uma vez que ela apresentou, pelos estudos, um ciclo de produtividade de 75 dias, característica que melhoraria o aproveitamento das janelas de chuva”, relata o estudante.

A pesquisa utilizou oito cultivares de trigo (BRS 404, BRS 264, BRS 254, BRS 394, MGS Brilhante, ORS 1403, ORS FEROZ e TBIO Duque). As sementes foram doadas pela Embrapa Cerrados, sediada na região do Cerrado, bioma com características semelhantes ao do ambiente em que o trigo foi testado.

Destacaram-se em alta produtividade e precocidade as cultivares BRS 264 e BRS 254, tendo outros materiais superado esta produtividade, porém, em ciclos maiores.

O orientador do estudo, professor da Escola de Ciências Agrárias José Maria Villela Pádua, destaca o êxito que a planta apresentou em ambiente com condições ecológicas diferentes dos locais mais comuns de seu cultivo.

”Foram testadas diferentes cultivares e, mesmo nas condições locais, consideradas diferentes das condições ideais para o trigo, caracterizada por altitudes superiores e solos menos arenosos, franco-argilosos, os resultados se mostraram bastantes promissores, próximos da média nacional, em ciclos curtos de produção”.

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