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Mercado boi gordo se recupera com retomada das exportações à China?

O mercado de gado no primeiro trimestre de 2022

Uma tempestade no início do ano

Artigo do analista de mercado da Scot Consultoria, Alcides Torres

O mercado de gado no primeiro trimestre de 2022 foi marcado por muita volatilidade. No início do ano, mais precisamente em janeiro, o preço da arroba bovina gorda estava baixo, com pouca força. Isso se deve ao fato de que os compradores não estavam interessados em adquirir o gado, assim como os pecuaristas não estavam dispostos a vender seus animais.

Um colapso repentino

A situação só começou a melhorar no final de janeiro e permaneceu estável até o dia 23 de fevereiro, quando um possível caso de doença da “vaca louca” foi anunciado. Isso causou um colapso no mercado de uma vez por todas. A China, principal destino da carne bovina brasileira, suspendeu as importações de acordo com o protocolo sanitário assinado entre os dois países.

Com a suspensão das exportações para a China, o preço do gado destinado ao mercado interno caiu e as compras de gado chinês também desapareceram. Essa situação não é favorável para os pecuaristas brasileiros.

Recuperação do mercado asiático

Após a confirmação de que a doença era atípica, as exportações foram retomadas durante a visita de uma delegação brasileira à China. A autorização para a retomada dos embarques foi dada pelas autoridades chinesas. No entanto, é importante ressaltar que é o país importador que tem o poder de liberar as exportações.

Com a retomada das exportações, o mercado ganhou força novamente. O preço do gado vivo destinado ao mercado interno subiu e as ofertas de compra por parte dos chineses reapareceram. A diferença no preço da arroba para exportação chegou a R$ 25,00, o que representa um bom prêmio para os pecuaristas brasileiros.

É importante destacar que o preço do gado já estava em uma trajetória de recuperação antes mesmo da retomada das exportações, pois os pecuaristas estavam enfrentando dificuldades em vender seus animais.

Instabilidade em abril

No início de abril, próximo ao feriado da Páscoa, o mercado voltou a apresentar instabilidade. Os preços caíram em São Paulo, que é referência para os preços, e se mantiveram estáveis nos demais mercados da pecuária. Nas outras praças, houve oscilações leves para cima e para baixo.

Uma exceção foi o estado do Acre, onde o preço do gado subiu. Isso se deveu à dificuldade de transporte causada pelo estado precário das estradas locais.

Expectativas para os próximos meses

Para o mês de abril, a expectativa é de que os preços se mantenham relativamente sustentados devido à disponibilidade de pastagens. No entanto, mudanças de comportamento são esperadas para o mês de maio, quando a grama estará seca. Nesse período, é esperado um aumento na oferta de gado, o que pode levar a uma queda nos preços.

É importante ressaltar que essas projeções são apenas especulações e não há como prever com certeza como o mercado se comportará no futuro.

Fonte: ScotConsultoria

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Conclusão:

O mercado de gado no primeiro trimestre passou por momentos de instabilidade devido a diversos fatores, como a ameaça da doença da “vaca louca” e a suspensão das exportações para a China. No entanto, houve uma recuperação com a retomada das exportações e um aumento no preço do gado vivo destinado ao mercado interno. Apesar disso, é esperado que o mercado passe por mudanças nos próximos meses, com a chegada do período de pastagens secas.

Perguntas e Respostas:

1) Por que o mercado de gado foi considerado volátil no primeiro trimestre?

O mercado de gado foi considerado volátil devido à queda no preço da arroba bovina gorda no início do ano, falta de interesse dos compradores e pecuaristas em realizar negociações.

2) Qual foi o impacto da ameaça da doença da “vaca louca” no mercado?

A ameaça da doença da “vaca louca” resultou na suspensão das exportações de carne bovina para a China, o que gerou um colapso no mercado e queda nos preços do gado destinado ao mercado interno.

3) Quando as exportações de carne bovina foram retomadas?

As exportações de carne bovina foram retomadas durante a visita da delegação brasileira à China, após comprovação da atipicidade da doença e autorização das autoridades chinesas.

4) Qual foi o efeito da retomada das exportações no mercado?

A retomada das exportações de carne bovina para a China deu força ao mercado, resultando em um aumento no preço do gado vivo destinado ao mercado interno e reaparecimento das ofertas de compra do gado chinês.

5) O que é esperado para o mercado de gado nos próximos meses?

É esperado que o mercado passe por mudanças nos próximos meses, com a chegada do período de pastagens secas, o que pode aumentar a oferta de gado e levar a uma queda nos preços.

Artigo do analista de mercado da Scot Consultoria, Alcides Torres

De janeiro a março, o mercado de gado passou por uma tempestade. Quando for esse o caso, o mercado utiliza o termo “volátil”. Em janeiro, o preço da arroba bovina gorda estava baixo, sem força. Compradores sem interesse em comprar e pecuaristas sem interesse em vender.

O mercado só melhorou no final de janeiro e assim permaneceu até 23 de fevereiro, quando foi anunciado um possível caso de doença da “vaca louca”. O mercado então entrou em colapso de uma vez por todas. A China, principal destino da carne bovina brasileira, não é mais atendida, pois nesses casos, segundo o protocolo sanitário assinado, as exportações são suspensas pelas autoridades brasileiras.

O preço do gado destinado ao mercado interno caiu e as compras de gado chinês (bovinos com até 30 meses) desapareceram. Não é bom.

Recuperação do mercado asiático

Comprovada a atipicidade da doença, as exportações foram retomadas durante a visita da delegação brasileira à China. A retomada dos embarques foi autorizada pelas autoridades chinesas. É assim que funciona, nós suspendemos e são eles que podem liberar.

Com o lançamento, o mercado ganhou força. O preço do gado vivo destinado ao mercado interno subiu e as ofertas de compra do gado chinês reapareceram. A diferença no preço da arroba para exportação chegou a R$ 25,00. Um belo prêmio.

Na verdade, o preço já apresentava reação antes mesmo do lançamento, pois os vendedores, os pecuaristas, estavam firmemente em desvantagem.

No início de abril, véspera do feriado da Páscoa, o mercado voltou a tremer, os preços caíram em São Paulo, referência de preços, e permaneceram estáveis ​​nos demais mercados da pecuária. Na verdade, nas outras praças, eles oscilaram um pouco para cima e um pouco para baixo.

A exceção foi o Acre, onde o preço subiu. A dificuldade de transporte, devido ao estado deplorável das estradas, fez com que o preço subisse.

Ainda temos um abril com pastagens e portanto o mercado deverá ter preços relativamente sustentados. As mudanças de comportamento devem acontecer em maio, quando tudo muda e a grama seca.

Aí, a oferta de gado aumenta e o preço tende a cair.

Mas será assim?

Não sabemos, mas é o que acontece quando todos tentam aproveitar ao máximo até a última folha de grama.

Fonte: ScotConsultoria

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo
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