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Agricultura: Mão de obra qualificada ainda é um desafio

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Mão de obra qualificada ainda é um desafio para a agricultura brasileira
Mão de obra qualificada ainda é um desafio para a agricultura brasileira

Grupo Pivot lança treinamento e os melhores serão contratados

Entre 2010 e 2019, a produção agrícola no Brasil cresceu a uma taxa anual de 2,3%, quase o dobro da média mundial de 1,4% registrada na mesma década, segundo relatório divulgado este ano pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento.

Econômico (OCDE). O investimento em tecnologias de ponta foi fundamental para essa ascensão, mas essa forte e rápida modernização do setor, embora positiva, trouxe à tona um problema para a agricultura brasileira: a falta de mão de obra qualificada.

Hoje, existem diversas ferramentas tecnológicas e digitais à disposição dos produtores rurais para obter agricultura e pecuária de alto desempenho.

O problema é que para operar esses modernos maquinários e entender as informações que eles trazem, é preciso mão de obra especializada.

Para tentar enfrentar esse problema, as empresas do agronegócio estão assumindo esse papel de qualificar trabalhadores e, com isso, preencher vagas que muitas vezes ficam sem candidatos por meses.

É o caso do Grupo Pivot, empresa goiana que é uma das líderes no mercado nacional de máquinas agrícolas e sistemas de irrigação, que por meio de seu programa Pivot Training já formou mais de 50 profissionais especializados em manutenção de tratores e maquinaria.

Voltado para jovens interessados ​​em seguir a carreira de técnico mecânico, o programa foi criado em 2020 como forma de recrutar novos talentos para a empresa e, assim, atender à demanda por mão de obra mais qualificada em alguns setores.

De acordo com a gerente de Recursos Humanos (RH) do grupo, Kenia Christine Silveira, ao serem selecionadas para o treinamento, os participantes já contratados como trainees e ao longo do programa também recebem um salário mínimo.

Em setembro passado, o programa Pivot Training formou um novo grupo com 25 novos técnicos mecânicos.

“Aqueles que se saem melhor nas avaliações práticas e teóricas do curso são promovidos ao cargo de assistente técnico e encaminhados para vagas disponíveis em nossas lojas”, explica Kenia.

Ela acrescenta que as inscrições para uma nova edição do programa já estão abertas. Ao todo, estão sendo oferecidas 20 vagas para o treinamento, que deve começar em janeiro de 2023. Ainda de acordo com o gerente de RH, os interessados ​​podem se inscrever no site da Pivot (pivot.com.br) até o dia 5 de novembro.

“Não exigimos experiência, pedimos apenas que a pessoa tenha mais de 18 anos, ensino médio completo, vontade de aprender uma nova profissão e morar próximo às cidades onde a Pivot possui lojas que participam do programa Pivot Training ”, informa o gerente de RH.

Além de Goiânia, o programa de treinamento da Pivot abrange unidades em Goiás, Cristalina, Catalão, Formosa, Uruaçu e Novas Crixás; e em Minas, Unaí e Paracatu.

Segundo José Henrique Castro Gross, gerente corporativo de agricultura de precisão da Pivot, a maior parte do programa é realizada no Centro de Treinamento Pivot, em Unaí, e ao longo de 12 meses, os participantes recebem aulas teóricas e práticas sobre conceitos básicos de elétrica mecânica, e depois em conhecimentos específicos em máquinas agrícolas. Eles também visitam as lojas Pivot, para conhecer e vivenciar na prática a função de auxiliar mecânico.

“Os equipamentos agrícolas agregam uma tecnologia de altíssima tecnologia, que aumenta a produtividade e auxilia o produtor rural na gestão do seu negócio.

Mas para operar e cuidar da manutenção precisamos de pessoal qualificado, o que é escasso no mercado.

Por isso, decidimos lançar o Pivot Training Program, cujo conteúdo programático desenvolvemos em parceria com a Case IH, marca internacional líder em soluções tecnológicas para a área e da qual somos um dos representantes no Brasil”, explica José Henrique.

Para o gestor, a empresa tem um ganho de médio e longo prazo com treinamento.

“Acabamos tendo um profissional treinado dentro da filosofia de trabalho da empresa e focado em atender as necessidades de nossos clientes, e isso é muito importante até para a qualidade do nosso atendimento, desde o momento da compra, passando pela entrega e até a manutenção” , ele aponta.

Integrante da primeira turma do Pivot Training em 2020, o técnico mecânico Leonardo Victor Araújo Bezerra, 23 anos, conta que o programa de treinamento foi fundamental para ele.

O jovem relata que no final de 2018 veio do Maranhão para Catalão, no sul de Goiás, em busca de emprego e conseguiu um emprego em uma mineradora. “Um ano depois, a empresa teve que demitir muita gente.

Mas pouco tempo depois, um amigo do local onde ele trabalhava me contou sobre esse programa Pivot”, conta.

Com a possibilidade de fazer um curso e ao mesmo tempo receber remuneração durante a formação, Leonardo conta que a oportunidade veio não só na hora certa, mas em uma área que sempre gostou.

“Sempre gostei de mecânica e já havia trabalhado com mecânica industrial e mecânica de automóveis. Herdei esse gosto do meu pai, que é mecânico industrial.

E hoje, graças a essa chance que a Pivot me deu, tenho uma profissão que gosto muito”, destaca o jovem que trabalha na Pivot de Catalão.

O técnico mecânico Victor Hugo da Silva Ferreira, também de 23 anos, integra a segunda turma de Pivot Training. Ele conta que também sempre gostou de mecânica, mas ainda não teve a oportunidade de trabalhar na área.

“Quando eu era adolescente, trabalhava em uma espécie de oficina que fazia consertos de bancos de carro, mas ainda não era o que eu queria. Querendo trabalhar na autoelétrica de um primo, acabei ingressando no Senai para fazer o curso de técnico em eletricista.

Lá conheci um professor que, anos depois, me indicou para trabalhar na área de mecânico agrícola, que, segundo ele, tinha muitas oportunidades de trabalho e oferecia melhor remuneração”, conta Victor Hugo, que trabalha na loja Pivot em Nova Crixás .

Antes de ingressar na Pivot, Victor conta que trabalhou na área de expedição de um frigorífico em Goiânia.

Segundo ele, a chance de trabalhar em uma profissão mais dinâmica e menos burocrática, e também a possibilidade de ingressar em uma empresa que lhe oferecesse muito mais perspectivas de crescimento, foram essenciais para a decisão de deixar o emprego e mudar de área.

“Aqui estamos sempre na fazenda, tendo que viajar, então é uma atividade que você não para. E ficar parado em um lugar é a minha coisa menos favorita. Além disso, apesar de ter nascido em Goiânia, estou gostando muito desse ambiente tranquilo do interior”, esclarece.

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