O mercado de boi gordo: o desafio da estabilidade
O mercado físico do boi gordo continua em um cenário de “queda de braço”, com frigoríficos tentando pressionar os valores da arroba e pecuaristas resistindo.
Neste contexto, a estabilidade nos preços da arroba predomina em grande parte do País. As demandas não evoluíram, as ofertas de boiadas gordas garantem escalas de abate confortáveis aos frigoríficos.
Desafios e cenário atual
No mercado paulista, a demanda pela carne bovina não avançou ao longo da semana, resultando em escalas de abate confortáveis para os frigoríficos locais. Os valores da arroba e as negociações refletem a resistência dos pecuaristas e a cautela na liberação do gado terminado.
Boi gordo e ajustes na B3
Na B3, o movimento de alta não se manteve e todos os contratos apresentaram ajustes negativos comparados ao dia anterior. A precificação dos contratos e as movimentações indicam um cenário em constante transformação no mercado do boi gordo.
Na B3, o movimento de alta não permaneceu nesta quarta-feira (13/03) e todos os contratos apresentaram ajustes negativos na comparação feita com o dia anterior.
O vencimento para março/24 ficou precificado em R$232,85/@, queda diária de 0,62%, informa a Agrifatto.
Brasileiros longe das gôndolas
As vendas de carne bovina no varejo de São Paulo têm apresentando baixo desempenho nesta semana, informa a Agrifatto.
“Há oferta volumosa de todos os produtos com osso, contudo, a demanda para maioria deles é baixa”, ressalta a consultoria, que acrescenta: “Existe um excesso de oferta e um claro viés de baixa nas cotações do traseiro, da ponta de agulha e também da vaca casada”.
Além disso, foram registradas algumas vendas de boi castrado com ajuste negativo de R$ 0,30/kg, chegando a R$ 15,50/kg, acrescenta a Agrifatto. “Ou seja, a pressão negativa da segunda quinzena chegou com tudo para os atacadistas da carne bovina”, destacam os analistas.
Descarte de vacas em peso
Com a divulgação dos números de abate no Brasil referente ao quarto trimestre, o setor registrou um volume acumulado de 34,06 milhões de cabeças enviadas aos ganchos no Brasil em 2023. “Trata-se do maior montante de bovinos abatidos no Brasil desde 2013”, relata a Agrifatto.
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Com esses números, observa a consultoria, a participação de fêmeas sobre o total de bovinos abatidos no Brasil atingiu 41,6% em 2023, o maior resultado desde 2019 e 2,35 pontos percentuais acima da média de participação dos últimos 15 anos.
O resultado, diz a Agrifatto, reforça o argumento de que a atual fase do ciclo pecuário “é de descarte de fêmeas”.
“Para 2024, esperamos que o descarte de fêmeas continue acelerado e estimamos que o total de bovinos abatidos no Brasil atinja 35,85 milhões de cabeças, o maior resultado da história”, prevê a Agrifatto.
Descarte acelerado de fêmeas e perspectivas para o mercado pecuário
Com a atual fase do ciclo pecuário marcada pelo descarte acelerado de fêmeas, o mercado pecuário enfrenta desafios e oportunidades. O volume recorde de bovinos abatidos no Brasil em 2023 evidencia a necessidade de adequação e planejamento para os próximos anos.
A expectativa da Agrifatto é de um aumento ainda maior no descarte de fêmeas em 2024, com estimativa de 35,85 milhões de cabeças abatidas, o que aponta para uma nova realidade no setor pecuário.
Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo
Análise do Mercado de Boi Gordo: Estabilidade e Tendências
O mercado físico do boi gordo continua em um cenário de estabilidade, com frigoríficos e pecuaristas em uma constante “queda de braço. De acordo com a Agrifatto, os frigoríficos tentam pressionar os valores da arroba, enquanto os pecuaristas resistem, resultando em preços estáveis em grande parte do país.
FAQs sobre o Mercado de Boi Gordo
1. Qual é a situação atual do mercado de boi gordo?
No mercado paulista, a demanda pela carne bovina permanece estável, com ofertas de boiadas gordas garantindo escalas de abate confortáveis para os frigoríficos locais.
2. Quais são os preços praticados na região de São Paulo?
De acordo com a Scot Consultoria, o “boi-China” está sendo negociado a R$ 235/@ e o boi “comum” a R$ 230/@. As fêmeas estão sendo vendidas por R$ 205/@ (vaca gorda) e R$ 220/@ (novilha).
3. Como está o movimento na B3 em relação ao boi gordo?
O movimento de alta na B3 não se manteve, com todos os contratos apresentando ajustes negativos em comparação ao dia anterior, com o vencimento para março/24 precificado em R$232,85/@.
4. Como tem sido o desempenho das vendas no varejo de carne bovina em São Paulo?
O varejo de São Paulo tem apresentado baixo desempenho, com uma oferta volumosa de produtos com osso e uma demanda baixa, resultando em um viés de baixa nas cotações de diversos produtos.
5. Qual é a projeção da Agrifatto para o abate de bovinos em 2024?
A Agrifatto estima que o total de bovinos abatidos no Brasil atinja 35,85 milhões de cabeças em 2024, o maior resultado da história, com uma tendência de descarte acelerado de fêmeas.
Com essas informações, é possível observar as tendências e desafios do mercado de boi gordo, entendendo a dinâmica entre oferta, demanda e preços.
Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo
