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O que dizem os analistas sobre a intensificação da pressão baixista nas praças brasileiras, de acordo com o Portal DBO?

Noticias do Jornal do campo
Boa leitura!

Nesta quinta-feira, 10 de agosto, os preços do boi gordo voltaram a cair em alguns mercados brasileiros, refletindo a ausência de muitos frigoríficos nas compras, informa o S&P Global Commodity Insights.

A saída das indústrias do mercado, justifica a consultoria, é resultado do fraco escoamento da produção de carne bovina, que aumentou os estoques nas câmaras frigoríficas.

“O fraco consumo interno e a queda dos preços da carne bovina brasileira colocada no mercado externo trouxeram muitas incertezas aos frigoríficos”destaca o S&P Global.

Ao mesmo tempo, desanimados com os rumos do mercado, muitos pecuaristas aumentaram a oferta de gado terminado, reforçando a queda dos preços.

Além disso, o avanço do período seco reduz a capacidade de carga das pastagens, forçando a desova de lotes prontos para o abate. Entre os principais pólos pecuários do país, o interior de São Paulo é o que mais preocupa, informa o S&P Global.

Mercado Pecuário | China volta a pagar mais pela carne brasileira; como isso deve se refletir no preço da arroba?

Principal exportador nacional de carne bovina e referência de preço da arroba no Brasil, o mercado paulista está muito fraco em termos de negócios, observa a consultoria.

As balanças de abate das indústrias paulistas estão cheias para pouco mais de 20 dias, praticamente prontas no final de agosto, apurou o S&P Global.

De acordo com a consultoria, a maior parte dos cronogramas de abate era composta por lotes de animais negociados por meio de contratos de compra por prazo determinado – sistema em que a indústria “encomenda” uma determinada quantidade de gado ao pecuarista para entrega no prazo combinado e com valor fixo no mercado futuro de boi gordo da B3.

No interior de São Paulo, a referência de preço do boi gordo ainda está em torno de R$ 230/@ (valor bruto), mas já houve negócios no dia a R$ 225/@, informa o S&P Global.

“As fábricas exportadoras (em São Paulo) estão sem compras e não dão sinais de quando devem retomá-las”diz para S&P Global.

Na avaliação da consultoria, pelo lado da oferta, a quebra do setor também se deve ao alto número de fêmeas na linha de abate.

Em Estados como Mato Grosso e Pará, relata o S&P Globala representatividade das vacas chega a 70% do total de animais a serem abatidos em algumas unidades.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou nesta quinta-feira que, no primeiro semestre de 2023, os frigoríficos brasileiros abateram 15,6 milhões de bovinos, um aumento de 8% em relação ao mesmo período de 2022 – esses dados preliminares abrangem os frigoríficos com o três certificados (SIM, SIE e SIF). Este é o maior número desde 2019.

SAIBA MAIS | Abate de bovinos sobe 11% no 2º trimestre em relação ao 2º trimestre de 2022, diz prévia do IBGE

Por sua vez, a produção brasileira de carne bovina, segundo o IBGE, cresceu 6,3% no primeiro semestre de 2023, totalizando cerca de 4,05 milhões de toneladas de equivalente carcaça, recorde na série histórica.

“No entanto, as exportações de proteínas, no mesmo período, caíram 5,4%, aumentando os estoques internos, derrubando os preços das carnes e as margens das indústrias frigoríficas”, dizem os analistas S&P Global.

dados escoceses – Frigoríficos paulistas passaram a oferecer nesta quinta-feira R$ 5/@ a menos pela carne gorda de boi, apurou a Scot Consultoria.

“Alguns frigoríficos estão sem compras e, entre os compradores ativos, há ofertas ocorrendo abaixo da referência para boi gordo”afirma Scot, acrescentando: “Nos próximos dias, novas quedas não estão descartadas”.

Um touro gordo está sendo negociado a R$ 225 no mercado paulista, uma vaca vale R$ 200 e uma novilha gorda, R$ 215 (preços brutos e futuros), segundo a Scot.

O “boi chinês” é vendido por R$ 230/@ em São Paulo (na hora, valor bruto), com ágio de R$ 5/@ sobre o animal “comum”.

Cotações máximas de homens e mulheres na quinta-feira, 8/10
(Fonte: S&P Global)

SP-Noroeste:

carne bovina a R$ 227/@ (prazo)
vaca a R$ 217/@ (prazo)

MS-Gold:

bois a R$ 225/@ (à vista)
vago a R$ 215/@ (à vista)

MS-C.Grande:

carne bovina a R$ 227/@ (prazo)
vaca a R$ 217/@ (prazo)

MT-Cáceres:

carne bovina a R$ 202/@ (prazo)
vaca a R$ 177/@ (prazo)

MT-Cuiabá:

bois a R$ 200/@ (à vista)
desocupado a R$ 177/@ (à vista)

MT-Collider:

bois a R$ 200/@ (à vista)
vago a R$ 175/@ (à vista)

GO-Goiânia:

carne bovina a R$ 212/@ (prazo)
vaca R$ 197/@ (prazo)

GO-Sul:

carne bovina a R$ 212/@ (prazo)
vaca a R$ 197/@ (prazo)

PR-Maringá:

bois a R$ 227/@ (à vista)
vago a R$ 200/@ (à vista)

MG-Triângulo:

carne bovina a R$ 222/@ (prazo)
vaca a R$ 197/@ (prazo)

MG-BH:

carne bovina a R$ 212/@ (prazo)
vaca a R$ 192/@ (prazo)

BA-F. Santana:

bois a R$ 195/@ (à vista)
vago a R$ 185/@ (à vista)

RS-Fronteira:

bois a R$ 240/@ (à vista)
vago a R$ 210/@ (à vista)

PA-Marabá:

carne bovina a R$ 197/@ (prazo)
vaca a R$ 182/@ (prazo)

PA-Resgate:

carne bovina a R$ 197/@ (prazo)
vaca a R$ 183/@ (prazo)

PA-Paragomin:

carne bovina a R$ 207/@ (prazo)
vaca a R$ 194/@ (prazo)

TO-Araguaína:

carne bovina a R$ 202/@ (prazo)
vaca a R$ 182/@ (prazo)

RO-Cacoal:

bois a R$ 190/@ (à vista)
desocupado a R$ 170/@ (à vista)

MA-Açailândia:

bois a R$ 192/@ (à vista)
vago a R$ 175/@ (à vista)

A cópia completa do conteúdo acima não é permitida. A reprodução parcial é autorizada apenas na forma de citação e link para o conteúdo completo. Plágio é crime segundo a Lei 9610/98.
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A queda contínua dos preços do boi gordo no mercado brasileiro é reflexo da falta de demanda por parte dos frigoríficos, de acordo com o S&P Global Commodity Insights. A baixa no consumo interno, aliada à redução dos preços da carne bovina brasileira no mercado externo, tem gerado incertezas para as indústrias frigoríficas. Além disso, muitos pecuaristas têm aumentado a oferta de gado terminado, o que intensifica a queda nos preços. A capacidade de carga das pastagens também está sendo afetada pelo período seco, causando a necessidade de desova de lotes prontos para o abate, com destaque para o interior de São Paulo.

O mercado pecuário brasileiro tem sido influenciado por diversos fatores, e a China tem desempenhado um papel importante. Como principal exportador nacional de carne bovina, o mercado paulista tem sentido os efeitos da falta de negócios, com as balanças de abate dos frigoríficos cheias apenas para os próximos 20 dias. A consultoria S&P Global destaca que a maior parte dos cronogramas de abate é composta por animais negociados por meio de contratos de compra por prazo determinado. No entanto, as fábricas exportadoras em São Paulo estão sem compras e não há perspectivas de retomada.

Outro fator que tem contribuído para a queda no setor pecuário é o alto número de fêmeas na linha de abate, principalmente nos estados de Mato Grosso e Pará. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou dados mostrando que os frigoríficos brasileiros abateram 15,6 milhões de bovinos no primeiro semestre de 2023, um aumento de 8% em relação ao mesmo período de 2022. Enquanto a produção brasileira de carne bovina teve um crescimento de 6,3% no primeiro semestre, as exportações de proteínas caíram 5,4%, aumentando os estoques internos e derrubando os preços.

Diante desse cenário, os frigoríficos paulistas têm oferecido valores abaixo da referência para o boi gordo, o que tem contribuído para a queda dos preços. Os valores atualmente praticados no mercado são R$ 225/@ para um touro gordo, R$ 200 para uma vaca e R$ 215 para uma novilha gorda. É importante destacar que essas são cotações brutas e futuras, podendo sofrer alterações nos próximos dias.

No entanto, não é permitida a reprodução completa do conteúdo acima, sendo autorizada apenas a citação e o link para o conteúdo completo. Plágio é crime segundo a Lei 9610/98.

Perguntas:

1. Por que os preços do boi gordo estão caindo no mercado brasileiro?
2. O que está contribuindo para a ausência de demanda por parte dos frigoríficos?
3. Por que muitos pecuaristas estão aumentando a oferta de gado terminado?
4. Como a China está influenciando o mercado brasileiro de carne bovina?
5. Qual é a atual situação do mercado pecuário no interior de São Paulo?

Respostas:

1. Os preços do boi gordo estão caindo devido à ausência de demanda por parte dos frigoríficos, que são afetados pelo fraco consumo interno e pela queda nos preços da carne bovina brasileira no mercado externo.
2. A ausência de demanda está sendo causada pelo fraco consumo interno e pela queda nos preços da carne bovina brasileira no mercado externo.
3. Muitos pecuaristas estão aumentando a oferta de gado terminado como uma forma de lidar com a falta de demanda e redução nos preços da carne bovina.
4. A China é o principal exportador nacional de carne bovina e sua demanda tem influenciado o mercado brasileiro. Atualmente, a falta de negócios com a China tem impactado o mercado paulista.
5. No interior de São Paulo, o mercado pecuário está mais preocupante em comparação com outros polos pecuários do país, como resultado da falta de demanda e do aumento da oferta de gado terminado, além da redução na capacidade de carga das pastagens devido ao período seco.
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Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

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Fonte: Portal DBO

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