Mercado do Leite Ira se Recupera – Nas últimas semanas, o preço do leite caiu 10,4%. Cenário diferente de julho, onde teve alta generalizada…
Thank you for reading this post, don't forget to subscribe!Com a queda de agosto, as projeções são de que o valor de referência fique em R$ 2,8195 para o leite entregue em agosto a ser pago em setembro.
O cenário foi apresentado em reunião do Conseleite (Conselho Paritário Produtores/Indústrias de Leite do Paraná), realizado nesta terça-feira (23).
“Para julho, tínhamos expectativas de preços recordes.
Esse alta se confirmou, mas em agosto o mercado virou.
Agora, estamos verificando um recuo gradativo em derivados importantes”, disse o vice-presidente do Conseleite-PR, Ronei Volpi – que representa o Sistema FAEP/SENAR-PR no colegiado.
“Além disso, neste ano, temos tido uma menor captação em relação a anos anteriores. Isso corrobora para preços mais elevados”, explicou.
A interrupção na sequência de altas se deve ao desempenho de produtos como muçarela, leite UHT e queijo prato – três itens mais comercializados no Paraná e que exercem um peso maior no cálculo do valor de referência do leite.
Após alta expressiva em julho, esses derivados tiveram queda significativa em agosto: o UHT despencou 17%; o muçarela caiu 10%; e o queijo prato, 4,7%.
“Ainda assim, esses produtos seguem com valores nominais bem acima dos registrados no início do ano”, observou Volpi.
Alguns derivados que não têm comercialização tão expressiva perderam menos preço, se comparado o preço do leite.
É o caso do requeijão, que permaneceu estável; do parmesão, que recuou 1,2%; da bebida láctea, que teve queda de 1,1%; e do creme de leite, de 2,1%.
Apenas quatro itens do mix de comercialização mantiveram a alta: leite pasteurizado (2,4%); leite em pó (12,2%); doce de leite (4,2%); e iogurte (2,1%).
Volpi, avalia que, por um lado, a queda está atrelada ao poder aquisitivo da população. Por outro, o vice-presidente do Conseleite-PR mencionou o momento difícil pelo qual passa o setor, pressionado por aumentos consecutivos dos custos de produção e desafios externos.
“Temos enfrentando uma série de dificuldades, começando por questões climáticas, desestímulos ao setor, culminando com muitos produtores abandonando a atividade.
Neste momento, reputamos que essa queda tem a ver mais com o fato de os preços terem batido no teto para o consumidor do que com questões relacionados à produção”.
O preço do leite captado em junho/22 e pago aos produtores em julho/22 registrou forte elevação de 20%, chegando a R$ 3,1932/litro na “Média Brasil” líquida do Cepea – um recorde da série histórica, iniciada em 2004.
Trata-se do sexto mês consecutivo de avanço. Assim, desde o início de 2022, o leite no campo acumula valorização real de 43,7% (os valores foram deflacionados pelo IPCA de julho/22).
Apesar da alta expressiva, esse não deve ser o teto de preços deste ano. Pesquisas ainda em andamento do Cepea apontam que a média de agosto (referente à captação de julho) pode aumentar 10%, indo para acima de R$ 3,50/litro e renovando, portanto, o patamar recorde.
Mercado do Leite muda cenário e esta alarmista
Valores dos derivados atingem recordes
Seguindo o movimento altista observado em junho, os preços dos lácteos negociados entre indústrias e canais de distribuição no estado de São Paulo subiram consideravelmente em julho, devido à menor oferta no campo, registrando recordes na série histórica do Cepea.
A pesquisa realizada pelo Cepea com apoio da OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras) verificou que as cotações do leite longa vida (UHT), da muçarela e do leite em pó (400g) atingiram médias de R$ 6,50/litro, de R$ 43,78/kg e de R$ 35,27/kg, respectivamente, no último mês, altas reais de 25,5%, de 20,6% e de 16,2% frente ao mês anterior.
Em relação ao mesmo período do ano passado, o aumento foi de 68,5% para o UHT, de 44,1% para a muçarela, e de 30,7% para o leite em pó (400g), em termos reais (valores deflacionados pelo IPCA de julho/22).
Compras no mercado externo avançam pelo quarto mês seguido
As importações subiram em julho pelo quarto mês consecutivo, devido à baixa oferta no mercado interno. Segundo dados da Secex, o Brasil adquiriu 108 milhões de litros em equivalente leite, crescimentos de 26,8% em relação a junho/22 e de 44,9% em comparação a julho/21.
COE da pecuária leiteira registra segunda queda em três anos
Em julho, o Custo Operacional Efetivo (COE) da pecuária leiteira apresentou recuo de 0,44% na “Média Brasil” (BA, GO, MG, PR, RS, SC e SP), a segunda queda em três anos e a mais significativa desde agosto de 2019, quando a retração foi de 0,5%.
Os dados são do Cepea.
Com a guerra na Ucrânia, o preço do leite no mercado internacional alcança os maiores patamares dos últimos 8 anos, segundo dados da Embrapa Gado de Leite.
O leite em pó integral está cotado em US$ 4.500/tonelada. A oferta de leite nos principais mercados globais continua limitada e o aumento do custo de produção seguram o incremento da produção internacional.
A balança comercial brasileira de lácteos tem reagido ao aumento dos preços internacionais e ao câmbio ainda favorável ao comércio exterior brasileiro.
As exportações acumuladas nos primeiros dois meses de 2022 somam US$ 36 milhões. Esta é uma cifra pequena, comparada com o valor da produção brasileira de lácteos, mas representa avanço de 152% sobre os US$ 14 milhões registrados nos primeiros dois meses de 2021.
As importações, por sua vez, caíram 58% neste período, somando US$ 108 milhões. O déficit da balança de lácteos alcançou US$ 71 milhões, uma redução de mais de 70% sobre o acumulado nos primeiros dois meses de 2021.
Leite no Brasil
Os preços de derivados lácteos no Brasil continuaram a aumentar no atacado durante o mês de fevereiro, sinalizando algum alívio para a indústria, que tem trabalhado com margens apertadas e capacidade ociosa.
O preço ao produtor alcançou R$ 2,15 em fevereiro, um pequeno aumento sobre o mês anterior.
O leite no mercado spot, no entanto, alcançou o maior valor em seis meses em Minas Gerais: R$ 2,54, sinalizando que há espaço para aumento do preço pago ao produtor.
Ainda que o produtor receba mais pelo valor do seu produto, suas margens também continuam estreitas, por conta do aumento do preço de importantes insumos para a produção do leite.
Milho e soja registraram forte valorização devido a quebra da safra de Verão que ocorreu por conta de problemas meteorológicos em especial no sul brasileiro. Além disso, a demanda firme e a oferta apertada, por conta da Guerra, têm mantido o preço destas commodities em alta.
Do ponto de vista do consumidor a situação é de cautela.
A renda média do brasileiro caiu e ainda não retornou aos patamares pré-pandemia.
A nova realidade da guerra é um complicador adicional para a economia, por conta da inflação mundial que repercute também no Brasil. No entanto, alguns dados atenuam este cenário.
Desde o início de 2022 a entrada de recursos estrangeiros para investimentos se intensificou no Brasil e o real se apreciou em mais de 10% no período, em relação o dólar.
A bolsa de valores também se valorizou nas últimas semanas, antecipando a perspectiva de crescimento da economia nacional, cuja previsão acaba de ser revisada de 0,3% para 0,4% pelo Banco Central. É um crescimento tímido, mas o viés de alta é positivo.
O programa governamental de ajuda às famílias de baixa renda, o Auxílio Brasil, também pode alavancar o consumo de lácteos.
Investimentos contratados pelas concessões de rodovias, portos, aeroportos e ferrovias somam mais de R$ 1 trilhão e este é mais um fator que pode impulsionar a economia brasileira e o poder aquisitivo da população.
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