Até aqui em novembro, o Brasil já exportou 3.490.758,8 toneladas de milho não moído (exceto milho doce), de acordo com o relatório divulgado pelo Ministério da Economia, por meio da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
Sendo assim, o volume acumulado nestes 12 primeiros dias úteis do mês já representa 45,9% mais do que o total de 2.392.522 toneladas que foram exportadas durante todo o mês de novembro de 2021.
Com isso, a média diária de embarques ficou em 290.896,6 toneladas, o que na comparação ao mesmo período do ano passado, representa elevação de 131% com relação as 125.922,2 do mês de novembro de 2021.
Na última quarta-feira (16), a Anec (Associação Nacional dos Exportadores de Cereais) havia elevado a estimativa de exportação de milho em novembro das 6 milhões de toneladas estimativas no início do mês, para as atuais 6,64 milhões de toneladas.
Em caso de confirmação, este seria o quarto mês seguido com embarques acima das 6 milhões de toneladas de milho.
Para o analista de mercado da Grão Direto, Ruan Sene, o Brasil deve encerrar novembro embarcando mais de 5,5 milhões de toneladas, chegando à 37 milhões no acumulado de 2022 e faltando apenas 5,8 milhões para atingir o recorde de exportações de 41,8 milhões de toneladas registrado em 2019.
“No entanto, caso dezembro mantenha esse ritmo, poderá levar o país a bater seu recorde de 2019, o que no cenário atual, é bastante possível. Esse panorama coloca o Brasil em destaque como um importante fornecedor do cereal para o mundo, oferecendo mais oportunidades ao produtor brasileiro”, aponta Sene.
Em termos financeiros, o Brasil já arrecadou um total de US$ 1.001 bilhão no período, contra US$ 513,251 milhões de todo novembro do ano passado. O que na média diária, deixa o atual mês com aumento de 209,1% ficando com US$ 83,487 milhões por dia útil contra US$ 27,013 milhões no último mês de novembro.
Outra elevação apareceu no preço por tonelada obtido, que subiu 33,8% no período, saindo dos US$ 214,50 no ano passado para US$ 287,00 neste mês de novembro.