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captação de leite cair com a alta dos Custos de produção

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captação de leite cair com a alta dos Custos de produção 2

 

A ingestão de leite no Brasil caiu 5,05% em 2022, caindo para 23,8 bilhões de litros, segundo o boletim de custos do leite de abril

divulgado esta semana pelo Cepea/Esalq/USP. Segundo a publicação, 2022 foi o segundo ano consecutivo de queda na absorção do produto.

O clima adverso em algumas regiões, os custos de produção e as margens estreitas da atividade influenciaram na redução da oferta de leite. “Dados do Projeto Campo Futuro (parceria CNA e Cepea) mostram aumento de 50% no Custo Efetivo Operacional (EOC) de janeiro de 2020 a fevereiro de 2023 para a “Média Brasil” (MG, PR, RS, SC, GO, SP , BA)”, aponta o Cepea.

Leia abaixo a íntegra do Boletim de Custos do Leite – edição de abril:

Financiamento nacional cai 5,05% em 2022, com queda nas margens da atividade ao longo do ano”

“A produção de leite é uma atividade agrícola de longo prazo, pois os investimentos para a instalação ou expansão da produção são altos, e os resultados desses aportes tendem a retornar em um ritmo mais gradual. Por outro lado, o desinvestimento e/ou saída da atividade muitas vezes ocorre um pouco mais rápido, seja pela boa liquidez dos rebanhos ou mesmo pela possibilidade de mudar a dieta das vacas em momentos climáticos adversos, ou principalmente pela alta custos, como ocorreu nos últimos anos na pecuária leiteira no Brasil.

Dados da Pesquisa Trimestral do Leite do IBGE 2022 mostram queda de 5,05% na arrecadação de leite no país em relação ao volume total de 2021. ,1 bilhão em 2021, configurando o segundo ano consecutivo de redução na quantidade de leite adquirido, além de o menor volume dos últimos seis anos.

Ao analisar o estado de Minas Gerais – que, além de ser o principal produtor nacional, tem diferentes realidades de produção de leite –, há uma queda de 5,9% no consumo, resultado acima do nacional. Com essa restrição de oferta no campo, o leite UHT em 2022 apresentou preços recordes.

Conforme apontado em levantamento do Cepea, o produto chegou a R$ 6,50/litro no atacado em São Paulo em jul/22. No ano, no estado de São Paulo, houve retração de 6,36% nas captações. Com a mesma intensidade, o preço pago ao produtor chegou a R$ 3,57/litro (média para o Brasil), outro recorde histórico para a série do Cepea.

Além do clima adverso em algumas regiões, os custos de produção e as margens estreitas da atividade influenciaram na redução da oferta de leite. Dados do Projeto Campo Futuro (parceria CNA e Cepea) mostram um aumento significativo de 50% no Custo Efetivo Operacional (EOC) de janeiro de 2020 a fevereiro de 2023 para a “Média Brasil” (MG, PR, RS, SC, GO, SP, BA).

Em 2022, registou-se alguma estabilidade nos custos mesmo face à inflação global, com um aumento de 2,5%, com perspetivas mais positivas face aos anos anteriores 0 COE subiu 18,7% em 2021 e 23,4% em 2020 Refira-se, porém, que os custos e preços dos insumos permanecem historicamente elevados, pressionando as margens da atividade.

E o principal fator que elevou os custos nos últimos anos foi a valorização da dieta total, seja para compra de ração concentrada ou para produção de volumoso na propriedade. Em 2021, em um espaço de tempo relativamente curto, os produtores se viram diante de uma nova realidade de preços de insumos, acompanhada de períodos de significativa perda de poder aquisitivo. Nota-se que a relação de troca de leite por concentrado com 18% de proteína bruta (40 kg/saca) – para Minas Gerais –, principalmente nos últimos seis trimestres, tem estado em patamares historicamente elevados, demandando praticamente um litro de leite, ou ainda mais, para adquirir um quilo de ração.

Nota-se que, em uma década, essa relação nunca se manteve por tanto tempo em patamar tão desfavorável ao produtor como nos últimos anos. Além disso, essa relação só foi mais favorável, ou abaixo da média histórica, apenas para os meses em que o preço do leite foi negociado acima de 3 reais/litro.

Ao analisar a relação de troca dos fertilizantes utilizados na produção da silagem de milho, nota-se também o quão desfavorável foi o cenário para o produtor na safra passada, quando foram necessários em média 2.380 litros para comprar uma tonelada de uréia. Na safra 2021, essa média havia sido de 1.130 litros, ou seja, um aumento de 110% na relação de troca em 2022.

Para o KCL – fertilizante cujos preços mundiais foram impactados pela situação do conflito entre Rússia e Ucrânia –, 1.230 litros de leite foram necessários para comprar uma tonelada de adubo na safra 2021, passando para 2.600 litros em 2022, um aumento expressivo de 115%.

Com relação às margens brutas da atividade, os dados do “Brasil Médio” do Projeto Campo Futuro mostram uma redução de cerca de 8,8% em 2022 em relação a 2021. Ao analisar as margens brutas médias estaduais por litro de leite para os principais estados produtores – MG, PR e RS –, verificou-se em 2022 uma redução próxima de 30% em relação ao ano anterior.

Para o primeiro bimestre de 2023, as margens da atividade permanecem próximas às observadas nos últimos meses de 2022, com o COE do leite equivalente a mais de 80% da receita obtida, nos dados médios de MG. Portanto, deve-se notar que as margens para o produtor permanecem estreitas. Se as projeções para a segunda safra se mostrarem positivas, a tendência é que os preços da ração fiquem um pouco menos pressionados no mercado interno, embora a demanda internacional possa alterar os preços de tempos em tempos.”

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