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Estratégia de Suplementação Para a Estação Chuvosa ?

Estratégia de Suplementação Para a Estação Chuvosa ?
Estratégia de Suplementação Para a Estação Chuvosa ?

Estratégia de Suplementação Para a Estação Chuvosa ?

As pastagens apresentam baixa concentração de minerais em sua composição, tornando obrigatório, independente da época do ano, a suplementação do rebanho com minerais.

A estação chuvosa é caracterizada como a época do ano em que ocorre o retorno e a constância das condições climáticas favoráveis ​​ao crescimento das gramíneas, como chuvas, temperatura e luminosidade, induzindo assim o crescimento acelerado da pastagem. Portanto, nesta época do ano, desde que bem manejada, a pastagem pode proporcionar um bom ganho de peso aos animais, diferente do período seco do ano.

Sua duração pode variar dependendo da região em que a fazenda está localizada, porém, na maior parte do país dura cerca de 5 a 6 meses, com médias mensais de precipitação acima de 100 mm.

Neste período do ano, o uso da pastagem deve ser a principal meta de manejo da propriedade, principalmente pelo fato de que somente as condições climáticas ideais para o crescimento da pastagem não garantem eficiência de uso e conversão. Portanto, o manejo do pastejo é uma ferramenta essencial para o equilíbrio entre crescimento, consumo e produção animal.

Assim, a utilização das áreas de pastagem deve ser realizada respeitando as alturas de manejo indicadas para cada espécie forrageira, maximizando o desempenho individual e por área (Figura 1).

Relação entre altura do pasto ganhos por animal e por área em pastos de capim marandu nas águas

 

Figura 1. Relação entre altura do pasto, ganhos por animal e por área em pastagens de capim-marandu nas águas (Euclides & Montagner, 2013).

Na estação chuvosa, o rebanho obtém a maior parte dos nutrientes necessários para a produção animal a partir de gramíneas forrageiras. No entanto, as pastagens apresentam baixa concentração de minerais em sua composição, tornando obrigatório, independente da época do ano, a suplementação do rebanho com minerais. Além disso, a associação desses suplementos com aditivos possibilita melhorias no ambiente ruminal, resultando em maior eficiência alimentar.

Pecuária - Vacas Nelore pastando com bezerros 3

 

Foto: Wenderson Araújo/Trilux

Na maioria das fazendas do país, as pastagens tropicais são manejadas de forma mais extensiva, sem nenhum tipo de adubação. Nesta condição, as pastagens apresentam entre 90 e 100 g de PB/kg de MS.

Esse conteúdo acaba limitando o potencial de ganho de peso dos animais, mesmo na época favorável do ponto de vista quantitativo. Souza e col. (2022) observaram uma resposta positiva da suplementação protéica no desempenho animal mesmo com forragens de média a alta qualidade. No entanto, esta resposta diminui à medida que a proteína bruta da forragem aumenta e torna-se nula a partir de 150 g de PB/kg de MS.

Nesse sentido, observa-se que em pastagens não adubadas em água, há um potencial de ganho adicional de cerca de 200 a 300 g/animal/dia com o uso da suplementação proteica (Figura 2).

Figura 2. Efeito da suplementação protéica no ganho médio diário dos animais em pastejo em função do teor de proteína bruta do pasto (Sousa et al., 2022).

 

Figura 2. Efeito da suplementação protéica no ganho médio diário dos animais em pastejo em função do teor de proteína bruta do pasto (Sousa et al., 2022).

Em sistemas mais intensivos e adubados, desde que bem manejados, a concentração de proteína bruta do pasto é superior a 120 g de PB/kg de MS, limitando o potencial de ganho adicional com a suplementação proteica. Nesse caso, a suplementação energética pode ser uma boa alternativa, melhorando o equilíbrio de nutrientes no rúmen e promovendo ganhos adicionais.

Essa resposta foi verificada por Correia (2006), que, ao avaliar o efeito da suplementação energética em bovinos de corte em água, observou uma resposta positiva no ganho de peso adicional dos animais em pastagens com teores de proteína bruta superiores a 110 g de PB/kg de DM (Figura 3).

Figura 3. Aumento percentual no ganho de peso de animais em pastejo com suplementação energética durante a estação chuvosa (Adaptado de Correia, 2006).

 

Figura 3. Aumento percentual no ganho de peso de animais em pastejo com suplementação energética durante a estação chuvosa (Adaptado de Correia, 2006).

Além disso, a suplementação durante a estação chuvosa pode ser utilizada como ferramenta de intensificação. Isso porque, dependendo do nível de consumo, o suplemento causa efeito substitutivo, ou seja, parte do consumo da pastagem será substituída pelo concentrado, o que resultaria em excedente de forragem, que pode ser aproveitado com aumento da taxa de lotação .

Essa resposta é observada nos suplementos proteico-energéticos e energéticos, sendo mais significativa naqueles com alto consumo (>0,5% do peso corporal) (Figura 4).

Figura 4. Consumo de forragem animal em função do aumento dos níveis de suplementação hídrica (Adaptado de Dórea, 2010).

 

Figura 4. Consumo de forragem animal em função do aumento dos níveis de suplementação hídrica (Adaptado de Dórea, 2010).

Além disso, a suplementação durante a estação chuvosa também pode ser utilizada como estratégia de manejo da pastagem. Nesse contexto, podemos observar que a suplementação evita o impacto negativo do aumento da lotação (menor altura) no ganho individual (Figura 5). Portanto,

A suplementação aumenta a capacidade de suporte pela possibilidade de manejar a pastagem em alturas menores em relação àquelas com oferta de sal mineral, aumentando a produção por área.

Figura 5. Ganho médio diário e taxa de lotação de novilhas em pastagens de capim-marandu submetidas a diferentes alturas de dossel, suplementadas com sal mineral e proteína energética (Adaptado de Casagrande et al., 2009).

 

Figura 5. Ganho médio diário e taxa de lotação de novilhas em pastagens de capim-marandu submetidas a diferentes alturas de dossel, suplementadas com sal mineral e proteína energética (Adaptado de Casagrande et al., 2009).

No entanto, a decisão de complementar e escolher o melhor plano nutricional nesta época do ano exige uma análise detalhada de todos os recursos da fazenda, como quantidade e qualidade do pasto, água, cocho, cercas, infraestrutura, capacidade de investimento, categoria animal. preço da terra, mercado e mão de obra, podendo assim estabelecer metas e objetivos, definindo o melhor plano nutricional.

A suplementação em água é uma ferramenta importante para aumentar a produtividade, mas requer um alto investimento, sendo importante avaliar a viabilidade econômica, operacional e logística de sua adoção.

Use a tecnologia a seu favor!

As tecnologias têm forte influência em todo o processo de formação da pastagem, pois contribuem para um manejo mais eficiente da pastagem, permitindo planejamento, gestão e análise de oportunidades para montar as melhores estratégias de planejamento de forragem, e a tecnologia mais eficiente para auxiliá-lo em todo esse processo é o BovExoGenericName.

O artigo é de autoria de Anjo Seixas Zootécnico e Consultor em Forrageiras e Pastagens.

Referência bibliográfica

Euclides, VPB; Montagner, DB Estratégias para Intensificar o Sistema de Produção. IN: Rosa, AN; Martins, EN; Menezes, GRO; Silva, LOC Melhoramento genético aplicado a bovinos de corte: Programa Geneplus-Embrapa. Brasília, DF: Embrapa, 2013. 256 p.

Souza, LC; Palma, MNN; Franco, MO Detmann, E. A frequência de suplementação protéica afeta o desempenho de bovinos sob pastejo em pastagens tropicais? Animal Feed Ciência e Tecnologia, vol. 289, 2022.

Correia, PS Estratégias de suplementação de bovinos de corte em pastagens durante a estação chuvosa. Tese (Doutorado em Zootecnia e Pastagens). Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Universidade de São Paulo, Piracicaba, 2006.
Dórea, JRR Níveis de suplementação energética para bovinos em pastagens tropicais e seus efeitos no consumo de forragem e fermentação ruminal. Dissertação (Mestrado em Zootecnia e Pastagens). Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Universidade de São Paulo, Piracicaba, 2010.
CASAGRANDE, DR; REIS, RA; AZENHA, MV et al. Desempenho animal em função de diferentes tipos de suplementos e aumento da altura das pastagens de capim-marandu durante a estação chuvosa. In: REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE ZOOTECNIA, 46., 2009, Maringá. Anais… Maringá: UEM, 2009.


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