As fazendas de aleitamento no outono já estão bem terminadas de parir e, na maioria dos casos, a atenção começou a se voltar para a reprodução.
Independentemente do sistema de parto implementado (primavera/verão ou outono), a reprodução é um período crítico para qualquer empreendimento de aleitamento.
O consultor de carne bovina e ovina da Faculdade de Agricultura, Alimentação e Empresa Rural (CAFRE) Dominic Mason destacou o que determina a eficiência reprodutiva na vaca em aleitamento.
Ele disse que três fatores são fundamentais para a eficiência reprodutiva da vaca em aleitamento:
- O intervalo entre o parto e o retorno aos cios normais;
- Eficiência de detecção de cio – especialmente onde a inseminação artificial (IA) é usada;
- Taxa geral de concepção por serviço.
Para que a época de reprodução seja um sucesso neste outono, Mason disse que há “muitas coisas que devem estar corretas e em ordem”.
“Esses parâmetros devem ser monitorados para garantir que a vaca em aleitamento retorne ao cio normal, mantendo assim o intervalo de partos dessa vaca e do rebanho total em um nível aceitável para o seu negócio [is important],” ele disse.
Em média, o tempo desde o parto até o primeiro cio em vacas em aleitamento é de mais de 50 dias. Muitos fatores podem influenciar esse tempo para melhor ou para pior, mas, em última análise, os produtores em aleitamento devem ter como objetivo ter uma vaca parindo a cada 365 dias, sempre que possível.
O escore de condição corporal (ECC) ao parto é um fator que influenciará o sucesso ao parto e um rápido retorno ao cio.
Ao parir, as vacas precisam estar em forma e não gordas, pois vacas com excesso de gordura ou muito magras podem resultar em dificuldades de parto e, como resultado, atraso no retorno aos cios normais.
Os produtores devem avaliar as vacas de acordo com a BCS rotineiramente, visando tê-las no BCS ideal de 3-3,5 e certificando-se de separar as vacas gordas das magras, pois elas terão necessidades alimentares diferentes.
“Dependendo da raça e do peso maduro, 1 BCS pode estar na região de 75 kg de peso vivo”, explicou Mason.
alimentação mineral
Mason disse que a alimentação mineral para vacas paridas deve permanecer na taxa que receberam antes do parto, continuando durante toda a temporada de reprodução.
Na maioria dos casos, sugere-se 150g/cabeça/dia de um mineral em pó de qualidade, de acordo com as orientações do fornecedor. A alimentação mineral terá um efeito positivo na redução de casos de retenção de placenta e melhorará o vigor dos bezerros e ajudará as vacas a mostrarem sinais mais fortes de cio.
Nutrição para vacas parindo no outono
O assessor de carne e ovelhas do CAFRE destacou que a nutrição após o parto é de suma importância, especialmente para novilhas primíparas, vacas mais velhas e vacas com partos múltiplos, os requisitos para mantença, crescimento e produção de leite serão diferentes para cada um.
“A silagem deve ser analisada e os resultados utilizados adequadamente. A silagem produzida ao longo de 2022 é de qualidade variável e as vacas parindo no outono precisam de silagem de qualidade”, disse.
“Vise alimentar essas vacas com silagem de valor 70 D, sempre que possível, de forma improvisada. Quando essa qualidade de silagem não estiver disponível, converse mais com seu nutricionista e complete com concentrados na parte de trás dos resultados da análise da silagem.
“A suplementação, dependendo da análise da silagem, pode ficar na região de 1kg a 3kg/cabeça/dia até que a estação de reprodução termine para maximizar as taxas de concepção.
“Se as reservas de silagem forem pequenas, alimentar 1kg de concentrado pode substituir potencialmente 3-5kg de silagem dependendo da qualidade e porcentagem geral de matéria seca (MS%).
“A falha em fornecer uma dieta de qualidade neste estágio pode ter efeitos prejudiciais, não apenas na porcentagem de vacas em bezerro no escaneamento, mas também no desempenho do bezerro e no peso geral ao desmame”.
detecção de calor
Com referência à detecção de calor, Mason disse que o conceito de mamada restrita por um período entre a mãe e o bezerro duas vezes por dia pode acelerar o início do cio e diminuir os dias de serviço.
Se isso acontecer, tente começar quando as vacas tiverem aproximadamente 30 dias de prática e continuar por cerca de três semanas.
O assessor do CAFRE disse que se sugere que aproximadamente 85% dessas vacas apresentarão sinais de cio dentro de duas a três semanas após a primeira separação.
Ele destacou que as taxas de concepção na região de 60-70% são “mais do que possíveis” para vacas em aleitamento tanto em serviço natural quanto em IA, mas disse que a qualidade do sêmen, a técnica de IA e a fertilidade do touro são importantes.
Conselho de IA
Mason disse que os agricultores devem ter os tanques de sêmen abastecidos regularmente com nitrogênio líquido e evitar o manuseio excessivo para evitar danos aos canudos.
Confie em suas habilidades de IA, disse ele, no entanto, se você sentir que não é capaz de realizar o trabalho em mãos, chame um técnico especializado para realizar o procedimento.
Finalmente, no período que antecede a estação de parto, em preparação para a reprodução, pode ser benéfico pedir ao seu veterinário local para realizar verificações de saúde e sêmen no touro do seu rebanho para avaliar sua capacidade de servir e conceber.
Escaneamento de vacas parindo no outono
O diagnóstico de gravidez pode ser realizado de forma eficaz a partir de 40 dias após o último serviço ou inseminação, por isso é essencial manter um bom registro.
Isso deve ser algo que todos realizam na fazenda, não importa em que período você esteja parindo.
Uma vez que as vacas tenham sido diagnosticadas como em bezerros, procure manter as vacas em uma dieta estável sem grandes mudanças para manter a prenhez.
No entanto, se a gravidez não for bem-sucedida, o consultor de carne e ovelhas do CAFRE disse que os agricultores podem decidir se outra intervenção é necessária, como a sincronização do cio para permitir que a vaca conceba e permaneça dentro de sua janela de reprodução atual com um intervalo de parto aceitável. .
