Os resultados são importantes porque a cultura do trigo é muito bem estabelecida em regiões temperadas e subtropicais, mas as regiões de baixa latitude, como é o caso do semiárido, são consideradas um desafio para esse cultivo.

O estudo científico avaliou como oito cultivares reagem ao clima semiárido da Caatinga, observando-se as transformações estruturais da planta em relação ao clima, relevo, umidade do ar e precipitação pluvial.

Os resultados obtidos foram considerados bastante promissores, pois revelaram cultivares com alta adaptabilidade ao ecossistema da região.

Cultivo de trigo no semiárido cearense
Cultivo de trigo no semiárido cearense

Com isso, a expectativa é de que a planta passe a ser cultivada em regiões mais tropicais, já que demonstrou ter enorme potencial de crescimento nesse bioma, onde a região do Matopiba, do estado Ceará, por exemplo, possuí 73 milhões de hectares agricultáveis.

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A pesquisa concluiu que o rendimento médio na região pode chegar a 3.220,5 quilos por hectare, acima da média nacional de produção.

Com esses resultados, regiões como o Ceará, que importam trigo de outros países, sobretudo da China, têm potencial de realizar o plantio de forma que a safra seja mais produtiva, e em ciclos curtos entre a coleta e o plantio, dando ensejo ao crescimento socioeconômico da região Nordeste.

O experimento foi a base do trabalho de conclusão de curso do estudante de agronomia Pedro Henrique Gomes Bezerra, que destaca a importância desses resultados para o agronegócio, ressaltando sua função social, sobretudo no combate à fome.

“O desenvolvimento do projeto foi um grande desafio por conta das condições adversas que temos no Nordeste, e pela falta de estudos que pudessem ser referência para a execução.

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Demos o primeiro passo para o estudo do trigo na região semiárida, em baixas altitudes.

Então, temos a expectativa de continuidade na pesquisa para consolidar a capacidade da cultura de trigo como uma boa opção para os produtores, não só como safrinha em soja, como também a possibilidade se ser uma cultura que possa ajudar no combate à fome, uma vez que ela apresentou, pelos estudos, um ciclo de produtividade de 75 dias, característica que melhoraria o aproveitamento das janelas de chuva”, relata o estudante.

A pesquisa utilizou oito cultivares de trigo (BRS 404, BRS 264, BRS 254, BRS 394, MGS Brilhante, ORS 1403, ORS FEROZ e TBIO Duque). As sementes foram doadas pela Embrapa Cerrados, sediada na região do Cerrado, bioma com características semelhantes ao do ambiente em que o trigo foi testado.

Destacaram-se em alta produtividade e precocidade as cultivares BRS 264 e BRS 254, tendo outros materiais superado esta produtividade, porém, em ciclos maiores.

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O orientador do estudo, professor da Escola de Ciências Agrárias José Maria Villela Pádua, destaca o êxito que a planta apresentou em ambiente com condições ecológicas diferentes dos locais mais comuns de seu cultivo.

”Foram testadas diferentes cultivares e, mesmo nas condições locais, consideradas diferentes das condições ideais para o trigo, caracterizada por altitudes superiores e solos menos arenosos, franco-argilosos, os resultados se mostraram bastantes promissores, próximos da média nacional, em ciclos curtos de produção”.

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