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Boa leitura!
A pesquisa realizada pelo Polo Regional da Alta Mogiana da Agência Paulista de Tecnologia do Agronegócio (APTA) revelou importantes informações sobre a reprodução bovina. Neste artigo, vamos explorar os detalhes dessa pesquisa e discutir a importância da nutrição adequada para a vaca durante a gestação, levando em consideração a programação fetal e os seus efeitos no peso e qualidade da carne do bezerro.
1. A relação entre nutrição e produção de carne
Um aspecto fundamental identificado pela pesquisa é a influência direta da nutrição da vaca na qualidade e quantidade de carne produzida pelo bezerro. Segundo o estudo, uma vaca desnutrida tende a gerar um bezerro com cerca de 1,5 arroba a menos de carne no momento do abate. Esse resultado revela a importância de uma alimentação balanceada e adequada para garantir o bom desenvolvimento do feto e a produção de carne de qualidade.
2. Programação fetal e sua importância
A programação fetal refere-se à influência do ambiente intrauterino no desenvolvimento do feto. No caso da reprodução bovina, essa programação ocorre pela alimentação proporcionada à vaca durante a gestação. De acordo com os pesquisadores, a nutrição adequada da fêmea pode determinar o potencial genético muscular do bezerro e seu ganho de peso futuro.
3. A vaca como uma fábrica de carros
Um paralelo interessante feito pelos pesquisadores é comparar a vaca a uma fábrica de automóveis. Assim como a qualidade do combustível influencia no desempenho do carro, a alimentação da vaca afeta diretamente o potencial genético e desenvolvimento do bezerro. Portanto, uma vaca bem nutrida tende a gerar um bezerro com maior potencial de ganho de peso e desenvolvimento muscular.
4. Os resultados da pesquisa
A pesquisa realizada avaliou duas situações distintas: um grupo de vacas com boa oferta de pasto e outro grupo com restrição alimentar devido à alta taxa de lotação. Os resultados mostraram que os bezerros das vacas restritas nutricionalmente apresentaram menor peso ao desmame e, consequentemente, menor peso ao abate. Os animais desmamados provenientes de vacas desnutridas apresentaram um ganho de peso muito limitado, resultando em cerca de 20 quilos (1,3 arrobas) a menos em relação ao gado nascido de vacas bem nutridas.
5. Conclusão e considerações finais
A pesquisa realizada pelo Polo Regional da Alta Mogiana da APTA evidencia a importância da nutrição adequada para garantir o bom desenvolvimento dos bezerros e a produção de carne de qualidade. É fundamental que os produtores estejam atentos à alimentação das vacas durante a gestação, oferecendo uma dieta balanceada e adequada às necessidades nutricionais do rebanho.
Em resumo, a pesquisa destaca a relação direta entre a nutrição da vaca gestante e a qualidade da carne do bezerro. A programação fetal é um fator essencial nesse processo, influenciando diretamente o potencial genético e o ganho de peso futuro. Portanto, é fundamental fornecer uma alimentação adequada às vacas gestantes, visando garantir o desenvolvimento saudável dos bezerros e a produção de carne de qualidade.
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REPRODUÇÃO BOVINA
Confira o que diz a pesquisa do Polo Regional da Alta Mogiana da Agência Paulista de Tecnologia do Agronegócio (APTA)
Programação fetal: vaca mal nutrida gera bezerro com 1,5 arroba a menos de carne
Um vaca desnutrida gerará um bezerro que, na hora do abate, produzirá cerca de 1,5 arroba menos carne. Assista ao vídeo abaixo e confira os detalhes do mesmo.
Essa é a constatação de um estudo do Polo Regional Alta Mogiana da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), no município de Colina (SP).
A autarquia é vinculada à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.
A reportagem do programa conversou com os pesquisadores da APTA, o doutor em zootecnia, Gustavo Rezende Siqueira e Iorrano Cidrini, doutorando em zootecnia.
O que é Programação Fetal?
Lote de bezerros ao desmame. Foto: Divulgação
“A programação fetal é pensar na alimentação do bezerro ainda dentro da barriga da vaca”, diz Siqueira.
A nutrição da fêmea pode afetar o bezerro, determinando o ganho de peso potencial do bovino e a quantidade de ração que ela tem disponível.
A pesquisadora lembra que esse tipo de estudo nasceu analisando humanos, mas agora também está sendo estudado em animais produtores de carne e leite.
A vaca é uma fábrica de carros
Rebanho de vacas Nelore com bezerros Angus aos pés. Foto: JMMatos
A pesquisadora faz uma analogia entre a vaca e uma fábrica de automóveis. Num país onde há pouco combustível, a fabricante vai produzir carros menos potentes, com motor 1.0, e que consomem menos gasolina.
Agora, se o país tiver combustível suficiente. A produção de carros mais potentes sobe, com motorização, 2.0. A referência serve bem para mostrar que o pasto é o campo e a vaca é a fábrica de automóveis.
Portanto a vaca vai gerar um bezerro com mais ou menos potencial de ganho de peso, dependendo do nível de alimentação que ela vê ao seu redor.
“Então a vaca prenha do cerradão brasileiro, morrendo de fome no pasto raspado, já manda recado para o bezerro: ‘Meu filho, nasce com motor 1.0 por aqui, tá faltando gasolina’”, diz Siqueira.
A consequência disso é o nascimento de um bovino com baixo potencial genético muscular, o que vai influenciar em um ganho de peso muito limitado, segundo o pesquisador.
Pesquisadores fazem o teste dos noves na programação fetal
Vaca com bezerro ao pé. Foto: Divulgação
O pesquisador Iorrano Cidrini foi o responsável pela condução do estudo que fez o teste de nove sobre a programação fetal de vacas.
A avaliação acompanhou as fêmeas 150 dias antes do parto, e acompanhou os bezerros nascidos até o momento do abate, finalizando no confinamento.
Foram avaliados dois lotes de fêmeas prenhes. Um piquete apresentava vacas com boa oferta de pasto e, no outro, vacas com restrição de pasto devido à alta taxa de lotação.
“O estudo foi feito com vacas com escores corporais semelhantes e mesma condição de sal mineral e água, porém, em uma das pastagens, dobramos a taxa de lotação”, diz Cidrini.
O resultado foi uma colheita de bezerros de menor peso das vacas restritas nutricionalmente. O animal foi desmamado e terminado no sistema de Criação Intensiva a Pasto.
Na hora do abate, o boi gordo, filho da vaca que passou fome, tinha 20 quilos (1,3 arrobas) a menos em relação ao gado nascido de vacas com boa alimentação.
