Minas Gerais: produtores apostam em ‘citricultura de montanha’

Citricultura de montanha: a aposta em Minas Gerais

O desenvolvimento da citricultura de montanha em Minas Gerais

Um fenômeno significativo no agronegócio do estado

Introdução

O desenvolvimento da citricultura em regiões montanhosas de Minas Gerais, conhecido como “citricultura de montanha”, tem se destacado como um fenômeno significativo no agronegócio do estado.

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A região, situada entre o Sul de Minas e o Campo das Vertentes, experimentou um notável crescimento na área plantada de limão, laranja e tangerina, passando de 26 hectares em 2012 para aproximadamente 977 hectares em 2022, segundo o IBGE.

Os pesquisadores da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG) têm conduzido estudos para entender melhor essa “citricultura de montanha. A análise se concentra na qualidade dos frutos e em suas adequações para a indústria de bebidas, tanto alcoólicas quanto não alcoólicas.

A altitude, o relevo e a amplitude térmica na região contribuem para características sensoriais únicas dos frutos. Nessa região, as variações de relevo e altitude e a grande amplitude térmica (diferença de temperatura entre o dia e a noite) podem influenciar no sabor e na qualidade das frutas. A tangerina Ponkan produzida lá, por exemplo, é muito apreciada por sua doçura”, comenta a pesquisadora da EPAMIG, Ester Ferreira.

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O surgimento dessa citricultura na região montanhosa ocorreu em meados dos anos 2010, quando grupos empresariais migraram de São Paulo para Minas Gerais, em busca de terras com temperaturas mais amenas e livres da doença Greening, que afetava grande parte da citricultura paulista.

A região, tradicionalmente voltada para a produção leiteira, se adaptou bem à citricultura, especialmente à produção de tangerinas. O avanço das atividades na área também favorece a geração de empregos e renda, já que exige mão de obra em praticamente o ano todo, além de fomentar investimentos.

O projeto de pesquisa liderado por Ferreira, intitulado “Percepção sensorial de sabor e preferências dos consumidores por diferentes cultivares de laranjas e tangerinas”, visa avaliar a qualidade dos frutos em termos de sabor e cor, considerando a influência do relevo e das condições climáticas. Além disso, a pesquisa explora o uso de frutas cítricas na elaboração de drinks e bebidas não alcoólicas, bem como para consumo in natura.

“Temos também uma linha de pesquisa dedicada ao uso de citros para a elaboração de drinks e bebidas não alcoólicas, inclusive misturadas com café. Vamos iniciar testes sensoriais com consumidores para avaliar a aceitação”, conta a pesquisadora.

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O cultivo de variedades como a tangerina Ponkan se destaca, sendo apreciado por sua doçura, influenciada pelas condições específicas da região.

O depoimento de um produtor local, Antônio Carlos Simonetti, destaca o aumento na produtividade e qualidade dos frutos em Minas Gerais em comparação com São Paulo. A altitude em torno de 1.000 metros, as temperaturas mais baixas e as geadas favorecem a produção, melhoram a qualidade dos sucos e reduzem a incidência de pragas e doenças, como Cancro, Leprose e Pinta-preta.

A diversificação dos polos citrícolas em Minas Gerais, como o polo produtor de limão no Norte do estado e o de laranjas para a indústria de sucos no Triângulo Mineiro, evidencia a adaptação bem-sucedida da citricultura em diferentes ambientes do estado.

Essa diversidade ambiental tem contribuído para a produção bem-sucedida e a qualidade dos frutos, consolidando Minas Gerais como um importante centro para a citricultura no Brasil.

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Sumário

1. O desenvolvimento da citricultura de montanha em Minas Gerais

  • 1.1 Crescimento da área plantada
  • 1.2 Estudos da EPAMIG
  • 1.3 Influência da altitude e relevo

2. Migração de grupos empresariais e adaptação da região

3. Pesquisa sobre a qualidade dos frutos e seu uso na indústria de bebidas

  • 3.1 Projeto liderado pela pesquisadora Ester Ferreira
  • 3.2 Avaliação da qualidade em termos de sabor e cor
  • 3.3 Uso de frutas cítricas em drinks e bebidas não alcoólicas

4. Variedades destacadas e depoimento de um produtor local

  • 4.1 Tangerina Ponkan e suas condições específicas
  • 4.2 Aumento da produtividade e qualidade dos frutos em Minas Gerais
  • 4.3 Diversificação dos polos citrícolas no estado

5. Conclusão

 

O desenvolvimento da citricultura em regiões montanhosas de Minas Gerais, conhecido como “citricultura de montanha”, tem se destacado como um fenômeno significativo no agronegócio do estado. 

A região, situada entre o Sul de Minas e o Campo das Vertentes, experimentou um notável crescimento na área plantada de limão, laranja e tangerina, passando de 26 hectares em 2012 para aproximadamente 977 hectares em 2022, segundo o IBGE.

Os pesquisadores da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG) têm conduzido estudos para entender melhor essa “citricultura de montanha”. A análise se concentra na qualidade dos frutos e em suas adequações para a indústria de bebidas, tanto alcoólicas quanto não alcoólicas. 

A altitude, o relevo e a amplitude térmica na região contribuem para características sensoriais únicas dos frutos. “Nessa região, as variações de relevo e altitude e a grande amplitude térmica (diferença de temperatura entre o dia e a noite) podem influenciar no sabor e na qualidade das frutas. A tangerina Ponkan produzida lá, por exemplo, é muito apreciada por sua doçura”, comenta a pesquisadora da EPAMIG, Ester Ferreira.

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O surgimento dessa citricultura na região montanhosa ocorreu em meados dos anos 2010, quando grupos empresariais migraram de São Paulo para Minas Gerais, em busca de terras com temperaturas mais amenas e livres da doença Greening, que afetava grande parte da citricultura paulista. 

A região, tradicionalmente voltada para a produção leiteira, se adaptou bem à citricultura, especialmente à produção de tangerinas. O avanço das atividades na área, também favorece a geração de empregos e renda, já que exige mão de obra em praticamente o ano todo, além de fomentar investimentos.

O projeto de pesquisa liderado por Ferreira, intitulado “Percepção sensorial de sabor e preferências dos consumidores por diferentes cultivares de laranjas e tangerinas”, visa avaliar a qualidade dos frutos em termos de sabor e cor, considerando a influência do relevo e das condições climáticas. Além disso, a pesquisa explora o uso de frutas cítricas na elaboração de drinks e bebidas não alcoólicas como também para consumo in natura.

“Temos também uma linha de pesquisa dedicada ao uso de citros para a elaboração de drinks e bebidas não alcoólicas, inclusive misturadas com café. Vamos iniciar testes sensoriais com consumidores para avaliar a aceitação”, conta a pesquisadora.

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O cultivo de variedades como a tangerina Ponkan se destaca, sendo apreciado por sua doçura, influenciada pelas condições específicas da região.

O depoimento de um produtor local, Antônio Carlos Simonetti, destaca o aumento na produtividade e qualidade dos frutos em Minas Gerais em comparação com São Paulo. A altitude em torno de 1.000 metros, as temperaturas mais baixas e as geadas favorecem a produção, melhoram a qualidade dos sucos e reduzem a incidência de pragas e doenças, como Cancro, Leprose e Pinta-preta.

“Nossas plantas adultas produzem cerca de 70 a 80 toneladas de frutos por hectare ao ano. Quando saímos de São Paulo, há quase 10 anos, nossa produção era de cerca de 40 a 50 toneladas por hectare ao ano. Além disso, as frutas produzidas em Minas também são mais livres de defensivos agrícolas”, detalha Simonetti.

A diversificação dos polos citrícolas em Minas Gerais, como o polo produtor de limão no Norte do estado e o de laranjas para a indústria de sucos no Triângulo Mineiro, evidencia a adaptação bem-sucedida da citricultura em diferentes ambientes do estado.

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Essa diversidade ambiental tem contribuído para a produção bem-sucedida e a qualidade dos frutos, consolidando Minas Gerais como um importante centro para a citricultura no Brasil.

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O desenvolvimento da citricultura em regiões montanhosas de Minas Gerais, conhecido como “citricultura de montanha”, tem se destacado como um fenômeno significativo no agronegócio do estado. A região, situada entre o Sul de Minas e o Campo das Vertentes, experimentou um notável crescimento na área plantada de limão, laranja e tangerina, passando de 26 hectares em 2012 para aproximadamente 977 hectares em 2022, segundo o IBGE.

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Os pesquisadores da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG) têm conduzido estudos para entender melhor essa “citricultura de montanha. A análise se concentra na qualidade dos frutos e em suas adequações para a indústria de bebidas, tanto alcoólicas quanto não alcoólicas.

A altitude, o relevo e a amplitude térmica na região contribuem para características sensoriais únicas dos frutos. “Nessa região, as variações de relevo e altitude e a grande amplitude térmica (diferença de temperatura entre o dia e a noite) podem influenciar no sabor e na qualidade das frutas. A tangerina Ponkan produzida lá, por exemplo, é muito apreciada por sua doçura”, comenta a pesquisadora da EPAMIG, Ester Ferreira.

O surgimento dessa citricultura na região montanhosa ocorreu em meados dos anos 2010, quando grupos empresariais migraram de São Paulo para Minas Gerais, em busca de terras com temperaturas mais amenas e livres da doença Greening, que afetava grande parte da citricultura paulista.

A região, tradicionalmente voltada para a produção leiteira, se adaptou bem à citricultura, especialmente à produção de tangerinas. O avanço das atividades na área também favorece a geração de empregos e renda, já que exige mão de obra praticamente o ano todo, além de fomentar investimentos.

O projeto de pesquisa liderado por Ferreira, intitulado “Percepção sensorial de sabor e preferências dos consumidores por diferentes cultivares de laranjas e tangerinas”, visa avaliar a qualidade dos frutos em termos de sabor e cor, considerando a influência do relevo e das condições climáticas. Além disso, a pesquisa explora o uso de frutas cítricas na elaboração de drinks e bebidas não alcoólicas, assim como para consumo in natura.

“Temos também uma linha de pesquisa dedicada ao uso de citros para a elaboração de drinks e bebidas não alcoólicas, inclusive misturadas com café. Vamos iniciar testes sensoriais com consumidores para avaliar a aceitação”, conta a pesquisadora.

O cultivo de variedades como a tangerina Ponkan se destaca, sendo apreciado por sua doçura, influenciada pelas condições específicas da região.

O depoimento de um produtor local, Antônio Carlos Simonetti, destaca o aumento na produtividade e qualidade dos frutos em Minas Gerais em comparação com São Paulo. A altitude em torno de 1.000 metros, as temperaturas mais baixas e as geadas favorecem a produção, melhoram a qualidade dos sucos e reduzem a incidência de pragas e doenças, como Cancro, Leprose e Pinta-preta.

A diversificação dos polos citrícolas em Minas Gerais, como o polo produtor de limão no Norte do estado e o de laranjas para a indústria de sucos no Triângulo Mineiro, evidencia a adaptação bem-sucedida da citricultura em diferentes ambientes do estado.

Essa diversidade ambiental tem contribuído para a produção bem-sucedida e a qualidade dos frutos, consolidando Minas Gerais como um importante centro para a citricultura no Brasil.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

Conclusão

O desenvolvimento da citricultura de montanha em Minas Gerais tem se mostrado um fenômeno significativo no agronegócio do estado. A região montanhosa entre o Sul de Minas e o Campo das Vertentes experimentou um crescimento impressionante na área plantada de limão, laranja e tangerina. Os estudos realizados pela EPAMIG têm contribuído para entender melhor essa citricultura, focando na qualidade dos frutos e em suas aplicações na indústria de bebidas. A diversidade ambiental do estado tem sido uma vantagem para a produção bem-sucedida e a qualidade dos frutos, consolidando Minas Gerais como um importante centro para a citricultura no Brasil.

Pergunta 1: Quais frutos são cultivados na citricultura de montanha em Minas Gerais?

Limão, laranja e tangerina.

Pergunta 2: Qual foi o crescimento da área plantada de citros na região entre 2012 e 2022?

A área plantada passou de 26 hectares para aproximadamente 977 hectares.

Pergunta 3: Quais são as características sensoriais únicas dos frutos cultivados em regiões montanhosas de Minas Gerais?

A altitude, o relevo e a amplitude térmica contribuem para características sensoriais únicas dos frutos.

Pergunta 4: Por que produtores migraram de São Paulo para Minas Gerais em busca de terras para a citricultura?

Buscavam terras com temperaturas mais agradáveis e livres da doença Greening que afetava a citricultura paulista.

Pergunta 5: Quais são os benefícios da citricultura de montanha em Minas Gerais em comparação com São Paulo?

Os benefícios incluem aumento na produtividade e qualidade dos frutos, redução da incidência de pragas e doenças, e frutas mais livres de defensivos agrícolas.

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