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CHINA VOLTA FAMINTA PELA CARNE BRASILEIRA

Além da demanda aquecida pela carne bovina brasileira, o mercado externo recebe preço médio de US$ 5.890/T

Esse valor é 15,56% superior ao que foi visto ao longo do mês de 2021.

O mercado brasileiro de Boi Gordo ainda tem muito a aproveitar da demanda chinesa.

Com demanda crescente e estoques vazios, a China continua comprando e pagando bem pela carne bovina brasileira.

Esses novos recordes, confirmados em fevereiro, reforçam ainda mais o potencial do país em fornecer carne de qualidade para o mundo.

A China comprou muita carne, está comprando e continuará comprando durante o ano de 2022, é fato! Na última semana, foram exportadas 36.810 toneladas de carne bovina in natura, média de 7.360 toneladas/dia, 30% inferior à média da primeira quinzena de mar/22.

Com esse resultado, nos 13 dias úteis deste mês, já foram embarcadas 121.030 toneladas de proteína, visto que houve queda na taxa de embarques, reajustamos nossa projeção para algo em torno de 185.000 toneladas embarcadas neste mês.

exportacoes de carne bovina
CHINA VOLTA FAMINTA PELA CARNE BRASILEIRA 3

O preço médio mensal da tonelada foi de US$ 5.890, um aumento de 0,78% na comparação semanal. Até o momento, as vendas externas de carne bovina in natura em mar/22 geraram receita de US$ 713,28 milhões, valor 15,56% superior ao observado em todo o mês de 2021, quando a tonelada teve o preço 21,74% menor, destacando que apesar a desaceleração nos embarques, os preços continuam elevados.

Diante desse cenário, o preço médio por arroba do gado vivo que atende a esse padrão de exportação continua elevado. Animais jovens de até 30 meses são vendidos entre R$ 345 e R$ 360,00/@, dependendo do lote, do local e da forma de pagamento.

Lembrando que esse preço é composto por um preço base – Boi Comum – e um bônus de exportação, que varia entre R$ 25 e R$ 35,00/@.

O Brasil deve continuar se destacando nas exportações de carne bovina em 2022, principalmente para a China. A avaliação é do analista da Safras & Mercado, Fernando Iglesias, durante conferência realizada nesta quinta-feira (24), durante a Semana Safras Agri.

Segundo Iglesias, o mercado de carnes brasileiro continua fortemente sustentado pela forte demanda por carnes padrão da China, que vem trazendo remuneração diferenciada aos frigoríficos habilitados a atender esse mercado.

“Atualmente existe um prêmio entre R$ 30 e R$ 40 sobre o valor da arroba destinada à China em relação ao valor pago pela arroba destinada ao mercado interno”

comenta.

O analista do Safras destaca que o Brasil é atualmente o mercado que apresenta melhores condições para atender o mercado chinês em relação a outros países.

“O valor de produzir uma arroba no Brasil é menor em comparação com mercados como Estados Unidos, Austrália e países do Mercosul como Argentina e Uruguai. Além disso, tudo indica que este ano haverá uma queda na produção de carne bovina nos Estados Unidos e na União Européia.

Na Austrália, a produção de carne bovina tende a se recuperar, mas o alto preço da arroba vai limitar a competitividade do país para atender outros mercados”, observa.

Devido à boa demanda de exportação e diante de um cenário de oferta limitada de gado no mercado bovino para este ano, a expectativa é que o preço do gado no Brasil permaneça entre R$ 340 e R$ 350 por ano. ao longo do ano. ano. Em relação à atividade de confinamento, a tendência é que haja queda na primeira rodada deste ano devido ao cenário de maiores custos do milho e do farelo de soja no primeiro semestre deste ano.

“A partir do segundo semestre, com tendência de melhor oferta de milho, o A perspectiva é que os custos diminuam e a atividade de contenção possa avançar.

A Safras prevê que este ano possam ser confinados 6,785 milhões de cabeças de gado, com um aumento de 4,34% em relação ao ano passado”, aponta.

Sobre o cenário doméstico, Iglesias destaca que o panorama da demanda por carne bovina continua complicado, devido aos altos preços dos cortes e ao limitado poder aquisitivo da população brasileira.

O alto preço da carne bovina, no entanto, deve ajudar a sustentar os preços de outras proteínas, como frango e porco”, conclui.

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