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Associações da América do Sul assinam manifesto em defesa do avanço integrado dos biocombustíveis

As entidades representativas do setor de biocombustíveis na Argentina, Brasil, Colômbia, Paraguai e Uruguai lançaram nesta quinta-feira (27/10) o Manifesto em Defesa dos Biocombustíveis como forma de expressar a firme convicção de que é imprescindível que todos os governos promovam, de forma abrangente, a estratégia de transição energética para o desenvolvimento do setor, tanto para o transporte veicular quanto para o transporte aéreo, fluvial e marítimo.

O Manifesto destaca a importância de definir marcos regulatórios que garantam o avanço dos investimentos em biocombustíveis e pesquisas científicas e tecnológicas para que os países possam cumprir os compromissos assumidos de descarbonização no Acordo de Paris, aproveitando as capacidades de suas cadeias agropecuárias.

“A América do Sul tem recursos fundamentais para ser líder mundial na produção de energia limpa e renovável, ajudando a reduzir a dependência da energia fóssil para impulsionar a economia. No entanto, esse atributo está longe de ser explorado em seu imenso potencial de redução das emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) de setores cruciais como transporte urbano, intermunicipal, fluvial, marítimo e aéreo”, destaca o Manifesto.

As associações destacam a importância da ação urgente de governos, empresas e comunidade para impulsionar a transição energética. “Precisamos de líderes e parlamentos comprometidos com esta nova agenda e um roteiro regional claro que consiga combinar com responsabilidade as diferentes rotas tecnológicas para a transição energética. O custo da inação será muito maior do que a agenda de sustentabilidade mais ambiciosa que podemos imaginar.”

A iniciativa representa um marco para que as entidades passem a atuar em sintonia com a construção de um plano de ação que apoie os setores de aviação, transporte marítimo e transporte pesado para superar os desafios da descarbonização.

Ao final do documento, as entidades estabelecem seus principais objetivos:

  • Defendemos a criação de marcos regulatórios estáveis ​​e regras claras que proporcionem a segurança jurídica necessária para aumentar o investimento no setor e, portanto, a ampliação da capacidade produtiva e a industrialização do meio rural nas Américas.
  • Defendemos roteiros claros e planos de energia de longo prazo que confirmem as escolhas do Estado e construam a confiança dos investidores.
  • Defendemos a criação de um plano regional de transição energética em termos de financiamento e alinhamento político face às alterações climáticas e aos recursos que a região dispõe para a enfrentar.
  • Defendemos que os governos dos países sul-americanos, em conjunto com a sociedade civil, o setor empresarial e os parceiros internacionais, tomem medidas mais ousadas, de acordo com a magnitude das oportunidades e desafios enfrentados pela região e pelo mundo.
  • Defendemos que até 2050 a América Latina se torne uma região com uma matriz de combustíveis totalmente limpa, renovável e sustentável por meio de compromissos firmes, graduais e inexoráveis.

entidades signatárias

  • Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (ABIOVE)
  • Associação dos Produtores de Biocombustíveis do Brasil (APROBIO)
  • Alcoólicos do Uruguai (ALUR)
  • Câmara de Biocombustíveis da Argentina (CARBIO)
  • Câmara da Indústria Aceitera Argentina (CIARA)
  • Câmara Maiz Bioetanol
  • Câmara Paraguaia de Biocombustíveis e Energias Renováveis ​​(BIOCAP)
  • Câmara Panamericana de Biocombustíveis Avançados (CAPBA)
  • Centro Azucarero Argentino (CAA)
  • Federação Nacional de Biocombustíveis da Colômbia (FedeBiocombustibles)
  • Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA)
  • União Nacional do Etanol de Milho (UNEM)
  • União da Indústria da Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica)

DEPÓSITOS

  • “É imperativo encontrar uma solução para a poluição e o impacto ambiental dos combustíveis fósseis. A América Latina tem uma grande solução que exige políticas estatais alinhadas e claras”
    Luis Zubizarreta – Presidente da Câmara de Biocombustíveis da Argentina (CARBIO)
  • “Os biocombustíveis existem há meio século e, apesar das inúmeras vantagens econômicas e ambientais, a expansão do uso ainda é muito lenta. A mobilização das entidades é um alerta para a necessidade de quebrar barreiras e construir regulamentações que permitam acelerar o processo. Estamos perdendo tempo”.
    André Nassar – Presidente Executivo da Abiove
  • “A união de todas essas entidades mostra o bom senso e o reconhecimento de que é preciso mobilizar ações no sentido de valorizar o patrimônio local para a produção de biocombustíveis e, ao mesmo tempo, desenvolver toda a cadeia de valor envolvida, gerando emprego e fomentando a economia . , ao mesmo tempo em que se materializa como solução de curto prazo e baixo investimento para uma transição efetiva para uma matriz energética mais limpa.”
    Francisco Turra – Presidente do Conselho de Administração da APROBIO
  • “Esta declaração é um marco para a matriz energética mundial, especialmente para a América do Sul. As câmaras iniciaram um diálogo aprofundado sobre o desenho de novos paradigmas em energias renováveis ​​regionais. Temos certeza de que isso significa o início de uma revolução industrial sul-americana em energia renovável e pode dar aos biocombustíveis uma marca regional. Argentina, Brasil, Colômbia, Paraguai, Uruguai podem se desenvolver como um centro comercial e logístico para a produção de energia limpa e renovável. É o início de um caminho de ações conjuntas para fortalecer as indústrias sul-americanas e propor políticas públicas firmes nessa área. Unir forças é a melhor forma de contribuirmos juntos para a redução dos Gases de Efeito Estufa (GEE).”
    Erasmo Carlos Battistella – Diretor do Conselho de Administração da APROBIO
  • “Esta declaração é um marco para a matriz energética regional. As câmaras iniciaram um diálogo aprofundado sobre o desenho de novos paradigmas em energias renováveis ​​regionais. Temos certeza de que isso significa o início de uma revolução industrial sul-americana em energia renovável e pode dar aos biocombustíveis uma marca regional. O Paraguai pode se desenvolver como um centro comercial e logístico para a produção de energia limpa e renovável. É o início de um caminho de ações conjuntas para fortalecer as indústrias sul-americanas e propor políticas públicas firmes nessa área. Unir forças é a melhor forma de contribuirmos juntos para a redução dos Gases de Efeito Estufa (GEE).”
  • Massimiliano Corsi – Presidente da Câmara Paraguaia de Biocombustíveis (Biocap),
  • “Como indústria, apoiamos o apelo aos governos latino-americanos para implementar políticas públicas que apoiem o desenvolvimento de biocombustíveis, incluindo combustíveis de aviação sustentáveis. Somos uma região rica em recursos naturais e temos enormes oportunidades para liderar a produção e distribuição, atendendo aos mais altos padrões de sustentabilidade e contribuindo com renda para economias locais, pequenos produtores e sociedades em geral. Os biocombustíveis desempenham um papel fundamental, não apenas para as metas de descarbonização do transporte aéreo, mas também para cumprir os compromissos dos estados sob a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima.”
    Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA)
  • “Temos a oportunidade de consolidar a América do Sul como centro global de bioenergia e mobilidade sustentável, oferecendo ao mundo parte da solução para a descarbonização, com etanol e outros biocombustíveis. Para isso, precisamos consolidar políticas públicas que garantam previsibilidade e segurança jurídica aos investidores, reconhecendo as externalidades ambientais e socioeconômicas positivas dos biocombustíveis para a sociedade.”
    Evandro Gussi – Presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (UNICA)



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