
Implicações econômicas da China no Mercado Mundial de Lácteos
Por Aidan Connolly, Presidente da AgriTech Capital
As manchetes dos meios de comunicação frequentemente se concentram na importância do mercado mundial de leite e leite em pó para o setor de lácteos dos EUA e, especificamente, no impacto da guerra comercial com a China.
A China é o principal importador de quase todos os principais produtos lácteos e compra 27% de todos os produtos lácteos comercializados com base em sólidos do leite, com exceção do queijo. A China compra 20% das exportações de lácteos dos EUA e quase metade das exportações de soro de leite em pó.
Thank you for reading this post, don't forget to subscribe!Mesmo quando a China não compra diretamente dos EUA, ao comprar leite de países que competem com as exportações dos EUA, influencia efetivamente os preços dos EUA. O consumo de leite na China explodiu em 2021 quando Zhong Nanshan (“Dr. Fauchi da China”) declarou que o leite era essencial para aumentar a imunidade e reduzir o risco de Covid. Naquele ano, o aumento do consumo da China foi igual ao aumento total global no ano.
A situação econômica da China mudou drasticamente, o que eu vi em primeira mão quando visitei o país há nove semanas. Os números oficiais sugerem que o país ainda está crescendo, mas, na prática, há muitas evidências de uma economia frágil.
Os números mais recentes informam que o crescimento anualizado é superior a 6%, incluindo o salto pós-Covid, mas o último trimestre registrou apenas 0,8%. Cerca de 21,3% dos jovens de 16 a 24 anos estavam desempregados antes de o governo parar de divulgar os números. Vi aviões com menos da metade da capacidade e voos internacionais bem vazios.
Os poucos estrangeiros visíveis estavam nas principais cidades e quase completamente ausentes nas menores, e praticamente não havia turistas. Os hotéis internacionais eram mais baratos e menos movimentados, e os dados de consumo mostram que o consumo de alimentos e produtos agrícolas está mudando para opções mais baratas.
o entanto, os trens estavam superlotados com turistas chineses locais em férias e o preço do melhor baijiu (uma bebida especial), como o Maotai, mantém o preço premium. Quando conversei sobre economia com meus anfitriões chineses, todos concordaram que tempos econômicos mais difíceis estão por vir, com uma grande possibilidade de recessão.
Os exportadores de alimentos, commodities agrícolas ou tecnologia para a China descobrirão que a demanda continua fraca e os preços, baixos. Para aqueles que esperavam uma forte recuperação pós-Covid, isso foi um tanto decepcionante.
Os líderes empresariais chineses mais otimistas com quem me encontrei expressaram a esperança de um retorno ao crescimento, mas em um nível mais moderado e constante de apenas um dígito.
Tecnologias de lácteos que vi com relevância além do mercado chinês:
- Câmeras estão sendo usadas em fazendas leiteiras para controlar a necessidade de nebulização para resfriar as vacas, reduzindo assim o desperdício de água e o uso de eletricidade.
- Robôs chineses removem o esterco, empurram a ração e a misturam para evitar a seletividade das vacas leiteiras, semelhantes aos desenvolvidos pela Lely e pela DeLaval, que podem ser encontrados nos EUA.
- Sistemas inteligentes para otimizar o uso de eletricidade na fazenda, com nivelamento de carga, ativação e desativação de dispositivos quando não estiverem em uso, etc.
Embora essas tecnologias chinesas sejam interessantes, elas tendem a enfatizar a solução de problemas específicos da fazenda chinesa e do mercado chinês e, com os problemas contínuos do uso da tecnologia de dados chinesa fora da China, é improvável que essas inovações sejam vistas na América do Norte ou em outros países ocidentais.
O dragão chinês está espirrando e sua economia certamente está esfriando, com a probabilidade de uma recessão prolongada. Embora alguns possam se perguntar se isso é positivo do ponto de vista econômico geral dos EUA, o menor consumo do principal importador de alimentos do mundo resultará em um ano difícil para muitos fornecedores de alimentos.
O último relatório da Ziskapp.com mostra que, mesmo com o preço atual do leite, a maioria das grandes fazendas dos EUA com 1.000 ou mais vacas continua projetando lucros para os próximos 10 a 12 meses, já que o leite está sendo vendido a preços melhores. A continuidade desses lucros dependerá, em grande parte, da saúde da economia chinesa.
Artigo de Aidan Connolly, presidente da AgriTech Capital, para a Dairy Herd Management, traduzido e adaptado pela equipe MilkPoint.
1. Qual é a importância do mercado de leite e leite em pó para o setor de lácteos dos EUA?
Resposta: O mercado de leite e leite em pó é crucial para o setor de lácteos dos EUA devido à sua relação comercial com a China, que é um dos maiores importadores desses produtos.
2. Como a economia da China influencia os preços dos produtos lácteos nos EUA?
Resposta: A economia chinesa afeta os preços dos produtos lácteos nos EUA, mesmo quando a China não compra diretamente dos EUA, influenciando efetivamente os preços devido ao seu impacto sobre o mercado global.
3. Quais são as tecnologias relevantes para o mercado de lácteos além do mercado chinês?
Resposta: Câmeras de controle de nebulização, robôs para manejo de vacas leiteiras e sistemas inteligentes de otimização de eletricidade estão entre as tecnologias relevantes para o mercado de lácteos.
4. Por que a economia chinesa está esfriando e como isso afeta a indústria de lácteos dos EUA?
Resposta: A economia chinesa está esfriando devido a uma série de fatores, e isso afeta a indústria de lácteos dos EUA devido à sua relação comercial com a China, que é o principal importador desses produtos.
5. Como a saúde da economia chinesa afeta os lucros das fazendas de lácteos nos EUA?
Resposta: A saúde da economia chinesa é fundamental para a continuidade dos lucros das fazendas de lácteos nos EUA, já que a China representa um dos principais mercados para exportações de lácteos.
Ao falar sobre a importância do mercado mundial de leite e leite em pó para o setor de lácteos dos EUA e o impacto da guerra comercial com a China, percebemos que a China é o principal importador de quase todos os principais produtos lácteos.
Ela compra 27% de todos os produtos lácteos comercializados com base em sólidos do leite, com exceção do queijo, e 20% das exportações dos EUA e quase metade das exportações de soro de leite em pó. Mesmo quando a China não compra diretamente dos EUA, ao comprar leite de países que competem com as exportações dos EUA, influencia efetivamente os preços dos EUA.
O consumo de leite na China explodiu em 2021, impulsionado pelo apoio de Zhong Nanshan (“Dr. Fauchi da China”), que declarou que o leite era essencial para aumentar a imunidade e reduzir o risco de Covid. Naquele ano, o aumento do consumo da China foi igual ao aumento total global no ano.
Além disso, a situação econômica da China mudou drasticamente, como constatado em primeira mão por visitantes recentes ao país. Os números oficiais sugerem que o país ainda está crescendo, mas há evidências de uma economia frágil. Cerca de 21,3% dos jovens de 16 a 24 anos estavam desempregados, e muitos setores, como o consumo de alimentos e produtos agrícolas, estão mudando para opções mais baratas.
Essa mudança na economia chinesa afeta diretamente os exportadores de alimentos, commodities agrícolas e tecnologia para a China, onde a demanda continua fraca e os preços estão baixos. Embora existam tecnologias relevantes para o mercado chinês, como câmeras usadas em fazendas leiteiras e sistemas inteligentes para otimizar o uso de eletricidade, essas inovações são improváveis de serem vistas na América do Norte ou em outros países ocidentais.
Com um cenário de desaquecimento da economia chinesa, o dragão chinês está espirrando, e a probabilidade de uma recessão prolongada é evidente. Esta situação pode afetar o consumo do principal importador de alimentos do mundo, resultando em um desafio para muitos fornecedores de alimentos. A continuidade dos lucros dependerá, em grande parte, da saúde da economia chinesa.
Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo
FAQ – China e o mercado de lácteos
Quais são os principais produtos lácteos que a China importa?
A China é o principal importador de quase todos os principais produtos lácteos, comprando 27% de todos os produtos lácteos comercializados com base em sólidos do leite, com exceção do queijo.
Por que a situação econômica da China é importante para o mercado de lácteos dos EUA?
A economia chinesa influencia efetivamente os preços dos EUA devido à sua importância como comprador de produtos lácteos dos EUA e de outros países.
Quais foram as mudanças recentes na situação econômica da China?
A situação econômica da China vem apresentando sinais de fragilidade, com crescimento anualizado relativamente alto, mas evidências de uma economia frágil, indicando a possibilidade de recessão.
Quais são as tecnologias de lácteos relevantes além do mercado chinês?
Câmeras para controle do resfriamento de vacas, robôs para manejo e sistemas inteligentes para otimizar o uso de eletricidade são algumas das tecnologias relevantes.
As manchetes dos meios de comunicação frequentemente se concentram na importância do mercado mundial de leite e leite em pó para o setor de lácteos dos EUA e, especificamente, no impacto da guerra comercial com a China.
A China é o principal importador de quase todos os principais produtos lácteos e compra 27% de todos os produtos lácteos comercializados com base em sólidos do leite, com exceção do queijo. A China compra 20% das exportações de lácteos dos EUA e quase metade das exportações de soro de leite em pó.
Mesmo quando a China não compra diretamente dos EUA, ao comprar leite de países que competem com as exportações dos EUA, influencia efetivamente os preços dos EUA.
O consumo de leite na China explodiu em 2021 quando Zhong Nanshan (“Dr. Fauchi da China”) declarou que o leite era essencial para aumentar a imunidade e reduzir o risco de Covid. Naquele ano, o aumento do consumo da China foi igual ao aumento total global no ano.
A situação econômica da China mudou drasticamente, o que eu vi em primeira mão quando visitei o país há nove semanas. Os números oficiais sugerem que o país ainda está crescendo, mas, na prática, há muitas evidências de uma economia frágil. Os números mais recentes informam que o crescimento anualizado é superior a 6%, incluindo o salto pós-Covid, mas o último trimestre registrou apenas 0,8%.
Cerca de 21,3% dos jovens de 16 a 24 anos estavam desempregados antes de o governo parar de divulgar os números. Vi aviões com menos da metade da capacidade e voos internacionais bem vazios. Os poucos estrangeiros visíveis estavam nas principais cidades e quase completamente ausentes nas menores, e praticamente não havia turistas.
Os hotéis internacionais eram mais baratos e menos movimentados, e os dados de consumo mostram que o consumo de alimentos e produtos agrícolas está mudando para opções mais baratas.
Os exportadores de alimentos, commodities agrícolas ou tecnologia para a China descobrirão que a demanda continua fraca e os preços, baixos. Para aqueles que esperavam uma forte recuperação pós-Covid, isso foi um tanto decepcionante. Os líderes empresariais chineses mais otimistas com quem me encontrei expressaram a esperança de um retorno ao crescimento, mas em um nível mais moderado e constante de apenas um dígito.
Tecnologias de lácteos que vi com relevância além do mercado chinês:
– Câmeras estão sendo usadas em fazendas leiteiras para controlar a necessidade de nebulização para resfriar as vacas, reduzindo assim o desperdício de água e o uso de eletricidade.
– Robôs chineses removem o esterco, empurram a ração e a misturam para evitar a seletividade das vacas leiteiras, semelhantes aos desenvolvidos pela Lely e pela DeLaval, que podem ser encontrados nos EUA.
– Sistemas inteligentes para otimizar o uso de eletricidade na fazenda, com nivelamento de carga, ativação e desativação de dispositivos quando não estiverem em uso, etc.
Embora essas tecnologias chinesas sejam interessantes, elas tendem a enfatizar a solução de problemas específicos da fazenda chinesa e do mercado chinês e, com os problemas contínuos do uso da tecnologia de dados chinesa fora da China, é improvável que essas inovações sejam vistas na América do Norte ou em outros países ocidentais.
O dragão chinês está espirrando e sua economia certamente está esfriando, com a probabilidade de uma recessão prolongada. Embora alguns possam se perguntar se isso é positivo do ponto de vista econômico geral dos EUA, o menor consumo do principal importador de alimentos do mundo resultará em um ano difícil para muitos fornecedores de alimentos. O último relatório da Ziskapp.
com mostra que, mesmo com o preço atual do leite, a maioria das grandes fazendas dos EUA com 1.000 ou mais vacas continua projetando lucros para os próximos 10 a 12 meses, já que o leite está sendo vendido a preços melhores. A continuidade desses lucros dependerá, em grande parte, da saúde da economia chinesa.
Artigo de Aidan Connolly, presidente da AgriTech Capital, para a Dairy Herd Management, traduzido e adaptado pela equipe MilkPoint.
