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Agricultura triplica área cultivada no Brasil em 37 anos

Foto: Divulgação/AEN/Gov. RP

Da transmissão

A agricultura ocupou 62 milhões de hectares em 2021, três vezes mais em relação aos 19 milhões de hectares mapeados em 1985. No mesmo período de 37 anos, a silvicultura passou de 1,5 milhão de hectares para quase 9 milhões de hectares, um aumento de seis vezes. Os dados são do último levantamento MapBiomas, feito a partir de imagens de satélite e classificação automatizada.

De acordo com a pesquisa, quase toda a área cultivada no Brasil é destinada a culturas temporárias, como soja, arroz, cana-de-açúcar, algodão e outras culturas. Juntos, eles ocupam quase 60 milhões de hectares – uma extensão maior que a de países como França e Espanha. A expansão das lavouras temporárias nos últimos 37 anos foi de 3,3 vezes, passando de 18,3 milhões de hectares em 1985 para 59,9 milhões de hectares em 2021.

Esse crescimento fez com que o número de municípios com mais de 1.000 hectares de lavoura temporária passasse de 1.570 em 1985 para 2.985 em 2021. Houve aumento da área de lavoura temporária, principalmente nos municípios do Cerrado e Pampa, onde a consolidação de áreas agrícolas. No entanto, também houve avanço no bioma Amazônia, abrangendo municípios dos estados do Amazonas, Rondônia, Acre, Roraima e Pará.

Em geral, entre 1985 e 2021, a expansão da agricultura ocorreu principalmente em áreas de pastagens e áreas anteriormente antropizadas (resultantes da intervenção humana). Após a definição do marco de regularização ambiental de 2008 pelo Código Florestal de 2012, houve um aumento na conversão de áreas de pastagens para agricultura temporária, nos biomas Amazônia e Cerrado. Por exemplo, entre 1996 e 2008, na Amazônia, cerca de 1 Mha de pastagem foi convertido em agricultura temporária, e no Cerrado, cerca de 5 Mha. Entre 2009 e 2021, na Amazônia, a conversão de pastagens para agricultura foi 3 vezes maior, enquanto no Cerrado esse aumento foi de cerca de 1,12X após o período de 2008.

A MapBiomas também passa a acompanhar a história de algumas culturas perenes, principalmente café e citros. Esses cultivos tiveram uma expansão mais lenta do que os cultivos temporários mapeados pelo MapBiomas: o crescimento entre 1985, quando ocuparam 800 mil hectares, e 2021, quando atingiram 2,28 milhões de hectares, foi de 2,9 vezes. O aumento da área de culturas perenes mapeadas pelo MapBiomas ocorreu de forma mais expressiva (cerca de 19 mil ha) principalmente nas regiões do Triângulo Mineiro e no sul do Estado de Minas Gerais, onde a cafeicultura é expressiva, além de o nordeste do Pará, onde ocorre a monocultura do dendezeiro, e o norte da Bahia, pólo de irrigação de Petrolina. Essa expansão fez com que o número de municípios com mais de 1.000 hectares de culturas perenes passasse de 206 em 1985 para 447 em 2021.

Com 8,8 milhões de hectares mapeados em 2021, a silvicultura avançou seis vezes entre 1985 e 2021. Municípios com mais de 1.000 hectares de floresta passaram de 250 em 1985 para 1.052 em 2021. Ou seja, 802 municípios incorporaram a atividade em menos de quatro décadas. De acordo com o mapeamento, o bioma com maior área proporcional dedicada aos plantios florestais é a Mata Atlântica, com 4%, seguido de perto pelo Pampa (3,9%) e Cerrado (1,6%).

Nos últimos anos, houve uma estabilização da conversão sobre áreas naturais e um aumento da expansão da silvicultura sobre áreas já antropizadas. Nos biomas com as maiores áreas de floresta (Mata Atlântica e Cerrado), a expansão ocorreu principalmente em áreas já antropizadas, como pastagens. Em termos de extensão territorial, a área florestal mapeada em 2020 atingiu 4,4 milhões de hectares na Mata Atlântica, 3,2 milhões de hectares no Cerrado e 700 mil hectares no Pampa.

O MapBiomas é uma iniciativa multiinstitucional, que envolve universidades, ONGs e empresas de tecnologia, focada no monitoramento das mudanças na cobertura e uso da terra no Brasil, para buscar a conservação e o manejo sustentável dos recursos naturais, como forma de combate às mudanças climáticas. Todos os dados, mapas, métodos e códigos do MapBiomas são públicos e gratuitos no site da iniciativa: mapbiomas.org.

É o que mostra o último levantamento do MapBiomas, feito a partir de imagens de satélite e classificação automatizada.

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A agricultura ocupou 62 milhões de hectares em 2021, três vezes mais em relação aos 19 milhões de hectares mapeados em 1985. No mesmo período de 37 anos, a silvicultura passou de 1,5 milhão de hectares para quase 9 milhões de hectares, um aumento de seis vezes. Os dados são do último levantamento MapBiomas, feito a partir de imagens de satélite e classificação automatizada.

De acordo com a pesquisa, quase toda a área cultivada no Brasil é destinada a culturas temporárias, como soja, arroz, cana-de-açúcar, algodão e outras culturas. Juntos, eles ocupam quase 60 milhões de hectares – uma extensão maior que a de países como França e Espanha. A expansão das lavouras temporárias nos últimos 37 anos foi de 3,3 vezes, passando de 18,3 milhões de hectares em 1985 para 59,9 milhões de hectares em 2021.

Esse crescimento fez com que o número de municípios com mais de 1.000 hectares de lavoura temporária passasse de 1.570 em 1985 para 2.985 em 2021. Houve aumento da área de lavoura temporária, principalmente nos municípios do Cerrado e Pampa, onde a consolidação de áreas agrícolas. No entanto, também houve avanço no bioma Amazônia, abrangendo municípios dos estados do Amazonas, Rondônia, Acre, Roraima e Pará.

Em geral, entre 1985 e 2021, a expansão da agricultura ocorreu principalmente em áreas de pastagens e áreas anteriormente antropizadas (resultantes da intervenção humana). Após a definição do marco de regularização ambiental de 2008 pelo Código Florestal de 2012, houve um aumento na conversão de áreas de pastagens para agricultura temporária, nos biomas Amazônia e Cerrado. Por exemplo, entre 1996 e 2008, na Amazônia, cerca de 1 Mha de pastagem foi convertido em agricultura temporária, e no Cerrado, cerca de 5 Mha. Entre 2009 e 2021, na Amazônia, a conversão de pastagens para agricultura foi 3 vezes maior, enquanto no Cerrado esse aumento foi de cerca de 1,12X após o período de 2008.

A MapBiomas também passa a acompanhar a história de algumas culturas perenes, principalmente café e citros. Esses cultivos tiveram uma expansão mais lenta do que os cultivos temporários mapeados pelo MapBiomas: o crescimento entre 1985, quando ocuparam 800 mil hectares, e 2021, quando atingiram 2,28 milhões de hectares, foi de 2,9 vezes. O aumento da área de culturas perenes mapeadas pelo MapBiomas ocorreu de forma mais expressiva (cerca de 19 mil ha) principalmente nas regiões do Triângulo Mineiro e no sul do Estado de Minas Gerais, onde a cafeicultura é expressiva, além de o nordeste do Pará, onde ocorre a monocultura do dendezeiro, e o norte da Bahia, pólo de irrigação de Petrolina. Essa expansão fez com que o número de municípios com mais de 1.000 hectares de culturas perenes passasse de 206 em 1985 para 447 em 2021.

Com 8,8 milhões de hectares mapeados em 2021, a silvicultura avançou seis vezes entre 1985 e 2021. Municípios com mais de 1.000 hectares de floresta passaram de 250 em 1985 para 1.052 em 2021. Ou seja, 802 municípios incorporaram a atividade em menos de quatro décadas. De acordo com o mapeamento, o bioma com maior área proporcional dedicada aos plantios florestais é a Mata Atlântica, com 4%, seguido de perto pelo Pampa (3,9%) e Cerrado (1,6%).

Nos últimos anos, houve uma estabilização da conversão sobre áreas naturais e um aumento da expansão da silvicultura sobre áreas já antropizadas. Nos biomas com as maiores áreas de floresta (Mata Atlântica e Cerrado), a expansão ocorreu principalmente em áreas já antropizadas, como pastagens. Em termos de extensão territorial, a área florestal mapeada em 2020 atingiu 4,4 milhões de hectares na Mata Atlântica, 3,2 milhões de hectares no Cerrado e 700 mil hectares no Pampa.

O MapBiomas é uma iniciativa multiinstitucional, que envolve universidades, ONGs e empresas de tecnologia, focada no monitoramento das mudanças na cobertura e uso da terra no Brasil, para buscar a conservação e o manejo sustentável dos recursos naturais, como forma de combate às mudanças climáticas. Todos os dados, mapas, métodos e códigos do MapBiomas são públicos e gratuitos no site da iniciativa: mapbiomas.org.

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