Maior fabricante e exportador mundial de suco de laranja e detentor de um mercado interno de sucos de frutas em expansão, o Brasil enfrenta o desafio de destinar adequadamente os resíduos resultantes dessa produção. Isso porque o processamento de frutas para extração de bebidas gera toneladas de efluentes e outros resíduos que, se não tratados corretamente, podem impactar significativamente o meio ambiente.
Só para se ter uma ideia, segundo estimativas da CitrusBR (Associação Nacional dos Exportadores de Suco Cítrico), na safra 2021/22, foram produzidas 820,5 mil toneladas de suco de laranja em solo brasileiro. Já a receita do segmento de sucos de frutas prontos para beber saltou de 5% para 30% do total do setor entre 2014 e 2021, segundo levantamento da Nielsen divulgado no ano passado. E a produção desses alimentos deve chegar a 2,6 bilhões de litros em 2022, segundo a consultoria Kantar.
Líder na produção de sucos 100% naturais, a Natural One é um exemplo de empresa comprometida com a destinação correta, segura e ambientalmente adequada dos resíduos gerados em suas operações. Para isso, conta com soluções da Tera Ambiental, empresa especializada em valorização de resíduos que promove a reciclagem de efluentes industriais e compostagem termofílica em escala industrial.
Em 2021, a Natural One enviou cerca de 85 mil metros cúbicos de efluentes para tratamento e reciclagem, que geraram 860 toneladas de lodo no processo, que foram encaminhados para compostagem. Esse processo se inicia com a retirada da carga orgânica dos efluentes gerados pela empresa, que retornam tratados à natureza. Todo o processo ocorre na ETE Jundiaí, uma das maiores e mais eficientes estações de tratamento de esgoto do país, com 893.591 metros quadrados e capacidade para receber grandes volumes de resíduos.
Além dos resíduos líquidos, foram descartadas 107 toneladas de resíduos sólidos orgânicos resultantes da fabricação de sucos. Todos esses materiais, uma vez tratados, são transformados em fertilizantes compostos orgânicos ricos em matéria orgânica e nutrientes para o solo. Na Tera Ambiental, esse processo ocorre em uma das maiores usinas de compostagem indoor em escala industrial do Brasil, um galpão de 30 mil metros quadrados que possui certificação ISO 14001 e o exclusivo selo IBD de “Qualidade Certificada”.
“A parceria com a Tera Ambiental trouxe para a Natural One a possibilidade de deixar de ter passivos ambientais, transformando a parte sólida desse resíduo em adubo que retorna à natureza para o cultivo de novos frutos, que agrega valor na destinação ao invés de ser descartado em aterro. Além de devolver efluente tratado, dentro de todos os parâmetros legais, para o Rio Jundiaí (o que contribuiu para a despoluição deste importante corpo hídrico). Com essa parceria, podemos dizer que o Natural One é 100% natural desde a escolha da fruta até a embalagem do suco, bem como na destinação de seus resíduos, auxiliando na recuperação do meio ambiente e preservando a natureza para as gerações futuras ”, explica Vinício Nunes. , supervisor de Segurança e Meio Ambiente do Trabalho da Natural One.
Liderança ESG
Esse volume de efluentes e resíduos sólidos gerados pela Natural One nesse período possibilitou a produção de 375 toneladas de fertilizantes orgânicos compostos, obtidos a partir da compostagem termofílica de resíduos orgânicos urbanos, industriais e agroindustriais. Os produtos são um exemplo prático de economia circular e compensação ambiental, pois promove o reaproveitamento de nutrientes e melhora as propriedades físicas, químicas e biológicas do solo em cultivos agrícolas e projetos paisagísticos.
Todo esse ciclo sustentável de processamento e valorização de resíduos contribui para o posicionamento da Natural One entre as líderes em seu segmento ESG, um importante diferencial em um momento em que a empresa está se tornando um player global por meio da expansão da distribuição de seus produtos. produtos para diferentes países. Ao colocar em prática o conceito de economia circular, a empresa fortalece sua reputação para diferentes stakeholders, sejam investidores ou consumidores.
A escolha destas soluções permite não só compensar as atividades potencialmente poluidoras da empresa. Com a parceria, a produtora de sucos coloca em prática dois conceitos importantes da economia circular, a saber:
- “Aterro Zero”, pois elimina o uso de aterros sanitários de sua cadeia produtiva, enviando o lodo gerado pelo tratamento de efluentes para compostagem;
- e, como consequência desse processo, a ideia de “Resíduo Zero”, uma vez que um potencial passivo ambiental (o acondicionamento do lodo que seria destinado ao aterro é de responsabilidade da empresa), torna-se matéria-prima 100% reaproveitada em a produção de fertilizantes compostos orgânicos.
O trabalho realizado para a Natural One demonstra o grande potencial do processo de reciclagem e reaproveitamento de resíduos sólidos e líquidos, com ganhos ambientais e econômicos. Existem inúmeras indústrias no Brasil que geram esses resíduos em suas atividades. Assim, podem aderir a uma prática que lhes proporcionará ganhos financeiros, ampliará suas ações de responsabilidade ambiental, inseri-los na economia circular, melhorar sua reputação e aumentar sua atratividade para investidores, consumidores, clientes e a sociedade como um todo.
