Projeto do Mapa e da FAO para conservação de cacau no sul da Bahia é aprovado pelo Global Environment Facility

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), por meio da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), em parceria com a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) teve o projeto “Conservação da Mata Atlântica através do manejo sustentável das paisagens agroflorestais do cacau” aprovado pelo Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF, em inglês). O valor do financiamento na modalidade doação é de US$ 5,3 milhões.

O projeto foi lançado durante o Simpósio sobre Sistemas Agroflorestais com Cacaueiro – SSAF-Cacau, em Ilhéus (BA), nesta quinta-feira (1).

“A região cacaueira da Bahia até hoje não se recuperou da introdução da vassoura-de-bruxa. Esse projeto pioneiro tem capacidade de acelerar a transformação e a modernização da cacauicultura no sistema cabruca garantindo sua preservação e a conservação ambiental ao tempo que propiciará Assistência Técnica gerencial e a construção de um novo modelo de desenvolvimento para a região usando as tecnologias disponíveis, como materiais resistentes a pragas, técnicas de manejo e fermentação”, destaca o diretor da Ceplac, Waldeck Araújo.

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O componente de inteligência territorial irá instrumentalizar os gestores públicos e os técnicos com informações e análises contextualizadas para processos de gestão, possibilitando assim solidificar a cultura e a prática para reconexão de fragmentos florestais na Mata Atlântica, bioma conservado nessa região graças à cacauicultura.

Segundo o diretor, parte dos recursos será destinada para apoiar iniciativas de remuneração por serviços ambientais. “Todas essas ações são formas pelas quais a sociedade, em suas mais variadas representações, poderá trabalhar em conjunto com o Estado nas diversas esferas para o desenvolvimento regional sustentável”, completa.

A estimativa é que o projeto beneficie 3.000 agricultores familiares do sul da Bahia que produzem cacau sob o sistema cabruca, que é um modo de cultivo agroflorestal onde árvores nativas fazem sombra aos cacaueiros. Segundo dados de estudos recentes, 74% dos 93.000 produtores que cultivam cacau em quase 600 mil hectares no Brasil pertencem à categoria da agricultura familiar.

O representante da FAO no Brasil, Rafael Zavala, enfatizou que alinhar a conservação da biodiversidade com paisagens produtivas é uma das abordagens mais eficazes em prol da manutenção dos serviços ecossistêmicos e desenvolvimento social das populações rurais. 

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“A FAO e o GEF, em conjunto com a Ceplac e parceiros, irão fortalecer uma prática histórica no sul da Bahia, da produção de cacau no sistema cabruca associada à conservação da Mata Atlântica. Para a FAO, esse projeto é extremamente importante, não só pelo seu aspecto social, mas por possibilitar a expansão e recuperação de áreas degradadas, aumento da conectividade ecológica apoiada em mecanismos financeiros e por meio da geração de renda, o que permitirá que os resultados do projeto sejam sustentáveis ao longo dos anos”, disse Zavala.

O sistema cabruca apresenta um elevado potencial para ser considerado como Sistema de Patrimônio Agrícola Globalmente Importante (GIAHS), que é promovido globalmente pela FAO. O GIAHS reconhece um sistema vivo e em evolução de comunidades humanas em um relacionamento diretamente conectado com sua paisagem territorial, cultural, agrícola e social mais ampla. Esse é mais um incentivo para trabalhar nessa proposta do GEF.

Sendo o GEF um fundo voltado para o meio ambiente, o projeto deverá focar na valorização do papel do cacauicultor e do sistema produtivo cabruca para a preservação florestal da Mata Atlântica, de modo que o fortalecimento de tal modelo servirá para diminuir as pressões para a mudança de uso do solo e evitar a troca do cultivo do cacau por outras culturas.

Por meio de modelo de governança coletivo (órgãos ambientais e agrícolas, assistência técnica, instituições de pesquisa e representantes de agricultores), o projeto visa: fortalecer a conservação da Mata Atlântica; levar pacotes tecnológicos para o manejo florestal de uso múltiplo baseado na renovação e enriquecimento da cabruca com espécies nativas, consolidados com sistemas de financiamento e integrados com assistência técnica; substituir cacaueiros idosos por clones avançados e resistentes às doenças; assegurar um pós-colheita com foco na qualidade, mecanismos de rastreabilidade e certificação.

O projeto será estruturado em quatro eixos:

  • Governança dos múltiplos esforços de uso e conservação ambiental entre autoridades públicas e produtores: instituições públicas e privadas que participam de um sistema de governança, capazes de gerenciar territórios ricos em florestas, com abordagem abrangente, sensíveis ao uso múltiplo e à conservação para garantir o serviço de prestação e apoio aos ecossistemas;
  • Implementação e adoção de pacotes adequados de ferramentas e tecnologias de gestão: Conservação, restauração e fortalecimento dos serviços ambientais por meio de uma melhor gestão dos recursos naturais com base no uso do monitoramento da biodiversidade, ferramentas e tecnologias de gestão produtiva;
  • Manejo sustentável: uma vez fortalecidas as cabrucas, os produtores de cacau seguem implementando boas práticas de produção e pós-colheita, o que contribuirá para o aumento da produtividade das culturas, melhora da qualidade do cacau e para a conservação da biodiversidade.
  • Desenvolvimento e fortalecimento de processos e mecanismos para um mercado verde baseado na melhoria da qualidade e diversificação dos subprodutos do cacau: estratégia para o acesso dos agricultores ao mercado diferenciado em termos de qualidade e produção sustentável, gerando crescimento de renda e contribuindo para a viabilidade econômica e ambiental do Sistema Agroflorestal do Cacau Cabruca.



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Carne de frango: volume exportado em 11 meses corresponde a 96% do total embarcado em 2021

É que, no acumulado dos 11 primeiros meses deste ano o volume exportado ficou próximo dos 4,290 milhões de toneladas, correspondendo a 96% do total do ano passado. Ou seja: faltam não mais que 180 mil toneladas para superar o recorde anterior.

Em novembro, considerados os quatro principais itens exportados – frango inteiro, cortes, carne salgada e industrializados – foram embarcadas 361,6 mil toneladas do produto, 5% a menos que em outubro e o terceiro mais fraco resultado do ano. No entanto, comparativamente ao mesmo mês do ano passado foi registrado aumento de 12%, o que fez do mês o melhor novembro de todos os tempos.

Com tal desempenho, o total acumulado no ano se encontra 5,36% acima do registrado nos mesmos 11 meses de 2021, enquanto o aumento na receita cambial (combinação do aumento de volume com uma significativa melhora no preço médio) supera os 29%, gerando valor superior a US$8,772 bilhões,

Aproximadamente os mesmos índices de expansão – 5,56% no volume; 29,29% na receita – são observados no acumulado dos 12 meses encerrados em novembro de 2022.



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MT terá oferta histórica e sustentada pelo milho e algodão

A estimativa para a safra 2022/23, em Mato Grosso, aponta para mais recorde anual de produção: 90,05 milhões toneladas (t), volume que se confirmar, será 4,1% maior que o recorde anterior em 86,48 milhões t. Pelo 12º ano consecutivo, o Estado será o maior produtor nacional de grãos de fibras.    

Esses e outros números constam no terceiro levantamento da safra de grãos, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), ontem. A safra – mais uma vez histórica – será garantida pelas projeções ao algodão e ao milho, culturas com alta anual de 18,9% e de 7,2%, respectivamente. A soja, carro-chefe do agro mato-grossense, deve aumentar a produção em 0,5%. Nesse cenário, Mato Grosso vai ofertar em 2023, mais milho do que soja.      

Para o algodão estadual, a Conab projeta oferta de 2,09 milhões t, 18,9% acima das 1,76 milhão t da safra 2021/22.  

Para o milho segunda safra, Mato Grosso deverá contabilizar 44,07 milhões t, 7,2% a mais em relação ao consolidado em 41,10 milhões t.

A soja segue com previsão de estabilidade. Os técnicos da Companhia estimam uma oferta de 41,69 milhões t para esta safra, 0,5% sobre os 41,49 milhões t do ciclo anterior.    

Para o País, a Conab indica uma produção de 312,2 milhões t, 15% ou 40,8 milhões t, superior à obtida em 2021/22. Com a conclusão da semeadura das culturas de primeira safra em dezembro, as atenções se voltam para a evolução das lavouras e os efeitos do comportamento climático, que deverá definir a produtividade. Com relação à estimativa anterior, anunciada em novembro, quando foram projetadas 313 milhões de toneladas, os dados mostram um ajuste no volume total produzido, em função da menor produtividade do milho e redução na área de arroz.    

Com a área total de plantio no país estimada em 77 milhões de hectares, a agricultura brasileira mantém a tendência de crescimento observada nos últimos anos, também com previsão de recorde. O resultado equivale a um crescimento de 3,3% ou de 2,49 mil hectares sobre a área da safra 2021/22.

Nas pesquisas realizadas para esse levantamento, a evolução da semeadura das culturas de primeira safra apresenta um leve atraso. “Essa cautela dos produtores é natural em um cenário climático que apresenta excesso de chuvas e baixas temperaturas, sobretudo em parte dos estados das regiões Sul e Sudeste, e ainda as restrições hídricas e baixa umidade do solo na região Centro-Oeste e no Matopiba. Ainda assim, a produção estimada para a safra 2022/23 continua recorde”, afirma o presidente da Conab, Guilherme Ribeiro.  

No caso da soja, a terceira estimativa para a área de plantio, no atual ciclo, aponta para crescimento de 4,6% sobre a safra passada, situando-se em 43,4 milhões de hectares. A conclusão da semeadura está prevista para o final de dezembro e as condições climáticas vêm beneficiando as lavouras. “Durante o levantamento de campo, identificamos que a leve redução na produtividade sobre a estimativa do mês anterior foi compensada pelos acréscimos nas áreas, em especial no Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Minas Gerais”, afirma o diretor de Informações Agropecuárias e Políticas Agrícolas da Conab, Sergio De Zen. “Com relação à produção, a safra de soja em curso deve chegar a um volume recorde de 153,5 milhões de toneladas, 22,2% ou 27,9 milhões de toneladas acima da obtida na safra anterior”.    

Para o milho, a Conab prevê uma produção total de 125,8 milhões de toneladas na safra 2022/23, com aumento esperado de 11,2% comparado à safra anterior. O plantio do milho primeira safra avançou em todas as regiões produtoras do cereal. “No Rio Grande do Sul, a diminuição e irregularidades de chuvas em novembro, aliadas às altas temperaturas, provocaram sintomas de déficit hídrico nas plantas”, esclarece a superintendente de Informações da Agropecuária, Candice Santos. 

“O clima afetou principalmente as áreas que se encontram no estágio reprodutivo. Diante disso, a Conab mantém o monitoramento das lavouras para avaliar os possíveis impactos, o que pode intensificar as quedas já registradas no rendimento do milho no Estado”.



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MG: liberação de crédito rural registra crescimento

Nos primeiros quatro meses do Plano Agrícola e Pecuário (PAP) 2022/23, Minas Gerais já demandou 41% a mais de recursos para aplicação na agricultura e pecuária. Ao todo, foram desembolsados R$ 21,13 bilhões para o estado mineiro.  

Porém, entre as linhas disponíveis no crédito rural, a mais demandada foi a de custeio. De acordo com os dados da Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) o valor total já liberado para Minas Gerais representa 14% do desembolso nacional.  

Para a linha de custeio, os desembolsos para o Estado já somam R$ 13,13 bilhões e estão 74% maiores que os R$ 7,53 bilhões registrados na safra anterior. Ao todo, foram aprovados 46.786 contratos. 

Em outubro, por exemplo, a cultura que demandou maior volume de crédito foi o café, com um total de R$ 1 bilhão.



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soja em Mato Grosso do Sul tem aumento de 49,4%

soja em Mato Grosso do Sul tem aumento de 49,4%

Essa também será a maior produção estadual da oleaginosa, conforme dados da série histórica da Conab, iniciada em 1977. Os números são do terceiro levantamento da safra de grãos, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), na quinta-feira (8).

Com 98% da semeadura concluída até o final de novembro, os cultivos estão apresentando bom desenvolvimento e aproximadamente 20% das lavouras iniciaram as fases reprodutivas, quando as plantas tornam-se mais susceptíveis aos estresses ambientais devido ao aumento da demanda hídrica, o que exige bons e regulares volumes de chuvas.

A estimativa da área estadual cultivada com soja apresenta um acréscimo de 5,8% em relação à safra passada, atingindo 3,76 milhões de hectares com a oleaginosa em Mato Grosso do Sul. Além disso, até o momento as condições climáticas estão permitindo estimar uma produtividade média de 3.549 kg/ha, o que representa uma recuperação de 41,2% em relação ao último ciclo, o qual foi fortemente prejudicado pelo clima adverso em dezembro e janeiro passados.

A soja corresponde a mais de 98% dos cultivos de grãos realizados em primeira safra em Mato Grosso do Sul. Com o encerramento do vazio sanitário, em 15 de setembro, houve o início da semeadura das lavouras da safra 2022/23. Naquele momento já havia boa umidade no solo e as precipitações seguiram frequentes e com bons volumes até o final de outubro, garantindo adequada germinação e emergência das plantas, proporcionando adequada população de plantas nas lavouras.

Já em novembro, ocorreu significativa redução no volume acumulado, mas a correta distribuição das precipitações manteve disponibilidade hídrica suficiente para o bom desenvolvimento da cultura.

Com relação às participações das regiões brasileiras, tem-se a seguinte distribuição: Centro-Oeste (49,6%), Sul (25,1%), Sudeste (10,4%), Nordeste (9,7%) e Norte (5,2%).

Cereais de inverno

No Centro-Oeste, as maiores produções devem ser a de Goiás, com 90,3 mil toneladas, declínio de 6,5% em relação a 2021.

Em segundo lugar está Mato Grosso do Sul, com 48,2 mil toneladas, crescimento de 124,5% em termos anuais.

Os principais cereais de inverno produzidos no Brasil são o trigo, a aveia branca e a cevada.

Feijão

A 2ª safra de feijão foi estimada em 1,3 milhão de toneladas no país, declínio de 0,7% frente à estimativa de julho.

Tal safra representa 42,5% do total de feijão produzido no país, tornando-se, portanto, a principal, uma vez que na safra de verão, os produtores tendem a preferir cultivar a soja em decorrência de sua maior rentabilidade, aponta o IBGE.

Mato Grosso do Sul está entre os destaques positivos para os crescimentos da produção, com uma um crescimento de 79,3%.

Por outro lado, na 3,ª safra de feijão, Mato Grosso do Sul registra um decréscimo de -11,8% na produção.

A 3ª safra de feijão é cultivada normalmente utilizando-se irrigação por pivô, o que aumenta os custos de produção, principalmente em decorrência do maior consumo de energia.

Milho

Para o milho 1ª safra, a estimativa é de uma produção nacional de 25,8 milhões de toneladas, aumento de 0,4% em relação ao mês anterior.

Em Mato Grosso do Sul, espera-se um crescimento de 58,5% nesta safra, em relação a 2021; bem como um aumento de 85,7% na 2ª safra.

Soja

A produção nacional manteve-se em 118,8 milhões de toneladas, estimativa que representa aumento mensal de 0,1%, contudo, há retração de 11,9% em comparação a 2021.

Os impactos da prolongada estiagem na região Centro–Sul refletiram na produção da soja brasileira em 2022.

Em Mato Grosso do Sul, a falta de chuvas durante o ciclo fez com que o Estado apresentasse um declínio da produção de cerca de 54,3%, em comparação com 2021.

Brasil

Em agosto, IBGE prevê safra de 261,7 milhões de toneladas para 2022. Esse número é 3,3% maior que o obtido em 2021. Entretanto, é 0,7% abaixo da estimativa de julho deste ano.

A área a ser colhida é de 73,0 milhões de hectares, 6,5% maior que em 2021 e 0,1% maior que o previsto em julho.

Segundo o levantamento do IBGE, o arroz, o milho e a soja são os três principais produtos que elevam o índice da produção, representando 91,5% da estimativa da produção.

A produção nacional de milho, em 2022, deve alcançar novo recorde. Em comparação com a produção de 2021, o IBGE indica que houve acréscimos de 9,8% na área do milho (aumento de 7,7% no milho 1ª safra e de 10,5% no milho 2ª safra).

Também houve aumento de 17,7% na do algodão herbáceo (em caroço), de 4,7% na da soja e de 9,0% na do trigo.

Por outro lado, houve queda de 2,6% na área do arroz, mesmo assim, o produto segue entre os que possuem maior produção.

 



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Cultivo de trigo no semiárido cearense

Os resultados são importantes porque a cultura do trigo é muito bem estabelecida em regiões temperadas e subtropicais, mas as regiões de baixa latitude, como é o caso do semiárido, são consideradas um desafio para esse cultivo.

O estudo científico avaliou como oito cultivares reagem ao clima semiárido da Caatinga, observando-se as transformações estruturais da planta em relação ao clima, relevo, umidade do ar e precipitação pluvial.

Os resultados obtidos foram considerados bastante promissores, pois revelaram cultivares com alta adaptabilidade ao ecossistema da região.

Com isso, a expectativa é de que a planta passe a ser cultivada em regiões mais tropicais, já que demonstrou ter enorme potencial de crescimento nesse bioma, onde a região do Matopiba, do estado Ceará, por exemplo, possuí 73 milhões de hectares agricultáveis.

A pesquisa concluiu que o rendimento médio na região pode chegar a 3.220,5 quilos por hectare, acima da média nacional de produção.

Com esses resultados, regiões como o Ceará, que importam trigo de outros países, sobretudo da China, têm potencial de realizar o plantio de forma que a safra seja mais produtiva, e em ciclos curtos entre a coleta e o plantio, dando ensejo ao crescimento socioeconômico da região Nordeste.

O experimento foi a base do trabalho de conclusão de curso do estudante de agronomia Pedro Henrique Gomes Bezerra, que destaca a importância desses resultados para o agronegócio, ressaltando sua função social, sobretudo no combate à fome.

“O desenvolvimento do projeto foi um grande desafio por conta das condições adversas que temos no Nordeste, e pela falta de estudos que pudessem ser referência para a execução.

Demos o primeiro passo para o estudo do trigo na região semiárida, em baixas altitudes.

Então, temos a expectativa de continuidade na pesquisa para consolidar a capacidade da cultura de trigo como uma boa opção para os produtores, não só como safrinha em soja, como também a possibilidade se ser uma cultura que possa ajudar no combate à fome, uma vez que ela apresentou, pelos estudos, um ciclo de produtividade de 75 dias, característica que melhoraria o aproveitamento das janelas de chuva”, relata o estudante.

A pesquisa utilizou oito cultivares de trigo (BRS 404, BRS 264, BRS 254, BRS 394, MGS Brilhante, ORS 1403, ORS FEROZ e TBIO Duque). As sementes foram doadas pela Embrapa Cerrados, sediada na região do Cerrado, bioma com características semelhantes ao do ambiente em que o trigo foi testado.

Destacaram-se em alta produtividade e precocidade as cultivares BRS 264 e BRS 254, tendo outros materiais superado esta produtividade, porém, em ciclos maiores.

O orientador do estudo, professor da Escola de Ciências Agrárias José Maria Villela Pádua, destaca o êxito que a planta apresentou em ambiente com condições ecológicas diferentes dos locais mais comuns de seu cultivo.

”Foram testadas diferentes cultivares e, mesmo nas condições locais, consideradas diferentes das condições ideais para o trigo, caracterizada por altitudes superiores e solos menos arenosos, franco-argilosos, os resultados se mostraram bastantes promissores, próximos da média nacional, em ciclos curtos de produção”.

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Caminhos da Maturação IHARA fará monitoramento, em tempo real, de indicadores de qualidade da cana

A nova safra da cana brasileira contará com uma grande novidade, anunciada pela IHARA. A empresa de pesquisa e desenvolvimento de defensivos agrícolas está lançando o programa Caminhos da Maturação, que percorrerá propriedades em todo o país para monitorar, a campo, os principais indicadores de qualidade. 

O gerente de Marketing Regional da empresa para a cultura, Thiago Duarte, explica que o objetivo é apoiar os produtores na tomada de decisão e no encaminhamento, às usinas, de matéria-prima com maior teor possível de açúcar e, portanto, maior valor agregado. “Será oferecida consultoria gratuita a campo, e realização de testes capazes de revelar, em questão de instantes, se a cana já se encontra no melhor ponto para a colheita, ou se ainda é viável atuar no aumento desta maturação. Teremos, em tempo real, indicadores como concentração de açúcar, teor de fibras AR (Açúcar Redutoras) e a umidade da cana em cada bloco, o que nos permitirá avaliar quais lotes estão com maior qualidade e devem ser colhidos antes, ou quais podem ainda ser manejados para alcançar melhores resultados”. 

Duarte explica ainda que, hoje, essa testagem é feita em laboratórios e leva de 3 a 4 dias. “Muitas vezes, o produtor só descobre como estão os níveis de qualidade da cana quando ela entra na indústria, e, assim, acaba perdendo oportunidades de obter maior rendimento”, completa.

Tecnologia a campo 

Inicialmente, o projeto Caminhos da Maturação será focado exclusivamente em áreas em uso do produto RIPER, o maturador sistêmico de alta performance da IHARA. Logo nas primeiras semanas do ano, as equipes de consultores e técnicos de campo darão início a uma agenda intensa de visitas nas mais diversas regiões produtoras. 

O monitoramento de mais propriedades, em menos tempo e com maior eficácia só será possível graças a uma nova tecnologia, exclusividade da IHARA. Em contato direto com a planta, o equipamento portátil é capaz de analisar os percentuais de hidrogênio e carbono presentes nas composições, podendo aferir, AR%, POL, PUREZA, BRIX, FIBRA E ATR. Essa leitura é processada por meio de um pareamento com um aplicativo de celular, com emissão de resultados instantaneamente. Desta forma, é possível atuar com agilidade onde ainda há oportunidade para que o uso do maturador proporcione ganhos de qualidade da produção. 

Thiago Duarte explica que o trabalho será direcionado a três principais janelas de oportunidade: “A mensuração nos estágios iniciais do desenvolvimento da safra ajuda a identificar quais os blocos com melhor qualidade de açúcar. No meio da safra, o foco é identificar áreas em que não houve uso de maturador, e que poderão responder ao produto, alcançando melhores indicadores. E no final do ciclo, a testagem aponta o melhor momento da colheita, e sinaliza quanto à aplicação do maturador para preservar o açúcar já produzido, evitando que a lavoura gaste energia para vegetar”.

Como atua o maturador RIPER?

Os maturadores são produtos que atuam como reguladores do crescimento vegetativo da planta, redirecionando esta energia para o amadurecimento; a produção de sacarose. 

O Riper é um maturador sistêmico da IHARA, que atua na cana promovendo a maturação, incrementando o teor de sacarose nos colmos e aumentando a produtividade de açúcar. “Além de ser usado para otimizar a colheita, sobretudo para produtores que dispõem de grandes plantações, o maturador pode ajudar a cana-de-açúcar a alcançar a condição considerada ideal para a colheita, obtendo alta produtividade de colmos, e ajudando o canavial a alcançar altos teores de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR), que é o valor que importa no produto para a indústria”, explica Duarte. 

Um dos principais fatores que tiram o sono do produtor em extrair o máximo potencial de maturação da cultura está relacionado ao clima. Quando as condições climáticas não são ideais para que ocorra a maturação natural da cana-de-açúcar e o acúmulo da sacarose é insatisfatório, recomenda-se a aplicação de maturadores, podendo ser feita no início da safra para reduzir a taxa de crescimento vegetativo, no meio da safra para potencializar o processo de maturação em regiões que apresentam outono e inverno chuvosos, e no final da safra para inibir a retomada do crescimento vegetativo mantendo o teor de sacarose elevado por maior período e possibilitando a colheita de matéria-prima de melhor qualidade. 

O RIPER tem como principal característica a flexibilidade de aplicação, podendo ser utilizado no início, meio ou final da safra, com aplicação de 15 a 45 dias antes da colheita, impactando o menos possível na produtividade e extraindo o máximo de TAH (Toneladas de Açúcar por Hectare). “O manejo adequado da colheita com uso de maturadores eleva a qualidade da matéria-prima e rendimento industrial, podendo incrementar de 4 a 8% o teor de ATR e o setor como um todo ganha com essa produtividade”, finaliza o Gerente de Marketing Regional da IHARA. 



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Tecnologia de informação no combate a pragas e doenças no trigo

O uso de ferramentas computacionais aplicadas à agricultura tem facilitado o trabalho no combate a pragas e doenças no trigo. A cooperação entre pesquisadores das ciências da computação com entomologistas e fitopatologistas no desenvolvimento de softwares e sistemas informatizados está ajudando no monitoramento de problemas na lavoura e orientando para a tomada de decisão no controle.

Insetos atingem o status de pragas agrícolas quando causam danos às plantas cultivadas. O limiar de dano econômico é atingido quando o prejuízo econômico resultante da redução da produtividade supera o custo do controle. Quando insetos atuam como vetores de patógenos (como vírus, por exemplo), mesmo em baixas populações esses limiares podem ser atingidos. Este é o caso dos afídeos, insetos conhecidos popularmente como pulgões.

Os afídeos que ocorrem em trigo e outros cereais de inverno, quando se alimentam das plantas, transmitem o vírus do nanismo amarelo. Plantas de trigo, infectadas pelo vírus em estádios iniciais de desenvolvimento, sofrem degeneração do sistema vascular o que resulta em nanismo, redução do crescimento, e amarelecimento das folhas, prejudicando a fotossíntese e a produção de grãos. Neste caso, o rendimento de grãos é comprometido em média entre 40 e 50%.

A Rede de Monitoramento de Afídeos no Brasil, constituída de parcerias entre instituições de pesquisa, obtém dados populacionais para entender a dinâmica desses insetos. O monitoramento semanal a campo é conduzido em plantas e em armadilhas, que capturam afídeos e parasitoides alados, nas localidades de Passo Fundo, Coxilha (Embrapa Trigo) e Cruz Alta (CCGL-TEC) no Rio Grande do Sul; Guarapuava, Pinhão, Candói (FAPA), Tibagi e Arapoti (FABC) no Paraná. As ferramentas e tecnologias em desenvolvimento visam facilitar a coleta, armazenamento e organização desses dados permitindo descrever os padrões e fatores que determinam a oscilação das populações de afídeos e inimigos naturais. Esses dados são utilizados por modelos de simulação e sistemas alerta que auxiliam na tomada de decisão para o manejo de afídeos em trigo.

Computação aplicada à agricultura

A necessidade de desenvolver ferramentas para facilitar a coleta, armazenamento, organização e o acesso aos dados obtidos pela rede experimental aproximou pesquisadores das áreas agronômicas e biológicas com pesquisadores das áreas da computação. Assim, nasceu a parceria entre a Embrapa, o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-rio-grandense (IFSul – campus Passo Fundo) e a Universidade de Passo Fundo. Como resultado, foram desenvolvidos softwares que auxiliam na coleta, organização, acesso, visualização e suporte à tomada de decisão de controle de pragas nas lavouras.

TrapSystem – gerenciamento de armadilhas de insetos

Umas das primeiras ferramentas desenvolvidas no apoio ao controle de pragas e doenças no trigo foi o TrapSystem(http://gpca.passofundo.ifsul.edu.br/traps/index.php) (do inglês, sistema de armadilha), uma plataforma web para a entrada de dados das leituras de armadilhas, permitindo a organização das informações de forma segura e disponível a longo prazo para a obtenção de séries histórias. A plataforma organiza os dados de coletas por meio do banco de dados AgroDB, permitindo a visualização e download de dados para análises.

Desenvolvido pelo IFSul, o TrapSystem apresenta interface amigável e garante a padronização das informações que partem de cadastros básicos como inseto/taxonomia, localização das armadilhas e pessoas/organizações que integram a rede. “Utilizamos tecnologias de sistemas de gerenciamento de bancos de dados com desenvolvimento de sistemas web compatíveis com plataforma móvel e desktop”, explica o professor do IFSul, Alexandre Lazzaretti.

De acordo com o pesquisador da Embrapa Trigo, Douglas Lau, o TrapSystem permite gerenciar um conjunto de dados, de diversos colaboradores, unificando uma rede de monitoramento das populações de insetos. 

“Imaginamos, no futuro, alcançar o nível de integração da rede europeia, que é capaz de monitorar padrões de migrações que ocorrem entre os diferentes países, com registros históricos confiáveis que permitem observar alterações e estimar impactos para recomendar o manejo mais adequado”, explica Lau.

AphidCV e InsectCV na contagem de insetos

Através do Programa de Pós-graduação em Computação Aplicada da UPF, sob a orientação do professor Rafael Rieder, foram criados dois softwares: AphidCV(https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0168169919306039?via%3Dihub) e InsectCV(https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S1574954121003071?via%3Dihub), visando a automação das coletas de dados de populações de afídeos.

O AphidCV realiza a contagem e a morfometria de afídeos separando em categorias (adultos ápteros, adultos alados e ninfas). A mensuração de populações de insetos em plantas é necessária em diversos estudos, como definir o limite de pragas para intervenção com controle químico, avaliar o nível de resistência genética das plantas, avaliação de fatores que afetam o crescimento populacional e a capacidade reprodutiva dos insetos. Estes trabalhos costumam ser realizados manualmente, com o apoio de lupas em um processo cansativo, que consome tempo e sujeito a erros humanos que afetam a precisão.

Resultado do trabalho de mestrado de Elison Lins, o software AphidCV trabalha sobre a imagem de uma placa de vidro contendo os insetos, processando de forma instantânea o número total e o tamanho de cada indivíduo. Com o apoio da visão computacional, é possível reduzir o tempo de análise e aumentar o número de amostras no período.

O software InsectCV foi desenvolvido pelo professor do IFSUL Telmo de Cesaro Junior. Esse programa, inserido dentro da plataforma TrapSystem, realiza a contagem automática de afídeos alados e parasitoides presentes em amostras de armadilhas processadas em laboratório. Assim, permite detectar os pontos críticos de tomada de decisão para o manejo e o pico da epidemia com precisão próxima da contagem manual.

ABISM na simulação de epidemias

Outra ferramenta que dá suporte ao manejo de epidemias de afídeos é o modelo de previsão ABISM (Agent Based Insect Simulation Model). Nesse modelo, são gerados afídeos virtuais que nascem, crescem, se alimentam, se movem, reproduzem e morrem de acordo com regras estabelecidas. O ABISM permite não apenas a simulação temporal, mas também espacial das epidemias. Os usuários podem utilizar leituras em plantas e armadilhas como entrada para a população inicial da simulação e, baseado nos prognósticos meteorológicos, simular o crescimento populacional e verificar as probabilidades de atingir o nível de ação para manejo. ABISM foi desenvolvido pelo professor do IFSul Roberto Wiest durante doutorado na UPF.

Novas ferramentas a caminho

Um workshop realizado no IFSul, em Passo Fundo, RS, no dia 30/11, apresentou novas ferramentas que estão sendo desenvolvidas dentro do projeto “Desenvolvimento e validação de ferramentas para monitoramento e tomada decisão de manejo de epidemias causadas por vírus transmitidos por insetos”, liderado pela Embrapa Trigo com o apoio do CNPq. Além do aperfeiçoamento das ferramentas em uso, como o TrapSystem, o AphidCV/InsectCV e o ABISM, estão a caminho novas tecnologias para a contagem de insetos como armadilhas eletrônicas e softwares para dispositivos móveis, além de sistemas de emissão de alertas. Todas essas ferramentas estão sendo validadas por experimentação a campo.

“Com o aumento da Rede de Monitoramento, ficou indispensável o uso destas ferramentas para integrar o volume de dados e transformar em informações que possam ser aplicadas de forma prática no controle dos pulgões, alertando para o risco de epidemias e promovendo o uso racional de defensivos”, afirma o pesquisador da Embrapa Trigo, Douglas Lau. Segundo ele, os dados ainda estão restritos aos pesquisadores, já que dependem da correta interpretação assegurada através de treinamentos periódicos, mas o compartilhamento dos alertas acontece através da divulgação de massa, nos veículos mantidos pelos colaboradores da Rede, como sites, publicações e mídias digitais. “Chegaremos ao momento em que o produtor poderá se cadastrar numa plataforma e receber os avisos de risco de epidemias e orientações para controle das pragas de forma imediata no seu smartphone.

Estamos trabalhando para isso e o avanço da tecnologia evolui rápido com a geração de conhecimentos nas universidades e centros de pesquisas”, conclui Lau.



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Vendas da Natural do Campo aumentaram 50% em relação a 2021

Em três edições realizadas em 2022, os 25 pequenos produtores rurais participantes da Feira Natural do Campo comercializaram juntos cerca de R$ 50 mil. O valor foi arrecadado a partir da venda de aproximadamente cinco mil itens produzidos por produtores atendidos pela Assistência Técnica e Gerencial do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso (Senar-MT).

De acordo com o supervisor da ATeG, Thiago Salapata, houve um incremento de 50% a mais nas vendas em relação as edições de 2021. “Sem dúvidas, todos saíram felizes: o produtor que conseguiu vender um produto com valor agregado e o consumidor que conseguiu comprar um produto fresco com um valor menor que no mercado”, destacou.

Segundo levantamento realizado ao longo dos eventos, por volta de duas mil pessoas passaram pelas feiras que aconteceram no estacionamento do Pantanal Shopping, entre os meses de novembro e dezembro deste ano. Dentre elas, esteve a consumidora Carla Souza que esteve acompanhada da família e aproveitou para conhecer mais sobre o Senar-MT. “Da primeira vez vim para conhecer e hoje voltei para comprar. Os preços estão muito bons e já estou levando frutas para casa”.

Elicássia Jaudy, participou apenas da última edição da Feira e aprovou a iniciativa. “Compramos queijos, doces, salames. Os preços estavam muito bons, o ambiente agradável e gostei muito de ter vindo” destacou.

A Feira Natural do Campo foi realizada pela primeira vez em 2021, em sete edições. Ela foi uma oportunidade dos produtores atendidos pela ATeG do Senar-MT de comercializarem seus produtos diretamente com os consumidores e envolveu um extenso planejamento. “A organização envolveu uma série de processos como a infraestrutura, logística, parceria com outras equipes e empresas, alinhamentos com o Shopping, tudo para atendermos o objetivo de possibilitar esse contato entre produtor e consumidor”, avaliou a analista da ATeG, Tamirys Fernanda.

A ATeG atingiu em 2022 a marca de cinco mil propriedades atendidas em todo o estado. Pelo programa, produtores de quatorze cadeias produtivas recebem orientações de técnicos de campo credenciados, sem custo. O auxílio contribui para a melhoria da produtividade nas propriedades rurais e consequentemente aumenta a renda do produtor.

Com a palavra produtor

“Já trabalho com abelha há cinco anos e hoje já temos 200 caixas. Além de vender os produtos, estamos nos tornando conhecidos e aumentando a nossa clientela”, afirmou o produtor rural Germano Ferreira de Nossa Senhora do Livramento, que comercializou mel durante a Feira Natural do Campo.

“Tivemos uma repercussão além do que esperávamos, porque conseguimos vender todos os nossos produtos em uma das edições do evento. Achamos a oportunidade muito interessante e esperamos que tenham mais feiras no ano que vem”, afirmou o produtor rural e agrônomo Cleonir Andrade de Chapada dos Guimarães, que comercializou derivados de mandioca durante a Feira Natural do Campo.

“Começamos a participar da Feira neste ano e trouxemos os nossos arranjos, nossas plantas e foi uma forma das pessoas conhecerem o nosso trabalho. Também sou atendida pela ATeG e acho legal ter um técnico para te ajudar em algumas questões. Temos um suporte e é essencial essa parceria”, destacou Helena Alves de Tangará da Serra, que comercializou cactos e suculentas durante a Feira Natural do Campo.



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Pragas secundárias afetam qualidade dos frutos

Pragas secundárias também podem afetar qualidade dos frutos

As pragas secundárias são aquelas que, apesar de provocarem injúrias nas estruturas da planta, não atingem o nível de dano econômico, contudo,

estar atento a sua ocorrência  pode evitar perda de qualidade em diversas culturas. Abaixo, você confere as principais pragas secundárias da cultura do tomate:

  • Mosca-minadora (Liriomyza huidobrensis, L. sativa, L. trifolii): as larvas dos insetos criam uma mina, fina e irregular no folíolo, provocando necrose e ressecamento das folhas precocemente, impactando na produção. 
  • Lagarta-rosca (Agrotis ipsilon): corta as plantas jovens na superfície do solo.
  • Lagarta-militar (Spodoptera eridania, Spodoptera cosmioides e Spodoptera frugiperda): cortam as plantas na superfície do solo logo após o transplantio; raspam a face inferior dos folíolos, provocando um aspecto rendilhado e broqueiam frutos próximo ao cálice, iniciando no terço inferior da planta em direção ao ápice da planta.
  • Lagarta-falsa-medideira (Chrysodeixis includens, Trichoplusia ni e Rachiplusia nu): provocam desfolha acentuada no terço superior, atacam os frutos ainda verdes, ocasionando grandes lesões. 
  • Broca-grande (Helicoverpa armigera, Helicoverpa zea e Chloridea virescens): atacam folhas, ramos, brotações, ponteiros, flores e broqueia os frutos. Sua ocorrência deixa grandes orifícios nos frutos que facilitam o ataque de outras pragas como besouros e moscas, provocando o apodrecimento.
  • Ácaro-rajado (Tetranychus urticae): perfura as células, suga o conteúdo que extravasa, se aloja na face inferior das folhas e se protege por uma teia. Na parte superior das folhas é possível observar pontuações secas, que evoluem para senescência, reduzindo a fotossíntese e provocando perda de vigor da planta. A preferência é pelas folhas do terço inferior e  os frutos atacados apresentam superfície com aspecto áspero e queimado.
  • Ácaro-do-bronzeamento (Aculops lycopersici): perfura as células e suga o conteúdo que extravasa. As folhas atacadas apresentam coloração amarelada, são levemente retorcidas, com aspecto brilhante na face inferior e secam sem murchar. A infestação que inicia nas folhas mais velhas também atinge os frutos, provocando redução no tamanho e alteração na cor e textura.
  • Ácaro-branco (Polyphagotarsonemus latus): perfura as células da epiderme e suga o conteúdo que extravasa. A ocorrência provoca coloração bronzeada nos brotos, folhas novas e extremidade das hastes, além de aspecto vítreo na parte inferior do folíolo e broto. A alta infestação pode provocar o secamento dos folíolos e desfolha precoce.
  • Pulgões (Aphis gossypii, Macrosiphum euphorbiae e Myzus persicae): sugam a seiva, injetam de toxinas e transmitem o vírus do topo amarelo do tomateiro, vírus do amarelo baixeiro e o vírus Y da batata. A excreção facilita a formação de fumagina nas folhas.
  • Vaquinha (Diabrotica speciosa): Quando larva, ataca as raízes da planta e quando adulta, se alimenta de partes vegetativas, perfurando as folhas do tomateiro, além de consumir o pólen. 
  • Percevejo-da-perna-folhada (Leptoglossus zonatus): suga a seiva da planta e o suco dos frutos. Provoca pequenas pontuações claras na superfície do fruto e áreas endurecidas internamente.
  • Percevejo-do-tomate (Phthia picta): ataca folha, caule, flor e fruto do tomateiro, sugando a seiva da planta e dos frutos. O ataque provoca pontuações esbranquiçadas e endurecimento na parte interna, podendo causar aborto dos frutos, irregularidades na maturação, murcha e apodrecimento do tomate. 

Para um controle eficiente, é fundamental a correta identificação das pragas.

Aqui serão abordadas as doenças que afetam os frutos nas fases de pré e pós-colheita por fungos manchadores de frutos. Não há estimativas de perdas por essas doenças. Porém, elas causam perdas para o produtor, que terá seu produto rejeitado pelo mercado. Além disso, representam perdas para o comerciante e para o consumidor final, por causa da redução da vida de prateleira.

Manchas e podridões em frutos

É cada vez maior as exigências do mercado em relação à qualidade geral dos frutos, os quais podem ser afetados por manchas diversas, que ocorrem tanto na pré como na pós-colheita.

Manchas de pré-colheita:

  • Lesão-de-Johnston – também conhecida como pinta-de-Pyricularia, causada pelo fungo Pyricularia grisea.

Sintomas: lesões escuras, deprimidas e redondas, com até 5 mm de diâmetro.

As manchas são observadas sobre frutos com mais de 60-70 dias.

  • Mancha-parda – causada por Cercospora hayi, um fungo saprófita (oportunista) comum sobre folhas de banana já mortas e sobre folhas de plantas daninhas senescentes ou mortas.

Sintomas: manchas marrons sobre a ráquis, coroa e frutos.

As manchas só aparecem em frutos com idade igual ou superior a 50 dias.

  • Mancha-losango – causada principalmente pela espécie Cercospora hayi, seguida por Fusarium solaniF. roseum e possivelmente outros fungos.

Sintomas: o primeiro sintoma é o aparecimento, sobre a casca do fruto verde, de uma mancha amarela imprecisa, medindo 3-5 mm de diâmetro.

As manchas começam a aparecer quando os frutos estão se aproximando do ponto de colheita, podendo aumentar após a colheita.

Foto: Aristoteles Pires de Matos

Figura 1. Mancha losango. 

 

  • Pinta-de-Deightoniella – causada pelo fungo Deightoniella torulosa, que é um habitante freqüente de folhas e flores mortas.

Sintomas: manchas pequenas, geralmente com menos de 2 mm de diâmetro, de coloração que vai de marrom-avermelhada à preta e podem aparecer sobre frutos em todos os estádios de desenvolvimento.

Os frutos com 10-30 dias de idade são mais facilmente infectados que os de 70-100 dias.

Foto: Zilton José Maciel Cordeiro

Figura 2. Pinta de Deightoniella torulosa.

 

  • Ponta-de-charuto – os patógenos mais consistentemente isolados das lesões são Verticillium theobramae e Trachysphaera fructigena.

Sintomas: necrose preta que progride até a ponta dos frutos ainda verdes. O tecido afetado pela necrose cobre-se de fungos e faz lembrar a cinza da ponta de um charuto.

Controle das manchas de pré-colheita

Controle cultural:

  • Eliminação de folhas mortas ou velhas.
  • Redução do contato entre o fungo e o hospedeiro.
  • Eliminação periódica das brácteas, principalmente durante o período chuvoso.
  • Ensacamento dos cachos com saco de polietileno perfurado, tão logo ocorra a formação dos frutos.
  • Implementação de práticas culturais adequadas, orientadas para a manutenção de boas condições de drenagem e de densidade populacional.
  • Controle de plantas daninhas, a fim de evitar um ambiente muito úmido na plantação.

Controle químico:

A aplicação de fungicida em frutos no campo é uma medida extrema, ou seja, deve ser feita como último recurso. A Tabela 1 apresenta os produtos registrados no Brasil para esse controle.

Tabela 1. Fungicidas registrados para uso no controle de patógenos que ocorrem em frutos na pré e/ou na pós-colheita de banana.

Podridões de pós-colheita

  • Podridão-da-coroa – os fungos mais freqüentemente associados ao problema são: Fusarium roseum (Link) Sny e Hans., Verticillium theobramae (Torc.) Hughes e Gloeosporium musarum Cooke e Massel (Colletotrichum musae Berk e Curt).

Sintomas: escurecimento dos tecidos da coroa (almofada), sobre a qual pode-se desenvolver um micélio branco-acinzentado.

  • Antracnose – é considerada a mais grave doença na pós-colheita dessa fruta, causada por Colletotrichum musae, que pode infectar frutos com ou sem ferimentos. Manifesta-se na fase de maturação. Os frutos atacados pela doença amadurecem mais rápido do que os sadios.

Sintomas: formação de lesões escuras e deprimidas em condições de alta umidade. Geralmente, a polpa não é afetada, exceto quando os frutos são expostos a altas temperaturas ou quando se encontram em adiantado estágio de maturação.

Foto: Zilton José Maciel Cordeiro

Figura 3. Sintomas de antracnose.

 

Controle das podridões pós-colheita

As medidas de controle das podridões pós-colheita devem ser as mesmas recomendadas para aquelas de pré-colheita, acrescidas das seguintes:

Evitar ferimentos nos frutos e executar as práticas de despencamento, lavagem e embalagem com manuseio cuidadoso dos frutos e medidas rigorosas de higienização. O controle químico pode ser feito durante a fase de beneficiamento da fruta seguindo as dosagens e produtos recomendados na Tabela 1.

 

Fonte

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