Nesta semana encurtada pelo feriado nacional de 7 de setembro, que assinala os 200 anos da Independência do Brasil, o ritmo de negócios no mercado físico de gado vivo, que já era lento e com baixa liquidez, foi prejudicado ainda mais pelo fraco desempenho das indústrias frigoríficas.
Relata a equipe de analistas da IHS Markit.
“O mercado de balcão continua com dinâmicas de preços diferentes ao longo dos mercados monitorados, mas o apetite de compra por parte das indústrias continua fraco e irregular em todo o país”reforça a consultoria.
No geral, os cronogramas de abate permanecem minimamente acomodados, acrescenta o IHS.
No Centro-Oeste, a chegada dos primeiros lotes da segunda rodada de confinamento, embora ainda em volumes menores, reforçam a tendência de queda nos preços da arroba, principalmente em MS e MT.
Ambos os estados, observa o IHS, possuem um volume significativo de plantas que operam com garantia de abastecimento por meio de negociações antecipadas de carne bovina, reduzindo a necessidade de entrada de frigoríficos no mercado. ver mais ativamente.
Dessa forma, diz o IHS, abriu-se espaço para que frigoríficos menores atuem, apesar da forma limitada e contida, realizando negociações com preços abaixo das referências atuais.
Por sua vez, no Sul e Sudeste do país, a oferta de gado gordo é mais enxuta, com cronogramas de abate que giram em torno de 5 a 7 dias, que, segundo o IHS, já começam a dar sinais de seca.
Especialmente nesta sexta-feira, 9 de setembro, o mercado brasileiro de boi gordo registrou baixo volume de negócios, repetindo o comportamento observado nas últimas semanas.
Com isso, os preços por arroba permaneceram estáveis na maioria absoluta dos mercados brasileiros, conforme determinado por consultorias que monitoram diariamente o setor pecuário.
Segundo levantamento da Scot Consultoria, após o aumento do preço pago pela arroba no fechamento da quinta-feira (08/09), o mercado paulista apresentou, nesta sexta-feira, estabilidade para todas as categorias.
Assim, segundo Scot, a arroba do boi, vaca e novilha fechou a semana em R$ 290, R$ 268 e R$ 282, respectivamente (preços bruto e a prazo).
A referência para o boi chinês (mais jovem abatido, até 30 meses) é de R$ 300/@, preço bruto e a prazo.
Na avaliação de analistas da IHS Markit, nesta primeira quinzena de setembro, o mercado brasileiro de gado vivo tende a apresentar um ritmo fraco de negócios, marcado pela posição cautelosa dos frigoríficos e também dos pecuaristas.
Nas últimas semanas, observa o IHS, a queda de braço entre indústrias e produtores ganhou força, principalmente nas regiões Sul e Sudeste, onde, como já mencionado em parágrafo acima, a oferta de animais disponíveis para abate está mais enxuta.
A equipe de analistas da IHS Markit constatou que alguns frigoríficos brasileiros, localizados principalmente nos estados do Paraná, São Paulo e Minas Gerais, já apresentam alguma dificuldade em adiantar seus cronogramas de abate, reflexo da queda nas ofertas de animais de contratado para prazo, além de à menor oferta de gado resultante de parcerias envolvendo grandes confinamentos.
De qualquer forma, diz o IHS, os frigoríficos brasileiros devem agir de forma cadenciada no curtíssimo prazo, comprando apenas o necessário para cumprir seus prazos de entrega, principalmente as unidades habilitadas para exportação.
No ambiente doméstico, o consumo de carne bovina segue fraco, irregular e sem uma tendência clara de forte recuperação nas próximas semanas.
Na visão do IHS Markit, apesar da queda significativa da pressão inflacionária, os preços da carne bovina continuam bastante elevados para o bolso da maioria dos consumidores. “O orçamento brasileiro está comprometido e reduzido”diz o IHS.
No entanto, para analistas da Scot Consultoria, nos próximos meses do ano, as expectativas para o consumo interno de carne bovina são positivas, pois a demanda doméstica pode ser estimulada pela soma de um conjunto de fatores positivos, como: desemprego baixo, eleições (maior circulação de dinheiro na economia) e Copa do Mundo (festas de churrasco entre família/amigos, entre outras receitas compostas por cortes bovinos).
Setembro inicia fraco e lento para o Boi Gordo
Cotações máximas para homens e mulheres nesta sexta-feira, 9/9
(Fonte: IHS Markit)
SP-Noroeste:
boi a R$ 300/@ (prazo)
vaca a R$ 280/@ (prazo)
MS-Ouro:
boi a R$ 270/@ (em dinheiro)
vaca a R$ 255/@ (em dinheiro)
MS-C. Grande:
boi a R$ 272/@ (prazo)
vaca a R$ 260/@ (prazo)
MS-Três Lagoas:
boi a R$ 272/@ (prazo)
vaca a R$ 255/@ (prazo)
MT-Cáceres:
boi a R$ 267/@ (prazo)
vaca a R$ 255/@ (prazo)
MT-Tangará:
boi a R$ 267/@ (prazo)
vaca a R$ 270/@ (prazo)
MT-B. Garças:
boi a R$ 267/@ (prazo)
vaca a R$ 252/@ (prazo)
MT-Cuiabá:
boi a R$ 266/@ (à vista)
vaca a R$ 252/@ (em dinheiro)
MT-Colíder:
boi a R$ 263/@ (à vista)
vaca a R$ 248/@ (em dinheiro)
GO-Goiânia:
boi a R$ 270/@ (prazo)
vaca R$ 260/@ (prazo)
Vá para o sul:
boi a R$ 270/@ (prazo)
vaca a R$ 260/@ (prazo)
PR-Maringá:
boi a R$ 290/@ (em dinheiro)
vaca a R$ [email protected] (em dinheiro)
MG-Triângulo:
boi a R$ 285/@ (prazo)
vaca a R$ 260/@ (prazo)
MG-BH:
boi a R$ 270/@ (prazo)
vaca a R$ 255/@ (prazo)
BA-F. Santana:
boi a R$ 273/@ (à vista)
vaca a R$ 263/@ (em dinheiro)
RS-Porto Alegre:
boi a R$ 315/@ (à vista)
vaca a R$ 285/@ (em dinheiro)
Fronteira RS:
boi a R$ 315/@ (à vista)
vaca a R$ 285/@ (em dinheiro)
PA-Maraba:
boi a R$ 260/@ (prazo)
vaca a R$ 252/@ (prazo)
PA-Resgate:
boi a R$ 260/@ (prazo)
vaca a R$ 250/@ (prazo)
PA-Paragominas:
boi a R$ 275/@ (prazo)
vaca a R$ 265/@ (prazo)
TO-Araguaine:
boi a R$ 270/@ (prazo)
vaca a R$ 255/@ (prazo)
TO-Grupo:
boi a R$ 275/@ (à vista)
vaca a R$ 255/@ (em dinheiro)
RO-Cacoal:
boi a R$ 260/@ (em dinheiro)
vaca a R$ 240/@ (em dinheiro)
RJ-Campos:
boi a R$ 2.902/@ (prazo)
vaca a R$ [email protected] (data limite)
MA-Açailândia:
boi a R$ 265/@ (à vista)
vaca a R$ 250/@ (em dinheiro)
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