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Reduzindo custos na produção leiteira

Estratégias para redução de custos na produção de leite

Manejo pecuário para otimizar os custos de produção de leite

Redução dos custos de alimentação do rebanho

Para alcançar a rentabilidade desejada na produção leiteira, é necessário garantir que a alimentação das vacas seja o mais econômica possível. Esse custo, que corresponde a mais da metade das despesas operacionais, pode ser reduzido por meio de estratégias de negociação com fornecedores e alimentação balanceada. Comprando insumos em grande quantidade e fechando contratos a longo prazo, é possível garantir preços mais acessíveis e estáveis. Além disso, a avaliação das alternativas nutricionais permite que o produtor escolha ingredientes mais acessíveis e formulados para maximizar a eficiência alimentar. Monitorar o mercado de insumos é essencial para negociar no momento certo.

Utilização de produtos e estratégias alternativas

A inclusão de subprodutos provenientes da agroindústria, como polpa cítrica, farelo de trigo e casca de soja, pode ser uma alternativa para reduzir custos na alimentação do rebanho. O uso de grão úmido reidratado também pode trazer benefícios quanto à eficiência alimentar e economia de recursos.

Estratégias de ingestão de água

A ingestão adequada de água melhora a ingestão de matéria seca em vacas leiteiras. Portanto, garantir o acesso à água de qualidade e em quantidade suficiente contribui para a otimização do processo digestivo e aumenta a eficiência alimentar.

Monitoramento diário do consumo

Compreender a quantidade fornecida e consumida pelos animais é fundamental para avaliar se a dieta ou manejo do alimento é adequado para cada grupo. Estas práticas incluem a pesagem do trato e das sobras, observação da busca do alimento pelos animais, verificação da mistura da ração e do acesso dos animais à água limpa.

Formação de lotes

A formação de lotes é uma estratégia eficiente para personalizar as dietas, controlar o peso corporal e garantir a eficiência na utilização do espaço.

Gestão financeira da fazenda

A utilização de boas práticas para previsão e planejamento de custos é imprescindível para garantir a viabilidade e lucratividade da fazenda. É importante ter registros claros das despesas e exigir notas fiscais dos produtos comprados, separar a conta bancária pessoal da conta da fazenda e contar com softwares e consultoria.

Manutenção de equipamentos e benfeitorias

A manutenção periódica dos equipamentos é essencial para garantir a eficiência na produção leiteira. A substituição de peças desgastadas da ordenhadeira, por exemplo, é fundamental para evitar lesões nas vacas e perdas na produção de leite.

Tratamento e prevenção de doenças

Investir em sanidade do rebanho é crucial para prevenir perdas de produção e gastos com medicamentos. O diagnóstico rápido e tratamento adequado de doenças são essenciais para a recuperação integral dos animais.

Energia solar

A energia solar emerge como uma opção atrativa para diminuir os custos de produção a longo prazo. Embora demande investimentos iniciais, a incorporação de sistemas fotovoltaicos pode trazer benefícios econômicos e ambientais.

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Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

O mercado leiteiro oferece boas oportunidades quanto a oferta e demanda e se tornou uma das atividades na pecuária com maior rentabilidade e sustentabilidade quando bem administrada.

Entretanto, os produtores são constantemente desafiados por influência política, mercadológica, climáticas ou até mesmo acontecimentos globais.

Por isso, as estratégias de redução de custos na produção do leite se tornam indispensáveis para superar quaisquer contextos econômico ou social vigentes. 

Dessa forma, nesse texto, serão abordados tópicos relacionados a manejo e tomada de decisão que podem contribuir significativamente para a otimização dos custos de produção em sua propriedade. 

Alimentação dos animais

Sabemos a eficiência na produção leiteira está diretamente ligada à gestão adequada dos custos relacionados à alimentação das vacas, pois esse custo corresponde de 50 a 60% do total de despesas operacionais de uma fazenda, o que pode ser um grande desafio em momentos de baixo no preço pago pelo litro de leite ou quando os preços dos insumos alimentares estão em alta.

Por isso, é indispensável deter de boas estratégias medidas e bem pensadas visando reduzir o custo alimentar a fim de garantir a sustentabilidade e rentabilidade da atividade.  Dentre essas estratégias de redução de custo baseadas na alimentação do rebanho, podemos citar:

Negociação

A negociação com fornecedores e a busca por parcerias locais para aquisição de insumos a preços mais competitivos permitem o acesso a oportunidades mais convenientes à demanda da fazenda.

Além disso, a formulação balanceada da dieta é essencial para que se tenha a oportunidade de utilizar alimentos locais e sazonais, os quais ajustados quanto a composição da ração conforme a disponibilidade, pode reduzir significativamente os gastos.

Dentro dessa estratégia de negociação alguns ponto-chaves podem ser evidenciados, como: 

  • Compra de insumos em grande quantidade: quando se negocia a compra de produtos em maior quantidade, a chance de descontos significativos é aumentada. Essa negociação em maior escala pode ser benéfica quando se pensa no custo alimentar, pelo fato da oportunidade de se ter preços mais baixos por unidade, principalmente quando se trata da compra de grãos, feno e concentrados. 
  • Contratos a longo prazo: o estabelecimento de contratos a longo prazo com fornecedores pode garantir preços previsíveis e estáveis ao longo do tempo. Esses contratos são realizados principalmente por tirar o produtor das flutuações dos preços sazonais, o que o deixa mais seguro no planejamento dos custos da operação.
  • Avaliação das alternativas nutricionais: há a possibilidade de avaliação com especialistas, no caso nutricionistas, a respeito de alternativas nutricionais mais econômicas e que atenda as exigências dos animais, ou seja, busca por ingredientes que são mais acessíveis juntamente com a reformulação da dieta para maximizar a eficiência alimentar, isso sem que seja afetada a produção de leite e a saúde dos animais. 
  • Monitoramento do mercado: estar atento a acompanhar as flutuações de preços no mercado de insumos alimentares são essenciais para que os produtores tenham a possibilidade de agir de maneira proativa, ou seja, favorece que a negociação seja feita no momento certo.

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Produtos e estratégias alternativas

A adoção de subprodutos provenientes da agroindústria, como polpa cítrica, farelo de trigo, casca de soja, farelo de algodão e farelo de glúten de milho, emerge como uma estratégia robusta para redução de custos na alimentação de vacas leiteiras. Esses subprodutos, ricos em nutrientes, podem representar uma economia substancial sem comprometer a qualidade nutricional do rebanho, desde que os preços desses alimentos estejam competitivos. 

A inclusão destes oferece uma alternativa economicamente viável, contribuindo para a diversificação e equilíbrio nutricional da dieta. A polpa cítrica, por exemplo, é uma fonte rica em fibras e energia, enquanto o farelo de trigo e a casca de soja fornecem proteínas essenciais. Entretanto, o recomendado é que a programação e formulação da dieta seja feita por técnico habilitado e especializado no ramo nutricional. 

Outra estratégia interessante é o uso de grão úmido reidratado onde consiste em fornecer aos animais grãos previamente umedecidos, permitindo benefícios tanto na eficiência alimentar quanto na economia de recursos. A reidratação é realizada por meio de processos controlados que garantem a preservação das características nutricionais dos grãos, tornando-os mais palatáveis e de fácil digestão para o gado.

Ingestão de água

A ingestão adequada de água desempenha um papel fundamental na Ingestão de Matéria Seca (IMS) em vacas leiteiras, além de ser essencial para a digestão eficiente dos alimentos e a absorção de nutrientes. A desidratação pode resultar em uma diminuição do apetite, afetando negativamente a ingestão de alimentos. 

Quando as vacas têm acesso a água de qualidade e em quantidade suficiente para ser ingerida, a função ruminal é otimizada, facilitando o processo digestivo e promovendo a absorção de nutrientes presentes na matéria seca fazendo com que os animais aproveitem adequadamente o que foi fornecido diminuindo a incidência de doenças metabólicas e aumentando a conversão alimentar.

Monitoramento do consumo

Compreender a quantidade fornecida e consumida pelos animais é fundamental para avaliar se a dieta ou manejo do alimento é adequado para os animais. Portanto, alguma das estratégias para verificação são:

  • Pesagem do trato (fornecido) e pesagem das sobras (não consumido);
  • Observar se os animais buscam o alimento/Frequência de alimentação;
  • Verificar se a mistura da ração é pesada e realizada adequadamente;
  • Acesso dos animais a água limpa;
  • Mensurar o escore de condição corporal.

Formação de lotes

Os lotes devem ser formados por animais que compartilhem estados fisiológicos e demandas semelhantes, garantindo, assim, a presença de espaço suficiente nos cochos e uma adequada disponibilidade de alimentos.

Essa formação de lotes pode contribuir para a redução de custos da operação, principalmente se tratando do custo alimentar, pois essa divisão poderá ser eficaz nos seguintes aspectos: 

  • Personalização das dietas: quando agrupamos animais com necessidades nutricionais semelhantes conseguimos personalizar dietas mais precisas e que atenda as demandas específicas de cada grupo, evitando assim o desperdício de alimento e otimização do uso de nutrientes, reduzindo custos desnecessários. 
  • Controle de peso corporal: o agrupamento de vacas em fases distintas da lactação permite um controle mais eficaz da condição corporal do rebanho. Isso contribui para uma melhor eficiência alimentar, pois ajuda a evitar excessos e déficits alimentares. 
  • Eficiência na utilização de espaço: a depender da categoria e do estágio de lactação permite uma melhor utilização de espaço físico, dos recursos e da infraestrutura da fazenda. Essa eficiência da utilização do espaço pode resultar em eficiências operacionais e consequentemente redução de custos. 

Gestão financeira da fazenda

A previsão e planejamento de custos é imprescindível para tornar a atividade viável e lucrativa. Uma fazenda pode ter ótimos índices zootécnicos, mas ao mesmo tempo pode estar financeiramente fracassada. Portanto, existem boas práticas que podem auxiliar nesse projeto:

  • Guarde e exija notas fiscais dos produtos comprados: as notas fiscais são o registro e garantia dos produtos comprados. Por isso, ter esses documentos é fundamental para que o cálculo de custos seja o mais fidedigno possível e evite erros nas tomadas de decisão.
  • Deter de uma conta bancária apenas para as necessidades da fazenda: separar a conta bancária pessoal da conta da fazenda é essencial para garantir transparência e facilitar a gestão financeira. Isso evita confusões entre despesas pessoais e as da propriedade, permitindo um controle mais preciso dos gastos e receitas.
  • Software: essas ferramentas proporcionam uma análise precisa de dados relacionados à alimentação, reprodução e saúde do rebanho. Ao otimizar a gestão de insumos e identificar padrões de produção, os produtores podem tomar decisões consistentes para reduzir desperdícios e aumentar a eficiência operacional. Além disso, a automação de tarefas administrativas simplifica o processo, economizando tempo e recursos. Com uma abordagem mais estratégica baseada em dados, os softwares de gestão contribuem diretamente para a maximização da rentabilidade na produção.
  • Consultoria: a consultoria oferece especialistas que auxiliam na análise detalhada de processos, identificando áreas de eficiência e oportunidades de mercado. Ao implementar práticas sustentáveis, manejo eficiente e estratégias nutricionais, a consultoria visa maximizar a produção e minimizar desperdícios. Com um enfoque personalizado, os consultores capacitam os produtores a tomar decisões informadas, melhorando a rentabilidade. Essa abordagem proativa não apenas aprimora a gestão operacional, mas também fortalece a sustentabilidade econômica, resultando em benefícios a longo prazo.

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Manutenção de equipamentos e benfeitorias

Os equipamentos utilizados na rotina devem ser verificados e garantidos para que os processos sejam realizados corretamente.

As peças de ordenha, como as teteiras, sofrem desgaste ao longo do tempo de utilização, resultando na diminuição da eficiência da massagem e extração de leite. Esse desgaste pode ocasionar uma redução de até 5% na capacidade de extrair o leite.

Quando o equipamento de ordenha não é revisado e submetido a manutenção preventiva, pode causar desconforto e lesões às vacas, levando a uma diminuição na produção de leite.

Normalmente, é aconselhável substituir essas peças a cada 2.000 a 2.500 ordenhas ou de acordo com as recomendações do fabricante. Além disso, é crucial verificar e ajustar o sistema de vácuo para assegurar o funcionamento adequado da ordenhadeira, prevenindo flutuações de vácuo, quedas das teteiras e possíveis lesões nas extremidades dos tetos.

Tais lesões aumentam o risco de mastite subclínica, resultando em um aumento na Contagem de Células Somáticas (CCS), significativa redução na produção de leite e deterioração de sua qualidade. A ausência de manutenção também pode contribuir para o aumento de casos de mastite clínica, elevar os riscos de contaminação por resíduos de antibióticos e resultar em perdas adicionais.

Além de peças de ordenha, é importante que sejam realizadas manutenção periódicas dos outros equipamentos envolvidos na operação, como é o caso dos tratores e demais máquinas, pois assim é possível minimizar grandes problemas que podem conferir transtornos na operação e elevação dos custos. 

Tratamento e prevenção de doenças

A sanidade do rebanho é fundamental para evitar a perda de produtividade dos animais. Por isso, evitar doenças, principalmente a que ocorrem no período de transição (cetose, deslocamento de abomaso, esteatose hepática, hipocalcemia, retenção de placenta, metrite e mastite) podem diminuir significativamente os gastos com medicamentos e intervenção veterinária. 

Dessa forma, quanto mais rápido o diagnóstico, mais rápido será o tratamento, o que permite que o animal tenha mais chances de se recuperar integralmente sem que grandes perdas ocorram. A mastite é a doença mais evidente quando falamos sobre queda de produção de leite e quanto mais postergado o seu diagnóstico e tratamento, menos chance a vaca tem de se recuperar de uma mastite crônica. 

É importante salientar também sobre o calendário de vacinal do rebanho, o qual deve ser definido de forma estratégica e individualizada para o rebanho/região e seguido à risca, a fim de impedir diversos prejuízos que algumas doenças podem causar ao rebanho.  

Energia solar

A energia solar que é uma fonte alternativa, renovável e sustentável de energia, surge como uma opção atrativa para produtores rurais, trazendo benefícios econômicos e ambientais. Novas linhas de crédito facilitam a aquisição e instalação de sistemas fotovoltaicos, impulsionando esse mercado.

A incorporação desses equipamentos, embora demande investimentos iniciais, pode diminuir expressivamente os custos de produção, sendo compensada a longo prazo pela economia gerada.

Disposição de placas de energia solar em uma fazenda.Disposição de placas de energia solar em uma fazenda.

Disposição de placas de energia solar em uma fazenda. Fonte: Nextroni

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Perguntas Frequentes sobre Estratégias de Redução de Custos na Produção de Leite

1. Como a alimentação dos animais pode impactar os custos de produção?
– Resposta: A alimentação corresponde de 50 a 60% do total de despesas operacionais da fazenda, portanto, estratégias voltadas para a redução do custo alimentar são essenciais.

2. Quais estratégias de negociação podem ser adotadas para reduzir os custos alimentares?
– Resposta: Negociação em grande quantidade, contratos a longo prazo, avaliação de alternativas nutricionais e monitoramento do mercado são algumas estratégias inteligentes para reduzir custos.

3. Como a utilização de subprodutos provenientes da agroindústria contribui para a redução de custos?
– Resposta: Subprodutos como polpa cítrica, farelo de trigo e casca de soja podem representar uma economia substancial sem comprometer a qualidade nutricional do rebanho.

4. Por que a manutenção de equipamentos e benfeitorias é importante na redução de custos?
– Resposta: Equipamentos em bom estado contribuem para a eficiência da produção e evitam prejuízos com quedas na produção de leite e problemas de saúde em vacas.

5. Qual a importância da energia solar na redução dos custos de produção de leite?
– Resposta: A energia solar é uma fonte alternativa e sustentável que pode diminuir expressivamente os custos de produção, trazendo benefícios econômicos e ambientais.

Conclusão

O mercado leiteiro oferece boas oportunidades quanto à oferta e demanda e se tornou uma das atividades na pecuária com maior rentabilidade e sustentabilidade quando bem administrada. Entretanto, os produtores são constantemente desafiados por influência política, mercadológica, climáticas ou até mesmo acontecimentos globais. Por isso, as estratégias de redução de custos na produção do leite se tornam indispensáveis para superar quaisquer contextos econômico e social vigentes. Dessa forma, nesse texto, foram abordados tópicos relacionados a manejo e tomada de decisão que podem contribuir significativamente para a otimização dos custos de produção em sua propriedade.

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