Qual o impacto da conexao global no sistema de rastreabilidade

Qual o impacto da conexão global no sistema de rastreabilidade agroindustrial brasileiro?

Noticias do Jornal do campo Soberano
Boa leitura!
O Sistema Brasileiro de Agrorastreabilidade (Sibraar), desenvolvido pela equipe da Embrapa Agricultura Digital, alcançou um avanço significativo ao estabelecer uma cooperação técnica com a Associação Brasileira de Automação (GS1 Brasil). Essa parceria permitiu a adaptação do Sibraar para uma comunicação internacional, possibilitando que o sistema seja utilizado em todo o mundo.

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Através do uso de um QR Code, o Sibraar proporciona acesso a informações seguras e auditáveis sobre a qualidade e origem dos produtos agroindustriais, desde a propriedade rural até as etapas de processamento, distribuição e comercialização. Agora, com a interoperabilidade internacional, o sistema se torna ainda mais benéfico para aqueles que o adotam.

Além disso, o Sibraar também é capaz de incorporar empresas e tecnologias de rastreabilidade já existentes no mercado, o que fortalece ainda mais a iniciativa. O reconhecimento do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) através da secretária de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativas, Renata Miranda, reforça a importância desse avanço.

A secretária afirma que o Sibraar proporcionará mecanismos para comprovar a origem e alta qualidade dos produtos agrícolas brasileiros, o que é fundamental para proteger os produtores e se sobressair em relação aos concorrentes globais. Para ela, a transparência sobre a origem dos alimentos tornou-se um diferencial no mercado atual.

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O gerente geral da Embrapa Agricultura Digital, Stanley Oliveira, destaca que a validação técnica do Sibraar pela GS1 aumentará a credibilidade da ferramenta. Ele acredita que a adoção dessa tecnologia abrirá novas oportunidades para os produtores, expandindo o sistema em escala comercial. O Sibraar estabelece uma referência tecnológica para a interoperabilidade entre as diferentes opções de mercado.

Virginia Vaamonde, CEO da GS1 Brasil, ressalta que a rastreabilidade agroindustrial deve ser vista como um investimento. Ela afirma que a parceria com a Embrapa consolida a presença da organização no segmento, destacando a importância do agronegócio para o abastecimento interno e exportações do país. Vaamonde destaca que o Sistema GS1 proporciona identificação e comunicação na cadeia de suprimentos, viabilizando a rastreabilidade e programas de segurança alimentar.

Em relação à tecnologia utilizada pelo Sibraar, a arquitetura do sistema foi projetada pela equipe da Embrapa, com o armazenamento e processamento das assinaturas digitais dos dados ocorrendo nos servidores da Companhia seguindo protocolos de segurança. A tecnologia blockchain garante a segurança e integridade das informações por meio do encadeamento automático de assinaturas digitais dos lotes de fabricação, disponibilizados em códigos QR bidimensionais.

No entanto, era necessário adotar uma “linguagem” global para integrar o Sibraar aos sistemas aceitos internacionalmente, permitindo a comunicação com o exterior. Essa necessidade foi o que motivou a parceria com a GS1 Brasil, responsável por trazer ao mercado brasileiro uma padronização de estrutura de URL e com expertise técnica para adequar o QR Code do Sibraar ao padrão internacional.

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O supervisor de negócios da Embrapa Agricultura Digital, Anderson Alves, ressalta que a Embrapa busca se posicionar como agente de padronização de processos no mercado de rastreabilidade de produtos agrícolas, e o Sibraar é o principal instrumento nesse sentido. Ele prevê que a adoção do novo padrão de código global GS1 Digital Link permitirá que o sistema seja utilizado em todos os produtos agrícolas.

A cadeia alimentícia representa 30% da base de associados da GS1, com aplicações em alimentos processados, produtos in natura, como frutas e hortaliças, carnes e no setor de foodservice. Portanto, o Sibraar tem potencial para ser inserido nessas áreas.

No mercado internacional, a União Europeia (UE) é o segundo maior destino das exportações brasileiras. Em junho passado, o bloco aprovou uma lei que afeta diversos produtos agrícolas, visando combater o desmatamento. Nesse sentido, o Sibraar, com seus padrões internacionais, se torna uma tecnologia essencial para atender a esses mercados mais exigentes.

Renata Miranda destaca que o sistema possui flexibilidade para ser aplicado em diferentes cadeias produtivas, atendendo tanto pequenos quanto grandes produtores, fornecendo informações de origem e fluxo logístico. Ela acredita que o Sibraar evitará que a nova lei europeia aumente a desigualdade entre os produtores, permitindo que todos tenham meios para responder e competir em mercados tão complexos.

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A rastreabilidade alimentar proporciona diversas vantagens, como a possibilidade de escanear o QR Code de um produto para obter informações sobre origem, composição dos alimentos, boas práticas de produção e cumprimento da legislação vigente. Essa demanda tem impulsionado o crescimento do mercado global de rastreabilidade de alimentos, projetado para gerar 9,75 bilhões de dólares até 2028.

A GS1 realizou uma pesquisa que identificou os principais problemas que resultam em perdas, os quais poderiam ser reduzidos ou eliminados com a adoção da rastreabilidade. Entre as ocorrências mais comuns estão compras e remessas emergenciais, atrasos na entrega, recusa de recebimento do produto devido a informações incorretas e cancelamento de pedidos por erros de registro.

O Sibraar iniciou sua implementação pelo segmento de açúcar mascavo, através de uma parceria com a Usina Granelli. Essa parceria se mostrou extremamente positiva, resultando em uma boa aceitação do produto no mercado internacional e na abertura de novos clientes para a empresa. A usina também planeja utilizar o Sibraar para rastrear açúcar demerara e xarope de cana para produção de cachaça.

A rastreabilidade é vista como uma forma de diferenciação de mercado, construindo a reputação da empresa perante os mercados e os consumidores finais. Além disso, a rastreabilidade melhora as relações com fornecedores e auxilia na identificação rápida de problemas relacionados à conformidade dos produtos.

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O desenvolvimento do projeto piloto do Sibraar tem apresentado resultados promissores, e a parceria com a GS1 Brasil fortalece ainda mais o sistema. Com a sua adoção em todo o setor produtivo, o Sibraar se torna uma ferramenta essencial para garantir a origem e qualidade dos produtos agrícolas brasileiros, destacando o país no mercado internacional.

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O Sistema Brasileiro de Agrorastreabilidade (Sibraar), desenvolvido pela equipe da Embrapa Agricultura Digital com tecnologia blockchain para rastrear produtos agroindustriais, está adaptado para comunicação com o mercado internacional. O avanço é resultado de um acordo de cooperação técnica assinado em agosto com a Associação Brasileira de Automação (GS1 Brasil), desenvolvedora de padrões globais de identificação que atua em 150 países.

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Por meio de um QR Code, o Sibraar já permitiu o acesso a informações seguras e auditáveis ​​sobre a qualidade e origem dos produtos, desde a propriedade rural até as etapas de processamento, distribuição e comercialização. Agora, o sistema conta com interoperabilidade internacional, ampliando benefícios para quem o adota. O Sibraar também consegue agregar empresas e tecnologias de rastreabilidade que já atuam no mercado.

A iniciativa conta com o reconhecimento da secretária de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativas do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Renata Miranda, participante do debate sobre as novas regras de importação da União Europeia. Segundo ela, o Mapa entende que permitir a auditabilidade dos dados dos produtos agrícolas é uma medida de proteção ao produtor e um diferencial em relação aos concorrentes globais. “A partir do Sibraar teremos mecanismos para comprovar a origem e a alta qualidade dos produtos agrícolas brasileiros”, avalia o secretário. Ela acrescenta que a secretaria estuda iniciativas para estimular a adesão do setor produtivo a processos de rastreabilidade que possibilitem uma gestão documental simplificada. “Parabenizo a Embrapa por trazer a solução certa na hora certa”, comemora Miranda.

O gerente geral da Embrapa Agricultura Digital, Stanley Oliveira, acredita que a transparência sobre a origem dos alimentos se tornou um diferencial de mercado. Para ele, a validação técnica do Sibraar com uma organização como a GS1 aumentará a credibilidade da ferramenta. “A adoção da tecnologia abrirá novas fronteiras para os produtores ao ampliar o sistema em escala comercial, pois o Sibraar estabelece uma referência tecnológica para a interoperabilidade entre as opções de mercado”, argumenta o gestor.

Investimento

“A rastreabilidade agroindustrial deve ser vista como um investimento”, destaca a CEO da Associação Brasileira de Automação – GS1 Brasil, Virginia Vaamonde. Para ela, a parceria com a Embrapa amplia e consolida a presença da organização no segmento, ao destacar o papel do agronegócio no abastecimento interno e no desempenho exportador do país.

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O CEO observa que o setor alimentício passou por profundas transformações para atender às demandas regulatórias e dos consumidores relacionadas à sustentabilidade, garantia de origem, saúde e qualidade de vida. “O Sistema GS1 agrega a esta parceria identificação e comunicação na cadeia de suprimentos, viabilizando o processo de rastreabilidade e programas de segurança alimentar, trazendo ao mercado brasileiro uma padronização de estrutura de URL, como o GS1 Digital Link”, destaca Vaamonde.

A tecnologia

A arquitetura do Sibraar foi projetada pela equipe da Embrapa sob a liderança do pesquisador Alexandre de Castro. O armazenamento e o processamento das assinaturas digitais dos dados ocorrem nos servidores da Companhia seguindo protocolos de segurança. A utilização da tecnologia blockchain já garante a segurança e integridade das informações por meio do encadeamento automático de assinaturas digitais dos lotes de fabricação, com informações disponibilizadas em códigos QR bidimensionais.

As ferramentas criptográficas registram as informações em um blockchain, criando uma trilha para auditabilidade dos dados, sem risco de alterações, explica Castro. Contudo, era necessária a adoção de uma “linguagem” global que integrasse o Sibraar aos sistemas aceitos internacionalmente, possibilitando a comunicação com o exterior.

Foi isso que motivou a parceria com a GS1 Brasil, responsável por trazer ao mercado brasileiro uma padronização de estrutura de URL e com expertise técnica para adequar o QR Code da Sibraar ao padrão internacional, destaca o supervisor de negócios da Embrapa Agricultura Digital, Anderson Alves.

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“A Embrapa busca se posicionar no mercado de rastreabilidade de produtos agrícolas como agente de padronização de processos, tendo o Sibraar como principal instrumento e, portanto, a adoção do novo padrão de código global GS1, o GS1 Digital Link, permitirá a entrada do sistema em todos os produtos agrícolas correntes”, prevê Alves.

A cadeia alimentícia representa 30% da base de associados da GS1, com aplicações em alimentos processados, produtos in natura – como frutas e hortaliças – além de carnes e no setor de foodservice, que também são áreas de possível inserção do Sibraar.

Mercado internacional

A União Europeia (UE) é o segundo principal destino das exportações brasileiras (17%), atrás apenas da China (33%). Em junho passado, o bloco aprovou a chamada “lei antidesmatamento”, que afeta inicialmente 356 produtos de sete cadeias produtivas: cacau, borracha, café, carne bovina e couro, madeira e papel, óleo de palma e soja.

Para a secretária Renata Miranda, o Sibraar, com padrões internacionais, será uma tecnologia essencial para responder a mercados mais exigentes. “O sistema tem flexibilidade de aplicação nas mais diversas cadeias produtivas, atendendo demandas de pequenos a grandes produtores, garantindo informações de origem e fluxo logístico”, afirma.

Na avaliação do secretário, “o Brasil está se destacando na inovação agrodigital e valorizando as exportações do agronegócio. O Sibraar resolve uma das nossas maiores preocupações, evitando que a nova lei europeia aumente a desigualdade entre os maiores e os pequenos produtores, que não têm meios para responder e competir em mercados tão complexos”, acrescenta.

Vantagens da rastreabilidade alimentar

Imagine chegar ao supermercado e, em vez de procurar um leitor de código de barras, poder usar o celular para escanear o QR Code do produto para obter o preço da mercadoria, dados sobre a presença de alérgenos e, além disso, receber alertas que você sobre a validade do produto.

A instalação está mais perto de se tornar rotina no dia a dia das famílias, que desejam informações sobre origem, composição dos alimentos, boas práticas de produção e cumprimento da legislação vigente. Uma demanda que faz crescer o mercado global de rastreabilidade de alimentos. Um estudo recente realizado pela Emergen Reserch indica que o segmento irá gerar 9,75 mil milhões de dólares em 2028.

A atenção do setor produtivo relacionada às perdas por inconsistências no registro de produtos também contribui para esse crescimento. Pesquisa realizada pela GS1 em abril deste ano mapeou os principais problemas que resultam em perdas, que poderiam ser reduzidos ou eliminados com a adoção da rastreabilidade.

Entre as ocorrências mais comuns estão: compras e remessas emergenciais (37%) e atrasos na entrega ao distribuidor/varejista (30%) até a recusa de recebimento do produto por informações incorretas (15%) e o cancelamento de pedidos por motivo de aos varejistas devido a erros de registro (14%).

Tabela de rastreabilidade 4.png

Sibraar começou com açúcar mascavo

O primeiro açúcar mascavo rastreado com a tecnologia blockchain do Sistema Brasileiro de Agrorastreabilidade da Embrapa e produzido pela Usina Granelli já sinalizou seu acesso ao mercado internacional após a boa aceitação obtida pouco mais de um ano após o lançamento do produto, que ocorreu em 2022 .

“O Sibraar, com o apoio da Embrapa, ajudou a fechar com chave de ouro o nosso açúcar mascavo. Vendemos 100% da produção, 10 mil quilos no primeiro lote de fabricação, e abrimos mais de 300 clientes para a empresa”, afirma a diretora, Mariana Granelli.

A usina também adotou o sistema Embrapa para açúcar demerara e planeja utilizá-lo para xarope de cana para produção de cachaça, que está em desenvolvimento. Entusiasmada com a rastreabilidade como forma de diferenciação de mercado, ela comemora a iniciativa de integrar o Sibraar aos padrões globais de comunicação em parceria com a GS1, instituição com expertise internacional.

Entre as vantagens da rastreabilidade, o diretor aponta a construção de reputação junto aos mercados e ao consumidor final por meio da transparência e visibilidade da gestão da empresa, munida de boas práticas nas etapas de produção. Além disso, reporta melhorias nas relações com fornecedores de matérias-primas, através da rápida identificação de problemas relacionados com a conformidade dos produtos, nomeadamente.

O desenvolvimento do projeto piloto Sibraar com açúcar mascavo da Granelli contou com apoio da Cooperativa dos Plantadores de Cana do Estado de São Paulo (Coplacana).

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