Governo do Paraná participa de audiência pública para discutir situação do setor leiteiro

Qual o futuro do setor leiteiro no PR?

Sumário

  • Crise no setor leiteiro no Brasil

  • Impacto da importação de lácteos

  • Propostas de soluções para a crise

  • Medidas adotadas pelo Governo do Estado

  • Preocupações e manifestações dos produtores

Introdução

O aumento da importação de lácteos, principalmente da Argentina e Uruguai, os custos elevados de produção de leite e os baixos preços recebidos pelos produtores provocam uma das maiores crises no setor leiteiro no Brasil. Uma audiência pública nesta terça-feira (10) na Assembleia Legislativa, com a presença do Governo do Estado, por meio do Sistema Estadual de Agricultura, analisou propostas de soluções, que farão parte de uma carta.

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Foto: Evandro Fadel/Seab

O aumento da importação de lácteos, principalmente da Argentina e Uruguai, os custos elevados de produção de leite e os baixos preços recebidos pelos produtores provocam uma das maiores crises no setor leiteiro no Brasil. Uma audiência pública nesta terça-feira (10) na Assembleia Legislativa, com a presença do Governo do Estado, por meio do Sistema Estadual de Agricultura, analisou propostas de soluções, que farão parte de uma carta.

“É uma discussão importante e necessária para socorro a um setor fundamental da economia e para as famílias do Paraná e do Brasil, ficou demonstrado os temores de que se nada fizermos agora pode ser pior lá na frente”, disse o secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara. “Há a esperança de que a várias mãos possamos minimamente encontrar uma saída importante no apoio aos produtores e na continuidade do processo de melhoria da produtividade e da qualidade do leite”.

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O Brasil é o terceiro maior produtor de leite, com mais de 34 bilhões de litros por ano. No Paraná, segundo maior produtor brasileiro, foram produzidos no ano passado 4,4 bilhões de litros, atividade que está presente em todos os municípios e envolve principalmente agricultores familiares.  

Devido à importância do setor, Ortigara ressaltou que tem mantido vários contatos com o governo federal e representou o Estado em reunião em Brasília, em junho, quando Geraldo Alckmin exercia a Presidência da República. “Estamos trabalhando nisso desde maio no âmbito federal, tanto nas áreas da política agrícola e da política econômica”, afirmou.

Ele disse ter sugerido nesse encontro a suspensão temporária de importações de leite. “Não defendo o protecionismo como medida econômica, mas no curto prazo talvez seja medida importante para salvar nossa produção de leite”, ponderou. Do leite em pó que entra no Brasil, 53% vêm da Argentina e 41% do Uruguai. Mas o volume de importação tem crescido. Em agosto de 2021 chegou a 75 milhões de quilos, enquanto em agosto deste ano foram 131 milhões de quilos.

MEDIDAS – “É uma crise estabelecida há alguns meses e colocou o produtor de leite no prejuízo, este debate está presente desde o primeiro momento na Assembleia Legislativa, já aconteceram várias reuniões em Brasília, decisões importantes já foram tomadas, porém, até que isso aconteça na prática demanda tempo e depende da fiscalização”, afirmou o deputado Wilmar Reichemback, que organizou o debate por meio da Frente Parlamentar de Apoio à Cadeia Produtiva do Leite.

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O superintendente regional da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Walmor Bordin, declarou que o governo federal já está tomando algumas medidas. Citou o aumento na alíquota de importação de três produtos lácteos para países de fora do Mercosul de 12% para 18%. Segundo ele, desde que a medida foi adotada, em agosto, houve redução em 25% na entrada do produto desses países.

Ele lembrou ainda a criação do Programa Mais Leite Saudável, do Ministério da Agricultura e da Pecuária, que possibilita o uso de crédito presumido da compra do leite em até 50% do valor de direito. Bordin também se referiu à criação de um grupo de trabalho para estabelecer preço mínimo para o leite in natura e o retorno de subsídios para tirar leite em pó da produção diretamente para o consumo, além de chamada pública para a compra de 2 milhões de quilos de leite, pagando, no Paraná, R$ 35,89 o quilo.

Segundo o presidente executivo do Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados do Paraná (Sindileite), Wilson Thiesen, o Paraná produz 11% do leite brasileiro, mas tem apenas 6% da população do País, disputando mercados consumidores, o que também pressiona o preço no varejo.

Ele lembrou que o Estado tem atraído grandes indústrias de produtos lácteos e outras estão ampliando suas instalações. “Estamos preocupados porque muitos produtores estão deixando o setor. E se não houver produção para atender os investimentos?”

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O presidente eleito da Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores Familiares do Estado do Paraná (Fetaep), Alexandre Leal dos Santos, destacou que esta semana ocorrem grandes manifestações de produtores em municípios do Vale do Ivaí, Dionisio Cerqueira e Araruna. “Nós queremos salvar a agricultura familiar, estamos preocupados com a situação, a queda do preço é muito alta, o custo da produção é alta, temos um inverno bastante caloroso, enfim, não é só a cadeia do leite prejudicada, mas várias atividades”, disse.

Além do pedido para restrição na importação de leite em pó dos países do Mercosul, os participantes da audiência pública levantaram propostas para maior fiscalização nas fronteiras brasileiras, rastreabilidade e maior taxação dos produtos lácteos importados, não reidratação de leite em pó para que seja utilizado apenas em atividades industriais e renegociação das dívidas dos produtores.

PRESENÇAS – Pelo Estado também participaram da audiência o presidente do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – Iapar-Emater (IDR-Paraná), Natalino Avance de Souza, o presidente da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Otamir César Martins, os chefes dos núcleos regionais da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento em Francisco Beltrão, Denise Chiapetti Adamchuk, e de Laranjeiras do Sul, Valter Rodacki, o chefe do Departamento de Economia Rural (Deral), Marcelo Garrido, o analista de leite no Deral, Thiago De Marchi da Silva, a gerente de Inspeção de Produtos de Origem Animal da Adapar, Mariza Koloda Henning, o diretor de Extensão Rural do IDR-Paraná, Diniz Dias Doliveira, e o gerente de Cadeias Produtivas, Hernani Alves da Silva.

Fonte: Deral

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A crise no setor leiteiro brasileiro e a importação de lácteos

O panorama atual do setor leiteiro brasileiro

O setor leiteiro no Brasil enfrenta uma das maiores crises de sua história, causada principalmente pelo aumento das importações de lácteos, vindos principalmente da Argentina e Uruguai. Além disso, os custos elevados de produção de leite e os baixos preços recebidos pelos produtores também contribuem para a situação preocupante. O Brasil é o terceiro maior produtor de leite do mundo, com mais de 34 bilhões de litros produzidos anualmente. No Paraná, segundo maior produtor brasileiro, foram produzidos 4,4 bilhões de litros no ano passado.

Audiência pública para buscar soluções

Diante desse cenário, uma audiência pública foi realizada na Assembleia Legislativa para discutir e analisar propostas de soluções para a crise no setor leiteiro. O evento contou com a presença do Governo do Estado, por meio do Sistema Estadual de Agricultura, e teve como objetivo reunir diferentes setores da sociedade para buscar alternativas viáveis. Durante a audiência, foram levantadas preocupações com relação aos impactos negativos da crise no setor, tanto para a economia quanto para as famílias do Paraná e do Brasil como um todo.

Propostas e ações para enfrentar a crise

Diversas propostas foram discutidas durante a audiência pública como forma de enfrentar a crise no setor leiteiro. Uma das medidas sugeridas é a suspensão temporária das importações de leite como forma de proteger a produção nacional. Além disso, foram mencionadas a criação de um grupo de trabalho para estabelecer um preço mínimo para o leite in natura, o retorno de subsídios para a produção de leite em pó destinado ao consumo e a realização de chamadas públicas para compra de leite.

O governo federal também já tomou algumas medidas nesse sentido, como o aumento na alíquota de importação de três produtos lácteos de países fora do Mercosul, que resultou em uma redução de 25% na entrada desses produtos no país desde agosto. O Ministério da Agricultura e da Pecuária também criou o Programa Mais Leite Saudável, que possibilita o uso de crédito presumido na compra de leite.

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Impactos e preocupações para o setor leiteiro

A crise no setor leiteiro está afetando não apenas os produtores, mas também outros setores da sociedade. O baixo preço do leite e os custos elevados de produção têm levado muitos produtores a abandonarem a atividade, o que coloca em risco a capacidade de atender a demanda e também os investimentos realizados no setor. Além disso, a competição com grandes indústrias de laticínios e a entrada de produtos importados pressionam ainda mais o preço no mercado consumidor.

Necessidade de medidas urgentes e a importância da união de esforços

Diante da gravidade da crise no setor leiteiro, é fundamental que sejam tomadas medidas urgentes para evitar um agravamento da situação. A restrição na importação de leite em pó dos países do Mercosul, a maior fiscalização nas fronteiras brasileiras e a renegociação das dívidas dos produtores são algumas das propostas levantadas durante a audiência pública. Para que essas medidas sejam efetivas, é essencial que haja uma união de esforços entre os diferentes órgãos governamentais, produtores, indústrias e demais envolvidos no setor leiteiro. A busca por soluções conjuntas e o trabalho em parceria são fundamentais para superar a crise e garantir a continuidade e o desenvolvimento da produção de leite no Brasil.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

Conclusão

A crise no setor leiteiro no Brasil é uma realidade preocupante, causada pelo aumento da importação de lácteos, os elevados custos de produção e a baixa remuneração recebida pelos produtores. A realização de uma audiência pública para discutir soluções é um passo importante nesse cenário, com a presença do Governo do Estado, representado pelo Sistema Estadual de Agricultura. É fundamental encontrar medidas efetivas para apoiar os produtores e promover a melhoria da produtividade e qualidade do leite.

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Perguntas e Respostas

1. Qual é a principal causa da crise no setor leiteiro no Brasil?

A principal causa da crise é o aumento da importação de lácteos, principalmente da Argentina e do Uruguai.

2. O que foi discutido em uma audiência pública sobre o tema?

A audiência pública analisou propostas de soluções para a crise no setor e essas propostas farão parte de uma carta com as medidas a serem adotadas.

3. Qual é a posição do Estado em relação à crise no setor leiteiro?

O Estado tem buscado soluções para a crise, mantendo contato com o governo federal e participando de reuniões em Brasília para discutir políticas agrícolas e econômicas.

4. Quais medidas já foram tomadas pelo governo federal?

O governo federal aumentou a alíquota de importação de três produtos lácteos para países de fora do Mercosul e criou o Programa Mais Leite Saudável, que possibilita o uso de crédito presumido da compra do leite.

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5. Quais propostas foram levantadas durante a audiência pública?

Foram levantadas propostas como maior fiscalização nas fronteiras brasileiras, rastreabilidade e maior taxação dos produtos lácteos importados, além da renegociação das dívidas dos produtores.

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Foto: Evandro Fadel/Seab

Fonte: Deral

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