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Qual é o ritmo de crescimento das produções de mandioca e fécula em relação à demanda?

Noticias do Jornal do campo Soberano
Boa leitura!
“Você sabia que a produção brasileira de mandioca está em constante crescimento? Segundo estimativas do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), espera-se que a produção de mandioca para mesa e indústria aumente em 1,3% este ano, totalizando 18,4 milhões de toneladas. Esse aumento se deve, em parte, ao aumento da área cultivada e da produtividade média.

Os principais estados produtores de amido, como Paraná, Mato Grosso do Sul e São Paulo, devem registrar um aumento significativo na área de cultivo, ultrapassando 247,5 mil hectares, o que representa um crescimento de 9,1% em relação ao ano anterior. Além disso, a produção de raízes também deve aumentar em cerca de 7%, chegando a 5,6 milhões de toneladas, de acordo com dados do IBGE.

A indústria de fécula de mandioca vem apresentando números positivos nos últimos meses. Dados preliminares do Cepea indicam que a moagem de raízes na indústria de fécula registrou um aumento de 12% nos primeiros oito meses deste ano, em comparação ao mesmo período do ano passado. Esse desempenho deve-se, em parte, às boas condições climáticas na temporada 2022/2023.

No entanto, apesar do aumento na produção, a demanda não tem acompanhado esse ritmo. De acordo com o Cepea, a produção de amido nos primeiros oito meses deste ano é 25,4% maior do que no mesmo período de 2022, enquanto o consumo aparente no mercado interno cresceu apenas 21%. Além disso, as transações de amido no mercado internacional também diminuíram, com um volume 43% inferior ao do ano passado.

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Esse descompasso entre a produção e a demanda resulta em um excedente de produto no mercado e uma queda nos preços. A quantidade de amido armazenada nas fábricas de amido e modificadores de amido aumentou significativamente nos últimos meses. O Cepea estima que, com a oferta de matéria-prima e a maior produtividade industrial, a produção de amido em 2023 poderá ser a maior dos últimos cinco anos.

Diante desse cenário, as empresas do setor precisam avançar na gestão econômica e financeira, a fim de enfrentar os desafios impostos pelo mercado. Além disso, é necessário acompanhar de perto as tendências e as mudanças na atividade econômica, a fim de identificar oportunidades e se adequar às necessidades do mercado.

Conclusão:

A produção brasileira de mandioca para mesa e indústria está em crescimento constante. No entanto, o aumento na produção não tem sido acompanhado pela demanda, tanto no mercado interno quanto no mercado internacional. Isso tem resultado em um excedente de produto no mercado e uma queda nos preços. As empresas do setor precisam se adaptar a essa nova realidade e buscar soluções para garantir sua eficiência econômica e financeira.

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Perguntas com respostas:

1. Quais são os principais estados produtores de mandioca e amido?
– Paraná, Mato Grosso do Sul e São Paulo.

2. Qual é a estimativa de aumento na produção de mandioca para este ano?
– A produção deve aumentar em 1,3%, totalizando 18,4 milhões de toneladas.

3. Como está a demanda por amido no mercado interno?
– A demanda por amido no mercado interno tem crescido em ritmo inferior ao da produção, com um aumento de apenas 21% em comparação ao mesmo período do ano anterior.

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4. O que tem causado a queda nos preços do amido?
– O excesso de produto no mercado é um dos fatores que tem contribuído para a queda nos preços.

5. Como as empresas do setor podem enfrentar os desafios impostos pelo mercado?
– As empresas do setor precisam aprimorar a gestão econômica e financeira, além de acompanhar de perto as tendências e as mudanças na atividade econômica para se adaptar às necessidades do mercado.”

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo
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As estimativas mais recentes do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) indicam que a produção brasileira de mandioca (para mesa e indústria) poderá aumentar 1,3% este ano, totalizando 18,4 milhões de toneladas, devido a avanços de 0,8% na área, que deverá atingir 1,23 milhão de hectares, e 0,5% na produtividade média, de 14,9 toneladas/hectare.

Considerando os maiores estados produtores de amido (Paraná, Mato Grosso do Sul e São Paulo, que responderam por 98% do total produzido em 2022), a área de raízes deverá ultrapassar 247,5 mil hectares, 9,1% acima do registrado em 2022, e a produção de raízes deverá ser 7% maior, em torno de 5,6 milhões de toneladas – dados do IBGE.

Dados preliminares do Cepea indicam que a moagem de raízes na indústria de fécula totaliza 1,8 milhão de toneladas de janeiro a agosto deste ano, 12% acima do observado nos primeiros oito meses de 2022 e o maior para o período desde 2016. Além disso, as boas condições climáticas na temporada 2022/2023 aumentou o desempenho industrial, que subiu 12% na média acumulada (de janeiro a agosto) em relação ao mesmo período do ano passado.

Nesse contexto, levantamento do Cepea mostra que a produção de amido nos primeiros oito meses deste ano é 25,4% superior à observada no mesmo período de 2022. E essa maior oferta de produtos amiláceos no mercado não tem sido acompanhada de demanda. Segundo cálculos do Cepea, o consumo aparente no mercado interno cresceu 21% na comparação anual, ou seja, em ritmo inferior ao da produção.

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Além do mercado interno, as transações de amido no mercado internacional também diminuíram, após dois anos de volumes e receitas recordes. Neste ano (até agosto), foram embarcadas 16,9 mil toneladas do derivado, volume 43% inferior ao verificado no mesmo período de 2022, segundo dados da Secex.

Assim, a soma do consumo aparente (mercado interno) e das exportações resultou num volume consumido abaixo da produção, o que resultou num excedente de produto no mercado, o que, por sua vez, resulta numa queda dos preços.

Estudos mostram que a fécula de mandioca é utilizada em mais de mil aplicações; portanto, quaisquer alterações na atividade econômica têm efeitos no consumo do derivado, em diferentes magnitudes, em cada elo de consumo.

O Relatório Focus do Banco Central do Brasil (Bacen), baseado em projeções de mercado, aponta que o Produto Interno Bruto (PIB) deve crescer 2,6% este ano. Contudo, a análise dos números mostra que os componentes ligados ao consumo e à indústria estão em trajetória oposta, pelo menos por enquanto.

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Dados do Monitor do PIB da Fundação Getúlio Vargas (FGV) indicam que a atividade econômica avançou apenas 0,2% no segundo trimestre deste ano, com aumento no consumo de bens de consumo das famílias. Por outro lado, elementos ligados à indústria apresentam retração.

Segundo dados de julho da Confederação Nacional da Indústria (CNI), nos últimos 12 meses, houve queda de 6,8% na receita real e de 3,4% na utilização da capacidade instalada. Com isso, os estoques em diversos segmentos estão elevados, limitando o consumo de fécula de mandioca e outros amidos.

Dados do Cepea indicam que, entre julho e agosto, a quantidade do derivado armazenada nas fábricas de amido e modificadores de amido cresceu 27,8%, superando em 28% a quantidade armazenada no mesmo período do ano passado. Com isso, a pressão sobre os preços aumentou, e o valor nominal médio do amido em agosto já registrou queda de 22,3% em 12 meses.

Dependendo da oferta de matéria-prima, com maior produtividade industrial, as estimativas iniciais do Cepea indicam que a produção de amido em 2023 poderá ser a maior dos últimos cinco anos. Portanto, após dois anos em níveis nominais elevados, os preços tendem a sofrer ajustes, o que poderá ter efeitos na eficiência econômica das fábricas de amido e riscos nas margens. Este cenário exige avanços na gestão do ponto de vista econômico (variáveis ​​não controláveis) e financeiro (variáveis ​​controláveis ​​pelas empresas).

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Fábio Isaías Felipe – Pesquisador do Cepea

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