Com o mercado apresentando baixa liquidez e as escalas de abate encurtando, os preços do boi gordo se sustentam pelo País e algumas valorizações já podem ser observadas em algumas praças, informa a Agrifatto.
Na praça de São Paulo, o boi “comum” (direcionado ao mercado interno) é negociado por R$ 245/@, enquanto a vaca e a novilha gordas valem R$ 210/@ e R$ 230/@, respectivamente (preços brutos e a prazo), de acordo com dados da Scot Consultoria.
O “boi-China” (abatido mais jovem, com até 30 meses de idade) é vendido por R$ 245/@ em São Paulo – portanto, sem ágio em relação ao animal “comum”, acrescenta a Scot.
Na avaliação da S&P Global Commodity Insights, embora a especulação baixista tenha perdido força no mercado brasileiro, os movimentos de altas da arroba ainda não traçaram uma rota mais consistente devido ao volume cadenciado de compras de gado gordo por parte das indústrias frigoríficas.
“As escalas permanecem acomodadas para atender compromissos de curtíssimo prazo, bem como a produção segue acompanhando a demanda vigente”, observa a S&P Global.
Segundo os analistas, o ritmo mais cauteloso imposto pelas indústrias deve-se sobretudo ao enfraquecimento da demanda interna pela carne bovina, que continua patinando, refletindo o baixo poder de compra da população brasileira.
Ainda assim, a S&P Global Commodity Insights verificou que a composição das escalas de abate dos frigoríficos brasileiros vem se encurtando diante de uma oferta de animais mais retraída, o que explica o fim do viés baixista nos preços do boi gordo.
No entanto, o mercado segue ancorado em expectativas de reação nos preços dos animais terminados a partir da virada de mês, diante de uma oferta mais enxuta, tanto de animais terminados a pasto (início do período mais crítico de entressafra), quanto de bovinos fechados em confinamento (muitos recriadores/invernistas deixaram de investir no primeiro giro de engorda intensiva devido ao forte movimento de queda da arroba).
Cotações máximas de machos e fêmeas na terça-feira, 20/6
(Fonte: S&P Global)
SP-Noroeste:
boi a R$ 246/@ (prazo)
vaca a R$ 212/@ (prazo)
MS-Dourados:
boi a R$ 229/@ (à vista)
vaca a R$ 205/@ (à vista)
MS-C.Grande:
boi a R$ 231/@ (prazo)
vaca a R$ 207/@ (prazo)
MT-Cáceres:
boi a R$ 212/@ (prazo)
vaca a R$ 182/@ (prazo)
MT-Cuiabá:
boi a R$ 210/@ (à vista)
vaca a R$ 180/@ (à vista)
MT-Colíder:
boi a R$ 210/@ (à vista)
vaca a R$ 180/@ (à vista)
GO-Goiânia:
boi a R$ 217/@ (prazo)
vaca R$ 190/@ (prazo)
GO-Sul:
boi a R$ 217/@ (prazo)
vaca a R$ 192/@ (prazo)
PR-Maringá:
boi a R$ 236/@ (à vista)
vaca a R$ 207/@ (à vista)
MG-Triângulo:
boi a R$ 227/@ (prazo)
vaca a R$ 182/@ (prazo)
MG-B.H.:
boi a R$ 197/@ (prazo)
vaca a R$ 182/@ (prazo)
BA-F. Santana:
boi a R$ 195/@ (à vista)
vaca a R$ 185/@ (à vista)
RS-Fronteira:
boi a R$ 261/@ (à vista)
vaca a R$ 234/@ (à vista)
PA-Marabá:
boi a R$ 192/@ (prazo)
vaca a R$ 179/@ (prazo)
PA-Redenção:
boi a R$ 194/@ (prazo)
vaca a R$ 169/@ (prazo)
PA-Paragominas:
boi a R$ 217/@ (prazo)
vaca a R$ 207/@ (prazo)
TO-Araguaína:
boi a R$ 192/@ (prazo)
vaca a R$ 177/@ (prazo)
RO-Cacoal:
boi a R$ 185/@ (à vista)
vaca a R$ 165/@ (à vista)
MA-Açailândia:
boi a R$ 195/@ (à vista)
vaca a R$ 177/@ (à vista)