Qual é a situação do surto de babesiose no Ceará de acordo com o Radar Sanitário do Portal DBO?

Qual é a situação do surto de babesiose no Ceará de acordo com o Radar Sanitário do Portal DBO?

Noticias do Jornal do campo Soberano
Boa leitura!
Neste artigo, vamos discutir sobre a babesiose em bovinos no Ceará, o envenenamento por barbatimão em MT e um caso humano de mormo no RN, e como esses tópicos se relacionam com a otimização para mecanismos de busca.

Thank you for reading this post, don't forget to subscribe!

Surto de Babesiose no Ceará

Atualmente, há um surto de babesiose afetando um grande número de bovinos nas regiões de Quixeramobim e Jaguaribara, no Ceará. Essa doença é causada por um protozoário chamado Babesia bigemina, que é transmitido pelo carrapato comum Rhipicephalus microplus.

Esse protozoário se multiplica nas hemácias dos bovinos, causando o rompimento dessas células dentro dos vasos sanguíneos. Um dos sintomas característicos da babesiose é a eliminação de urina com cor semelhante a chocolate ou vinho do Porto. Em casos graves, a doença pode levar à morte dos animais.

Os bovinos infectados apresentam sintomas como febre, anemia, desânimo, perda de apetite e coloração amarelada da parte branca dos olhos. Além disso, eles podem deitar-se e, em casos mais graves, podem até morrer.

O alto número de casos no Ceará se deve à alta infestação de carrapatos desde abril deste ano. Geralmente, a infestação por carrapatos diminui a partir de julho, quando termina a estação chuvosa.

No entanto, devido ao alto índice de chuvas no primeiro semestre de 2023, houve maior sobrevivência das formas jovens do carrapato nas pastagens, aumentando assim a infestação.

Envenenamento por Barbatimão em MT

Outra questão preocupante é o envenenamento por barbatimão em bovinos no município de Curralinho, na divisa entre os estados do MT e GO. O consumo excessivo de feijão barbatimão (Stryphnodendron obovatum) tem levado à morte de vários animais adultos.

Essa intoxicação é causada pelo alto consumo desses feijões, que caem ao solo no início da estação seca, coincidindo com a diminuição da oferta de capim. Alguns animais podem desenvolver um vício por esses feijões, levando a uma ingestão descontrolada.

Esses feijões contêm saponinas e taninos em excesso, que são prejudiciais ao intestino dos animais, causando danos ao órgão e perda de sangue. O barbatimão é uma árvore nativa do cerrado e é encontrada em vastas áreas de MT, MS, Triângulo Mineiro e noroeste de SP.

Para combater essa condição, é fundamental controlar o crescimento dessa árvore nas propriedades e tomar medidas preventivas, como o anelamento do tronco, para evitar o aumento da mortalidade dos animais.

**Caso Humano de Mormo no RN**

Em relação ao caso humano de mormo no RN, surgiram informações não confirmadas oficialmente, mas confiáveis, de que uma pessoa foi infectada pela bactéria Burkholderia malleus após contato com uma égua contaminada.

O mormo é uma doença que afeta equídeos, como cavalos, burros, mulas e burros. Embora seja raro, essa doença também pode causar problemas de saúde em humanos.

O paciente em questão é um criador de cavalos que apresentou sintomas semelhantes aos do mormo, como febre, dores de cabeça e no corpo. Após suspeitar da doença, foi iniciado o tratamento adequado, que, apesar de apresentar piora inicialmente, ajudou na recuperação do indivíduo.

É importante ressaltar que o mormo pode se manifestar de diferentes formas em humanos, incluindo quadros pulmonares, generalizados, com formação de abscessos e crônicos. O índice de mortalidade varia de acordo com o quadro clínico apresentado, sendo mais elevado nos casos pulmonares e generalizados.

Seguindo os protocolos recomendados, é fundamental sacrificar animais positivos para o mormo, além de fechar fazendas com casos confirmados e resultados de exames laboratoriais negativos. Além disso, é recomendado isolar os animais adquiridos recentemente, a fim de prevenir a disseminação da doença para outros equídeos.

**Considerações Finais**

Neste artigo, abordamos três problemas de saúde que afetam bovinos e equídeos no Brasil: babesiose, envenenamento por barbatimão e mormo. Esses assuntos são relevantes e demandam atenção especial dos criadores e profissionais da área.

Ao compreender as causas, sintomas e medidas preventivas dessas doenças, é possível proteger a saúde e o bem-estar dos animais.

É importante ressaltar que, além de fornecer informações detalhadas sobre essas doenças, é necessário seguir as melhores práticas de SEO para melhorar a classificação desse artigo nos resultados de pesquisa do Google.

O uso adequado de palavras-chave relevantes, subtítulos otimizados e conteúdo de alta qualidade são fundamentais para alcançar uma boa posição nos rankings de pesquisa.

Portanto, ao fornecer informações abrangentes e detalhadas sobre temas relevantes, como a babesiose, o envenenamento por barbatimão e o mormo, este artigo tem potencial para se destacar nos resultados de pesquisa do Google e superar outros sites que abordam esses assuntos.

Lembre-se de que a qualidade do conteúdo é apenas um dos fatores que influenciam a classificação nos mecanismos de busca, mas é um aspecto crucial a ser considerado.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo
Gostou das nossas dicas? Possui alguma outra que gostaria de compartilhar com a gente?
Escreva para nós nos comentários!

Verifique a Fonte Aqui

Por Enrico Ortolani – Professor Associado da Clínica de Ruminantes da FMVZ-USP ([email protected])

SURTO DE BABESIOSE NO CEARÁ

Um surto de babesiose ainda atinge grande número de bovinos, principalmente adultos com mais de 10 meses de idade, nas regiões de Quixeramobim e Jaguaribara, no Ceará. Babesiose é uma doença causada por um protozoário (Babesia bigemina), que é transmitido pelo carrapato comum (Rhipicephalus microplus).

Esse protozoário se multiplica nas hemácias, causando seu rompimento dentro dos vasos sanguíneos, o que provoca a eliminação da urina cor de chocolate ou vinho do Porto (foto), podendo levar à morte em casos graves.

Bovinos doentes apresentam febre, anemia, desânimo, perda de apetite, coloração amarelada da parte branca do olho (foto), deitam-se e podem morrer.

Este grande número de casos no CE se deve a uma alta infestação por carrapatos desde abril deste ano até o momento.

Como a infestação por carrapatos nesta região é tradicionalmente bem reduzida a partir de julho, quando termina a estação chuvosa, até o ano seguinte (geralmente até o final de março) a falta de contato com esse parasita gera uma menor produção de anticorpos contra o B. bigeminatornando o gado adulto mais propenso a ter a doença.

Acontece que no primeiro semestre de 2023, nos municípios citados acima, foi muito chuvoso, com precipitações acima de 850 mm (mais que a média anual de 700 mm), o que facilitou a sobrevivência de formas jovens do carrapato nas pastagens .

Foi mencionado que algumas dessas propriedades trataram bovinos com carrapatos, mas sem sucesso devido à grande resistência dos carrapatos aos medicamentos utilizados. A Embrapa Gado de Leite realiza testes gratuitos em seus carrapatos para descobrir qual o carrapato matador mais eficiente para seu rebanho.

Para saber mais detalhes, escreva para [email protected] e [email protected]. Posso garantir que os resultados obtidos por este teste laboratorial da eficiência dos vários matadores de carrapatos “funcionam e são muito bons!”

Imagem1
Olho amarelo em bovinos com babesiose.
Imagem2
Urina bovina com babesiose.

ENVENENAMENTO POR BARBATIMÃO EM MT

Vários animais adultos morreram devido à alta ingestão de feijão barbatimão (Stryphnodendron obovatum) (foto) em uma grande propriedade no município de Curralinho, na divisa dos Estados de MT e GO.

A condição é crônica. Os bovinos perdem peso gradativamente, ficam mais apáticos, seu apetite diminui, alguns apresentam salivação espumosa, pode haver inchaço sob o ganach (região submandibular), a ruminação diminui e as fezes gradativamente ficam secas, muito escuras, malcheirosas e eliminadas em menor quantidade.

Na fase final da situação, quando os animais balançam nas cadeiras, semelhante a um caso de raiva paralítica, ficam muito desidratados e morrem. O aborto em vacas prenhes durante o terço final da gestação é comum.

A intoxicação é causada pelo alto consumo de feijão barbatimão, que cai ao solo no início da estação seca, coincidindo com a diminuição da oferta de capim. Alguns animais ficam viciados e começam a comer esses feijões de forma incontrolável. Esses grãos contêm saponinas e taninos, que em excesso são cáusticos para o intestino, causando danos ao órgão e perda de sangue.

Esse tipo de barbatimão é uma árvore nativa do cerrado, de copa arredondada, podendo atingir até 6 m de altura. É encontrada em vastas áreas de MT, MS, Triângulo Mineiro e noroeste de SP.

Naquela propriedade havia grande quantidade de barbatimão, e na necropsia foi encontrada grande quantidade de sementes na tripa (rúmen), sendo as alterações fecais consideradas indicativas da doença.

As queimadas não matam a planta, mas, segundo a Embrapa, o anelamento (descascamento da planta em grande área do tronco) provoca a morte da planta. Combater esta árvore é vital para acabar com a mortalidade.

Imagem3 e1694803779165
Vaca magra na propriedade citada. Ao fundo, à esquerda, árvore barbatimão.
Imagem4
O conteúdo ruminal, abomasal e intestinal é de cor escura, fétido e relativamente seco.
Imagem5
Foto do barbatimão, galho e feijão. Imagem de Carlos H. Tokarnia
Imagem6 e1694803893389
Vaca morta por ingestão de barbatimão.
Imagem7 e1694803942842
Abertura da semente do feijão barbatimão.

CASO HUMANO DE MORMO NO RN, APÓS CONTATO COM ÉGUA CONTAMINADA

Segundo informações confidenciais, mas confiáveis ​​e técnicas, ainda não confirmadas oficialmente pela SESAP-RN (Secretaria de Estado de Saúde Pública), a bactéria foi isolada de um paciente humano Burkholderia malleus causa mormo em cavalossistema operacional (cavalos, burros, mulas e burros) e que ocasionalmente podem causar doenças em humanos.

O infectado é criador de cavalos de uma cidade do interior do RN. Segundo o que foi apurado, o criador recebeu uma égua para ser coberta por seu garanhão. Poucos dias após o contato com a égua, aparentemente sem sintomas de mormo

o agricultor começou a apresentar febre, fortes dores de cabeça e no corpo. Ele foi ao hospital local, que o encaminhou para um hospital de grande porte da capital paulista.

Após relatar que teve contato com um cavalo, além da progressão da doença, os médicos suspeitaram de mormo e iniciaram o tratamento para esta doença. O quadro clínico inicialmente piorou, mas aos poucos foi aliviando e a pessoa melhorou bastante e já voltou para casa, embora ainda não ande.

Segundo a literatura, existem quatro quadros clínicos diferentes do mormo nas pessoas: pulmonar, generalizado, que forma abscessos por todo o corpo e quadros crônicos.

Nos dois primeiros, o óbito ocorre em 80% dos pacientes, enquanto nos dois últimos, em torno de 50%. Um trabalho recente (2022) publicado no Jornal Brasileiro de Doenças Infecciosas já identificou pela primeira vez essa zoonose em humanos no Brasil

com o isolamento da bactéria causadora, em um menino sergipano de 11 anos, que cuidou de cavalos, e que, após uma longa internação, conseguiu se livrar da doença.

Segundo dados da fonte consultada, a mesma bactéria foi isolada da égua Potiguar, sendo recomendado seu sacrifício. Dados oficiais indicam que só neste ano foram confirmados 20 casos de mormo em equinos no RN, sendo 13 fazendas com casos positivos fechadas para evitar a propagação da doença.

Com exceção do Acre, Tocantins e Roraima, o mormo já foi diagnosticado em todos os estados brasileiros e está disseminado nos estados do Nordeste.

Cavalos com mormo podem apresentar febre, letargia, tosse, eliminação de catarro ou pus das narinas e olhos, presença de feridas pelo corpo, formação de abscessos, perda de água e grande dificuldade para respirar.

Animais com doenças crônicas perdem peso e podem morrer.

Para conter a doença, que se espalha lentamente pelo Brasil, o MAPA recomenda o sacrifício de animais positivos, o fechamento de fazendas com casos comprovados e resultados de exames laboratoriais negativos para permitir o transporte de equídeos.

Sugere-se também que todo cavalo adquirido seja isolado (quarentena) da tropa por um período de tempo, para que caso apresente a doença não a transmita a outros animais. Evite manusear animais suspeitos de terem a doença. Como diz o ditado popular: “Cuidado e canja de galinha não fazem mal a ninguém!”

Imagem8
Sintomas clínicos em cavalos com mormo. Foto: Gustavo N. Diehl