Aumento da produção estadual e a crescente demanda por milho devem pautar a balança de Oferta e Demanda em Mato Grosso
Desse modo, estima-se que a oferta do cereal para a safra 2021/22 cresça 34,63% em relação à safra
passada, prevista em 43,85 milhões de toneladas. Em relação ao destino, com o crescente consumo mundial para ração animal e para produção de etanol no estado, a demanda do cereal apresentou um incremento de 33,96% ante o ciclo 2020/21, totalizando 43,61 milhões de toneladas.
No que tange à safra 2022/23, a oferta pode apresentar um aumento de 6,39% ante a safra atual, pautado pelo avanço da área e produtividade estimadas para o ciclo, totalizando 46,65 milhões de toneladas.
Pela ótica da demanda, com a perspectiva de menor oferta mundial para a safra futura, além da abertura de uma nova usina de etanol de milho no estado, o consumo total do cereal pode aumentar em 6,09% ante a safra 2021/22, totalizando 46,27 milhões de toneladas na demanda mato-grossense.
De acordo com a análise do Cepea, “As negociações envolvendo o cereal ocorrem de forma pontual no mercado brasileiro, com agentes consultados atentos aos possíveis impactos das elevadas temperaturas no Sul do País sobre o desenvolvimento da safra verão e também ao forte ritmo das exportações”.
Mercado Financeiro
- Bolsa de Chicago: o milho em Chicago encerrou a semana cotado a US$ 6,30/bu, queda de 4,05% no comparativo semanal, puxado pelo recuo do trigo no mesmo período;
- Paridade julho 2023: a paridade terminou a semana com recuo de 4,11% e média de R$ 65,08/sc, acompanhando a retração do contrato em Chicago e do dólar futuro;
- Mato Grosso: com um declínio de 0,72% e cotado a R$ 63,68/sc, o grão no estado finaliza a semana com recuo modesto, seguindo a queda do cereal em Chicago.
Um salto impressionante. Em apenas uma década, a produção de milho mais do que dobrou em Mato Grosso. Saiu de 18,4 milhões de toneladas, na safra 2011/12, para mais de 39,1 milhões na temporada atual. O avanço é reflexo direto do maior investimento dos agricultores na cultura.
No mesmo período, a área destinada às lavouras, que era de pouco menos de 3 milhões de hectares, pulou para quase 6,4 milhões.
E não deve parar por aí, segundo Guilherme Nolasco, presidente da União Nacional do Etanol de Milho (Unem). “Ainda se planta apenas 60% da área destinada à soja com milho. Então, nós temos uma capacidade enorme de crescimento de produção e de produtividade com sustentabilidade, sem que haja necessidade de avançar sobre novas áreas de produção”, diz.
O apetite crescente das indústrias de etanol garantiu incremento robusto na demanda pelo cereal dentro do estado. A expectativa é de que, este ano, cerca de 12 milhões de toneladas do grão sejam consumidas em Mato Grosso. Pelo menos 3 milhões vão atender outros estados e quase 24 milhões de toneladas devem ser exportadas
VBP do milho
Assim como os números no campo, o Valor Bruto de Produção (VBP) do milho cresce a cada safra. Neste ano, o salto previsto é de 10%, ultrapassando a marca de R$ 47 bilhões. O montante representa 25% do VBP da agricultura em Mato Grosso.
“Hoje o milho caminha praticamente em paralelo com a soja em questão de importância. O volume de produção quase supera o da soja. Embora o valor agregado seja um pouco menor, é o que viabiliza a continuidade da implantação das novas tecnologias no campo, na medida em que você tem renda o ano todo”, avalia Fernando Cadore, presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT).Produção de milhoProdução de milho
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