A maior parte dos frigoríficos brasileiros permaneceram ausentes do mercado do boi gordo e os poucos agentes atuantes não apontaram indicações de preços diante da baixa liquidez para o período, informa a IHS Markit.
Neste momento, relata a consultoria, as vendas de carne bovina no mercado doméstico sustentam boa parte das operações envolvendo compras de boiadas gordas, já que há menores volumes destinados às exportações diante da interrupção parcial das compras chinesas.
A China, continua a IHS, só deve retornar mais fortemente ao mercado de importação da proteína bovina após o período de comemorações de Ano Novo no país, em 22 de janeiro.
“Dessa maneira, o atual período é marcado por entregas pontuais de mercadoria e pelo movimento de recomposições de estoques nas cadeias de distribuição e no atacado da carne bovina”, aponta a consultoria.
Segundo dados apurados pela Scot Consultoria, a movimentação pouco intensa, típica do final de ano, e as escalas de abate bem encaminhadas levaram à estabilidade na cotação da arroba bovina no mercado de São Paulo, principal referência de preço para as outras regiões pecuárias.
Com isso, o boi gordo paulista continua cotado em R$ 280/@, enquanto a vaca e a novilha gordas são negociadas por R$ 262/@ e R$ 272/@, respectivamente (preços brutos e a prazo).
Os bovinos com destino ao mercado da China seguem valendo R$ 285/@ em São Paulo, no prazo, valor bruto.
No mercado atacadista, as vendas de carne bovina se mantiveram firmes e regulares no último final de semana de dezembro/22, ressalta a IHS.
“O incremento sazonal da demanda, devido às festividades de Natal, deu força para movimentos positivos, favorecendo o escoamento dos estoques, sobretudo de cortes nobres de traseiro”, dizem os analistas.
Na avaliação da IHS, o ano de 2022 foi cercado de alterações nas condições de mercado.
“Pela primeira vez, os preços da arroba do boi gordo registraram recuos no período de entressafra”, observa a consultoria.
Entre julho e novembro deste ano, as cotações da arroba acumularam quedas de 13% no mercado paulista, amargando 4 meses consecutivos de baixa, acrescenta a IHS.
“O grande desencontro entre oferta e demanda e o início de uma produção mais verticalizada no setor pecuário fomentaram tal cenário”, justifica a consultoria.
Cotações máximas de machos e fêmeas (Fonte: IHS Markit)
SP-Noroeste:
boi a R$ 288/@ (prazo)
vaca a R$ 269/@ (prazo)
MS-Dourados:
boi a R$ 261/@ (à vista)
vaca a R$ 246/@ (à vista)
MS-C.Grande:
boi a R$ 263/@ (prazo)
vaca a R$ 246/@ (prazo)
MS-Três Lagoas:
boi a R$ 261/@ (prazo)
vaca a R$ 243/@ (prazo)
MT-Cáceres:
boi a R$ 253/@ (prazo)
vaca a R$ 238/@ (prazo)
MT-Tangará:
boi a R$ 253/@ (prazo)
vaca a R$ 238/@ (prazo)
MT-B. Garças:
boi a R$ 251/@ (prazo)
vaca a R$ 241/@ (prazo)
MT-Cuiabá:
boi a R$ 249/@ (à vista)
vaca a R$ 229/@ (à vista)
MT-Colíder:
boi a R$ 249/@ (à vista)
vaca a R$ 234/@ (à vista)
GO-Goiânia:
boi a R$ 276/@ (prazo)
vaca R$ 263/@ (prazo)
GO-Sul:
boi a R$ 261/@ (prazo)
vaca a R$ 258/@ (prazo)
PR-Maringá:
boi a R$ 276/@ (à vista)
vaca a R$ 261/@ (à vista)
MG-Triângulo:
boi a R$ 281/@ (prazo)
vaca a R$ 261/@ (prazo)
MG-B.H.:
boi a R$ 281/@ (prazo)
vaca a R$ 266/@ (prazo)
BA-F. Santana:
boi a R$ 276/@ (à vista)
vaca a R$ 266/@ (à vista)
RS-Porto Alegre:
boi a R$ 279/@ (à vista)
vaca a R$ 249/@ (à vista)
RS-Fronteira:
boi a R$ 270/@ (à vista)
vaca a R$ 240/@ (à vista)
PA-Marabá:
boi a R$ 253/@ (prazo)
vaca a R$ 243/@ (prazo)
PA-Redenção:
boi a R$ 252/@ (prazo)
vaca a R$ 243/@ (prazo)
PA-Paragominas:
boi a R$ 261/@ (prazo)
vaca a R$ 251/@ (prazo)
TO-Araguaína:
boi a R$ 263/@ (prazo)
vaca a R$ 251/@ (prazo)
TO-Gurupi:
boi a R$ 261/@ (à vista)
vaca a R$ 249/@ (à vista)
RO-Cacoal:
boi a R$ 241/@ (à vista)
vaca a R$ 221/@ (à vista)
RJ-Campos:
boi a R$ 286/@ (prazo)
vaca a R$ 258/@ (prazo)
MA-Açailândia:
boi a R$ 261/@ (à vista)
vaca a R$ 258/@ (à vista)
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