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Gil Reis: Nova revolução verde a caminho

Gil Reis*

Apesar de todas as previsões alarmistas de que os humanos vão destruir o planeta – e apesar de todo o movimento do braço ambiental da ONU no comando de extremistas ambientalistas, que ignoram a criatividade e a competência humana na superação de todas as crises da história do nosso planeta – não há necessidade impor limites ao crescimento ou reduzir o consumo, como preconiza o Clube de Roma. Na verdade, pode, ou seja, causa um grande número de mortes por falta de alimentos nos países menos desenvolvidos.

Aliás, o site ‘motivo’ publicou, no dia 8 deste mês, um artigo intitulado “Uma nova revolução verde está a caminho”, assinada por Ronald Bailey, na qual aborda o assunto. Reproduzo trechos:

“Uma onda recente de avanços na biotecnologia agrícola pressagia uma Nova Revolução Verde que aumentará a produção agrícola, diminuirá a pegada ambiental da agricultura, nos ajudará a lidar com as futuras mudanças climáticas e fornecerá melhor nutrição para a crescente população mundial.

A primeira Revolução Verde foi gerada através dos sucessos de melhoramento de culturas iniciados pelo agrônomo Norman Borlaug na década de 1960. As variedades de trigo anão de alto rendimento criadas por Borlaug e sua equipe mais que dobraram os rendimentos de grãos. A Revolução Verde evitou as fomes globais previstas com confiança para a década de 1970 por doomsters da população como o entomologista de Stanford Paul Ehrlich. Outros criadores de culturas usando os insights de Borlaug aumentaram os rendimentos de outros grãos básicos. Desde 1961, a produção global de cereais aumentou 400%, enquanto a população mundial cresceu 260%. Borlaug foi agraciado com o Prêmio Nobel da Paz em 1970 por suas realizações. É claro que as interrupções da pandemia de Covid-19 e a invasão da Ucrânia pela Rússia estão atualmente interrompendo o fornecimento de grãos e fertilizantes.

Borlaug precisou de 20 anos de cruzamentos meticulosos para desenvolver suas variedades de trigo de alto rendimento e resistentes a doenças. Hoje, os agricultores estão aproveitando as modernas ferramentas de biotecnologia que podem aumentar drasticamente a taxa de aumento da produção e a resistência à seca e a doenças pode ser imbuída nas culturas.

A boa notícia é que no mês passado, duas equipes de criadores de plantas modernas fizeram avanços que reduzirão drasticamente a quantidade de fertilizante nitrogenado necessária para produzir grãos. Em julho, pesquisadores chineses relataram o desenvolvimento de cultivos “sobrecarregados” de arroz e trigo, que conseguiram dobrando a expressão de um gene regulador que aumenta a absorção de nitrogênio de quatro a cinco vezes e aumenta a fotossíntese. Em testes de campo, os rendimentos de arroz modificado foram 40 a 70 por cento maiores do que as variedades convencionais. Um resultado é que os agricultores podem cultivar mais alimentos em menos terra usando menos insumos caros.

Algumas culturas, como soja e alfafa, obtêm a maior parte do fertilizante nitrogenado de que necessitam através de sua relação simbiótica com bactérias do solo fixadoras de nitrogênio. A soja fornece açúcar para as bactérias que vivem em suas raízes, e as bactérias, por sua vez, retiram nitrogênio do ar e o transformam em fertilizantes de nitrato e amônia para as plantas. No entanto, as bactérias fixadoras de nitrogênio não colonizam as raízes dos cereais.

Essa nova Revolução Verde possibilitada pela biotecnologia promete um futuro em que mais alimentos de maior rendimento cultivados com menos fertilizantes significam mais terras agrícolas restauradas à natureza, menos poluição da água e emissões de gases de efeito estufa reduzidas”.

O que o braço ambiental da ONU precisa é reconhecer e respeitar a criatividade e a competência humana, entendendo que os seres humanos não são novatos ou calouros na face de nosso pequeno planeta. Por milhares de anos, superamos todas as crises alimentares e aquelas causadas por fenômenos naturais. Os novatos e calouros são os membros do braço ambiental da ONU e os cientistas que desenvolvem teses que os apoiam. Vale destacar um trecho do artigo que diz: “Desde 1961, a produção global de cereais aumentou 400%, enquanto a população mundial cresceu 260%”. Para qualquer bom conhecedor, meia palavra é suficiente, imagine uma frase inteira.

As informações e diretrizes da ONU estão cada vez mais conflitantes com a realidade, pois reconhecem uma verdade ‘sem verniz’: “Hoje, segundo a ONU, os países mais pobres estão financiando os mais ricos”, conforme relatado pelo jornalista Jamil Chad em 3 de outubro deste ano. Na reportagem, ele também traz informações de Rebeca Grynspan, secretária-geral da Unctad, que tem a capacidade de deixar todo mundo ‘cabelo em pé’:

“Grynspan, no entanto, alertou que a situação mundial ameaça ser ainda mais difícil. “Podemos estar à beira de uma recessão global”, disse ele. Segundo Grynspan, a situação mundial jogou mais de 50 milhões de africanos na pobreza, enquanto retirava US$ 360 bilhões de renda dos países em desenvolvimento devido ao aumento das taxas de juros nos países ricos.. Esta informação é suficiente ou algum sábio quer mais?

*Consultor de Agronegócios

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