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Frigorífico x Produtor: Uma “guerra” sem fim…

Frigorífico x Produtor: Uma "guerra" sem fim...
Frigorífico x Produtor: Uma “guerra” sem fim…

A eterna briga entre produtores e frigoríficos talvez não seja tanto a negociação pelo valor a ser negociado para @, mas a diferença de peso entre a pesagem da fazenda e o peso do gancho resultando em rendimentos abaixo do esperado e, com isso, trazendo instabilidade ao relacionamento.

A gado de corte está crescendo a passos largos, especialmente no que diz respeito à qualidade da carne.

O volume exportado cresce a cada ano, pois o país passa a atender um mercado de qualidade que antes não era foco da produção nacional.

Além disso, a própria mercado interno, que representa cerca de 75% do consumo da carne produzida também é mais seletiva e busca produtos de maior qualidade.

Vários são os fatores que podem afetar o rendimento de carcaça, não apenas aqueles relacionados ao abatedouro (limpeza excessiva), mas também ao manejo em que o animal foi exposto na granja ou durante o transporte até o abatedouro.

Neste contexto, abordaremos os fatores que afetam o diferencial de peso entre a granja e o abatedouro.

A principal causa de redução ou perda de peso no abate é devido ao jejum prolongado em que os animais são submetidos desde a saída da fazenda, transporte até o abatedouro e o período em que permanecem no curral de espera.

Isso pode ser menos ou mais acentuado, dependendo principalmente da distância da fazenda ao abatedouro, além do período em que o animal ficou preso antes do embarque.

Esse tipo de redução de peso se deve ao esvaziamento do conteúdo gastrointestinal, pela defecação, além da perda de líquidos pela urina.

No entanto, se o animal retornar à dieta, o peso é rapidamente recuperado.

A perda de peso até 25 h de jejum dos animais em pastagens de trigo, e quando retornaram ao pasto, recuperaram rapidamente o peso.

Pode-se observar que o perda de peso atingiu 8% do peso vivo inicial sendo este conteúdo basicamente gastrointestinal.

A  perda de peso é bastante rápida nas primeiras 12-16 horas de jejum, então a taxa de perda diminui gradualmente.

Essa perda de peso não afetará o peso da carcaça, a menos que o jejum seja estendido por mais de 48 horas.

podemos observar que o aumento do tempo de jejum, com os animais sendo pesados ​​e abatidos, aumentou o rendimento.

O jejum não deve exceder 48 horas, pois afetará o peso da carcaça.

Esse assunto está bem detalhado no artigo abaixo, onde abordamos essa questão das horas de jejum.

Um estudo realizado apontou que a modificação no manejo antes do abate pode trazer 3,5 e 3,7 quilos de carcaça extra por animal. Veja o artigo abaixo!

O tipo de dieta a que o animal foi submetido é outro fator que afeta significativamente o ganho de peso e o rendimento de carcaça.

Animais que recebem uma dieta composta por altas proporções de volumoso apresentam menores rendimentos de carcaça do que animais com maiores proporções de concentrado, como animais em confinamento, por exemplo.

Isso ocorre por motivos óbvios, ou seja, a menor digestibilidade do pasto causa mais enchimento ruminal do que as dietas com concentrado, e ao impor jejum ao animal, perda de peso devido à maior defecação.

Por isso é importante que os animais em confinamento tenham, no final do período, uma dieta mais rica em concentrado.

O rendimento de carcaça aumentou com a diminuição da proporção de forragem na dieta.

É possível observar que o rendimento de carcaça aumentou com a diminuição da proporção de forragem na dieta, independente do peso de abate.

As diferenças, neste caso, devem-se ao aumento do “enchimento” ruminal e à menor gordura de cobertura com o aumento das proporções de forragem.

O tempo e a distância em que o animal é transportado também influenciam na diminuição do peso por recheio, com uma perda estimada de cerca de 2% a mais em relação ao jejum no curral pelo mesmo tempo .

A perda de peso vivo, além do preenchimento, também pode ocorrer pela diminuição do peso dos tecidos corporais, devido à perda de líquidos intra e extracelulares após longos períodos de jejum de sólidos e líquidos.

É possível observar que a perda de 6,5% do peso vivo dos novilhos após 24 h de transporte.

Praticamente metade da perda de peso foi devido ao recheio, porém a outra metade foi devido à diminuição do peso dos tecidos do trato intestinal, carcaça e outros componentes (pele, pelos, vísceras, cabeça, pernas).

A perda de peso pelo preenchimento é sem dúvida o que mais afeta o peso.

Entretanto, com o passar do tempo e a intensificação da restrição alimentar e hídrica, a perda tecidual passa a ser a principal causa da perda de peso, e esse tipo de perda, diferentemente do preenchimento, é mais difícil de recuperar do que o outro. 

Outros fatores também podem afetar a perda de peso e, consequentemente, o rendimento de carcaça, como o grupo genético.

Sendo que animais com 50% ou mais de sangue bom indicuster menos perda de peso, por terem um trato gastrointestinal menor, têm menos conteúdo intestinal.

Em geral, a principal causa de perda de peso e redução do rendimento de carcaça é o efeito de “enchimento” do conteúdo gastrointestinal.

Essa “perda” de peso é invariavelmente o motivo da insatisfação dos pecuaristas menos atentos, por isso esse diferencial deve ser considerado no cálculo da produtividade.

O rendimento da carcaça é dado por (Peso da carcaça/Peso vivo)*100.

Por exemplo, se o animal antes de ser enviado para a fazenda pesava 460 kg sem jejum e a carcaça no matadouro pesava 230 kg, esse animal terá um rendimento de 50% com base no peso total.

No entanto, se o mesmo animal for pesado após 16 h de jejum pré-abate, e considerarmos um “esvaziamento” de 6%, o peso desse animal será de 423 kg, e o peso da carcaça continuará sendo 230, então o o rendimento de carcaça será de 53% com base no peso vazio.

Ao pesar os animais na fazenda, o produtor pode utilizar descontos para estimar o peso da carcaça e o rendimento aproximado, utilizando fatores de 6 e 4% para animais de pasto e confinamento, respectivamente.

Esses valores podem ser maiores ou menores dependendo da existência ou não de água, e da adaptação dos animais ao curral.

 

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