O sistema silvipastoril é uma alternativa interessante para promover a sustentabilidade na produção de animais a pasto. Na fazenda Terra Boa em Araputanga (MT), esse ordenamento traz outros benefícios além de contribuir para a conservação e fertilidade do solo. Traz conforto térmico aos animais.
Segundo o diretor da Agropecuária Terra Boa, Gilberto Perin Schaidhauer, nas áreas de integração são alcançados altos índices de produção de bezerros por hectare nas áreas. “A gente traz aqui bezerros com média de 230, 240 quilos, na semana”, explica.
Foto: Leandro Balbino/Canal Rural Mato Grosso
Na granja de recria e engorda, os bezerros encontram capim à vontade e uma paisagem bem diferente. A integração de florestas e pecuária é o tema do episódio 19 do MT Sustentável.
Ele comenta que a média de peso ao final de dois anos costuma chegar a 24 arrobas para os machos e 19 para as fêmeas. No ano passado a fazenda chegou 90 mil arrobas de produção.
A fazenda tem 1.200 hectares, onde 200 mil árvores de teca. O proprietário da fazenda, Seu Armando Martins de Oliveira, conta que optou pelo sistema integrado como forma de otimizar a terra e diversificar a produção.
“Como a pecuária é uma atividade com rentabilidade baixa e até negativa, como é hoje, é uma alternativa para você, lá na frente, recuperar alguma coisa, ter uma rentabilidade maior. A ideia era essa: plantar algo de longo prazo para agregar à atividade pecuária”, aponta.
Integração de sistemas na fazenda
No entorno da fazenda, entre árvores e pastagens, encontram-se os piquetes para rotação do gado e com um detalhe tecnológico: o o uso do pasto é controlado por um sistema de processamento de dados para que não haja perdas.

Foto: Leandro Balbino/Canal Rural Mato Grosso
“Toda semana vem o drone, sobrevoa as áreas e me dá a altura dos paddocks, por que isso é importante? Qual é a nossa ideia, dentro da fazenda não queremos pasto passando, nem pasto raspado. Quando tenho passagem de pasto, já tenho perda na qualidade nutricional do capim e estou sendo ineficiente, e quando tenho pasto rasado, não tenho rendimento”, explica o zootecnista Gustavo Guimarães.
Atualmente, a fazenda aproveita 100% da massa produzida pelo capimpara a produção de carne, ou seja, o capim no ponto ideal de produção de proteína assimilável pelo organismo, para produzir arroba de boi, chegando a 40, 45 arrobas produzidas em 200 dias.
Prêmios e cuidados com o reflorestamento
Você galpões ter sombreamento e chuveiros para refrescar os animais nos dias mais quentes. Como o piso é de concreto, a coleta do lixo que vai para a compostagem vira adubo para o pastagens e colheitas é facilitado.

Foto: Leandro Balbino/Canal Rural Mato Grosso
O cuidado, que somado ao reflorestamento de teca em um sistema integrado, rendeu à fazenda um prêmio nacional de sustentabilidade do Banco do Brasil.
O empresário Armando Martins comenta que três pessoas no Brasil que trabalham com essa melhoria em bem-estar animal, sustentabilidade, recuperação de créditos de carbono foram premiadas. “Isso é muito interessante e me convidou para essa homenagem e fiquei muito feliz com isso”, finaliza.
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