As exportações do agronegócio brasileiro foram novamente impactadas positivamente pelos altos preços das commodities agrícolas e bateram recorde em julho. Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) compilados pelo Ministério da Agricultura, os embarques somaram US$ 14,28 bilhões, 24,8% a mais que no mesmo mês de 2021.

Com isso, a participação da agropecuária no total das exportações nacionais atingiu 47,7%. De acordo com o ministério, o aumento do volume exportado em julho, que ultrapassou 2 milhões de toneladas, também contribuiu para o recorde. Outros destaques foram os produtos do complexo soja (grãos, farelo e óleo) e carne bovina e de frango.

“Embora as exportações tenham atingido um recorde para o mês de julho, é o valor mais baixo dos últimos quatro meses. Na comparação com as exportações de junho deste ano, por exemplo, houve desaceleração de 8,6% em valores, em função da queda de 2,2% no índice de preços comparado, e de 6,6% nos volumes exportados”, informa, em nota nota, o Secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura.

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As importações de produtos do agronegócio somaram US$ 1,48 bilhão, alta de 19,3% em relação a julho de 2021. Também foram influenciadas pelos preços médios, que cresceram 16,1%. Assim, o superávit do setor passou de US$ 10 bilhões para US$ 12,8 bilhões.

Milho

As vendas externas de milho aumentaram para 4,12 milhões de toneladas, com alta de 106,9% em volume. A receita de vendas cresceu 189,7% para US$ 1,15 bilhão, um novo recorde para julho, devido aos maiores preços médios de exportação do cereal, 40% superiores em relação ao mesmo mês do ano passado.

O Irã foi o maior importador do milho brasileiro em julho, com compras de 832 mil toneladas, ou o equivalente a US$ 258,93 milhões (+308,4%). Em seguida, vieram a Colômbia (US$ 118,42 milhões; +2.416,7%) e o Japão (US$ 102,97 milhões; +34,3%).

complexo de soja

As vendas ao exterior de produtos do complexo soja somaram US$ 6,03 bilhões em julho, com aumento anual de 21%. O aumento dos preços dos produtos do setor (+33,5%, em média) foi responsável pelo aumento das exportações, já que o volume exportado caiu 9,4%.

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Essa queda no volume foi impulsionada pela soja, cujos embarques caíram de 8,67 milhões de toneladas em julho de 2021 para 7,52 milhões (-13,3%). Ainda assim, as exportações de soja registraram valor recorde para julho – US$ 4,71 bilhões (+18,2%), devido aos maiores preços médios (+36,3%).

A China aumentou sua participação nas compras de soja, de 66,5% em julho de 2021 para 68,8% em julho de 2022. Mas o volume importado pelo país asiático caiu 10,3%, para 5,2 milhões de toneladas.

Os outros dois produtos do segmento, no entanto, apresentaram aumento na quantidade exportada, que foi estimulado pelos altos preços praticados no mercado internacional, dadas as atuais condições de demanda e oferta, afetadas principalmente pelo conflito na Ucrânia.

As vendas externas de farelo de soja aumentaram 13,7% em termos de receita, para US$ 964,76 milhões, valor recorde para o mês de julho. Houve expansão de 2,3% na quantidade, que também atingiu volume recorde, com 1,98 milhão de toneladas. No caso do óleo de soja, as exportações brasileiras foram de US$ 351,41 milhões em julho de 2022, alta de 135,4%. Em volume, aumentaram 81,6%, para 221 mil toneladas.

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O segmento de carnes também foi influenciado pelo aumento dos preços médios de exportação, que foi de 20,4%. As exportações de julho foram recordes, com US$ 2,37 bilhões (+16,9%), mesmo com queda de 2,9% no volume total exportado, que foi de 709 mil toneladas.

O principal produto exportado pelo Brasil foi a carne bovina, com vendas recordes de US$ 1,21 bilhão (+20%) e taxa de crescimento semelhante aos preços médios (+19,5%). Em volume, o crescimento foi de 0,4%, para 191 mil toneladas.

“O ritmo mais lento de crescimento em volume foi justificado pela maior disponibilidade de proteína para exportação nos principais exportadores mundiais em relação à demanda internacional”, disse o ministério em nota.

No caso da carne de frango, houve redução de 4,4% no volume, para 393 mil toneladas. Mas com a alta de 26,9% no preço médio, as exportações atingiram o recorde de US$ 875,15 milhões em receita, alta de 21,3%.

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As vendas de carne suína caíram 9,6% em receita e 6% em volume em julho, para US$ 220 milhões e 95 milhões de toneladas, respectivamente.

Outros produtos

Entre os outros grupos de produtos mais exportados pela agricultura brasileira, os produtos florestais registraram aumento de 8,4% na receita, para US$ 1,4 bilhão, o açúcar e o etanol avançaram 36,7%, para US$ 1,3 bilhão. , e o café subiu 76,1%, para US$ 659 milhões.

Assim, no primeiro semestre do ano, as exportações agrícolas brasileiras atingiram US$ 93,51 bilhões, 28,9% a mais que no mesmo período do ano passado. As importações cresceram 7,5% na comparação, para US$ 9,6 bilhões, e o superávit foi 31,5% maior (US$ 83,9 bilhões).

De janeiro a junho, os embarques de soja e derivados aumentaram 28,6% em valor, para US$ 43,7 bilhões, os embarques de carnes cresceram 31,9%, para US$ 14,6 bilhões, os produtos florestais aumentaram 25,6% para US$ 9,7 bilhões, açúcar e etanol subiram 0,3%, para US$ 5,6 bilhões, e o café, 57,8% maior (US$ 5,3 bilhões).

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