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Embargo da China reflete nas exportações de carne bovina

 

Embargo da China  : As exportações de carne bovina para a China estão suspensas pelo Brasil, quando um caso de Doença da vaca louca 

Prestes a completar um mês, o embargo já reflete negativamente no mercado internacional da proteína produzida no país.

Diretor de Conteúdo do Canal Rural, Giovani Ferreira abordou o tema na edição desta semana da Boletim ‘AgroExport’. Com base em dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), ele chamou a atenção para a queda nos embarques do produto para o exterior no primeiro trimestre de 2023.

De 1º de janeiro a 20 de março deste ano, Brasil exportou 380 mil toneladas de carne bovina para outros países. Em 2022, o primeiro trimestre consolidado apresentou números mais robustos para o segmento: 465 mil toneladas embarcadas para o exterior.

Foto: Renan Aguiar/Canal Rural

“É pouco provável que façamos a marca do primeiro trimestre do ano passado”, disse o diretor de conteúdo do Canal Rural, ciente de que faltam 11 dias para contabilizar os embarques para fechar o ciclo. “No trimestre, podemos calcular uma queda de 15% a 20% nos embarques de carne bovina, motivada principalmente por esse autoembargo”, disse ele ao participar da edição desta terça-feira (21) da ‘Mercado & Empresa’.

Ainda sobre a carne bovina, Ferreira destacou que as exportações para a China devem ser retomadas na próxima semana. A esse respeito, ele mencionou o Delegação brasileira a caminho de Pequim e apontou para o reaquecimento do preço do boi gordo.

“O preço já está reagindo com a expectativa do fim desse embargo” — Giovani Ferreira

“O mercado já está reagindo. Se formos ver o preço da arroba do boi nos diversos mercados do Brasil, o preço já está reagindo com a expectativa do fim desse embargo”, afirmou o executivo. “Em meados de 2022, a arroba do boi ultrapassou R$ 300,00. Agora, com esse pequeno aumento nos últimos dias, o valor fica entre R$ 270,00 e R$ 275,00“.

Exportação de carne bovina, suína e de frango

carne de porco, carne de porco, suinocultura - porcos

 

Foto: Prefeitura Municipal de Capão Bonito

No boletim ‘AgroExport’ desta semana, Giovani Ferreira foi além ao abordar o atual cenário das exportações de carne bovina do Brasil. Ele também apresentou números de embarques parciais em 2023 de frango e suínos. Em ambos os casos, a expectativa é de crescimento em relação ao primeiro trimestre do ano passado.

No que diz respeito à carne de frango, o Brasil já exportou — até 20 de março — um total de 1,03 milhão de toneladas, quase atingindo a marca de 1,04 milhão registrada durante todo o primeiro trimestre de 2022. Parte da carne suína, o cenário é semelhante. Isso porque com 11 dias para serem contabilizados, a parcial de 2023 (210 mil toneladas) deve superar o volume registrado de janeiro a março de 2022 (213 mil toneladas).

Embargo da China reflete nas exportações de carne bovina

 

Foto: Renan Aguiar/Canal Rural

boletim agroexportação - carne suína março 2023

 

Foto: Renan Aguiar/Canal Rural

Para a carne suína, Ferreira também fez uma observação: a expectativa para este ano éavançar mais de 1,01 milhão de toneladas exportadas em 2022. Isso porque, reforçou: o problema da peste suína africana “volta a assombrar” a seleção chinesa. Com isso, o Brasil pode ser chamado a responder pelo “apetite” do país asiático.

“Assim como a carne bovina, a China é responsável por mais da metade das compras de carne suína do Brasil”, afirmou. “Números interessantes e uma expectativa de recuperação muito positiva”, acrescentou Ferreira.

Boletim ‘AgroExport’

boletim agroexportação - capa

 

Foto: Canal Rural/divulgação

Apresentado por Giovani Ferreira, o boletim ‘AgroExport’ tem edições semanais. O segmento é exibido às terças-feiras, no telejornal ‘Mercado & Companhia’.

Editado por: Anderson Scardoelli.

 

 

Canal Rural

Embargo da China reflete nas exportações de carne bovina

O Brasil é um dos maiores produtores e exportadores de carne bovina do mundo, mas enfrenta um desafio desde o final de 2022: o embargo imposto pela China, seu principal parceiro comercial no setor. A medida foi tomada após a confirmação de dois casos atípicos de mal da vaca louca em frigoríficos brasileiros, um em Minas Gerais e outro em Mato Grosso.

O embargo da China teve um impacto significativo nas exportações brasileiras de carne bovina, que caíram 43% em outubro de 2022 em relação ao mesmo mês do ano anterior, segundo dados da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) . Em receita, as vendas também diminuíram. A China é responsável por quase metade das cerca de 2 milhões de toneladas que o Brasil exporta por ano .

O governo brasileiro tentou reverter a situação enviando uma comitiva à China em março de 2023, liderada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e acompanhada por empresários do setor. O objetivo era fornecer todas as informações técnicas sobre os casos de vaca louca e demonstrar que não havia risco sanitário para o consumo da carne brasileira.

A missão teve sucesso e a China anunciou no dia 23 de março a retomada das importações de carne bovina brasileira . A decisão foi comemorada pelo setor produtivo e pelo mercado financeiro, que esperam uma recuperação das exportações e dos preços da arroba do boi gordo nos próximos meses.

No entanto, o embargo da China também trouxe algumas lições para o Brasil. Uma delas é a necessidade de diversificar os mercados consumidores e reduzir a dependência do país asiático. Outra é a importância de investir em tecnologia e rastreabilidade para garantir a qualidade e a segurança dos produtos agropecuários brasileiros. Por fim, há também um desafio interno: equilibrar a oferta e a demanda de carne bovina no mercado doméstico, que sofre com os altos custos da produção e do consumo.

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