Preparação de Silagem no Norte de Minas Gerais: Estratégias para Alimentar o Gado na Estação Seca

No norte de Minas Gerais, a preparação de silagem para alimentar o gado durante os meses de estiagem está a todo vapor. A chegada da estação seca exige estratégias para garantir a sobrevivência dos animais, no longo período em que a ausência de chuvas praticamente elimina as pastagens nas propriedades rurais.

Neste cenário, a silagem de diversos materiais verdes é que vai proporcionar o alimento para o gado. Capim, cana-de-açúcar, grãos e até mesmo folhagens de mandioca são conservados para que não percam suas qualidades nutritivas e sejam atrativas para o paladar dos animais.

No município de Glaucilândia, a cerca de 30 quilômetros de Montes Claros, município localizado em Minas Gerais, os agricultores já realizaram as colheitas do milho e do sorgo forrageiro para a produção de silagem, informa Antonio Dumont, extensionista agropecuário da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG).

O técnico acrescenta que o capiaçu (cultivar do capim-elefante, de alto rendimento) também está ganhando espaço na região para a preparação da silagem.

Patrocinadores

Desafios e Oportunidades na Produção de Silagem para Alimentação Animal

A chegada do período de estiagem significa a oportunidade de ampliação da renda para os produtores rurais. Além de preparar a silagem para seus animais, muitos deles também vendem uma parcela considerável para outros produtores. A silagem se torna essencial para a manutenção do gado durante os meses mais secos, garantindo a produção de leite e outras atividades.

Neste contexto, a Emater-MG desempenha um papel fundamental ao promover capacitações para os produtores sobre a importância da silagem, especialmente nas regiões mais afetadas pela estiagem. Diversos materiais podem ser utilizados na produção de silagem, cada um com suas particularidades e benefícios para a alimentação animal.

Além disso, confira abaixo esses posts:

MEGA SORGO SANTA ELISA

Patrocinadores

Pragas de Milho e Sorgo: Descubra as Ameaças Ocultas para Sua Colheita

06 Dicas Essenciais para Plantar Sorgo com Sucesso

Silagem de Sorgo

Produção e diversidade de materiais para silagem

A produção de silagem no norte de Minas Gerais envolve diferentes materiais, como capim, cana-de-açúcar, milho, sorgo e até folhagens de mandioca. A diversidade de opções garante uma alimentação nutritiva e atrativa para o gado, principalmente durante os meses de estiagem.

Patrocinadores

Ampla utilização do capiaçu na região

O capiaçu, cultivar do capim-elefante de alto rendimento, tem ganhado destaque na região de Glaucilândia, sendo uma opção viável para a preparação de silagem. Produtores como Kenedy Soares têm investido na produção desse material, ampliando não apenas a alimentação de seus animais, mas também gerando renda com a venda da silagem para outros produtores da região.

Capacitações e tecnologias para produção de silagem

A Emater-MG promove capacitações em diversos municípios para incentivar a produção de silagem, especialmente em pequenas propriedades. A utilização de silos do tipo cincho, de baixo custo e fácil montagem, tem se mostrado uma alternativa eficaz para garantir reservas alimentares para os rebanhos durante os períodos de seca.

Utilização de diferentes materiais e tecnologias acessíveis

Além do capim capiaçu, outros materiais como cana-de-açúcar, milho, sorgo e ramas de mandioca podem ser utilizados na produção de silagem. O uso de um pequeno desintegrador, conhecido como picadeira, garante o tamanho ideal dos restos vegetais para a fermentação adequada, proporcionando uma alimentação de qualidade para o gado. O silo cincho, de origem italiana, dispensa o uso de trator na compactação, tornando a tecnologia acessível para os agricultores familiares.

Além disso, confira abaixo esses posts:

Patrocinadores

Preço do Bezerro Nelore e Mestiço Atualizado

Preço da vaca Nelore e Mestiça Atualizado

Preço do Milho Atualizado

Preço da Soja Atualizado

Patrocinadores

Conclusão: A importância da silagem para a pecuária no Norte de Minas

A produção de silagem é fundamental para garantir a alimentação do gado durante os períodos de estiagem, especialmente em regiões como o Norte de Minas Gerais, onde a falta de chuvas pode comprometer a disponibilidade de pastagens. A preparação adequada da silagem, utilizando diferentes materiais verdes, como capim, cana-de-açúcar e grãos, é essencial para manter a qualidade nutricional e o sabor atrativo para os animais.

Os agricultores, como o produtor Kenedy Soares, têm encontrado na silagem não apenas uma forma de garantir a sobrevivência do gado, mas também uma oportunidade de ampliar a renda, fornecendo o material para outros produtores da região. A Emater-MG desempenha um papel fundamental ao promover capacitações e orientações sobre a produção de silagem, incentivando os produtores a adotarem essa tecnologia.

Com o uso de técnicas como o silo cincho, mais acessível para a agricultura familiar, é possível garantir a reserva alimentar para os rebanhos, contribuindo para a sustentabilidade da atividade pecuária. A diversificação dos materiais utilizados na silagem, aliada a práticas de compactação adequadas, assegura a durabilidade e a qualidade do alimento para o gado, possibilitando a manutenção da produção leiteira e de carne mesmo nos períodos mais adversos.

Portanto, investir na produção de silagem é essencial para a pecuária na região do Norte de Minas Gerais, garantindo a segurança alimentar dos rebanhos e a viabilidade econômica dos produtores rurais. Com as orientações corretas e o uso de tecnologias adequadas, é possível enfrentar os desafios da estiagem e manter a atividade pecuária de forma sustentável e produtiva.

Patrocinadores

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

Perguntas Frequentes sobre a Produção de Silagem

1. O que é silagem e por que é importante para a alimentação do gado?

A silagem é um alimento conservado produzido a partir de materiais verdes como capim, cana-de-açúcar, grãos e folhagens de mandioca. É fundamental para garantir a alimentação do gado durante os meses de estiagem, quando as pastagens ficam escassas.

2. Quais são os materiais mais comuns utilizados na produção de silagem?

Os materiais mais comuns utilizados na produção de silagem são o milho, o sorgo forrageiro, o capim-elefante (como o capiaçu) e a cana-de-açúcar. Esses materiais são conservados para manter suas propriedades nutritivas e atrair os animais.

3. Como os produtores rurais preparam a silagem?

Os produtores rurais costumam realizar a colheita dos materiais verdes, triturá-los em pequenos pedaços com uma picadeira, compactá-los em silos do tipo cincho, e cobri-los com lona plástica para garantir a fermentação adequada. Essa técnica permite uma melhor conservação do alimento.

Patrocinadores

4. Quais são os benefícios da silagem para os produtores rurais?

A silagem permite aos produtores rurais garantir a alimentação de seu gado durante períodos de estiagem, ampliando sua renda com a comercialização do excedente. Além disso, a produção de silagem possibilita a conservação de nutrientes dos materiais verdes, garantindo uma alimentação de qualidade para os animais.

5. Por que a Emater-MG incentiva os produtores a produzirem sua própria silagem?

A Emater-MG incentiva os produtores a produzirem sua própria silagem por meio de capacitações e orientações técnicas, visando garantir a reserva alimentar para os rebanhos durante os períodos de seca. A produção de silagem é essencial para enfrentar os desafios climáticos das regiões Norte e Nordeste de Minas Gerais.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

Verifique a Fonte Aqui

No norte de Minas Gerais, a preparação de silagem para alimentar o gado durante os meses de estiagem está a todo vapor. A chegada da estação seca exige estratégias para garantir a sobrevivência dos animais, no longo período em que a ausência de chuvas praticamente elimina as pastagens nas propriedades rurais.

Neste cenário, a silagem de diversos materiais verdes é que vai proporcionar o alimento para o gado. Capim, cana-de-açúcar, grãos e até mesmo folhagens de mandioca são conservados para que não percam suas qualidades nutritivas e sejam atrativas para o paladar dos animais.

No município de Glaucilândia, a cerca de 30 quilômetros de Montes Claros, município localizado em Minas Gerais, os agricultores já realizaram as colheitas do milho e do sorgo forrageiro para a produção de silagem, informa Antonio Dumont, extensionista agropecuário da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG).

O técnico acrescenta que o capiaçu (cultivar do capim-elefante, de alto rendimento) também está ganhando espaço na região para a preparação da silagem.

Para o produtor rural Kenedy Soares, a chegada do período de estiagem significa a oportunidade de ampliação da renda. Além de preparar a silagem para seus animais, ele também vende uma parcela considerável para outros produtores, não só de Glaucilândia como de municípios da região.

“Fui um dos primeiros a investir em silagem por aqui, há uns 15 anos”, lembra Kenedy, que, neste ano, já colheu cerca de 250 toneladas de milho e outras 150 toneladas de sorgo e capim-mombaça. “Por aqui, só temos chuva em três meses do ano. Se não fosse a silagem, não dava para manter o gado”, conclui.

O produtor mantém na propriedade cerca de 30 vacas de leite (nem todas em produção) e uma granja com aproximadamente 100 porcos. Além do rendimento proporcionado pelos animais, como a produção de queijo, ele conta com as vendas de silagem para municípios até bem distantes, como Grão Mogol, que fica a cerca de 170 quilômetros de Glaucilândia. “Muitos produtores não têm mão de obra ou máquinas para cultivar a forragem e depois preparar a silagem, então, como tenho muita experiência, já forneço o material pronto”, explica Kenedy.

Silagem

Para estimular os produtores a produzirem sua própria silagem, a Emater-MG realiza rotineiramente, em diversos municípios, capacitações sobre a importância desta tecnologia, principalmente para enfrentar os longos períodos de estiagem nas regiões Norte e Nordeste de Minas. No caso de pequenas propriedades, uma das indicações é a montagem dos silos do tipo cincho, que tem custo reduzido, em relação aos tradicionais, como os silos trincheira, que exigem escavação do terreno, com uso de máquinas.

O extensionista Manoel Milton de Sousa, da Emater-MG em Brasília de Minas, ressalta que, nas reuniões com produtores, sempre é lembrada a importância de fazer reserva alimentar para os rebanhos, para enfrentar os períodos de seca.

O técnico explica que o silo cincho é ideal para a agricultura familiar, pois geralmente as propriedades têm poucos animais e também produzem pouco material forrageiro para ser transformado em silagem. Manoel Milton acrescenta que, caso haja necessidade de alimentar um maior número de animais, é possível fazer vários pequenos silos, que serão abertos conforme a demanda, e assim o material fica melhor conservado.

Para facilitar ainda mais o processo de montagem, ele recomenda as chapas de zinco, mais baratas e mais leves do que as de aço. E também representam economia de espaço, pois podem ser enroladas quando não estiverem em uso. Além da chapa metálica (geralmente de 50 centímetros de altura por 10 metros de comprimento), os outros materiais necessários são lona plástica e corda, para acondicionar o material silado. Para fechar a forma metálica, enquanto se faz a compactação, podem ser usadas dobradiças, unidas com um pino, ou cantoneiras e parafusos.

Além do capim capiaçu, podem ser utilizados para a forragem diversos materiais, como cana-de-açúcar, milho, sorgo e até ramas da mandioca. Um pequeno desintegrador (chamado de picadeira) garante que os restos vegetais fiquem do tamanho ideal para favorecer a fermentação adequada da matéria verde, o que vai garantir a durabilidade e a qualidade da alimentação para o gado.

O nome do silo cincho é de origem Italiana, que significa o aro em que é moldado o queijo. Por seu tamanho reduzido, esse tipo de silo dispensa o uso de trator para fazer a compactação da matéria verde, que pode ser feita por pisoteio, o que torna a tecnologia ainda mais acessível para os agricultores familiares.


Saiba em primeira mão informações sobre agricultura, pecuária, economia e previsão do tempo. Siga o Canal Rural no Google News.

Patrocinadores

LEAVE A REPLY

Please enter your comment!
Please enter your name here