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Boa leitura!
Quer ficar por dentro do agronegócio brasileiro e receber as principais notícias do setor em primeira mão? Então você está no lugar certo! Neste artigo, vamos discutir a expansão do uso de biocombustíveis no setor de transportes do Brasil e como isso pode contribuir para a mitigação das emissões de gases de efeito estufa.

De acordo com um novo relatório da consultoria global Oliver Wyman, a substituição de combustíveis fósseis por biocombustíveis, como etanol e biodiesel, pode ajudar o Brasil a cumprir até 39% das metas estabelecidas na Contribuição Nacionalmente Determinada do país ao Acordo de Paris. Isso corresponde a uma redução de 27,4 para 71,6 milhões de toneladas de equivalente dióxido de carbono até 2030, o que equivale a mais do que todas as emissões de um país como Portugal.

No cenário dos biocombustíveis, o relatório oferece três cenários: atual, moderado e acelerado. No caso do etanol, ao incentivar o consumo desse biocombustível e aumentar a proporção em carros flex-fuel existentes de 33% para 66%, estima-se que o Brasil possa reduzir 11,6 milhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente até 2030. Se todas as vendas de veículos flex forem de 80% e 100% desses motores consumirem etanol até 2030, o país poderá reduzir 24,9 milhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente, exigindo uma participação de 62% na oferta de veículos leves.

No caso do biodiesel, mantendo a taxa atual, espera-se que a mistura atinja 20% em 2030. Isso representaria uma substituição adicional de 5% do diesel A, principal fonte de emissões de CO2 no país, resultando em uma redução de aproximadamente 7,1 milhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente.

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Outro biocombustível em destaque é o diesel renovável, conhecido como óleo vegetal hidrogenado (RD/HVO). O incentivo à produção desse biocombustível poderia trazer benefícios econômicos e ambientais significativos. Por exemplo, um mandato de mistura de 5% de RD/HVO reduziria aproximadamente 7,2 milhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente em um cenário moderado. Já um mandato de 10% aumentaria a demanda desse biocombustível para 5,8 bilhões de litros, equivalente a aproximadamente 8 novas biorrefinarias no país.

Além disso, a substituição de uma porcentagem do combustível de aviação por um combustível de aviação sustentável (SAF) também pode gerar impactos positivos. A União Europeia estabeleceu recentemente a meta de substituir 6% do combustível de aviação por SAF até 2030. Caso uma meta semelhante fosse definida no Brasil, estima-se que seria possível substituir 0,3 bilhão de litros de combustível de aviação e descarbonizar 0,6 milhão de toneladas de dióxido de carbono equivalente.

Por fim, o gás natural comprimido (NGC) também tem potencial para contribuir para a redução das emissões de gases de efeito estufa. Atualmente, o biogás/biometano representa 3,5% da demanda de combustível do setor leve, consumindo o equivalente a 5,94 milhões de m³/dia de gás natural. Se 15% do biogás/biometano produzido for destinado ao setor de transportes, isso representaria a substituição de 42% da demanda projetada de GNL, resultando em uma redução de 0,8 milhão de toneladas de dióxido de carbono equivalente. Em um ritmo acelerado, o Brasil poderia atingir o valor de referência da Agência Internacional de Energia e alocar 30% do biometano ao setor de transportes, dobrando o impacto nas emissões de gases de efeito estufa para 1,6 milhão de toneladas de dióxido de carbono equivalente.

Investir em biocombustíveis traz diversos benefícios adicionais, como avanços tecnológicos e inovação, criação de empregos e crescimento econômico, sustentabilidade agrícola e desenvolvimento rural. Ao incentivar a produção e o consumo de biocombustíveis, o Brasil pode se tornar um centro de inovação nos processos de produção, além de estimular a criação de empregos, principalmente em áreas rurais. Além disso, práticas agrícolas mais sustentáveis podem ser adotadas, contribuindo para um setor agrícola mais diversificado e ambientalmente consciente.

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Em conclusão, a expansão do uso de biocombustíveis no setor de transportes do Brasil pode ter um impacto significativo na redução das emissões de gases de efeito estufa. Com a adoção de medidas e incentivos adequados, o país pode cumprir suas metas nacionais e contribuir para os esforços globais de mitigação das alterações climáticas. É fundamental investir em tecnologias e inovações que permitam aumentar a produção e o consumo de biocombustíveis, além de promover a sustentabilidade agrícola e o desenvolvimento rural.

Agora, vamos responder a algumas perguntas comuns sobre esse assunto:

1. Quais são os principais biocombustíveis utilizados no setor de transportes no Brasil?
– Os principais biocombustíveis utilizados são o etanol e o biodiesel.

2. Como a substituição

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A expansão do uso de biocombustíveis (principalmente etanol e biodiesel) no setor de transportes do Brasil pode mitigar de 27,4 para 71,6 milhões de toneladas de equivalente dióxido de carbono (MtCO2eq) até 2030. Isso corresponde a mais do que todas as emissões de um país como Portugal (~61,4 MtCO2eq em 2021).

O setor de transportes é um dos principais emissores de gases de efeito estufa (GEE) e a substituição de combustíveis fósseis por biocombustíveis pode ajudar o Brasil a cumprir até 39% das metas estabelecidas na Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) do Brasil ao Acordo de Paris, contribuindo para a economia nacional. e esforços globais de mitigação das alterações climáticas.

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A projeção consta de um novo relatório “Como os biocombustíveis podem acelerar a descarbonização” da consultoria global de estratégia e gestão Oliver Wyman. O relatório fornece uma visão geral de três cenários (atual, moderado e acelerado) para a descarbonização com o uso de etanol, biodiesel, diesel renovável, combustível de aviação sustentável e gás natural comprimido.

Segundo estimativas do relatório, os cenários propostos, se implementados, poderão reduzir o consumo em 30,4 mil milhões de litros de gasóleo até 2030.

Simulações com cenários atuais, moderados e acelerados
Etanol

Ao incentivar o consumo de etanol e aumentar a proporção de seu consumo nos carros flex-fuel existentes, de 33% para 66%, o Brasil aumentará o consumo de biocombustíveis em 29% até 2030 e reduzirá 11,6 milhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente (MtCO2eq), de acordo com estimativas de consultoria.

Se isso ocorrer em ritmo acelerado e 100% dos motores flex consumirem etanol até 2030, e as vendas de veículos flex chegarem a 80%, o país poderá reduzir 24,9 MtCO2eq, exigindo que a produção de etanol tenha uma participação de 62% na oferta de veículos leves.

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Biodiesel

Mantendo a taxa atual, poderá atingir uma mistura de 20% em 2030 (em comparação com 15% em 2016). Isto representaria uma substituição adicional de 5% do diesel A, principal fonte de emissões de CO2 no país. Esta mudança reduziria aproximadamente 7,1 MtCO2eq.

Comparação com a Indonésia

Segundo o relatório, a experiência de outros países sugere que esta é uma meta ao alcance do Brasil. Na Indonésia, espera-se que os mandatos mistos atinjam 35% até ao final de 2023.

Existem diversas semelhanças entre Brasil e Indonésia que podem ser exploradas, como a grande disponibilidade de matérias-primas, localização em regiões tropicais e dependência da importação de diesel estrangeiro.

Hoje, cerca de 25% do diesel consumido no Brasil é importado e, se o Brasil conseguir atingir níveis de mistura semelhantes aos da Indonésia, poderá reduzir as importações para 5% e aumentar a contribuição total do biodiesel para as metas da NDC, com redução de 29 MtCO2eq.

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Diesel Renovável

Incentivar a produção de RD/HVO (óleo vegetal hidrogenado também conhecido como diesel verde) pode trazer um importante benefício económico e ambiental. Por exemplo, o mandato de mistura de diesel RD/HVO de 5% diminuiria 7,2 MtCO2eq num cenário moderado, de acordo com o relatório.

Num cenário acelerado, se o país implementar um mandato de 10% de HVO, isso aumentaria a procura de RD/HVO para 5,8 mil milhões de litros, equivalente a aproximadamente 8 novas biorrefinarias no país. Alguns intervenientes já estão a aproveitar a janela de oportunidade RD/HVO e a anunciar novas fábricas, o que poderá levar à substituição de 3,5% da procura de gasóleo em 2030.

Combustível de Aviação Sustentável (SAF)

A União Europeia estabeleceu recentemente a meta de substituir 6% do combustível de aviação por SAF até 2030. Considerando a abundância de matérias-primas, caso uma meta semelhante fosse definida no Brasil, estimativas da consultoria mostram que é possível substituir 0,3 bilhão de litros de combustível de aviação e descarbonizar 0,6 MtCO2eq.

Para limitar as emissões das viagens aéreas aos níveis de 2019, cerca de 15% do combustível de aviação consumido em 2030 teria de ser SAF, de acordo com Oliver Wyman. Num cenário acelerado, se o país atingir esta marca, o impacto nas emissões de gases de efeito estufa chegaria a 1,6 MtCO2eq.

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Gás natural comprimido (NGC)

O Brasil também é um dos países onde os números de NGC cresceram consideravelmente. Esse biocombustível é particularmente popular entre os motoristas de alguns estados do Sudeste do país, representando 3,5% da demanda de combustível do setor leve em 2021, consumindo o equivalente a 5,94 milhões de m3/dia de gás natural. Isso representou 6,3% de toda a demanda de gás natural no Brasil em 2021, segundo a ANP.

Se 15% do biogás/biometano produzido for destinado ao setor dos transportes, isso representaria 2,4 milhões de m3 por dia, substituindo 42% da procura projetada de GNL (gás na sua forma líquida), reduzindo 0,8 MtCO2eq de emissões de gases. gases de efeito estufa.

Em um ritmo acelerado, o Brasil poderia atingir o valor de referência da Agência Internacional de Energia (AIE) e alocar 30% do biometano ao setor de transportes e dobrar o impacto nas emissões de gases de efeito estufa para 1,6 MtCO2eq.

Experiências na Itália e na China

O gás natural comprimido é uma boa alternativa em segmentos onde a eletrificação é mais desafiante. A Itália tem atualmente uma frota bem estabelecida de veículos a gás natural e uma rede de abastecimento em expansão. Recentemente, o país introduziu obrigações de mistura de biometano (combustível renovável derivado de biogás).

A Índia também tem planos ambiciosos para expandir o uso de biometano nos transportes. A maior parte das pequenas quantidades deste biocombustível produzidas hoje na China são utilizadas em veículos movidos a gás.

Quatro benefícios adicionais ao investir em biocombustíveis:

Avanços tecnológicos e inovação: O incentivo à produção de biocombustíveis impulsionaria a investigação e o desenvolvimento de tecnologias de bioenergia. O Brasil pode se tornar um centro de inovação nos processos de produção de biocombustíveis, levando a avanços no cultivo de matérias-primas, tecnologias de conversão e melhorias de eficiência.

Avanços tecnológicos e inovação: O incentivo à produção de biocombustíveis impulsionaria a investigação e o desenvolvimento de tecnologias de bioenergia. O Brasil pode se tornar um centro de inovação nos processos de produção de biocombustíveis, levando a avanços no cultivo de matérias-primas, tecnologias de conversão e melhorias de eficiência.

Criação de emprego e crescimento económico: Os incentivos à produção de biocombustíveis estimulariam a criação de emprego e o crescimento económico, especialmente nas zonas rurais. O cultivo de culturas de matérias-primas, a construção de instalações de produção de biocombustíveis e actividades relacionadas com a cadeia de abastecimento gerariam oportunidades de emprego e rendimento para as comunidades locais.

Sustentabilidade agrícola e desenvolvimento rural: O aumento da produção de biocombustíveis encorajaria práticas agrícolas sustentáveis ​​e diversificaria o setor agrícola brasileiro.

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