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Descubra como a interação pode ajudar bezerros

Interação pode reduzir o estresse do desmama em bezerros

Bem-Estar de Bezerros Leiteiros: Estudo Avalia Efetividade do Enriquecimento Social e Físico

A fase de aleitamento é um período crucial para o desenvolvimento dos bezerros leiteiros, mas pode ser marcada por estresse devido ao desmame e, em alguns casos, ao isolamento social. Buscando soluções para minimizar os impactos negativos desse período, a Embrapa Pecuária Sudeste conduziu um estudo para avaliar a efetividade do enriquecimento social e físico no bem-estar e desempenho dos animais.

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Experimento

Participaram do estudo 35 bezerros das raças Holandês e Jersolando distribuídos em dois tratamentos: um apenas com enriquecimento social – piquetes coletivos de criação; e outro com enriquecimento social e físico. Nesses, além dos piquetes serem coletivos, foram colocados diferentes objetos (espantalho, bola e escova), oferecidos simultaneamente.

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O experimento foi conduzido no Sistema de Produção de Leite da Embrapa Pecuária Sudeste, em São Carlos (SP). A distribuição dos grupos foi aleatória, com a condição de que os animais não tivessem diferença de idade maior do que 15 dias e, no máximo, cinco filhotes.

Os bezerros foram separados de suas mães logo após o nascimento e receberam o colostro por meio de baldes individuais com bico. Desde o primeiro dia de vida, tiveram acesso livre à água e ao concentrado. O desaleitamento ocorreu, gradativamente, próximo aos dois meses de idade.

O sistema de criação coletivo possui área composta por capim Cynodon, com 12 piquetes de 64m² cada, com sombra artificial. A pesquisadora explicou que o sistema foi planejado para que houvesse piquetes ociosos para mudança do lote para áreas com melhor qualidade sanitária, principalmente no período das chuvas.

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Os animais foram avaliados diariamente e pesados a cada 14 dias, com a avaliação de mucosa, infestação de carrapatos e temperatura retal. As observações comportamentais também foram a cada 14 dias, anotadas durante 10 horas, com identificação dos bezerros. Foram 60 dias de observações do comportamento do nascimento ao desmame.

Resultados

Nos lotes com enriquecimentos social e físico a interação social e o comportamento de explorar o ambiente foram menores, visto que os animais ocuparam parte do tempo interagindo com os objetos oferecidos. Os bezerros interagiram em maior frequência com a escova (48,2%), seguida da interação com bola (26,5%) e com o  espantalho (25,6%). Além disso, neste grupo houve maior frequência de visita ao concentrado e menor tempo em pastejo. Em relação ao ócio e à ruminação, não ocorreu influência dos enriquecimentos entre os lotes.

De acordo com a pesquisadora Teresa Alves, o maior tempo gasto com a escova pode ser explicado pelo fato dos bovinos se coçarem para remover sujeira, restos de excrementos, ectoparasitas e fluídos corporais. Assim, a incorporação de objetos com algum tipo de função específica é eficaz para o bem-estar. “A criação de bezerros em grupo promove um importante enriquecimento que são as interações sociais, embora quando disponibilizado ‘brinquedos’, eles gastam tempo interagindo com esses recursos”, destacou Teresa.

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A pesquisadora considera que a interação dos bezerros com o espantalho nos horários próximos ao fornecimento do leite pode estar relacionada com o contato humano-animal. É provável que os bezerros tenham associado à imagem do espantalho à pessoa responsável pelo manejo, uma vez que os bonecos usavam a mesma vestimenta dos tratadores.
 

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Benefícios do Enriquecimento Social e Físico para Bezerros Leiteiros

O estudo realizado pela Embrapa Pecuária Sudeste revelou que o enriquecimento social e físico para bezerros leiteiros teve impactos positivos no comportamento dos animais. A interação social e o comportamento de exploração do ambiente foram observados de forma mais significativa nos bezerros que tiveram acesso a brinquedos e convivência em grupo. Além disso, a maior interação com os objetos oferecidos, como escova, bola e espantalho, contribuiu para o bem-estar dos animais. Esses resultados ressaltam a importância do enriquecimento social e físico para garantir o desenvolvimento saudável e o bem-estar dos bezerros leiteiros durante a fase de aleitamento.

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Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

Objetivos do Estudo da Embrapa Pecuária Sudeste sobre Bezerros Leiteiros

A fase de aleitamento é fundamental para o desenvolvimento dos bezerros leiteiros, mas pode ser estressante devido ao desmame e ao isolamento social. A Embrapa Pecuária Sudeste realizou um estudo para avaliar os efeitos do enriquecimento social e físico no bem-estar e desempenho dos animais durante esse período.

1. Qual é o impacto do enriquecimento social na capacidade dos bezerros lidar com mudanças de ambiente?

O enriquecimento social foi avaliado para analisar como a criação em grupo influencia a capacidade dos animais de lidar com mudanças de ambiente.

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2. Que benefícios funcionais e biológicos foram identificados com o enriquecimento físico?

O enriquecimento físico investigou os benefícios da disponibilização de objetos como escova, bola e espantalho, examinando os efeitos funcionais e biológicos desses elementos.

Detalhes do Experimento

O estudo incluiu 35 bezerros das raças Holandês e Jersolando, divididos em dois tratamentos: um com enriquecimento social e outro com enriquecimento social e físico. O experimento foi conduzido no Sistema de Produção de Leite da Embrapa Pecuária Sudeste, em São Carlos (SP).

3. Qual foi a interação dos bezerros com os objetos oferecidos no enriquecimento físico?

Os bezerros interagiram mais frequentemente com a escova (48,2%), seguida da bola (26,5%) e do espantalho (25,6%). Além disso, o grupo que recebeu enriquecimento físico apresentou maior frequência de visita ao concentrado e menor tempo em pastejo.

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4. Como o enriquecimento social e físico afetou o comportamento dos bezerros durante o experimento?

A interação social e o comportamento de explorar o ambiente foram menores nos lotes com enriquecimentos social e físico, porque os animais ocuparam parte do tempo interagindo com os objetos oferecidos. Não houve influência dos enriquecimentos no ócio e na ruminação dos bezerros.

5. Quanto tempo durou o acompanhamento do comportamento dos bezerros, desde o nascimento até o desmame?

Foram 60 dias de observações do comportamento do nascimento ao desmame, com avaliações diárias e pesagens a cada 14 dias, além de observações comportamentais a cada 14 dias, anotadas durante 10 horas.

Este estudo da Embrapa Pecuária Sudeste fornece insights importantes sobre o impacto do enriquecimento social e físico no desenvolvimento e bem-estar dos bezerros leiteiros durante a fase de aleitamento. Os resultados revelaram padrões interessantes de interação dos bezerros com os objetos oferecidos e destacaram a importância do enriquecimento social e físico na rotina desses animais. Para saber mais detalhes sobre os métodos, resultados e conclusões, leia o artigo completo disponível no site da Embrapa.

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Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

A fase de aleitamento é um período crucial para o desenvolvimento dos bezerros leiteiros, mas pode ser marcada por estresse devido ao desmame e, em alguns casos, ao isolamento social. Buscando soluções para minimizar os impactos negativos desse período, a Embrapa Pecuária Sudeste conduziu um estudo para avaliar a efetividade do enriquecimento social e físico no bem-estar e desempenho dos animais.

Objetivos

O estudo teve como objetivo principal investigar os efeitos do enriquecimento social e físico no comportamento de bezerros leiteiros criados a pasto. Os objetivos específicos foram:

  • Enriquecimento social: Avaliar o impacto da criação em grupo na capacidade dos animais de lidar com mudanças de ambiente.
  • Enriquecimento físico: Investigar os benefícios funcionais e biológicos da disponibilização de objetos como escova, bola e espantalho.

Experimento

Participaram do estudo 35 bezerros das raças Holandês e Jersolando distribuídos em dois tratamentos: um apenas com enriquecimento social – piquetes coletivos de criação; e outro com enriquecimento social e físico. Nesses, além dos piquetes serem coletivos, foram colocados diferentes objetos (espantalho, bola e escova), oferecidos simultaneamente.

O experimento foi conduzido no Sistema de Produção de Leite da Embrapa Pecuária Sudeste, em São Carlos (SP). A distribuição dos grupos foi aleatória, com a condição de que os animais não tivessem diferença de idade maior do que 15 dias e, no máximo, cinco filhotes.

Os bezerros foram separados de suas mães logo após o nascimento e receberam o colostro por meio de baldes individuais com bico. Desde o primeiro dia de vida, tiveram acesso livre à água e ao concentrado. O desaleitamento ocorreu, gradativamente, próximo aos dois meses de idade.

O sistema de criação coletivo possui área composta por capim Cynodon, com 12 piquetes de 64m² cada, com sombra artificial. A pesquisadora explicou que o sistema foi planejado para que houvesse piquetes ociosos para mudança do lote para áreas com melhor qualidade sanitária, principalmente no período das chuvas.

Os animais foram avaliados diariamente e pesados a cada 14 dias, com a avaliação de mucosa, infestação de carrapatos e temperatura retal. As observações comportamentais também foram a cada 14 dias, anotadas durante 10 horas, com identificação dos bezerros. Foram 60 dias de observações do comportamento do nascimento ao desmame.

Resultados

Nos lotes com enriquecimentos social e físico a interação social e o comportamento de explorar o ambiente foram menores, visto que os animais ocuparam parte do tempo interagindo com os objetos oferecidos. Os bezerros interagiram em maior frequência com a escova (48,2%), seguida da interação com bola (26,5%) e com o  espantalho (25,6%). Além disso, neste grupo houve maior frequência de visita ao concentrado e menor tempo em pastejo. Em relação ao ócio e à ruminação, não ocorreu influência dos enriquecimentos entre os lotes.

De acordo com a pesquisadora Teresa Alves, o maior tempo gasto com a escova pode ser explicado pelo fato dos bovinos se coçarem para remover sujeira, restos de excrementos, ectoparasitas e fluídos corporais. Assim, a incorporação de objetos com algum tipo de função específica é eficaz para o bem-estar. “A criação de bezerros em grupo promove um importante enriquecimento que são as interações sociais, embora quando disponibilizado ‘brinquedos’, eles gastam tempo interagindo com esses recursos”, destacou Teresa.

A pesquisadora considera que a interação dos bezerros com o espantalho nos horários próximos ao fornecimento do leite pode estar relacionada com o contato humano-animal. É provável que os bezerros tenham associado à imagem do espantalho à pessoa responsável pelo manejo, uma vez que os bonecos usavam a mesma vestimenta dos tratadores.
 

Destaque Rural, com informações da Embrapa.

Verifique a Fonte Aqui

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