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Descubra como a ciência pode mudar a realidade da fome no Brasil!

Desafio da Segurança Alimentar no Brasil

Compreender a importância da ciência na garantia da segurança alimentar no Brasil é essencial, especialmente diante do cenário de produção abundante de alimentos e do alto índice de insegurança alimentar no país. Como a ciência pode contribuir para combater a fome e garantir que todos tenham acesso a uma alimentação adequada?

Papel da Ciência na Produção de Alimentos

A atuação da ciência na produção de alimentos é fundamental, desde o desenvolvimento de novas cultivares até a adaptação às mudanças climáticas. Sem a liderança da ciência, o Brasil não teria se tornado o quarto maior produtor mundial de alimentos. No entanto, novos desafios surgem, e as mudanças climáticas representam uma limitação significativa que requer soluções baseadas em evidências científicas.

Desenvolvimento de Políticas Públicas para a Segurança Alimentar

A produção agrícola brasileira teve um salto de produtividade nas últimas décadas, mas ainda existem milhões de pessoas com insegurança alimentar grave no país. É necessário repensar a produção de alimentos, garantindo que tanto os grandes produtores quanto a agricultura familiar sejam beneficiados. A ciência desempenha um papel crucial nesse contexto, fornecendo dados fundamentais para o desenvolvimento de políticas públicas eficazes.

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Desenvolvimento

A ciência desempenha um papel fundamental no combate à fome e na garantia da segurança alimentar. Com a liderança da ciência, o Brasil se tornou o quarto maior produtor mundial de alimentos, saindo de importador na década de 1960. No entanto, novos desafios surgem, especialmente relacionados às mudanças climáticas, que representam uma limitação significativa para a produção de alimentos no futuro.

Papel da ciência

A ciência é essencial desde a produção de alimentos até a implementação de políticas públicas para combater a fome. A coleta e o tratamento de dados, a realização de pesquisas e o desenvolvimento de novas tecnologias são fundamentais para garantir a segurança alimentar. Além disso, a ciência contribui para a produção de alimentos mais fortificados e nutricionalmente adequados, bem como para a criação de novas cultivares e manejos adaptados às mudanças climáticas.

Subtítulo 3

Os desafios relacionados à produção de alimentos são complexos e exigem uma abordagem multidisciplinar que envolva não apenas a ciência, mas também o setor público, o setor privado e o terceiro setor. A cooperação entre diversos atores é fundamental para encontrar soluções eficazes e sustentáveis para a fome e a insegurança alimentar.

Produção de alimentos e agricultura familiar

Apesar do avanço na produtividade agrícola nas últimas décadas, parte da população ainda enfrenta insegurança alimentar. É crucial fortalecer a agricultura familiar, responsável por grande parte da produção de alimentos consumidos localmente. A ciência pode contribuir para melhorar as práticas agrícolas e aumentar a produtividade, garantindo assim o acesso da população a alimentos básicos, como arroz, feijão e mandioca.

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Conclusão: O Papel Crucial da Ciência na Segurança Alimentar

A ciência desempenha um papel fundamental no combate à fome e na garantia da segurança alimentar. Com a liderança da ciência, o Brasil passou de importador de alimentos para um dos maiores produtores do mundo. No entanto, novos desafios, como as mudanças climáticas, exigem ainda mais investimentos em pesquisa e inovação no setor agrícola.

É essencial adotar uma abordagem multidisciplinar, envolvendo não apenas a ciência, mas também o setor público, o setor privado e o terceiro setor. Fortalecer a agricultura familiar, incentivar a produção de alimentos básicos e buscar soluções tecnológicas seguras, como a biofortificação, são caminhos para garantir a segurança alimentar da população brasileira. Além disso, é necessário enfrentar os desafios das mudanças climáticas e preparar a agricultura para os extremos climáticos que estão por vir. A ciência é a chave para alimentar o presente e o futuro da sociedade.
Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

Perguntas Frequentes sobre Ciência e Segurança Alimentar

1. Como a ciência pode contribuir no combate à fome e na garantia da segurança alimentar?

A ciência desempenha um papel fundamental na produção de alimentos, oferecendo novas abordagens e metodologias científicas para combater a fome. Além disso, a ciência trabalha em conjunto com o setor público, privado e terceiro setor para garantir a segurança alimentar.

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2. Qual é o papel da ciência na equação da segurança alimentar?

Sem a ciência, não é possível combater a fome, pois ela é essencial na produção de alimentos, no desenvolvimento de novas cultivares e na previsão de mudanças climáticas. A ciência também colabora na coleta e tratamento de dados, subsidiando programas governamentais e políticas nutricionais.

3. As políticas públicas devem incentivar a produção de alimentos básicos, como arroz e feijão?

Fortalecer a agricultura familiar e incentivar a produção de alimentos básicos é essencial para garantir a segurança alimentar no país. É importante garantir a disponibilidade desses alimentos no mercado interno e reduzir a dependência de importações.

4. As tecnologias, como a transgenia, são seguras para alimentação?

As tecnologias como a transgenia podem ser seguras para a alimentação, especialmente na biofortificação de alimentos para populações carentes. Novas ferramentas de edição gênica permitem melhorar a qualidade nutricional dos alimentos sem danos ao meio ambiente.

5. A segurança alimentar está diretamente ligada à segurança climática?

São mudanças climáticas representam um grande desafio para a produção de alimentos e a segurança alimentar. É importante desenvolver plantas mais resistentes, monitoramento climático aprimorado e preparar a agricultura para enfrentar os extremos climáticos.

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Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

A ciência integra o desafio de garantia à segurança alimentar do Brasil. É o que defende a pesquisadora e engenheira agrônoma Mariangela Hungria, integrante da Academia Brasileira de Ciências. “Sem a ciência, não é possível combater a fome, a começar pela própria produção de alimentos. Passamos de importador de alimentos na década de 1960 para quarto maior produtor mundial com liderança da ciência. Hoje, temos novos desafios e a principal limitação estará nas mudanças climáticas”, diz.

À frente do livro Segurança Alimentar e Nutricional: O Papel da Ciência Brasileira no Combate à Fome, lançado na última semana com 41 autores de 23 instituições de pesquisa, Hungria defende atuação conjunta entre academia, governo e setor privado. “Precisamos de estratégias da ciência para combater a fome com propostas concretas aos tomadores de decisão. Se adotada uma abordagem multidisciplinar entre as ciências, certamente, acabaria a fome no Brasil”, afirma.

Há 40 anos como pesquisadora da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Hungria é reconhecida e premiada por trabalhos na área de insumos biológicos.

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Pesquisadora da Embrapa e engenheira agrônoma, Mariangela Hungria é integrante da Academia Brasileira de Ciências.  Foto: Gerardo Lazzari/Divulgação

O Brasil é um dos maiores produtores de alimentos do mundo, ao mesmo tempo em que há 33 milhões de pessoas com insegurança alimentar grave no País. Como a ciência pode contribuir no combate à fome e na garantia da segurança alimentar?

O livro (Segurança Alimentar e Nutricional: O Papel da Ciência Brasileira no Combate à Fome) surgiu desse paradoxo de que, por um lado, o Brasil sempre produz cada vez mais e, por outro lado, tem um número chocante de 33 milhões de pessoas que não têm uma refeição por dia, conforme pesquisa da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional. A fome é multicausal e exige multidisciplinaridade para resolução. A fome não é um problema do agro de produzir ou do governo de ter políticas públicas ou de distribuição e educação. O combate à fome precisa de todas as ciências e de novas abordagens e metodologias científicas, incluindo, além da ciência, o setor público, o setor privado e o terceiro setor.

Qual é o papel da ciência nessa equação?

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Sem a ciência, não é possível combater a fome, a começar pela própria produção de alimentos. Passamos de importador de alimentos na década de 1960 para quarto maior produtor mundial porque tivemos liderança da ciência. Hoje, temos novos desafios e a principal limitação estará nas mudanças climáticas. Isso significa que precisaremos de muita ciência para termos novas cultivares, novos manejos, novas previsões climáticas para enfrentar isso, porque senão podemos perder em cinco anos o que conseguimos em 50. Precisamos de programas governamentais para tirar as pessoas com insuficiência alimentar grave dessa situação e depois passar para o setor produtivo, mas para isso precisamos de dados. E a ciência entra na coleta e no tratamento de dados, o que passa também pelas ciências econômicas que subsidiam os programas de governo para tirar a população da insegurança alimentar e a ciência participa ainda nas políticas nutricionais de produção de alimentos mais fortificados. Se adotada essa abordagem multidisciplinar entre as ciências, certamente, acabaria a fome no Brasil.

A produção brasileira de alimentos deu um salto de produtividade nos últimos 50 anos, entretanto, parte da população ainda não tem acesso aos alimentos. É necessário produzir mais alimentos e mais voltados ao mercado interno?

Esse mercado que citamos com recordes de produção é o das commodities para exportação, o que nos gera uma balança comercial positiva. Não podemos demonizar esse agro, mas esse agro precisa ser reinventado porque o mundo exige um novo agro com sustentabilidade, em busca da agricultura regenerativa e adaptada às mudanças climáticas globais. Precisamos de muita ciência para reinventar esse agro das commodities. Quem coloca a comida na nossa mesa é quase sempre a agricultura familiar. A ciência precisa ajudar muito mais a agricultura familiar porque são dezenas de produtos. É muito importante essa percepção do agro de commodities de que não consegue resolver os problemas sozinho. O agro precisa da ciência, da sociedade e trabalhar com o entorno para ter maior produtividade. Um exemplo é o projeto Semêa, da Fundação Bunge, no qual o grande agricultor trabalha com a agricultura familiar do entorno em 12 mil hectares em Canarana (MT), com os agricultores familiares fornecendo abelhas e aumentando o rendimento das lavouras e os grandes produtores investindo na educação e no fornecimento de serviços, o que fortalece a economia local e diminui a insegurança alimentar, incluindo as populações indígenas e o reflorestamento.

No Projeto Semêa, da Fundação Bunge, o grande agricultor trabalha com a agricultura familiar do entorno, em 12 mil hectares em Canarana (MT).  Foto: Keiny Andrade/Divulgação

A segurança alimentar, portanto, passa por incentivos à produção de alimentos básicos, como arroz, feijão e mandioca, que vinham perdendo espaço nas lavouras?

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Se a agricultura familiar não for fortalecida chegaremos ao ponto em que os pequenos agricultores vão arrendar as terras, a produção desses alimentos vai cair e os preços desses produtos, como arroz e feijão, vão aumentar muito. Fortalecer a agricultura familiar é uma questão de soberania nacional, porque não podemos ser dependentes de importar aquilo que responde por pelo menos 80% do que comemos diariamente. Soberania alimentar é o direito dos povos terem acesso à comida, decidirem sua alimentação e fortalecer as cadeias produtivas locais.

Essas políticas públicas e transversais para combate da insegurança alimentar perpassam também o diálogo e ações com a indústria?

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Hoje processamos uma variedade pequena de produtos. No processamento, é preciso conservar propriedades dos produtos, o que exige pesquisa para descoberta dos melhores métodos. Hoje, a quantidade de alimentos perdida no pós-colheita seria suficiente para matar toda a fome do Brasil. De frutas, a perda é de 70%. O Brasil é um dos países com maior perda de alimentos pós-colheita. Se tivermos indústrias de menor escala que possam processar alimentos locais, reduziremos as perdas.

Tecnologias, como a transgenia, são questionadas por órgãos de defesa do consumidor e por uma parcela da sociedade. Do ponto de vista da ciência, são tecnologias seguras para alimentação?

Existem projetos de transgenia extremamente importantes e que podem solucionar problemas nutricionais, como a biofortificação de alimentos. Por exemplo, alimentos enriquecidos em vitamina A ou em ferro para populações carentes desses nutrientes. Essa linha da transgenia de biofortificação é de extrema importância, mas ficou estigmatizada. Os estudos mostram que a transgenia, por exemplo na soja, nutricionalmente não faz diferença. As diferenças são no manejo. Agora, temos novas ferramentas de edição gênica que não acrescentam gene de outra espécie, mas corrigem ou alteram parte do genoma. Essas novas ferramentas permitem mudanças mais fáceis e sem danos ao meio ambiente, o que vai permitir obter materiais genéticos com melhor qualidade nutricional.

A senhora mencionou os desafios das mudanças climáticas à produção de alimentos. A segurança alimentar é inerente à segurança climática?

As mudanças climáticas são o maior desafio que temos para os próximos anos. Não podemos responder pelos que mais poluem, Estados Unidos e China, que não querem mudar suas matrizes de emissão de gases de efeito estufa. Temos de nos preparar para isso com plantas mais resistentes, monitoramento climático mais aperfeiçoado, melhor plantio direto. Temos de dar nossa contribuição para diminuir as emissões, porque os efeitos das mudanças climáticas vão para além da produção de alimentos, e urgentemente preparar a agricultura para esses extremos climáticos.

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