Curiosidades Do Abate Halal Do Gado Para Exportação!

Nesse ritual, os animais são mortos com um corte em meia-lua no pescoço, para que não sofram e não liberem enzimas na carne no momento da morte.

Para que isso aconteça da melhor forma possível, são seguidas leis rígidas, dentre elas temos:

1. O abate é permitido a qualquer muçulmano que tenha atingido a puberdade e que, durante o ato de abate, pronuncie o nome de Allah (Deus) com o rosto voltado para Meca ou recite uma oração que contenha o nome de Allah (assim como o Bismillah Allah-u-Akbar);
2. O animal não deve estar com sede no momento do abate;
3. A faca deve ser muito afiada, de forma a minimizar o tempo e assim diminuir a dor do animal associada ao processo de abate;
4. A faca não deve ser afiada na frente do animal, pois pode causar tensão indevida nesse animal;
5. A matança será feita cortando a garganta do animal ou perfurando a garganta, causando a morte mais rápida com a menor quantidade de dor;
6. O nome de Allah deve ser mencionado antes ou durante o abate, pois o Criador é o provedor da vida, e o nome deve ser dito por uma pessoa de fé e fé muçulmana;
7. A carne de animais abatidos por pessoas de fé judaica ou cristã (Povo do Livro) também pode ser comida;
8. O sangue deve ser completamente removido da carcaça.

Diferença entre Halal e Kosher

Uma distinção entre abate Halal é o kosher é que antes de matar, o Halal requer uma oração a Allah (Deus). O kosher não requer uma oração a Deus.

Centros islâmicos, como o Centro de Difusão do Islã para a América Latina, em São Bernardo do Campo (SP), enviam fiscais muçulmanos aos matadouros para garantir que os animais estejam sendo sacrificados corretamente. Tudo isso tem contribuído para melhorar as relações comerciais entre o Brasil e os países árabes.

Em 2001, as exportações brasileiras para o Oriente Médio cresceram 52% em relação a 2000, atingindo aproximadamente US$ 2 bilhões. Esse número, no entanto, ainda é muito pequeno: apenas 3,5% do total das exportações brasileiras. No entanto, com o interesse das empresas brasileiras e o aumento da confiança muçulmana, as perspectivas para 2002 são de crescimento ainda maior (Alencar, 2001).

Segundo Alencar (2001), um total de 25 frigoríficos no Brasil já possuem o sistema instalado e são verificados periodicamente pelos árabes.

Para explicar um pouco mais sobre esse importante nicho comercial da carne bovina brasileira, o gerente de exportação para os países árabes e África da JBS, Rada Saleh, explicou os diferenciais que a carne bovina deve ter para ser exportada para o Oriente Médio.

Saleh ressalta que sanidade, higiene e armazenamento são muito importantes na hora de adquirir o documento de certificação.

– É necessário realizar o abate halal, que deve ser acompanhado por entidade certificadora, que audita o frigorífico para que o boi destinado à produção desta carne diferenciada seja verificado e fiscalizado pelo fiscal. A lei islâmica determina que apenas as carnes de carcaça cortadas por esse método sejam exportadas – diz o especialista.

Como produzir carne halal

De acordo com a legislação desses países, alguns procedimentos são imprescindíveis para adquirir a certificação:

• Uma auditoria avalia o abatedouro e este relatório determina se o certificado é recebido ou não;
• Um funcionário árabe deve fiscalizar o processo de abate, que é diferenciado;
• Ao realizar a decapitação, a parte frontal do animal deve estar voltada para Meca (berço da religião islâmica), em sinal de gratidão a Deus;
• Ao abater o animal, deve-se pronunciar uma expressão que signifique “Em nome de Deus”;
• Durante todo o processo, não pode haver contaminação com outras carnes que não seguiram o mesmo método;
• Não pode haver insensibilização do animal, o que cria dificuldades para a indústria, eleva custos e torna o procedimento mais demorado;

cortes mais importantes

Entre os dois maiores importadores de carne bovina brasileira no Oriente Médio – Egito e Líbano –, alguns cortes são preferidos pelos compradores locais. No Egito, os cortes preferidos são mandril, ombro, pescoço, peito e músculos. No Líbano, bife do lombo, bife do lombo, filé mignon, alcatra, patinho, colchão macio, colchão duro, lagarto e músculo são os mais pedidos.

líderes de consumo

Da região do Oriente Médio e levando em conta o volume, o país que mais importa carne bovina brasileira é o Egito. No caso dos egípcios, a preferência é pela carne congelada. Enquanto no Líbano, a carne refrigerada é mais abundante.

Para a exportação de cortes congelados, infraestrutura e logística muito bem desenhadas são essenciais. Desde o momento da embalagem (que é feita a vácuo) até o momento do enchimento do recipiente, todos os equipamentos necessários, instalações e temperatura devem estar sob controle.

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