Cultivando o bem projeto criado por agricultor ajuda familias em

Cultivando o bem: projeto criado por agricultor ajuda famílias em situação de vulnerabilidade social

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Este Dia Mundial da Alimentação é um convite para reavaliar nossos sistemas alimentares, hábitos de consumo e redes de distribuição. Isso porque, segundo relatório da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), divulgado em julho deste ano, o número de brasileiros em situação de insegurança alimentar ultrapassa 60 milhões.

“Nos últimos anos houve uma pressão adicional devido à desaceleração econômica causada pela pandemia e conflitos que levaram à instabilidade nas cadeias. Independentemente disso, se praticamente um em cada dez brasileiros não tem acesso à alimentação adequada, é preciso intensificar ainda mais os esforços de sustentabilidade para mudar esse cenário”, afirma o presidente executivo da CropLife Brasil (CLB), Christian Lohbauer.

De fato, os meses mais restritivos da pandemia foram muito difíceis para os agricultores, principalmente os pequenos, como diz Simone Silotti, produtora de Mogi das Cruzes, no cinturão verde da Grande São Paulo. “Com a interrupção das atividades de restaurantes, lanchonetes e diversos tipos de cozinhas comerciais por tempo indeterminado, nós, horticultores, ficamos sem alternativa”. A preocupação de Simone se justificava pela curta janela de colheita desse tipo de alimento e também pelo fato de não poderem ser armazenados. “Não vender significa ter que destruir a produção”, lamenta. Na altura, perante esta hipótese, Simone decidiu recorrer à formação de uma rede colaborativa e pedir ajuda a empresas solidárias. Assim nasceu o projeto #FaçaUmBemIncrível, em 2020.

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A iniciativa começou com produtores vizinhos, mas, em pouco tempo, foi organizada em uma cooperativa na região de Quatinga, distrito de Mogi das Cruzes. A ideia é vender para empresas solidárias a produção de hortaliças que os cooperados teriam que destruir por não conseguirem vendê-las a tempo. “Fazemos o planejamento, mas o mercado ainda não se recuperou da pandemia e a volatilidade é alta. Se não vendermos nesse curto período de dois ou três dias, um alimento de altíssima qualidade pode ultrapassar o tamanho padrão dos supermercados, por exemplo, e podemos ter que destruí-lo”. Essas hortaliças adquiridas pelos parceiros são posteriormente doadas a comunidades em situação de vulnerabilidade social.

Até setembro de 2022, com a contribuição da CropLife Brasil (CLB), o projeto atingiu a marca de 340 toneladas de frutas e hortaliças resgatadas e doadas para mais de 300 mil famílias da Região Metropolitana de São Paulo, Campinas, Sumaré, Paulínia e Baixada Santista. O CLB é uma daquelas entidades solidárias que, por um lado, ajuda a prevenir o desperdício no campo e, por outro, a alimentação ajuda no combate à fome e à insegurança nutricional. “Através desta ação, esperamos estimular os pequenos produtores a reinvestir em tecnologia, sem a qual a produtividade e a sustentabilidade podem ser comprometidas. Ao mesmo tempo, mostramos o compromisso do agro em produzir alimentos seguros e saudáveis ​​e ajudá-los a chegar a quem precisa”, completa Lohbauer.

A CropLife Brasil contribuiu com a compra de seis toneladas de hortaliças de pequenos agricultores. A primeira entrega, de uma tonelada de alimentos, foi realizada em agosto, no assentamento Nova Laranjeiras.

Série Web Conectada Através do Campo

Pensando em contar as histórias por trás dessas duas dimensões da alimentação, o campo e a cidade, a CropLife Brasil (CLB) se uniu ao Grupo Mulheres do Brasil para lançar a websérie Conectados pelo Campo. Os três episódios já estão disponíveis no YouTube do Projeto Comida Boa, braço de responsabilidade social da entidade.

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Na série, os desafios da terra serão contados por Beatriz Sabino, pequena produtora que integra a cooperativa de agricultores de Quatinga. Ela conta que, apesar de ter crescido no campo, quando era mais nova, queria sair do campo. Foi a maternidade que trouxe a compreensão sobre a importância da agricultura. “Quando me vi tendo que criar minha filha sem o pai, foi minha mãe, minha avó e essas terras que nos acolheram. Hoje, minha filha Isadora tem 9 anos e diz com muito orgulho que somos agro!”, revela.

Na outra ponta da cadeia, conheceremos os desafios da cidade por meio da orientação de Joanadaque dos Santos, líder comunitária de Nova Laranjeiras. A comida produzida por Beatriz chega em boa hora à cozinha de Joana e de várias outras pessoas do assentamento, porque, entre as necessidades da comunidade, esta é a mais urgente. “Corremos atrás de tudo, água, luz, escola… Mas como vamos fazer isso quando estamos com fome? Os alimentos doados pelo projeto serão a mistura de muitas famílias, por dias, até”, pondera.

Para a diretora de Comunicação e Assuntos Científicos do CLB, Adriana Brondani, a beleza da websérie está no poder da colaboração. “Diante de problemas globais como mudanças climáticas e uma pandemia, muitas vezes podemos nos sentir pequenos. Mas através da construção de pontes e oportunidades de conexão, há um caminho. Essa é a agricultura em que a CropLife Brasil acredita, aquela que usa tecnologia, preserva o meio ambiente e não deixa ninguém para trás. Ao contrário, resgata agricultores e comunidades para um futuro mais promissor”, afirma.



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