Resumo:
Introdução
Agricultores de Mato Grosso enfrentam desafios na agricultura
Seções principais:
1. Preocupações com mercado na temporada 2023/24
2. Custos em dólar são travados para proteção
3. Clima e ferrugem asiática como preocupações
4. Insumos do milho são renegociados
5. Redução da área de plantio do milho
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Após três safras consideradas interessantes e positivas, os produtores de soja e milho de Mato Grosso observam um momento “emburrado” da agricultura. O pé firme nas tomadas de decisões, de acordo com o agricultor de Jaciara, Jorge Diego Giacomelli, é essencial para que a conta feche no final da safra.
As preocupações com a temporada 2023/24 são alguns dos focos do bate-papo do programa Direto ao Ponto desta quinta-feira (19) com o produtor Jorge Diego Giacomelli, direto da Fazenda Aymoré, em Jaciara (MT).
Formado em economia e responsável pela parte administrativa da propriedade da família, Jorge Diego Giacomelli comenta “estamos mantendo o pé firme na soja”, uma vez que ao se analisar o mercado e os custos “vê que a situação não está legal” e que “tudo que é conta que tem sido feita não fecha”.
Conforme ele, os custos que eram em dólar foram travados e a parte a ser comercializada em real irão “esperar mais um pouco, porque se é para fazer negócio ruim não tenha pressa”.
“Achamos melhor nos protegermos e travar esses custos que são em dólar. E, o que é em real fazer caixa para a fazenda, comprar óleo diesel, pagar funcionário, para tocar o dia a dia fizemos uma pequena parte para garantir os meses de março e abril. O restante nós vamos aguardar e ver se dá uma melhorada nesse mercado”.
O agricultor estima ter negociado cerca de 30% da produção prevista na safra 2023/24.
Além do mercado, o clima e a ferrugem asiática são as outras duas preocupações na atual temporada.
“O clima nos preocupa, pois nesta época o ano passado já estávamos com mais da metade da área plantada e hoje estou com cerca de 5%, 6%”.
Insumos do milho são renegociados
As preocupações de mercado se estendem para a safra de milho. Segundo Jorge Diego Giacomelli, as sementes, os defensivos e fertilizantes para a semeadura do cereal já foram adquiridos. Ele revela que, diante dos custos versos o valor pago pela saca de 60 quilos hoje, já está em conversa com as empresas para renegociar.
“A semente eu já sentei com as empresas para renegociar, porque eu comprei lá atrás a R$ 1 mil e nesse preço de R$ 40 a saca na nossa região no comércio não fecha a conta de forma nenhuma. As empresas que estão dispostas a renegociar nós estamos renegociando. E quem não está disposto, nós vamos partir para o cancelamento do pedido”.
No caso do fertilizante, o agricultor comentar ter adquirido produto para semear em torno de 1,3 mil hectares. Contudo, reduziu a área para 950 hectares. “Já estou pensando em reduzir para 600 hectares a minha área de milho”.
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Situação desafiadora para produtores de soja e milho em Mato Grosso
Após três boas safras, os produtores de soja e milho em Mato Grosso enfrentam um momento complicado no setor agrícola. A tomada de decisões assertivas se torna crucial nesse contexto, como aponta o produtor Jorge Diego Giacomelli, de Jaciara.
Preocupações para a safra 2023/24
No programa Direto ao Ponto desta quinta-feira (19), Jorge Diego Giacomelli compartilha suas preocupações para a safra 2023/24 direto da Fazenda Aymoré. Com formação em economia e responsável pela parte administrativa da propriedade, ele destaca a importância de manter uma postura cautelosa diante do mercado atual.
O produtor ressalta que a situação do mercado não está favorável, e as contas não estão fechando como esperado. Diante disso, a estratégia é travar os custos que são em dólar e esperar por melhores oportunidades antes de realizar negociações em reais.
Até o momento, aproximadamente 30% da produção prevista para a safra 2023/24 foi negociada.
Preocupações adicionais: clima e ferrugem asiática
Além das questões de mercado, dois fatores de preocupação na atual temporada são o clima e a presença da ferrugem asiática.
O clima tem sido um desafio para os produtores, já que nesta mesma época do ano passado, mais da metade da área já estava plantada, enquanto agora apenas cerca de 5% a 6% foram plantados até o momento.
Renegociação de insumos para o milho
O produtor também compartilha suas preocupações com relação à safra de milho. Segundo ele, as sementes, defensivos e fertilizantes foram adquiridos a custos altos em relação ao valor atual da saca do cereal. Diante disso, já está em conversas com as empresas para renegociar esses custos.
A renegociação das sementes já está em andamento, como forma de garantir que os custos sejam mais viáveis para o produtor. Caso as empresas não estejam dispostas a renegociar, o cancelamento do pedido será considerado.
No caso dos fertilizantes, houve uma redução na área de semeadura de milho, de 1,3 mil hectares para 950 hectares. O produtor inclusive considera a possibilidade de reduzir para 600 hectares.
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Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo
Conclusão
Diante das preocupações com o mercado, custos e clima, os produtores de soja e milho de Mato Grosso estão enfrentando um momento desafiador. O agricultor Jorge Diego Giacomelli destaca a importância de tomar decisões firmes e estratégicas para garantir o fechamento positivo da safra.
Perguntas e Respostas
1. Quais são as preocupações dos produtores de soja e milho de Mato Grosso?
As preocupações são com o mercado, os altos custos e o clima.
2. Como os produtores estão lidando com os custos em dólar?
Os produtores estão travando os custos em dólar e esperando para comercializar a parte em real.
3. Quanto da produção prevista o agricultor estima ter negociado?
O agricultor estima ter negociado cerca de 30% da produção prevista.
4. Quais insumos para a safra de milho estão sendo renegociados?
As sementes, os defensivos e fertilizantes para a semeadura do milho estão sendo renegociados.
5. Qual é a estratégia do agricultor diante dos custos e do valor pago pela saca de milho?
O agricultor está renegociando os insumos e reduzindo a área de plantio do milho.
