Pular para o conteúdo

como formar Nelore super precoces

Nelore – como formar Nelore super precoces

 

nelore rebanho1 full

Na esteira da intensificação, algumas fazendas tecnologicamente mais avançadas que se dedicam à cria e ao ciclo completo já estão investindo na antecipação da entrada em serviço das novilhas, colocando-as em reprodução com idade entre 12 e 14 meses. Além de ganhar mais um bezerro por matriz, a propriedade reduz as eras de fêmeas em recria, que, neste caso, passa a ser apenas uma: a da bezerra em aleitamento.

 

A nutrição tem igual relevância no processo de preparação dos animais. Na propriedade, o trato com as superprecoces começa com a fêmea ainda bezerra no sistema de creep feeding, em que elas têm acesso a cochos exclusivos. Assim desmamam mais pesadas e são encaminhadas direto para o confinamento. “Em até 14 meses esses animais atingem a marca de pelo menos 315 kg e estão prontos para a estação de monta”.
download%2B1

Na Fazenda Brasil, só o trato com creep-feeding custa R$ 46,20 por animal. Essa fase dura em média cinco meses, com as bezerras consumindo 880 gramas de ração por dia. A desmama acontece quando chegam à faixa de 215 kg, por volta dos sete meses de idade. Novilhas nelore alimentadas apenas com leite chegam ao desmame com 180 kg.

 

O gerente agropecuário garante que o investimento nas superprecoces é vantajoso. “No cálculo financeiro, emprenhar 40% do total de novilhas tratadas hoje cobre todos os nossos custos”, diz Rogério, levando em consideração também as perdas até o desmame – que giram na casa dos 15%. Mesmo assim, ele recomenda que cada produtor faça suas contas para avaliar que taxa de concepção consegue alcançar entre as novilhas superprecoces e se gastos com creep-feeding e confinamento valem a pena em relação à arrecadação vinda da venda dos bezerros.

 

O outro lado da moeda – Rodrigo Gomes, da Embrapa Gado de Corte, explica que por estarem em fase de crescimento as novilhas em idade entre 12 e 14 meses têm maior necessidade de energia, que precisa ser suprida com reforço na alimentação. “Como o início da estação de monta (dezembro a fevereiro) vem depois dos meses mais secos (maio a outubro), nem sempre o pasto contribui para que a fêmea atinja o escore corporal adequado para emprenhar mais cedo”. Daí a necessidade de investir em alimentação balanceada, como se vê no caso da Fazenda Brasil.

 

Outro ponto é a questão hormonal. Em uma escala que vai de 1 a 5, Alessandra Nicacio, pesquisadora da Embrapa Gado de Corte, recomenda que o animal esteja pelo menos na faixa de escore 3. “Caso contrário a novilha não vai conseguir manter a gestação”, diz Alessandra. Ela também argumenta que antes de tentar emprenhar as novilhas mais jovens, o produtor deve avaliar se a fêmea já entrou na puberdade, ou seja, se apresenta corpo lúteo. A estrutura é essencial para liberação de hormônios essenciais à manutenção da gravidez. Exames ginecológicos feitos por médicos veterinários, como a palpação retal ou a ultrassonografia, são capazes de indicar a presença de corpo lúteo no ovário. De acordo com a especialista, só quando é identificada a estrutura a fêmea está apta a reproduzir.

 

Para antecipar o serviço em um ano, as fazendas precisam investir em genética e nutrição. Esta última começa ainda no período de amamentação, com trato em creep feeding. Após a desmama, as novilhas seguem para o confinamento. O objetivo é que atinjam peso mínimo para entrar em reprodução.
nelore rebanho1 full

 

Os custos compensam? Segundo o médico veterinário Rogério Fonseca Guimarães Peres, sim. Ele é gerente agropecuário na Fazenda Brasil, uma das empresas mais adiantadas no trato com novilhas superprecoces. A Agropecuária tem sede em Barra do Garças, no Mato Grosso, e entoura fêmeas de 12 a 14 meses da raça nelore há quatro anos. Ele afirma que a taxa de prenhez do rebanho suplementado e com cio induzido artificialmente chega a 70%. “Em geral, apartamos novilhas com mais de 270 kg para entrar nos protocolos de indução de puberdade”, diz Rogério.

 

No pós-desmama a dieta é de confinamento, sendo composta por 45% de volumoso (silagem de capim) e 55 % de concentrado (milho, torta de algodão, ureia e núcleo mineral), detalha Rogério. O trato dura aproximadamente 120 dias, nos quais as fêmeas engordam por volta de 100 kg. O custo da suplementação no período é de R$ R$ 468/ animal.

 

agricultura agricultura de precisão agricultura familiar agrolink agronegocio agrotoxico Ambiente arroz avicultura biodiesel biotecnologia brasil cabras café cavalo certificação consultoria crédito rural ensino à distância etanol feijão flores frutas gado gado de corte geladeiras gestão rural milho noticias ovelha para pasto pecuaria pecuária leiteira pragas na agricultura Qual rural saúde Animal seguro rural setor sucroenergético SOJA suinocultura Treinamento trigo Turismo rural

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Patrocinadores