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Previsão indica chuvas mais frequentes e persistentes durante o trimestre

A previsão climática para os meses de primavera e início do verão de 2023/2024 indica uma alta probabilidade de que as condições do El Niño permaneçam ativas, chegando a atingir a categoria muito forte no final de novembro e ao longo de dezembro.

Essas informações foram divulgadas no Boletim trimestral do Conselho Permanente de Agrometeorologia Aplicada do Estado do Rio Grande do Sul (Copaaergs), coordenado pela Secretaria de Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi).

Segundo as previsões baseadas em modelos ENSO do APEC Climate Center (APCC) e do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), podemos esperar chuvas mais frequentes e persistentes no trimestre, com maior probabilidade durante outubro e novembro.

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Dezembro também terá chuvas acima da média na maioria do estado, porém de forma mais irregular, com maiores anomalias positivas na metade oeste do Rio Grande do Sul. No geral, a quantidade de chuvas no trimestre deverá ser superior à média, ultrapassando 200 mm em todas as regiões do estado e chegando a mais de 300 mm na metade oeste e noroeste.

Como resultado dessas condições climáticas, espera-se que eventos com tempestades, fortes rajadas de vento e granizo sejam mais frequentes nesta primavera, devido à influência do El Niño.

Porém, é importante ressaltar que o excesso de chuvas nos próximos meses pode intensificar o excedente hídrico no solo, causando o encharcamento e prejudicando a colheita da safra de inverno e o início do plantio das culturas de grãos.

Além disso, as temperaturas do ar devem ficar acima da média na metade norte do estado, enquanto na metade sul as temperaturas estarão próximas da média climatológica, porém com grande variabilidade.

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Esse contraste térmico ocorre devido à aproximação de frentes frias, que encontram ar mais quente no norte do Rio Grande do Sul, resultando em grandes variações de temperatura, especialmente no sul do estado.

O boletim Copaaergs é elaborado trimestralmente por especialistas em Agrometeorologia de diversas entidades públicas estaduais e federais ligadas à agricultura ou ao clima. Além das previsões, o documento também apresenta uma série de orientações técnicas para as culturas durante esse período.

Colheitas de inverno

Para as colheitas de inverno, é fundamental monitorar a ocorrência de doenças e pragas, além de observar se há necessidade de aplicação de defensivos agrícolas.

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É importante colher o mais rápido possível, além de providenciar a vistoria das colhedoras e acompanhar a previsão do tempo para garantir uma colheita eficiente.

Arroz

No caso do cultivo de arroz, é recomendado intensificar o sistema de drenagem das áreas agrícolas, desobstruindo drenos, bueiros e vertedouros de barragens.

Também é importante adaptar as áreas destinadas à lavoura para a próxima safra, principalmente nas atividades de preparo e sistematização e drenagem do solo, visando à semeadura na época recomendada pelo zoneamento agrícola.

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Evitar semear em áreas sujeitas a inundações persistentes e realizar a semeadura conforme as recomendações do zoneamento agroclimático também são medidas essenciais. Além disso, é necessário ter cuidado com a drenagem após o estabelecimento da cultura, a fim de evitar perdas no estabelecimento inicial.

A irrigação definitiva deve ser iniciada quando as plantas estiverem no estádio de 3 a 4 folhas, com aplicação de fertilizante nitrogenado como cobertura.

É importante estar atento à possível ocorrência de pouca luminosidade, que diminui a resposta da cultura à adubação nitrogenada, e aos possíveis aumentos na incidência de doenças devido às condições climáticas favoráveis.

Culturas primavera-verão

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Para as culturas primavera-verão, é recomendado acelerar a preparação e implementação das culturas, aproveitando as janelas de possibilidades de sementeira e aplicação de produtos fitossanitários.

Escalonar a época de semeadura e utilizar genótipos de diferentes ciclos ou grupos de maturação, respeitando o zoneamento agrícola e o calendário de semeadura, também são estratégias importantes. No caso do milho e feijão, a semeadura deve ser iniciada quando a temperatura do solo, na profundidade de 5 cm, estiver acima de 16°C e com umidade adequada.

Para o plantio direto, o manejo das culturas de inverno deve priorizar a proteção do solo e a manutenção da umidade. É fundamental monitorar a cultura quanto à ocorrência de doenças, especialmente diante da previsão de chuvas acima da média.

No cultivo de milho, o controle de pragas, como as cigarrinhas, também deve ser considerado. Nas áreas de várzea, é indicado utilizar cultivares precoces e ter atenção especial à drenagem, devido à possibilidade de chuvas acima do normal.

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Já para os vegetais, é necessário cuidado com o excesso de umidade do solo e a irrigação deve ser feita pela manhã, preferencialmente por gotejamento. Em cultivos em ambiente protegido, recomenda-se abrir e fechar os abrigos no horário correto para evitar variações excessivas de umidade e temperatura.

O monitoramento de doenças também é essencial, considerando os possíveis problemas causados pelo molhamento da parte aérea ou pelo excesso de umidade no solo ou no ar. No caso da fruticultura, o manejo fitossanitário precisa de uma atenção especial, assim como a preservação da cobertura verde dos pomares e a implantação de sistemas de proteção antigranizo e/ou seguros agrícolas.

Em relação às pastagens, é importante promover a manutenção da cobertura do solo e a disponibilidade adequada de forragem, gerenciando as cargas animais. Também é necessário escalonar os períodos de plantio/semeadura das forrageiras cultivadas, reduzir a carga animal após grandes volumes de chuva e realizar a confecção de silagem

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo
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Prognóstico indica chuvas mais frequentes e persistentes no trimestre – Foto: Fernando Dias

Existe uma probabilidade de 90% ou mais de que as condições do El Niño permaneçam ativas durante os meses de primavera e início do verão de 2023/2024, com possibilidade de atingir a categoria muito forte no final de novembro e ao longo de dezembro.

É o que alerta o Boletim trimestral do Conselho Permanente de Agrometeorologia Aplicada do Estado do Rio Grande do Sul (Copaaergs), coordenado pela Secretaria de Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi).

As previsões apresentadas no boletim baseiam-se em modelos ENSO do APEC Climate Center (APCC), centro de investigação sediado na Coreia do Sul, e do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

A previsão indica chuvas mais frequentes e persistentes no trimestre, com maior probabilidade principalmente entre outubro e novembro.

No mês de dezembro, as chuvas ainda devem ficar acima da média na maior parte do estado, mas de forma mais irregular, com maiores anomalias positivas na metade oeste do Rio Grande do Sul.

O acumulado de chuvas no trimestre deverá superar a média em todas as regiões, com anomalias médias acima de 200 mm em todas as áreas do estado, ultrapassando 300 mm na metade oeste e noroeste.

Eventos com tempestades, fortes rajadas de vento e granizo também serão mais frequentes nesta primavera, sob influência do El Niño.

O excesso de chuvas nos próximos meses poderá intensificar o excedente hídrico, fazendo com que o solo fique encharcado e, consequentemente, prejudicando a colheita da safra de inverno e o início do plantio das culturas de grãos.

As temperaturas do ar deverão ficar acima da média na metade norte do estado. Na metade sul as temperaturas estão próximas da média climatológica, mas com grande variabilidade. Ou seja, forte contraste térmico devido à aproximação de frentes frias que encontram ar mais quente no norte do Rio Grande do Sul, resultando em grande variabilidade de temperaturas, principalmente no sul do estado.

O boletim Copaaergs é elaborado trimestralmente por especialistas em Agrometeorologia de 16 entidades públicas estaduais e federais ligadas à agricultura ou ao clima. O documento também lista uma série de orientações técnicas para as culturas do período.

Colheitas de inverno

Arroz

  • Intensificar o sistema de drenagem das áreas agrícolas, desobstruindo drenos, bueiros e vertedouros de barragens;
  • Na medida do possível, continuar adaptando as áreas destinadas à lavoura para a próxima safra, principalmente atividades de preparo e sistematização e drenagem do solo, para possibilitar a semeadura na época recomendada pelo zoneamento agrícola, a fim de aproveitar melhor a radiação solar e evitar baixas temperaturas durante o período reprodutivo da cultura;
  • Evitar semear em áreas sujeitas a inundações persistentes;
  • Realizar a semeadura no período recomendado pelo Zoneamento Agroclimático, semeando primeiro as cultivares de ciclo médio, seguidas das de ciclo precoce; na semeadura a partir de meados de novembro, dar preferência às cultivares de ciclo precoce;
  • Diante da ocorrência do evento “El Niño”, com grande probabilidade de chuvas acima do normal para o trimestre outubro-novembro-dezembro, atentar para a drenagem após o estabelecimento da cultura, a fim de evitar perdas no estabelecimento inicial ;
  • Iniciar a irrigação definitiva quando as plantas estiverem no estádio de 3 a 4 folhas, aplicando fertilizante nitrogenado como cobertura, preferencialmente em solo seco, antes da entrada de água;
  • Atentar para a possível ocorrência de pouca luminosidade, que diminui a resposta da cultura à adubação nitrogenada;
  • Tenha especial cuidado com o possível aumento da incidência de doenças, devido às prováveis ​​condições climáticas favoráveis ​​à sua ocorrência.

Culturas primavera-verão

  • Na medida do possível, acelerar a preparação e implementação das culturas, para aproveitar as janelas de possibilidades de sementeira e aplicação de produtos fitossanitários;
  • Escalonar a época de semeadura e utilizar genótipos de diferentes ciclos ou diferentes grupos de maturação, respeitando sempre o zoneamento agrícola e o calendário de semeadura;
  • Para as culturas de milho e feijão, iniciar a semeadura quando a temperatura do solo, na profundidade de 5 cm, estiver acima de 16°C e com umidade adequada do solo;
  • No caso de plantio direto, manejar as culturas de inverno visando a proteção do solo e manutenção da umidade do solo;
  • Monitorar a cultura quanto à ocorrência de doenças, dependendo da previsão de chuvas acima da média;
  • Fique atento ao controle de pragas no milho, principalmente cigarrinhas;
  • Para semeadura em áreas de várzea, utilizar cultivares precoces, com especial cuidado quanto à drenagem, considerando a possibilidade de chuvas acima do normal.

Vegetais

  • Considerando a possibilidade de chuvas acima da média, tome cuidado com o excesso de umidade do solo;
  • Quando necessário, irrigue pela manhã e dê preferência à irrigação por gotejamento;
  • Para cultivos em ambiente protegido (túneis e estufas), fechar ao final do dia e abrir pela manhã, evitando aumentos excessivos da umidade relativa e da temperatura do ar no ambiente interno dos abrigos;
  • Enfatizar o monitoramento de doenças, principalmente aquelas causadas por molhamento da parte aérea ou excesso de umidade no ar e/ou solo;
  • Preste atenção à possibilidade de baixa disponibilidade de radiação, principalmente em ambientes protegidos.

Fruticultura

  • Prestar muita atenção ao manejo fitossanitário, monitorando doenças, principalmente aquelas causadas por molhamento da parte aérea ou excesso de umidade do ar e/ou solo;
  • Preservar a cobertura verde dos pomares, seja através de espécies cultivadas ou espontâneas, especialmente para proteger o solo, evitando a erosão e perdas de solo e nutrientes;
  • Se possível, investir em sistemas de proteção antigranizo e/ou seguros agrícolas; em caso de granizo, recomenda-se procurar assistência técnica para análise e adequado ajuste de gestão;
  • Nos pomares onde haja possível perda de estruturas de frutificação e frutos devido à ocorrência de granizo, adotar o manejo usual da copa vegetativa em relação às podas e aplicações de defensivos químicos, de forma a garantir a produção da safra seguinte;
  • Recomenda-se a realização de desbastes para ajuste da carga de frutos quando necessário, conforme orientações técnicas de cada região/cultivar, para garantir adequado desenvolvimento e maturação dos frutos.

Pastagens

  • No manejo de plantas forrageiras, promover a manutenção da cobertura do solo e da boa disponibilidade de forragem, através de cargas animais adequadas;
  • Escalonar os períodos de plantio/semeadura das forrageiras cultivadas para o período primavera/verão, utilizando mudas/sementes de alto vigor, para reduzir perdas ou atrasos na implantação que podem ocorrer devido à alta umidade no início da primavera;
  • Reduzir a carga animal no pasto após a ocorrência de grande volume de chuva, a fim de evitar danos ao pasto por pisoteio excessivo;
  • Recomenda-se a confecção de silagem/feno proveniente de culturas de inverno/primavera e pastagens, visando garantir maior disponibilidade de alimento no verão para as categorias pecuárias mais exigentes;
  • Devido à previsão de chuvas acima da média climatológica, preste atenção nas instalações e no entorno para evitar a formação de muita argila, que pode causar problemas nos cascos, principalmente em vacas leiteiras;
  • Devido à previsão de temperaturas do ar acima da média climatológica no trimestre outubro-novembro-dezembro, principalmente na metade norte do Estado, os produtores devem ficar atentos, pois isso pode causar estresse térmico aos animais, principalmente para vacas com alto teor leiteiro. Produção.

Fonte: Assessoria Copaaergs

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