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como agregar valor aos produtos em tempos de crise

O agronegócio brasileiro é um setor que se desenvolveu muito nas últimas décadas.

Você sabia que, atualmente, ela participa de aproximadamente 6% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro?

Muitos investimentos têm sido feitos para alavancar o setor, assim como a disponibilização de linhas de crédito para pequenos e médios empreendedores rurais.

Mas, apesar dos esforços, o tema ainda é pouco discutido entre os profissionais do agronegócio.

Vamos conhecer um pouco mais sobre o que a Agroindústria tem a nos oferecer?

Existem várias maneiras de definir a agroindústria, alguns especialistas tendem a dividir suas atividades dentro:

  • Antes do portão: refere-se aos segmentos da agroindústria que trabalham com insumos (sementes, fertilizantes, equipamentos…) e fatores de produção (mão de obra, crédito, etc).
  • Dentro do portão: refere-se aos itens de produção, ou seja, a matéria-prima. Diz respeito aos processos produtivos no campo, como a geração de grãos, frutas, carne, madeira…
  • Depois do portão: geralmente, quando falamos de agroindústria, esse tipo de transformação é imaginado. Esta subdivisão inclui os processos de beneficiamento, beneficiamento, embalagem, distribuição e comercialização.

O agronegócio visa agregar valor aos produtos gerados no campo, principalmente na agricultura familiar. Dessa forma, os produtores rurais não ficam dependentes de atravessadores e/ou indústrias processadoras, tendo todo o processo produtivo em mãos.

Além disso, é possível incluir na agroindústria mão-de-obra familiar, indivíduos envolvidos em associações e/ou cooperativas. Fatores que auxiliam no bem-estar da sociedade/comunidade em que estão inseridos.

O agronegócio é um setor que mudou a vida de algumas pessoas que vivem no meio rural. Nos últimos anos, houve uma grande evolução nessa atividade, o que impulsionou a geração de renda e empregos.

Parte desse avanço deveu-se ao apoio de entidades públicas como ATERS (Assistência Técnica e Extensão Rural e Social) e Embrapa. Por meio de treinamentos e suporte técnico, visando a melhoria da qualidade dos produtos gerados pelas agroindústrias.

Tipos de agronegócio

Segundo alguns especialistas da área, as agroindústrias ainda podem ser classificadas como:

  • Agroindústrias não alimentares: são aqueles que utilizam fibras, madeira, couro, óleos vegetais, subprodutos agroflorestais e quaisquer produtos gerados pela agricultura que não sejam comestíveis como matéria-prima.
  • Agroindústrias de alimentos: Como o próprio nome indica, referem-se às agroindústrias destinadas ao processamento de alimentos como barras de cereais, sucos, geleias, polpas, extratos, laticínios, carnes e outros.

As agroindústrias alimentares e não alimentares são fáceis de distinguir pelos tipos de produtos que geram. Portanto, eles também possuem procedimentos industriais muito diferentes entre si.

As agroindústrias de alimentos exigem uma série de cuidados quanto às normas sanitárias. Nesse sentido, as exigências são maiores e devem estar de acordo com a legislação sanitária vigente.

Por outro lado, nas agroindústrias não alimentares, os procedimentos de transformação de matérias-primas são menos exigentes e semelhantes aos das indústrias de outros setores.

No entanto, uma característica comum aos dois segmentos da agroindústria é a proximidade com o meio urbano, ou pelo menos, a facilidade de acesso aos centros consumidores.

Além disso, espera-se que os agronegócios tenham certa consistência na qualidade dos produtos gerados. Além de garantir uma sazonalidade mínima de oferta ao mercado.

No entanto, independentemente do tipo de agroindústria, uma coisa é certa: promove a integração do meio rural com a economia de mercado.

agroindústria familiar

Considerando o cenário agrícola em que atuamos, o agronegócio brasileiro é, na maioria das vezes, familiar. Portanto, esta é uma forma interessante de agregar valor aos produtos gerados pelos pequenos produtores rurais com o apoio de suas famílias.

Esse tipo de atividade possibilita uma melhora na qualidade de vida dessas famílias. Uma vez que possibilita agregar valor aos produtos produzidos, de forma que a renda familiar seja maximizada.

A agroindústria familiar caracteriza-se como uma importante estratégia de sobrevivência para os pequenos produtores. Dessa forma, elevam o nível de sustentabilidade da agricultura familiar.

Pesquisadores ainda caracterizam a agroindústria familiar como uma alternativa para a exclusão dos agricultores do processo agrícola comercial. Ou seja, enquadra-se como uma “reapropriação” pelo agricultor de atividades que antes estavam diretamente ligadas à produção rural.

O grande avanço do agronegócio na agricultura familiar ainda pode estar atrelado a outros fatores, como:

  • A dificuldade dos pequenos produtores em acompanhar os níveis tecnológicos e os tetos de produção, em relação aos grandes produtores.
  • Falta de capacidade competitiva.
  • Dificuldade em inserir seus produtos em grandes centros comerciais.

Outros autores também sugerem que, as agroindústrias surgiram em resposta à crise da agricultura familiar modernizada. Sendo fortemente apoiada pela história das comunidades rurais, herdada das formas tradicionais de agricultura. Processo que ocorreu antes do período de modernização.

Esses e outros aspectos serviram para promover alternativas de renda para as famílias rurais. Que, passaram a se organizar em associações ou cooperativas, com o objetivo de agregar valor aos seus produtos, garantindo o abastecimento e comercialização dos produtos gerados.

Outra linha de pensamento associada às agroindústrias familiares busca resgatar e promover o conhecimento regional e cultural. Ideias que voltaram “na moda” nos últimos anos.



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