Noticias do Jornal do campo
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Segundo dados do Instituto de Economia Agropecuária (IEA-Apta), da Agência Paulista de Tecnologia do Agronegócio (Apta) e da Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA), em 2022, o Estado de São Paulo produziu 1,53 milhão de toneladas de carne de frango [somente animais criados em solo paulista], respondendo por 11,9% da produção de frango no Brasil e ocupando o quarto lugar no ranking nacional da produção avícola. É também o maior produtor de ovos comerciais do país, produzindo 16,3 bilhões de ovos anualmente (44,7 milhões por dia) e abrigando 39,1% das galinhas poedeiras comerciais (58 milhões de cabeças).
Dados que já apoiam o setor avícola paulista a comemorar mais um dia 28 de agosto, data em que se comemora o Dia das Aves. Mas, não é só! Uma vez que a cadeia [carne de frango e ovos] ocupa o terceiro lugar no Valor da Produção do Agronegócio Paulista (VPA), com geração de milhares de empregos em toda a cadeia produtiva.
Pesquisa científica em benefício do avicultor paulista
Responsáveis pela coordenação da pesquisa científica no SAA, os institutos de pesquisa da Apta têm um histórico de atuação em prol dos avicultores de São Paulo e do Brasil.
O Centro Avançado de Pesquisa e Desenvolvimento em Sanidade Avícola (Ceav) do Instituto Biológico (IB-Apta), que tem sede em Descalvado e Laboratório Regional de Pesquisa em Sanidade Avícola na cidade de Bastos, está credenciado na área de Diagnóstico de Doenças de Aves de Corte no plano de certificação do Programa Nacional de Sanidade Avícola do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA).
Credenciado na norma NBR ISO/IEC 17025, o Ceav atende aos programas oficiais de certificação e controle de granjas comerciais, de controle e monitoramento de estabelecimentos avícolas comerciais de frangos de corte e perus, e de abate de frangos de corte, galinhas, perus e reprodução, compartimentação, exportação e importação de material genético avícola. Os diagnósticos oficiais realizados incluem exames laboratoriais bacteriológicos, sorológicos e moleculares para gripe aviária, doença de Newcastle, salmonelose aviária, micoplasmose aviária e laringotraqueíte infecciosa em galinhas.
“O Estado de São Paulo é o maior importador de material genético avícola, composto por ovos férteis e pintos de um dia, utilizado para substituir bandos de aves reprodutoras comerciais do Brasil”, afirma a pesquisadora do IB Ana Maria Iba Kanashiro, diretora da Unidade. .
Segundo ela, para garantir a sanidade dos materiais que chegam ao país, o Centro realiza diagnósticos para as empresas que atuam nesse trânsito internacional. “Da mesma forma, realizamos os testes laboratoriais necessários à exportação de material genético avícola”, acrescenta Ana Maria.
O diretor explica que os laboratórios do Ceav também atendem o setor de aves e produtos de origem animal em São Paulo, visando o controle e monitoramento sanitário de rotina em granjas, fábricas de rações, frigoríficos e outros. “A equipe técnica do Centro realiza pesquisas científicas sobre patógenos aviários importantes para a manutenção do estado sanitário dos rebanhos avícolas no Brasil e seus resultados são de grande aplicabilidade para o setor”, enfatiza. Entre as linhas de pesquisa, Ana Maria destaca vírus respiratórios, Campylobacter, Salmonella spp, micoplasmose aviária e colibacilose.
A pesquisadora cita que o Ceav é responsável pela análise laboratorial do inquérito epidemiológico, realizado pelo CDA, sobre laringotraqueítes infecciosas em galinhas. Assistência técnica é oferecida a produtores de aves de todos os portes, com mais de 63 mil análises realizadas no primeiro semestre deste ano. “O Centro também trabalha com formação técnica para alunos de graduação e profissionais da área, promovendo formação técnica de acordo com as demandas dos clientes e a especialização de seus pesquisadores”, finaliza Ana Maria.
Também integrante do IB-Apta, o Laboratório Regional de Pesquisa em Parasitologia Animal de Votuporanga desenvolve pesquisas com foco principal em parasitologia de aves, especialmente em “besouros comerciais” (Alphitobius diaperinus), tipo de besouro considerado uma importante praga de aves e em helmintologia aviária.
“As pesquisas científicas realizadas em laboratório visando o controle da larva da farinha resultam em alternativas de tratamento que são utilizadas na avicultura de São Paulo e do Brasil”, afirma a pesquisadora da Unidade Giane Serafim da Silva.
Segundo relatos, o Laboratório também se dedica a palestras, aulas e orientações científicas para alunos de pós-graduação e cursos de medicina veterinária, biologia, zootecnia ou mesmo ensino médio, contribuindo para a formação de profissionais que irão atuar na área avícola.
Outra instituição de pesquisa, o Instituto de Zootecnia (IZ-Apta) comemora o Dia do Avicultor com estudo de produto que promove benefícios ao desempenho zootécnico das aves e reduz significativamente as perdas de ovos por problemas relacionados à qualidade da casca.
O ingrediente é composto pela alga calcária marinha Lithothamnium calcareum (Lothar®), que possui grande capacidade de acumular nutrientes entre suas paredes celulares, como ferro, manganês, boro, níquel, cobre, zinco, molibdênio, selênio e estrôncio, além aos aminoácidos necessários aos processos fisiológicos vitais de animais e plantas.
“Fomos procurados pela empresa PrimaSea, detentora da tecnologia de extração e produção sustentável desse mineral, para testar o produto em galinhas poedeiras”, comenta o pesquisador do IZ José Evandro de Moraes.
Segundo Moraes, o ingrediente tem grande potencial para uso em sistemas que pretendem atender demandas ESG [relacionadas aos temas ambientais, sociais e de governança], produtos diferenciados com sustentabilidade e certificação orgânica. “O produto pode ser incluído em até 4% das rações de poedeiras leves ao final do ciclo produtivo, substituindo o calcário calcítico, fonte tradicionalmente utilizada”, ressalta.
A pesquisa contou ainda com a participação da pesquisadora Carla Cachoni Pizzolante, da APTA Regional, e com apoio da iniciativa privada.
setor saúde
A Coordenação de Defesa Agropecuária (CDA) comemora o Dia do Avicultor – representante de um dos setores mais importantes da economia gaúcha e também do Brasil. Seja pela quantidade de empregos diretos e indiretos que proporciona, como pelos números expressivos produzidos em suas exportações.
Entre as ações do Programa Estadual de Sanidade Avícola (Pesa), que vão desde o monitoramento sanitário de granjas e incubatórios, visando a certificação de centros e granjas livres de micoplasmose e salmonelose; existe também uma vigilância epidemiológica constante da doença de Newcastle e da gripe aviária; o registro e certificação da manutenção de medidas de biossegurança em estabelecimentos avícolas comerciais; as ações realizadas em dezesseis municípios da região de Bastos [maior produtor de ovos comerciais do estado] no controle da Laringotraqueíte; o controle do trânsito de aves e ovos férteis e inúmeras outras ações, não menos importantes. Todos contribuem para a grandeza deste setor, em parceria com o avicultor.
O Acordo de Colaboração firmado entre o Governo do Estado e a Secretaria de Agricultura e Abastecimento, com a Associação Paulista de Avicultura (APA), reforça a execução de trabalhos de defesa sanitária animal no estado.
“Desta forma, o CDA parabeniza o Dia do Avicultor, confirmando mais uma vez o objetivo comum, na manutenção do estado sanitário da avicultura de São Paulo e do Brasil, possibilitando o fornecimento de produtos nobres e saudáveis aos mercados consumidores”, parabeniza Paulo Blandino, médico-veterinário e gerente da Pesa.
Com essas ações, a SAA, por meio de seus institutos e coordenadores, parabeniza o setor e reforça seu compromisso com a manutenção da sanidade e da produtividade avícola no Estado de São Paulo.
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