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Árvores no pasto: benefícios surpreendentes!

Benefícios das Árvores no Pasto para Bovinos de Corte

Você sabia que o conforto térmico proporcionado por árvores no pasto pode influenciar diretamente no desempenho e na reprodução dos bovinos de corte? Um estudo realizado pela Embrapa Pecuária Sudeste (SP) revelou que investir nessa prática pode trazer diversos benefícios para os animais e para a produção pecuária.

Descubra como as árvores no pasto podem melhorar o bem-estar dos bovinos

Neste artigo, vamos explorar os resultados dessa pesquisa e como o plantio de árvores em áreas de pastagens tropicais pode proporcionar um microclima mais favorável à criação de bovinos de corte. Entenda como o conforto térmico, o comportamento natural dos animais e as condições fisiológicas podem ser impactadas positivamente com essa prática inovadora.

Como as árvores no pasto influenciam na qualidade da pecuária de corte

Fique por dentro de como o plantio de árvores no pasto pode melhorar o ganho de peso, a reprodução e o conforto térmico dos bovinos. Descubra como essa prática pode contribuir para a sustentabilidade da pecuária de corte e para o bem-estar dos animais.

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Experimento

Realizada na Fazenda Canchim, sede da Embrapa Pecuária Sudeste, em São Carlos (SP), a pesquisa a campo teve duração de 13 meses, com um ciclo completo e percorrendo todas as estações climáticas, entre o verão de um ano até o verão do ano seguinte.

Foram avaliados 64 machos das raças Nelore e Canchim, com 24 meses e peso médio de 412 kg. Os animais foram divididos em: sistema de pastagem a pleno sol, com 12 hectares de capim Urochloa brizantha cultivar Piatã e poucas árvores, que ofertava entre 3% e 4% de sombreamento natural, similar ao adotado nos sistemas de produção a pasto no Brasil.

O outro sistema de produção era do tipo Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), também com 12 hectares de Piatã, arborizado com eucaliptos, também com animais Nelore e Canchim. Nos dois experimentos, eles tiveram acesso irrestrito à água e à mistura mineral, e receberam o mesmo manejo sanitário.

A termografia infravermelha utilizando veículos aéreos tripulados, associada a registros feitos em estações meteorológicas nas duas áreas observadas, permitiu a identificação e o dimensionamento de ilhas de calor nas pastagens convencionais e de zonas de conforto para o gado nas pastagens arborizadas.

O comportamento de cada animal foi avaliado com registros de movimento, por visualização e pelo uso de acelerômetros acoplados a colares, que mostraram que os animais em ILPF pastejaram com mais eficiência por terem sombreamento do que os animais à pleno sol.

Resultados

O sistema ILPF foi eficaz em atenuar o microclima das pastagens pela ação dos eucaliptos, impactando as características fisiológicas relacionadas ao conforto térmico. O ambiente confotável influencia positivamente no comportamento, produção, reprodução e a rentabilidade global do sistema, para que o animal expresse todo seu potencial genético e garanta lucro e sustentabilidade da pecária de corte.

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Benefícios das Árvores no Pasto para a Pecuária de Corte

O estudo da Embrapa Pecuária Sudeste demonstrou que a presença de árvores no pasto melhora significativamente o conforto térmico, a reprodução e o ganho de peso dos bovinos de corte. Além disso, a regulação da temperatura proporcionada pelas árvores contribui para a redução do estresse térmico nos animais, favorecendo a saúde e o desempenho geral do rebanho.

Impacto na Produção

O sistema ILPF mostrou-se eficaz na criação de um microclima favorável, que influencia diretamente no comportamento e nas condições fisiológicas dos animais. A melhoria na qualidade da forragem, a redução do estresse térmico e o aumento da biodiversidade são aspectos essenciais para otimizar a produção e garantir a sustentabilidade da pecuária de corte.

Conforto e Rentabilidade

Portanto, investir na integração de árvores no pasto é uma estratégia promissora para melhorar o bem-estar dos animais, aumentar a produtividade e garantir a rentabilidade do sistema de produção. A adoção de práticas sustentáveis como o ILPF contribui não apenas para o desempenho econômico, mas também para a preservação do meio ambiente e a promoção do equilíbrio na atividade pecuária.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

FAQs sobre o impacto das árvores no pasto na pecuária de corte

1. Como as árvores no pasto influenciam o conforto térmico dos bovinos?

As árvores no pasto proporcionam um microclima mais favorável à criação de bovinos de corte, influenciando o conforto térmico, expressão do comportamento natural e as condições fisiológicas dos animais.

2. Quais os benefícios da presença de árvores no pasto para os bovinos de corte?

Além de melhorar o conforto térmico dos animais, as árvores no pasto também contribuem para a qualidade da forragem, com maior teor de proteína bruta, aumento da biodiversidade e da matéria orgânica no solo.

3. Como o estresse térmico afeta os bovinos de corte?

O estresse térmico nos animais leva a distúrbios nutricionais e metabólicos, reduzindo a taxa de crescimento, o ganho de peso e comprometendo a reprodução e a fertilidade dos animais.

4. Qual foi a duração e o local do experimento realizado pela Embrapa Pecuária Sudeste?

O experimento foi realizado na Fazenda Canchim, sede da Embrapa Pecuária Sudeste, em São Carlos (SP), com duração de 13 meses, abrangendo um ciclo completo e percorrendo todas as estações climáticas.

5. Quais foram os principais resultados do estudo sobre o impacto das árvores no pasto na pecuária de corte?

O sistema de integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) foi eficaz em atenuar o microclima das pastagens, impactando as características fisiológicas relacionadas ao conforto térmico dos bovinos, influenciando positivamente no comportamento, produção, reprodução e rentabilidade global do sistema.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

Um estudo da Embrapa Pecuária Sudeste (SP) avaliou o bem-estar de bovinos com relação ao conforto térmico proporcionado por árvores no pasto, dentro de sistemas de integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF).

O monitoramento acontece desde o sistema de produção até o nível celular dos animais de corte criados a pasto. Os resultados mostraram que investir nesse tipo de atividade, além de melhorar o conforto térmico dos animais, proporciona melhor reprodução e ganho de peso.

Trabalho comprovou que menor temperatura afeta desempenho de bovinos de corte.
Trabalho comprovou que menor temperatura afeta desempenho de bovinos de corte. Foto: Juliana Sussai/Embrapa Pecuária Sudeste

Árvores no pasto e impactos na pecuária de corte

Durante o trabalho foi considerado o parâmetro ambiental do microclima, a observação dos animais e seus comportamentos e, a coleta do material biológico e as análises laboratoriais.

Segundo o pesquisador Alexandre Rossetto Garcia, coordenador do estudo, financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), foram utilizados sobrevoos de avião com câmeras termais, passando pelo sensoriamento proximal dos animais, até chegar à microscopia.

Os resultados apontaram que o plantio de árvores em áreas de pastagens tropicais proporciona um microclima mais favorável à criação de bovinos de corte, influenciando o conforto térmico, expressão do comportamento natural e as condições fisiológicas.

O estresse térmico nos animais leva a distúrbios nutricionais e metabólicos, reduzindo a taxa de crescimento, o ganho de peso, além de comprometer, a reprodução e a fertilidade, por isso a importância da regulação de temperatura. Além disso, animais criados sob sistema ILPF consumiram menos água e menos mistura mineral.

As árvores no pasto ainda melhoram a qualidade da forragem com maior teor de proteína bruta, que também aumenta a biodiversidade, a matéria orgânica no solo, reduz a temperatura, traz bem-estar e favorece o balanço de carbono na produção dos bovinos.

Câmeras termais aéreas, sensores nos animais e análises microscópicas mostraram o impacto. Câmeras termais aéreas, sensores nos animais e análises microscópicas mostraram o impacto.
Câmeras termais aéreas, sensores nos animais e análises microscópicas mostraram o impacto. Fotos: Gisele Rosso e Juliana Sussai/Embrapa Pecuária Sudeste

Experimento

Realizada na Fazenda Canchim, sede da Embrapa Pecuária Sudeste, em São Carlos (SP), a pesquisa a campo teve duração de 13 meses, com um ciclo completo e percorrendo todas as estações climáticas, entre o verão de um ano até o verão do ano seguinte.

Foram avaliados 64 machos das raças Nelore e Canchim, com 24 meses e peso médio de 412 kg. Os animais foram divididos em: sistema de pastagem a pleno sol, com 12 hectares de capim Urochloa brizantha cultivar Piatã e poucas árvores, que ofertava entre 3% e 4% de sombreamento natural, similar ao adotado nos sistemas de produção a pasto no Brasil.

O outro sistema de produção era do tipo Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), também com 12 hectares de Piatã, arborizado com eucaliptos, também com animais Nelore e Canchim. Nos dois experimentos, eles tiveram acesso irrestrito à água e à mistura mineral, e receberam o mesmo manejo sanitário.

A termografia infravermelha utilizando veículos aéreos tripulados, associada a registros feitos em estações meteorológicas nas duas áreas observadas, permitiu a identificação e o dimensionamento de ilhas de calor nas pastagens convencionais e de zonas de conforto para o gado nas pastagens arborizadas.

O comportamento de cada animal foi avaliado com registros de movimento, por visualização e pelo uso de acelerômetros acoplados a colares, que mostraram que os animais em ILPF pastejaram com mais eficiência por terem sombreamento do que os animais à pleno sol.

Resultados

O sistema ILPF foi eficaz em atenuar o microclima das pastagens pela ação dos eucaliptos, impactando as características fisiológicas relacionadas ao conforto térmico. O ambiente confotável influencia positivamente no comportamento, produção, reprodução e a rentabilidade global do sistema, para que o animal expresse todo seu potencial genético e garanta lucro e sustentabilidade da pecária de corte.

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