A Expointer deste ano será marcada pela estreia e retorno das raças de animais ao Parque de Exposições Assis Brasil (PEEAB). Ao todo, 6.378 animais de anel e rústicos estão registrados nesta edição. Entre os destaques está a apresentação de uma raça caprina e bovina que nunca haviam participado do evento agrícola.

Kalahari Expointer2022
Criador de Santana da Boa Vista apresentará 16 exemplares da raça caprina Kalahari em Esteio | Foto: Renato Moreira Linhares/Arquivo Pessoal

Entre os caprinos, a raça que estreia é a Kalahari, de coloração avermelhada, rústica, menos suscetível a verminoses e com boa rentabilidade. O criador Renato Moreira Linhares, de Santana da Boa Vista, apresentará 16 exemplares no evento. “Sou apaixonado por animais, e o Kalahari saltou para mim, como dizem. Não havia exemplares no país e importamos os embriões há cerca de cinco anos e iniciamos a produção”, conta. A expectativa, segundo Linhares, é fazer da feira uma vitrine e dar a conhecer a raça.

O presidente da Associação dos Criadores de Caprinos do RS (Caprisul), Jônatas Breuning, também destaca o aumento do número de animais registrados em cerca de 150%. Além disso, ele observa que a raça Boer atraiu mais criadores. Nesta Expointer, são 131 caprinos de três raças: Boer (97), Anglo-Nubiana (18) e Kalahari (16).

Entre os bovinos de corte, o destaque é a raça Bravon, que conquistou registro no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) em 2020. O Bravon é resultado do cruzamento de animais Devon com bovinos zebuínos. Serão cinco exemplares na exposição, três do criador Wanderley José Corona, de Anita Garibaldi (SC), e dois da Cabanha Timbaúva, de Pedras Altas.

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Os bezerros Timbaúba Bravon Ponteiro 210 e Timbaúba Bravon Trovão 211, de Pedras Altas, estão participando de um teste de eficiência alimentar (CAR), realizado pela Ufrgs, em parceria com a Associação Brasileira dos Criadores de Devon e Bravon (ABCDB), e permanecerão em barracas móveis. A cerimônia de premiação acontece no dia 30, pela manhã, no estande da ABCDB. “Trata-se de uma raça nova, muito competitiva, que mantém a fertilidade, docilidade e rusticidade do Devon cruzando o Zebu, no nosso caso Nelore-Mocho ou Brahman”, explica o produtor da Cabanha Timbaúva, Leonardo Tavares.

A Fazenda Timbaúva tem tradição de mais de cem anos na criação da Devon, tendo começado em 1907, com o bisavô de Leonardo, e depois Bravon, com o pai entre 1999/2000, e já participou da Expointer, neste período , dentro do registro Devon. “A participação desta nova raça é muito importante, pois apresentaremos ao público e ao grande palco da pecuária brasileira uma raça sintética de Devon, com todas as suas características e vantagens. Isso significa que agora a associação representa duas raças”, afirma a presidente do ABCDB, Simone Bianchini.

Também entre os bovinos de corte, há o retorno da raça Shorthorn que não esteve na Expointer em 2020 e 2021 por conta da pandemia. Serão sete exemplares desta raça. “A Expointer está retomando seus números pré-pandemia, com 5.093 animais de argola registrados, um crescimento em praticamente todas as raças e espécies. Era esperado, pois muitas raças terão exposições nacionais durante o evento, além daquelas que estão participando da feira pela primeira vez ou retornando”, destaca Pablo Charão, zootécnico responsável pelo Serviço de Exposições e Feiras da Secretaria de Agricultura , Pecuária e Desenvolvimento. (Seapdr) e comissário-geral da Expointer Animal Exhibition.

Raças que regressam à feira

Uma das raças que volta à feira após 14 anos é o Lacaune, com três exemplares, de ovelhas leiteiras. A última participação foi em 2008. O criador e zootécnico Anderson Bianchi, da Cabanha 3 Leites, em Lageado Grande, no oeste catarinense, tem um rebanho de 650 animais e traz para a feira duas fêmeas e um macho. “A expectativa é grande. A Expointer é uma vitrine e pretendemos fechar muitos negócios futuros a partir dessa participação. É importante dizer que só podemos participar pela conquista do Rio Grande do Sul como zona livre de febre aftosa sem vacinação em 2021”, destaca.

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Segundo Bianchi, o objetivo é mostrar à raça ovina leiteira, seu potencial. “Além dos animais, vamos levar alguns produtos do nosso laticínio para o Pavilhão da Agricultura Familiar, como queijos, doce de leite e iogurtes”, informa o criador.

Os ovinos aumentaram sua participação em 10% em relação ao ano passado, com 892 animais de 15 raças cadastrados. O maior número de animais é o Texel, com 229 animais, e o colorido Texel, com 114. “Nossas expectativas são as melhores possíveis. A expressiva participação de ovinos mostra o bom momento que a ovinocultura está passando e o desejo dos criadores de mostrar toda a sua força, o melhoramento genético das raças e todo o investimento que fazem durante o ano. Certamente teremos uma grande Expointer”, comemora o presidente da Associação Brasileira de Ovinicultores (Arco), Edemundo Gressler.

Entre os mestiços, há o retorno da raça Red Poll, cuja última participação foi em 2019. No zebu, haverá o retorno da raça Sindi, com oito animais cadastrados, que não participavam da feira desde 2015. Mangalarga Marchador, com 11 animais, que desde 2017 não participa da Expointer.

Fonte: seapdr

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