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4 CUIDADOS COM O REBANHO NO PÓS-PARTO DE VACAS LEITEIRAS!

Originally posted on 5 de setembro de 2021 @ 23:57

pós-parto de vacas leiteiras

9 minutos para ler

Um dos períodos mais críticos da atividade leiteira é o que chamamos de transição, que inicia 3 semanas antes do parto e se estende por 3 a 4 semanas após o parto. É comum que os produtores tenham cuidados antes, mas que cometam falhas no manejo do pós-parto de vacas leiteiras — o que pode favorecer doenças e perdas na produtividade. 

Como esse é um evento muito estressante para as vacas, que sofrem alterações hormonais e fisiológicas significativas para gerar o bezerro, é crucial manter o aporte nutricional adequado aos animais. Oferecer as melhores condições possíveis para as vacas se recuperarem na transição, focando na prevenção de distúrbios metabólicos, no desenvolvimento da imunidade e no bem-estar animal é a forma de garantir saúde e um bom desempenho nas fases seguintes.

Pensando em contribuir com informações valiosas sobre o pós-parto de vacas leiteiras, elaboramos este artigo para você. Continue a leitura e aproveite as nossas dicas!

Quais são as boas práticas de acasalamento?

Os cuidados com o rebanho devem começar muitos meses antes do período de transição, ainda no acasalamento. A inseminação artificial já é uma prática consolidada e rotineira nas propriedades leiteiras, mas o processo deve ser realizado com preciosismo para que todas as vantagens da técnica sejam aproveitadas.

O sêmen dos touros deve ser selecionado com cautela, a fim de melhorar o padrão genético do rebanho e a produção de leite das vacas, bem como corrigir alguns desvios de conformação. A seleção dos melhores animais para a reprodução ainda promove uma melhoria na composição do leite e nos parâmetros reprodutivos.

Como deve ser a preparação do parto?

No período de três semanas que antecede o parto, as vacas prenhas estão bastante sensíveis e devem ter uma área destinada a elas. Os animais precisam permanecer em local seco e fresco, sendo que esses piquetes devem estar próximos das instalações da fazenda, facilitando a visualização do produtor — que, se necessário, pode intervir no parto. 

O manejo alimentar é de extrema importância nessa fase. Por isso, as vacas devem receber água fresca e ter alimento disponível no cocho o dia todo. Somente forragens de excelente qualidade entram para a dieta dos animais, além do balanceamento adequado de energia e de proteína. Esses cuidados são essenciais para estimular o consumo de alimento, que sofre uma redução durante esse período.

Outra estratégia de manejo alimentar é o uso de dietas aniônicas. Elas favorecem o metabolismo do cálcio, atendendo à alta demanda repentina do nutriente que ocorre logo após o parto. O cálcio é utilizado para a síntese do colostro e do leite e, por essa razão, deve-se evitar a hipocalcemia com uma dieta balanceada.

Aliado a essas práticas de nutrição, o uso de aditivos — como minerais orgânicos, biotina, leveduras vivas, metionina protegida e gordura protegida — estimula o sistema imunológico dos animais, modulando o seu metabolismo e prevenindo distúrbios metabólicos. Esse manejo nutricional promove a saúde e a boa produção das vacas.

Outro ponto importante é que o produtor precisa monitorar o Escore de Condição Corporal (ECC) das vacas próximo ao parto. O ideal é que as vacas apresentem ao parto um ECC de 3,50 a 3,75 (escala de 1 a 5 pontos). Isso porque já é sabido que vacas com um ECC superior a 3,75 apresentam maior pré-disposição para desenvolver cetose, febre do leite e deslocamento do abomaso.

Além disso, essas vacas geralmente apresentam menor apetite. Tenha em mente que, mesmo que alguns ajustes possam ser feitos, a vaca deve chegar ao período de secagem com escore ideal ao parto, mantendo o ECC, ou com mínimas alterações, durante o período seco.

Que cuidados devem ser adotados com as vacas leiteiras no pós-parto?

Como mencionamos, o parto é um evento estressante para os bovinos de leite. As vacas passam por uma fase de balanço energético negativo no início da lactação, devido à redução no consumo de matéria seca. Se não receberem o manejo adequado, correm o risco de sofrer fortes impactos na saúde, no desempenho produtivo e na fertilidade também.

Separamos alguns cuidados que fazem a diferença no pós-parto de vacas leiteiras. Veja só.

1. Monitorar a cetose

A cetose é uma doença decorrente do distúrbio metabólico e do balanço energético negativo severo que podem ocorrer no pós-parto. O problema surge quando o consumo de nutrientes ao final da gestação e no início da lactação são insuficientes para atender as exigências de nutrientes da vaca. Isso faz com que haja uma mobilização excessiva de gordura corporal, provocando um acúmulo no fígado.

A cetose está associada ao baixo pico de lactação e deve ser monitorada de perto, pois cada 0,5 kg de leite a menos no pico corresponde a 110 kg de leite a menos em toda a produção. A solução para evitar esse problema é estimular um maior consumo de alimentos, fornecendo:

  • forragens de alta qualidade;
  • ração balanceada em proteína bruta (PB);
  • proteína degradável no rúmen (PDR);
  • proteína não degradável no rúmen (PNDR);
  • proporção adequada entre amido e carboidratos não fibrosos e o tamanho de partículas da dieta total. 

2. Fornecer uma alimentação balanceada

A produção de leite sofre um rápido aumento durante o pós-parto, atingindo seu ápice entre 6 a 8 semanas após o parto. Porém, as vacas não consomem alimento suficiente para suprir a demanda de nutrientes necessários na produção de leite, em especial quando se trata de proteína e energia.

Em função disso, os tecidos adiposo e muscular são mobilizados para atender essa necessidade de energia e a vaca emagrece. Por isso, o manejo alimentar durante esse período é fundamental, como promover a adaptação dos animais para a ração de início de lactação. Lembre-se: quanto mais produtiva for a vaca, maior será o seu requerimento de nutrientes.

Um exemplo de manejo adequado é aumentar a quantidade de amido (energia), avaliar o processamento desse amido e garantir um consumo ideal de nutrientes. Quanto ao nível de fibra na ração total, grave esta informação: nunca poderá ser menor do que 28% de FDN (Fibra em Detergente Neutro).

Além disso, a forma física da fibra também é um ponto que precisa de atenção. Considera-se o ideal no mínimo 21% de FDN fisicamente efetivo, visto que é capaz de estimular a ruminação e manter o funcionamento do rúmen.

Outro elemento importantíssimo para o pós-parto de vacas leiteiras é a proteína. Quando fornecido de maneira adequada no período inicial da lactação, esse nutriente estimula o consumo de alimento e ajuda o metabolismo do fígado, favorecendo o aporte de nutrientes para a produção do leite.

Os casos de vacas com alto nível de produção podem exigir dietas com maior porcentagem de proteína bruta (PB). Por sua vez, o perfil de aminoácidos da proteína, a quantidade de proteína que é degradável no rúmen e a porção que degrada no intestino, varia de acordo com os ingredientes da dieta e estão relacionados com a capacidade da vaca para produção de leite.

Além do nível de nutrientes da dieta, é importante salientar que o alimento deve estar disponível 24 horas por dia, em quantidade e qualidade suficiente para que o animal expresse todo seu potencial de consumo.

3. Manter a vacinação em dia

Como dissemos, a gestação provoca alterações fisiológicas no organismo das vacas, e uma dessas mudanças é a baixa imunidade, que as torna mais suscetíveis a doenças. Dessa forma, no início do período seco, é de suma importância realizar um tratamento preventivo contra a mastite, ficar atento ao aparecimento de mastite subclínica e tratar os animais se necessário.

Esse cuidado com os tetos deve ser feito sempre, independentemente do tipo de ordenha que se faça na fazenda. Assim, as vacinas contra pneumonia, clostridiose e diarreias virais e bacterianas devem ser aplicadas 30 dias antes do parto.

4. Minimizar os fatores estressantes

Outra questão frequentemente negligenciada pelos produtores é quanto ao bem-estar dos animais. É muito importante, ao longo de todo o período da transição, reduzir e amenizar o máximo possível os fatores que interferem no consumo de matéria seca das vacas.

É preciso dar atenção especialmente ao estresse térmico, minimizando os efeitos das altas temperaturas com ventiladores e aspersores. O uso de aditivos tem se tornado uma estratégia interessante para amenizar o estresse térmico de vacas leiteiras.

Acompanhando o desempenho dos animais no pós-parto e sua taxa de prenhez, é possível separar as vacas de descarte das que permanecerão no rebanho. Contudo, lembre-se de que é importante fazer o descarte apenas nas multíparas. As primíparas devem ser avaliadas com cautela.

De que forma a Vaccinar pode ajudar?

Como você percebeu, os maiores problemas nessa fase de transição são consequência de um manejo inadequado da nutrição das vacas. Nesse sentido, a pecuária de precisão é uma poderosa aliada da atividade leiteira, pois fornece a dieta balanceada de que elas precisam para enfrentar esse período crítico.

A Vaccinar tem uma linha de Premixes e Núcleos desenhados com os mais modernos conceitos de nutrição de vacas leiteiras. Os produtos apresentam uma combinação de aditivos que tem o propósito de sustentar maior produtividade animal preconizando a saúde e a longevidade de vacas leiteiras no pré e no pós-parto.

Quer aprofundar os seus conhecimentos sobre as estratégias alimentares para vacas leiteiras? Baixe gratuitamente o nosso e-book “Nutrição de gado de leite: as melhores práticas para você aplicar” e impulsione a sua produção!

Este conteúdo foi elaborado com a colaboração deJosiane Pereira dos Santos, especialista em Nutrição de Ruminantes na Vaccinar.

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