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Verão com El Niño: Impactos na Agricultura

Verao com El Nino Impactos na Agricultura


O Impacto do El Niño no Verão Brasileiro

Previsão Climática para a Agricultura

A influência do El Niño e as Perspectivas para as Cinco Regiões do Brasil

O verão é época de calor intenso e chuvas irregulares, fatores determinantes para o sucesso da safra agrícola no Brasil. Com a influência do El Niño, as previsões climáticas para os próximos meses são essenciais para o planejamento agrícola. Como será o verão para a agricultura brasileira? A previsão mostra um cenário desafiador em cada região do país.


O verão é época de calor com pancadas de chuva e safra que está no campo em desenvolvimento conta muito com a umidade e a incidência solar. O sucesso de uma safra de verão está associado ao clima e também a outros fatores determinantes. Com a influência do El Niño durante toda a estação como fica a previsão do clima para os próximos meses para a agricultura brasileira?

Temperatura no Verão

A expectativa é de que o verão 2023/2024 tenha temperaturas acima do normal em quase todo o Brasil e picos de calor intenso, em áreas localizadas, prevê a Climatempo.

“O Brasil terá, sim, um verão quente, com calor acima do normal, porém, é menos provável que ocorram novas ondas de calor tão intensas e extensas como as que foram observadas em novembro em setembro”, avalia a meteorologista Josélia Pegorim da Climatempo.

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Como será o Verão para a Agricultura Brasileira

O Verão começou e junto com a nova estação a influência do El Niño. O fenômeno muda a característica da chuva e favorece a precipitação em forma de pancadas isoladas e não garantem homogeneidade para uma boa umidade do solo. É comum observar dentro de uma mesma propriedade talhões com diferenças, uma vez que recebeu mais chuva do que outro. Veja abaixo a tendência para o Verão para as cinco regiões brasileiras:

Região Sul

A Região Sul continuará sendo afetada por chuvas acima da média, com uma tendência de diminuição dos eventos extremos em relação à Primavera. Os sistemas meteorológicos não devem ficar estacionários sobre o Sul. Mas isso, não quer dizer que durante o Verão não ocorra tempestades. Quando acontecer essa chuva em forma de tempestade pode vir acompanhado de raios, ventania e granizo.

Para Dezembro, há uma tendência para fortes temporais com precipitação acima da média ao longo de todo o Verão, ou seja, até março de 2024. Mesmo que os eventos extremos diminuam os agricultores vão ter que lidar com umidade excessiva o que impacta o desenvolvimento das lavouras e o início da colheita.

Região Sudeste

A Região Sudeste fica em alerta para um risco de impactos muito intensos de eventos extremos: calor, temperatura alta, chuvas fortes, tempestades que podem atingir o café no cerrado mineiro, zona da mata, neste início de safra de café conilon.

Em Dezembro, a expectativa é que as áreas ao sul de Minas, Mogiana Paulista e interior de São Paulo tenham uma influência maior com passagem de frentes frias e com isso, uma maior regularidade de ocorrência de chuva.

A metade norte de Minas e o Espírito Santo ainda vão continuar com muita irregularidade com chuvas acontecendo em forma de pancadas isoladas alternando períodos de sol e calor extremo em Dezembro. Ou seja, essas áreas poderão ser impactadas com estresse térmico.

Entre Janeiro e fevereiro, os modelos apontam uma ligeira mudança de padrão. Janeiro apresenta uma ligeira migração da umidade um pouco mais para norte da Região Sudeste, inclusive as frentes frias avança com maior frequência o que favorece as chuvas no interior de Minas Gerais, áreas mais ao norte do estado mineiro e no Espírito Santo.

Fevereiro se mostra um mês chuvoso em grande parte do Sudeste do Brasil.        

Região Centro-Oeste

Mato Grosso do Sul é o estado que apresenta uma maior regularização desde o final de novembro e a tendência para esse estado é que a chuva continue mais regular. O motivo é a passagem de frentes frias que vão conseguir avançar para o estado favorecendo a precipitação.

Goiás e Mato Grosso seguem numa situação mais crítica em grande parte do Verão, especialmente o oeste de Goiás e interior de Mato Grosso com um sinal de irregularidade. Dezembro e Janeiro que são meses mais chuvosos o desvio negativo deve ser mais acentuado por causa da chuva que acontece em forma de pancada com distribuição espacial muito irregular sem volume expressivo e pode não atingir a média para o mês de dezembro e janeiro apresentando déficit de precipitação.

A chuva deve aumentar em parte do Centro-Oeste entre janeiro e fevereiro. A umidade se espalha entre Goiás e áreas ao leste de Mato Grosso, mas a chuva chega de forma tardia e pode impactar o início da colheita. As áreas mais ao oeste de Mato Grosso e o pantanal de Mato Grosso do Sul, a irregularidade persiste ao longo do verão.

O calor persiste e a tendência é que fique acima da média sem ondas de calor tão duradouras como observado na Primavera, mas ainda sim serão registradas temperaturas acima da média. O Verão será quente por conta da influência do El Niño, com picos de temperatura extrema no Brasil Central, prevê a Climatempo.

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Região Nordeste

O Matopiba deve ser uma das regiões agrícolas mais afetadas pelos extremos do El Niño com maiores perdas de produtividade provocadas por irregularidade da chuva. De uma forma geral, para o Verão, a expectativa é de chuvas em forma de pancadas. Para a segunda quinzena de Dezembro, há um aumento gradual da chuva, mas essa precipitação não garante uma recuperação porque não é uma chuva homogênea. Em Janeiro, frentes frias podem alcançar à costa da Bahia e ajuda a provocar o aumento da umidade, principalmente na costa leste do Nordeste, incluindo o estado da Bahia com bons volumes de chuva. Porém, essa precipitação chega de forma tardia podendo impactar a fase final do desenvolvimento da soja e o início da colheita sobre algumas áreas do interior do Nordeste. Em relação à temperatura acima da média durante todo o Verão.  

Região Norte

Grande parte do interior da Região Norte, Pará, Rondônia segue o verão com uma expectativa de chuvas abaixo da média, principalmente o oeste da Região Norte que pode apresentar um déficit mais acentuado, ao longo do Verão.

É claro, que o Norte do Brasil costuma ter médias climatológicas muito altas nesta época do ano. Algumas áreas registram entre 200 a 300 milímetros de chuva, mas as projeções mostram desvio negativo para os próximos meses do Verão. Mesmo que chova abaixo da média e essa chuva for bem distribuída ainda há garantias para uma boa umidade do solo para o desenvolvimento dos cultivos. Porém, não é uma chuva para encher reservatórios e os rios.

Rondônia é o estado com uma expectativa de situação mais crítica, porque além do desvio ser negativo não há sinais de uma regularidade da chuva. Neste estado a tendência é de previsão de chuva mais espaçada, pontual, muito mal distribuída sem chuvas significativas. O calor também será destaque durante o Verão neste estado, onde há muita plantação de café e açaí.

O El Niño vai durar até quando?

As projeções dos centros internacionais que fazem o monitoramento mostram uma probabilidade maior do fim do fenômeno El Niño em meados de 2024. Normalmente, o histórico do El Niño é de um fenômeno cada vez mais intenso nas últimas décadas potencializado pelo aquecimento global, mas não é um fenômeno duradouro, geralmente seu ciclo marcado entre 1 a 1 ano e meio. Existem projeções indicam uma inversão de sinal para La Niña, mas ainda não dá para cravar, mas nada impede que não corra. O monitoramento do clima será decisivo para o planejamento agrícola do segundo semestre de 2024.

Leia também: Chuvas esperadas: alívio para Minas Gerais e Espírito Santo

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Foto: Getty Images

1. Por que o clima no verão é tão importante para a agricultura brasileira?
R: O clima no verão é crucial para a agricultura brasileira, pois afeta diretamente a produtividade, o desenvolvimento das lavouras e o início da colheita.

2. Como o El Niño influencia o clima e a chuva durante o verão no Brasil?
R: O El Niño altera a característica da chuva, favorecendo a precipitação em forma de pancadas isoladas, o que pode impactar a homogeneidade da umidade do solo e o desenvolvimento das culturas.

3. Quais são as principais tendências climáticas para as diferentes regiões brasileiras durante o verão?
R: Durante o verão, espera-se temperaturas acima do normal em quase todo o Brasil e chuvas acima da média no Sul, risco de impactos intensos de eventos extremos no Sudeste, irregularidade e déficit de chuva no Centro-Oeste e no Nordeste, e chuvas abaixo da média no Norte.

4. Como a irregularidade e o déficit de chuva podem afetar a agricultura durante o verão?
R: A irregularidade e o déficit de chuva podem impactar a umidade do solo, o desenvolvimento das lavouras, a produtividade e o início da colheita, reduzindo a qualidade e a quantidade das safras.

5. Qual é a previsão de duração do El Niño e como isso pode afetar o planejamento agrícola para o segundo semestre de 2024?
R: A previsão aponta que o El Niño deve durar até meados de 2024. O monitoramento do clima será crucial para o planejamento agrícola do segundo semestre, já que existem projeções de inversão para La Niña.

O verão é um período crucial para a agricultura, principalmente no Brasil, onde o clima tropical influencia diretamente a produção agrícola. Com a influência do El Niño, a previsão do clima para os próximos meses pode impactar significativamente a safra de verão no país. As altas temperaturas são uma das principais preocupações, com a expectativa de um verão 2023/2024 com temperaturas acima da média em todo o Brasil, principalmente em áreas localizadas, o que pode afetar o desenvolvimento da safra. No entanto, a incidência de ondas de calor intensas e extensas, como as observadas em novembro e setembro, é menos provável. No entanto, as chuvas também desempenham um papel crucial, com previsão de chuvas acima da média em algumas regiões e eventos extremos em outras.

Região Sul
A Região Sul provavelmente continuará sofrendo com chuvas acima da média e, embora haja uma tendência de diminuição dos eventos extremos em relação à Primavera, ainda são esperadas tempestades, acompanhadas de raios, ventania e granizo. No entanto, os agricultores terão que lidar com a umidade excessiva, o que pode impactar o desenvolvimento das lavouras.

Região Sudeste
A Região Sudeste precisa ficar atenta aos riscos de impactos causados por eventos climáticos extremos, como calor intenso, temperaturas altas e chuvas fortes, que podem afetar áreas de produção de café e outras culturas. Em dezembro, espera-se uma influência maior de frentes frias, o que pode ajudar a aumentar a regularidade das chuvas. No entanto, áreas ao norte de Minas e o Espírito Santo podem enfrentar irregularidade e estresse térmico.

Região Centro-Oeste
Mato Grosso do Sul apresenta uma regularização das chuvas desde o final de novembro, enquanto Goiás e Mato Grosso enfrentam uma situação mais crítica, com chuvas irregulares e déficit de precipitação. A expectativa é que a chuva aumente entre janeiro e fevereiro, mas a irregularidade persistirá em algumas áreas.

Região Nordeste
O Matopiba deve enfrentar as maiores perdas de produtividade devido à irregularidade da chuva, com expectativa de chuvas em forma de pancadas e temperaturas acima da média.

Região Norte
A expectativa é de chuvas abaixo da média, principalmente no oeste da Região Norte, o que pode impactar o solo e as plantações. O calor também será intenso, especialmente em Rondônia.

A previsão do clima para o verão no Brasil está sujeita à influência do El Niño, e as projeções indicam que o fenômeno deve durar até meados de 2024, com possibilidade de inversão para La Niña. Isso pode afetar o planejamento agrícola para o segundo semestre desse ano. Portanto, é fundamental monitorar o clima e se preparar para os possíveis impactos na produção agrícola.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

Perguntas Frequentes sobre o Clima no Verão para a Agricultura Brasileira

Pergunta 1: Como será a temperatura no Verão?

Resposta:

A expectativa é de temperaturas acima do normal em quase todo o Brasil, com picos de calor intenso, de acordo com a Climatempo.

Pergunta 2: Como será o Verão para a Agricultura Brasileira?

Resposta:

A influência do El Niño muda a característica da chuva, favorecendo a precipitação em forma de pancadas isoladas e sem garantia de umidade homogênea do solo.

Pergunta 3: Qual a previsão para as diferentes regiões brasileiras durante o Verão?

Resposta:

Regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste e Norte terão diferentes características climáticas e impactos na agricultura, incluindo chuvas acima ou abaixo da média e temperaturas extremas.

Pergunta 4: Até quando durará o El Niño?

Resposta:

O El Niño está previsto para durar até meados de 2024, com projeções de possível inversão para La Niña, mas o monitoramento do clima será decisivo para o planejamento agrícola.

O verão é época de calor com pancadas de chuva e safra que está no campo em desenvolvimento conta muito com a umidade e a incidência solar. O sucesso de uma safra de verão está associado ao clima e também a outros fatores determinantes.

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