A utilização de dejetos animais como adubo tem sido uma alternativa econômica para os produtores rurais. Esse tipo de adubação orgânica, além de melhorar as propriedades do solo, é uma opção para substituir os fertilizantes minerais e, assim, tornar o sistema agrícola mais moderno e sustentável.

O Instituto de Desenvolvimento Rural – Iapar – Emater (IDR-Paraná) iniciou pesquisas com esterco de suínos e aves há mais de três décadas para viabilizar seu uso em solos agrícolas. Nesse período estudou recomendação de dosagem e efeitos na química, física, microbiologia e fertilidade do solo.

“Temos o compromisso de continuar entregando conhecimento, tecnologia e contribuir para o desenvolvimento sustentável do agronegócio paranaense”, afirma a diretora de Pesquisa e Inovação do IDR-Paraná, Vânia Moda Cirino. “Buscamos uma menor dependência de insumos externos e, consequentemente, redução dos custos de produção e aumento da lucratividade, com foco na proteção do meio ambiente”.

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A aplicação de resíduos requer monitoramento, pois seu uso sem o devido controle pode causar efeitos contrários e resultar em problemas ambientais, como a contaminação dos recursos hídricos. Entre os principais elementos presentes nesses resíduos estão o nitrogênio (N), o fósforo (P) e o potássio (K).

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Nos últimos anos, a área de pesquisa do IDR-Paraná desenvolveu uma tabela de conversão utilizando o Densímetro Bouyoucos, que indica a quantidade de NPK contida em dejetos suínos e bovinos. Com essa quantificação, o produtor poderá calcular o volume de esterco a ser aplicado no solo para nutrir a lavoura de grãos a ser implantada.

Para obter esse cálculo, o processo consiste em homogeneizar o dejeto líquido suíno armazenado em dejetos ou biodigestores com o auxílio de uma bomba e transferi-lo para o tanque aplicador, recolher dois litros desse dejeto líquido com qualquer recipiente, passar por uma peneira ou semelhante retirar folhas e galhos e, posteriormente, mergulhar o densímetro Bouyoucos no recipiente e fazer a leitura obtida na balança. Com o valor encontrado na escala densimétrica, obtêm-se os teores de NPK presentes no esterco suíno.

“Com essas tabelas de conversão, o produtor não terá problemas com falta ou excesso de nutrição da cultura”, diz a pesquisadora Graziela Moraes de Cesare Barbosa, responsável pelo projeto.

Por meio da Sistema Estadual de Agricultura (Seagri), o governo do estado também trabalha na elaboração de uma política pública de aproveitamento intensivo de resíduos agrícolas com vistas à produção de biogás e biometano, com foco no hidrogênio verde.

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O Brasil ocupa posição de destaque na produção e consumo de carne bovina, suína e de aves, o que contribui gradativamente para um alto índice e acúmulo desses resíduos. Com a necessidade de destinação correta e redução dos danos ao meio ambiente, há uma crescente vontade de utilizar esses materiais como forma de adubação orgânica.

O Estado é o terceiro maior produtor de biogás e o segundo entre os que possuem maior número de unidades geradoras desse tipo de produto. A expansão do setor é incentivada pelo governo do estado, por meio do Programa Paraná Rural de Energia Renovável (RenovaPR). Por meio desse programa, o governo apóia a instalação de fontes renováveis ​​de energia em propriedades agrícolas, concedendo subsídios para financiar projetos que utilizam fontes renováveis ​​de geração de energia.

Com AEN

(Tatiane Bertolino/Sou Agro)

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